Há um tempo onde a fronteira
que separa a claridade da sombra se abre para revelar nas trevas a festa da
verdade. Esse momento é a Trégua Sombria por onde as Stregas fazem devoção a Lilith.
Ali, podemos celebrar a Lua Negra, consagrar ou não algum amuleto se assim for sua necessidade,
podemos abençoar ou amaldiçoar, ou simplesmente nos conhecer melhor e oferecer
sacrifício, chorar, expurgar, contemplar, etc. Há outros momentos em que LLT é cultuada ou invocada, como se calcula astrologicamente quando a Lua está na via Combusta (Lua do Dragão), mas aqui, segundo a tradição, e de acordo com as efemérides, essa devoção pode e deve ser feita também a cada Apogeu da Lua, ou melhor seria a cada formato que a Lua faz cazimi dentro do Sol, e melhor seria se sua fase lunar correspondesse seu intento. De igual sorte, em qualquer fase lunar essa conexão pode ser feita. Também incluo aqui a visão geocêntrica do paganismo que diz que você pode chamá-la quando a Lua não estiver visível no céu na véspera da Lua Nova, de acordo com a visão geocêntrica, a Lua Negra não aparece no céu, pois está se preparando para renascer e é ali o ponto negro de seu pico, contudo, os astrólogos discordam. Essa prática começa quando o sol tocar os seios da Virgem (signo de virgem), então a Lua Negra despertará. Em outras palavras, inicie essa prática durante a Lua Negra de Setembro e, passe posteriormente, para todos os outros momentos, com Ela.
Você usará:
- Incenso de Bdélio, Nardo, ou
Mirra;
- pedra da lua;
- bouquet de pó de
tabu;
- Vela Preta;
- Vinho tinto;
- Se for o caso,
amuletos ou talismãs, bem como outras intenções podem ser “tocados” nesse
ritual.
SAUDAÇÃO DAS
SERPENTES DOS VENTOS
Mantralize:
Leste: Nazhamala – Naamah Zhamael Hamaan Leamahz
Sul: Maazteza – Mahalet Azhazael Telaham Laezahza
Oeste: Agaegala – Agrath Azael Htarga Leaza
Norte: Liarqitif – Liliys Zahariel Qinaya Noctifer Syilil Ayaniq
Acenda a vela enquanto
queima o incenso. Passe a pedra da lua 3 X sobre a chama da vela e chame por
Ela, enquanto deita a pedra da lua dentro do cálice de vinho.
O CHAMADO DA
ANTIGA RAINHA
Rainha
do Céu desce do firmamento para enfeitiçar o mundo por vinte e quatro horas ou
mais, ó Antiga e legítima Esposa de YhWh! Meu Amém é todo seu!
MALKATH
HASHMAYIM
LILIYA
DEVALA
LUCHIFERA
ANA
LILITA
ASTRIYA
Incriada,
Genetriz, Iniciatrix, Dominatrix e Cosmotrix, foco vazio e caos primitivo, soberana
do sangue bruxo, a que também é a primeira esposa de Adam-Cadmon, sublime,
poderosa e altiva! Sensual, magnética e fascinante rainha dos excomungados!
Vampira, deusa, demônio e monstro da
humanidade! Que se incendeia na oposição solar! Nebulosa e combusta, sombra terrível
da Terra. Clímax lunar que a cada nove meses dá luz à um novo signo da Casa de
Azazel! Sombria e indecifrável Madame Saturnal.
Limitadora, disciplinadora e
libertadora, que também é a que frustra e inibi a precocidade e toda comiseração
exacerbada dos mortais! Flagelo e castigo dos ímpios! Nefasta
e maléfica, a que põe de joelhos toda a humanidade perante o divino, e a que
nos aproxima de Deus e dele nos afasta! Seu é o Divino e Santo Espírito!
Silenciosa e sutil, mal supremo, versada
nas Terras de Nod, maremoto em movimento, discriminada mandingueira, aquela que
mata a criança no berço. Obscuridade materna, serpente repugnante, amada e
odiada mãe dos anjos, deuses, bruxos e feiticeiras. Algalia, Aiaben, Alchil,
Lilitu!
Contempladora de vossa criação que
te saúda em respeito e amor! Nós te saudamos em vossa adoração. Negada e sempre Verdadeira, se
identificamos o princípio Solar ao exemplo do Pai-Herói e Saturno como sua contraparte
tirânica, onde mais encontraríamos o lado negro materno se não em nossa sombra
lunar que te denominamos, ó Lilith!
Chamamos a ti em reverência, ó
respeitável, para nos conceder bons dias e boas noites. Aceite bevakasha, a oferenda de incenso e
vinho! Ó Laylah, noite escura dos desejos
humanos, A-Seerá, Shehina, Anate, Shabbat Hamalka, Balkis, Rainha do Sabá.
Lilatu, Lilitu, Layla, Alitat Kali, a
Negra e Indomada, Anate Betel, Anate Yahu, pomba exaltada que se fez glória na
casa de El.
Lil, tormenta de pó, nuvem fantasma,
mãe de Caim, cujo alimento é o pó da terra. Liliatu, Layil, demônio noturno e
destrutivo, medo dos mortais, Lamia, Asher-Ah! Olhai por nós, para que sejamos
dignos do exílio de Caim na Terra.
-beba
um gole do vinho;
-pegue
o bouquet de pó de tabu com sua mão esquerda e sopre nos quatro cantos dizendo:
Io-anna,
Io-anna, Io-anna!
-
LILITU –
LI
(expirando) LI (inspirando) TU (expirando)
Olhe
para o alto e continue:
Desça dos céus Lua Negra,
cosmogênese mais velha que a Terra, Maligna e Súcuba. Aquela que se considera
uma igual entre iguais, e não uma submissa, se tu podes preencher-me de
cuidados e proteção, quem poderá me fazer mal?
Ó tu, a primeira excluída do paraíso
de onde nunca saiu, a primeira exilada, por Merom em hebraico, que constitui
lugar alto e gerou o nome de Maria! Oráculo dos necromantes! A Outra, a Amante,
A Escravizadora dos desejos dos homens, mulher livre e selvagem. Pássaro
noturno e coruja fatigante. Desejo e temor dos humanos.
Erigida sobre leões, de sexualidade phálica
e yônica como a natureza feminal de homens e mulheres, ó doce veneno da
criação, pelo Poder do sangue feiticeiro, Espírito Menstrual Sagrado, A ti
veneramos, honramos e oferecemos sacrifícios de sabedoria, ó sempre viva e
eterna Dama Lunar vestida de negridão. Desce! Venha! Pela profecia de Miquéias
de Magdalah, pelo templo de Zerubabel, pelo reinado de Hizkiyah e pela minha
invocação de filho(a) teu (tua)! Venha! Impeça que algum mortal me faça
cativo(a) ou submisso(a).
“E tu, ó Magdalah do rebanho, monte da filha
de Sião, a ti virá o primeiro domínio, virá a soberania da filha de Jerusalém”
Ó ÚTERO DIVINO, caverna sem defeitos
de Deus, escondido dentro da carne da decadência, seja minha habitação! Quando
sábio e solitário, caminho na companhia dos lírios, e Asratu me guia no caminho
com Lilithu! Deixe suas crianças se banquetearem na doçura da tua chama negra!
A REVERÊNCIA E O AGRADECIMENTO
EHYEH
ASHER EHYEH! (3x)
YAH-AHSHER
YAH! (3x)
LILI-SATA-LILI-NAS-IT!
(3X)
BILUI
NAIM!
BILOI
BILOI HU!
TODA LACH! TODA LACH! TODA LACH!
"Os filhos apanham a lenha, os pais acendem o
fogo, e as mulheres preparam a massa e fazem bolos de pão para a Rainha dos Céus." - Jeremias 07:18.
LE-CHAIM, LAÍLA TOV, LEHITRA’OT!
- Encerre o rito com uma libação de vinho na terra, para deixar a
Mãe do Sangue Bruxo caminhar conosco por 24 horas ou mais.
- O bouquet de pó de tabu é feito com pó
de arroz, florais, o mínimo de enxofre e seiva de rosas completas.
- Este Rito pertence à Tradição Familiar Lupino e foi carinhosamente tornado público por Sett Ben Qayin, após a permissão de sua família. Pode copiar, desde que cite a fonte Congrega Lupino.
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