quarta-feira, 27 de março de 2019

Como calcular a data da morte? – Astrologia Bruxa





Como adivinhar a data da morte? – Astrologia Bruxa

Muitos mistérios e também mistificações rondam esse assunto não é mesmo?

Não é de hoje que se tem curiosidade para saber quando vamos morrer ou em que época de nossa vida estaremos mais suscetíveis a esse fator.

Pois bem, hoje vamos trazer um calculo astrológico usado em bruxaria (porém nem todas as guildas da arte bruxa se utilizam, haja vista que elas desconhecem o sagrado texto Yavanajataka). Bem, se trata de uma técnica bem simples para quem tem afinidade com astrologia tradicional helenística qual considera a precessão das estrelas e/ou védica, a fim de sabermos qual a parte mais fraca/debilitada de nossa saúde e quem poderá ser o algoz adversário fatal.

A técnica consiste em você observar os Planetas Matadores e o Ketu a partir do SEU ascendente. Mas o que é isso?

Planetas matadores podem ser quaisquer planetas que estão presentes nas casas que antecedem as casas de longevidade. E Ketu é o nodo Sul também conhecido como a Cauda do Dragão e entre suas habilidades estão um vasto currículo que pode revelar vidas anteriores, o caminho de onde você está vindo e até mesmo a morte. Ketu entre outras coisas é o filho da Morte e um transito negativo dele com qualquer dos maléficos do zodíaco podem aumentar as chances e risco de morte.

As casas que possivelmente ou 95% de probabilidade para isso são conhecidas também como casas matadoras e trarão doenças, desconfortos na saúde, acidentes, muitas dificuldades mesmo ou provavelmente a morte e são elas as casas que antecedem as casas de longevidade, a partir do seu ascendente, sob o transito dos planetas matadores. Ainda não entendeu? Explico:

Casas de longevidade significam casas onde morre e renasce, nesse caso morre na 8 e renasce na 3, simples de entender.

As casas de longevidade são a casa 3 e a 8. Logo, a casa 2 e a 7 são as que antecedem e são as casas matadoras e os planetas que estiverem nelas são os planetas matadores, os que você SEMPRE irá vigiar porque eles são o risco de morte para você ou no mínimo são a sua Fraqueza física e espiritual, portanto, são nessas casas, digo, sob os conteúdos dessas casas que você vai aplicar um dos trabalhos de transformação, mas isso é um outro assunto que abordaremos em outro tópico.

A casa 12 está ligada ao fim de ciclos, então você irá contar 12 casas a partir da casa 8, e é por isso que você chegará ao resultado da casa 7 (a casa que antecede a 8). Essa é a verdadeira casa matadora e deve se ter muito cuidado aqui, inclusive de observar o regente da 7 onde ele se encontrar no mapa e sob quais aspectos faz com o resto do mapa. 

Se o regente da 7 não estiver na 7 significa que você não pode jamais colocar alguém para morar na sua casa, sob o risco de te matar, principalmente se estiver pensando em colocar para morar na sua residência uma pessoa do signo onde Venus está no ascendente dela. Se o regente da 7 (Venus) estiver na casa 7, não more com seu amante/marido/namorado e cuide para não arrumar um parceiro(a) psicopata. Geralmente são esses casos que você vê quando assiste uma noticia de que uma pessoa foi vítima (esquartejada ou não) por causa de sexo ou relacionamentos amorosos de qualquer natureza.

Para descobrir a casa de longevidade a partir da casa 8, você irá contar 8 casas e chegará na casa 3. Essa é a casa do reencarne, logo, para reencarnar você deve estar morto primeiro. Então a segunda casa matadora é a casa que antecede a 3, ou seja, a segunda casa matadora será a casa 2, já que ela quebra o vínculo com o estado da morte para reencarnar. A casa 3 também é conhecida como a casa dos anjos caídos.

Observe quais aspectos essa casa faz com as outras e principalmente quais aspectos os Planetas Matadores fazem uns com os outros e em que posição eles estão com o seu ascendente.

Vigiem os Planetas Matadores porque eles realmente podem te matar. Se for um recém nascido (que não tem imunidade), pode morrer. Se for um idoso(a) fragilizado, ele(a) pode morrer. Se estiver com debilidades físicas de saúde, aumentem a vigilância.

Uma dica, suponha que você tem Lilith na casa 7. A transformação aqui é conseguir o estado de sedutor sem se deixar ser seduzido, pois se você se deixar ser seduzido isso irá causar sua bancarrota, depressão, frustração e/ou morte ou ainda no mínimo um grande enfraquecimento da casa do ascendente e os planetas que estiverem nela, destruindo a imagem que você passa de você mesmo para o mundo e uma ruptura completa com o estilo de vida anterior e sua dignidade moral. Se você tiver Touro na casa 7 deve tomar muito cuidado com a estrela Algol e a sua cabeça/pescoço, pois pode perder a cabeça (literalmente) tanto em nível psiquiátrico quando guilhotinado.

Se a casa 6 (saúde/doença) estiver no mapa natal bem debilitada, soma-se essa informação.
Se você tiver algum planeta maléfico tanto na casa 7 quanto na 2, o risco de morte aumenta.

Se tiver Quiron na 7 ou na 2 terá de tomar cuidado redobrado ao tomar remédios ou qualquer coisa que possa causar alergias anafiláticas, o indicador de morte é que aquilo que te cura também pode te matar, então atenção com os excessos. Se tiver Quiron em Aries na casa 7 ou 2, os relacionamentos e as finanças/valores podem causar sua derrota (isso somente para o calculo da morte ensinado acima).

Também leva-se em conta os trânsitos planetários que estão aflitos com a Lua em relação ao mapa todo. Você observará o céu do momento e como ele sinastra com o seu mapa de nascimento, avaliando os Planetas Matadores.

Para saber se o evento que irá te matar será um acidente, um estupro, um tiroteio, um ferimento por uma arma branca, uma doença simples ou grave/física ou mental, um envenenamento, uma maldição/feitiço, uma fogueira ou incêndio é preciso analisar outros fatores no mapa e seus indicadores, sendo isso tema também para outro artigo, mas fica uma dica: 

Olhe qual elemento contrasta um com o outro na regência da casa e dos matadores e quais aspectos fazem entre si, elegendo o elemento dominante, se for Saturno (capricórnio elemento terra e aquário elemento ar) a morte poderá ser dormindo, ao longo do tempo, durante a passagem do dia para a noite, fraturas de quadril e ossos do joelho ou geral como um politrauma, doenças da velhice, (se ar = aparelho respiratório ou vias aéreas superiores/ se terra – ossos, dentes, unhas, cabelos, tutanos, nervos, etc.) se Saturno e Áries estiverem conjunto na casa matadora, o Alzheimer, perdas súbitas de consciência ou problemas na cabeça como AVC por exemplo, indicarão que a sua hora está chegando.

Então é isso. Boa análise e boa sorte com vida longa a todos!

Por Sett.





segunda-feira, 25 de março de 2019

A verdade sobre a Arte Tradicional e Arte Bruxa Tradicional - parte 2



Xaman Siberiana
Bruxa é um título que significa “sábia”. Bruxa é o nome que se dá ao poder que você carrega dentro de si. O poder sábio. Quer um exemplo? 
Sem estudar e sem praticar sobre chakras, experimente abrir seu plexo solar e disparar a energia sem ter controle e depois estude isso e aprenda fazer certo e dispare a mesma energia e compare os resultados. Isso foi só um exemplo. 

A ciência quântica já explicou que antes do grande boom éramos UMA só energia e depois do grande boom fomos separados em moléculas, átomos, etc... Somos UM em raiz e em cada raiz foi colocado um espírito com diversos dons diferentes uns dos outros para que possamos “depender” da ajuda alheia naquilo em que ainda não sabemos fazer sozinhos, ainda que essa dependência seja de um deus/deusa ou espíritos afins. Ninguém dá o que não tem. A semente bruxa está em todo mundo, mas só as almas pueris ainda não perceberam isso, já que uma formiga não consegue enxergar o tamanho real de um ser humano. Disso já se tratava a Tábua de Esmeralda.

A Arte tradicional e a bruxaria tradicional possuem a mesma raiz, o que muda é que quem é adepto somente da primeira não enxerga o alcance que abarca a segunda, mas a segunda abarca a primeira e ainda sobra. Uma era pagã ou cristã não muda em essência aquilo que a Arte dos Sábios (Witch+Craft) é, apenas se adapta com conceitos modernos e verdadeiramente estranhos para os antigos costumes. O poder de uma bruxa possui extensões que se esticam em relação ao uso. Por isso que há bruxas mais poderosas que outras e esse poder e extensão que eu falo tem a ver com todas as encarnações que esse espírito experimentou e usou o poder. 

Se você possui somente o poder da Astúcia (Cunning-Man), espere até terminar seu ciclo de reencarnações para saber quanto de Craft você somou e quanto Witch você se tornou. Ser um Cunning-Man não faz de você menos bruxo, ao contrário, faz de você um bruxo igual. Essa coisa de termo guarda-chuva é coisa da faculdade de Letras. A Linguagem humana é muito ampla e ela se perde em si mesma sempre que alguém quer esticá-la. Vide o caso da palavra Barbaroi, bem como as palavras que só existem em uma língua/cultura e em outra não. 


Mari - Bruxaria Basca
A relação familiar e a figura feminina como A Matriarca não nasceu na era cristã nem na época medieval, bem como o senso de irmandade. A arte se destaca com o cristianismo porque foi nessa fase em que ela também foi controlada, adaptada, mas como já vimos o cristianismo copiou o paganismo e a arte pagã é riquíssima. O não uso do círculo mágico não tem haver com o cristianismo nem se justifica nele, o círculo tem outros propósitos os quais são usados apenas em determinados objetivos. 

O próprio corpo, um atrás do outro, em danças circulares já formam um círculo. Se vocês observarem a língua gaélica, a palavra Eshu significa círculo do qual nada pode ser criado sem ele. No candomblé a palavra Exú significa esfera criadora – o qual tomamos como divindade. Ir à Deus é uma ideia estranha a arte tradicional, uma vez que Ele já mora em nós. Aliás, Nós todos somos deuses experimentando uma existência humana. Eis o mistério da queda. Todo iniciado sabe que Lúcifer não é uma entidade e sim é a nossa Consciência e nada acontece na vida de uma pessoa se o Lúcifer dela não deixa. Portador da Luz, use a esfera para criar. O próprio Namastê indiretamente já reconhece e afirma isso, quem tem olhos que veja a luz. Mas como Platão já dizia, você só pode enxergar a luz a partir da escuridão.

Na Arte tradicional não vamos à Deus, Nós reconhecemos Ele em nós. É por isso que quando você não abraça a palavra de um Iniciado você está desrespeitando O SEU DEUS interior (iguais e separados). No candomblé se ensina a humildade, mas apesar disso, poucos se comportam assim fora do terreiro. Porém não deixa de ser um exemplo. 

Ao falar com um sacerdote iniciado, bruxo, mesmo que não concorde com o que ele diz, diga obrigado e humildemente não tente provar nada a ele. O que ele pode te ensinar é mais nobre do que aquilo que você quer se fazer ouvir.

Maçons surgiram bem depois que bruxas no mundo. A Arte deles é bem diferente da Arte dos Sábios. Pra começar dos propósitos. Ainda assim são exemplo, mas não referência única para a Arte. Possuir ou fazer o dinheiro aumentar, contribuir com a sociedade e sua saúde (física/psíquica e espiritual), ampliar horizontes, bens e se organizar ou virar uma potencia sem pisar em ninguém deveria ser a Consciência de todos na Terra. Lapidar o caráter e se ajudarem uns aos outros deveria ser a meta primeva de todo ser humano, mas requer hierarquia e controle. Sabemos que uma bruxa respeita hierarquias e liberdade. 

A Arte Tradicional é Tradicional porque existe desde seu nascedouro na era pagã. As tintas ou vernizes que cada sociedade ou cultura pintou a Arte não retirou dela a tradicionalidade, desde que Arte é criação e bruxas criam, ou seja, todas as artes são tradicionais, algumas mais que outras.

Um padre que pratica a Arte é na verdade um herege. Herege significa aquele que faz escolhas. Apenas isso. Nada tem a ver com cristianismo ortodoxo ou paganismo e muito menos religião. Você pode ter uma religião como ofício e ao mesmo tempo não ser um religioso e sim um espiritualista internamente.

Pedras Furadas - da coleção do autor
A Arte tradicional está mais vinculado ao senso herético do que a religião.

Entenda a palavra Witch+Craft. Se Witch tem sua raiz etimológica na mesma palavra que deu origem à “Sabio”, Arte Sabia ou Arte dos Sábios ou Arte Bruxa ou Arte das Bruxas é a Arte Tradicional, a menos que se descubra uma palavra etimologicamente em sua raiz e essência acima da hierarquia da palavra Sábio. Então quem nasceu primeiro o sábio ou a arte? Uma só palavra para significar zilhões de coisas = Arte! Quem nasceu primeiro a arte ou o artesão? Quem nasceu primeiro o sábio ou a sabedoria, a bruxa ou a bruxaria?

O esdrúxulo é um não-bruxo ou um não-iniciado na bruxaria querer definir o que é bruxaria e o que não é bruxaria, ou melhor colocado, querer validar o que a bruxaria não é e o que ela é (sem ter conhecimento de causa). Mais esdrúxulo ainda são pessoas bruxas que a princípio se motivaram a escrever livros e ditar regras porque na época eram bruxas e agora se dizem não ser mais bruxas mas continuam lançando livros para bruxas lerem. 

Que espécie de controle que essas pessoas possui sobre você ao cagar regras pra você comer e te limitar sem te dar espaço para que a sua verdade seja tão forte quanto qualquer outra? Se a bruxaria fosse o corpo, a pele seria a arte e uma não existe sem a outra.

O termo bruxaria tradicional não foi cunhado por ninguém. O termo faz parte da etimológica Witch+Craft + tradicional/ clássico, coisa de raiz. Nem precisa ser bruxo para ler um étimo e seu significado. 
O termo passou a ser usado por Roy Bowers porque ele interpretou o étimo e foi a público com isso primeiro que os demais, mas é um termo que pertence a uma categoria que quis explicar o que era a bruxaria antes de Gardner surgir com a ideia dele, ou seja, tudo que não é wicca é bruxaria tradicional.

Sobre bruxaria estar relacionada a feitiçaria é o seguinte: Se a bruxaria fosse um arquiteto, a feitiçaria seria o mestre de obras. Entendem o contexto?

Feitiçaria tem a ver com quem sabe mexer no destino, da raiz latina Fetiche = ação sobre o futuro. Destino é pra onde você está indo, logo, futuro.

A feitiçaria se opera com uso de magia tanto quanto qualquer cabalah ou sistema mágico. Mais uma vez nomes diferentes para a mesma coisa, uma vez que a manipulação de energia está presente e isso significa magia. A arte tradicional se vale da bruxaria tanto quanto a bruxaria se vale da arte tradicional, uma não vive sem a outra, vide Riffard e a comprovação do culto Terra-Mãe há mais de 37 mil anos. Frames mudam, cultos sobrevivem porque a Arte Bruxa tem vida própria. Até mesmo a Arte Eclética deve muito a Tradicional, pois sem essa última, a primeira não teria nascido. Existe tradicionalidade até mesmo no ecletismo, é assim que se nascem os filhos com os DNA’s dos pais.

Por falar em Arte Tradicional, é necessariamente obrigatório citar a Arte Hindu sem sequer citar os anglo-saxões. O frame da Arte de uma cultura muda, mas a arte é a mesma em essência. Bruxas praticam ofícios diferentes e o Chifrudo divino esteve presente em todas.

O cristianismo pode ter dado o pano de fundo na Inglaterra, mas não corrompeu a India, nem o país Basco, e o Chifrudo existiu e existe em todos esses lugares até hoje. Ao Ler Magia Oriental de Idries Shah, a coisa fica mais clara e você passa notar que só mudou o frame, mas a essência continua.

A crença em pessoas astutas e o uso da "magia branca" para ser usada na cura e como proteção contra a "magia negra" foi difundida na Alemanha; no entanto, durante o início do período moderno tais práticas gradualmente se tornaram menos aceitas pelas autoridades, em parte porque a crença na "magia branca" era vista pelas autoridades da igreja como contrária aos ensinamentos bíblicos e parcialmente devido à perda de receitas para certos grupos, como barbear cirurgiões e médicos, como foi o caso em Rothenburg ob der Tauberem que a ação periódica foi tomada contra os usuários de "magia branca". A punição usual era o banimento, e não a execução, como era comum para outros condenados por feitiçaria e pelo uso da "magia negra".

Na Alemanha, praticantes de magia popular eram quase sempre mulheres; no entanto, em contraste, o Hexenmeister (também um termo para um bruxo) ou Hexenfinder que caçava bruxas e "os neutralizava" em nome da sociedade, era sempre do sexo masculino.

Autores como Chumbley, ao abordar o tema bruxaria, se fixou ou se limitou a cultura de seu país ao usar os termos bruxaria e criou em cima disso. Convencionou-se chamar bruxaria tradicional num país sem saber (na época) que o que é de fato tradicional em bruxaria já se encontrava em territórios orientais e outros ocidentais. 

Por ter sido mais usado o termo num determinado lugar no planeta, acabou-se por tomar como verdade absoluta que bruxaria tradicional só existia nas terras anglicanas e saxônicas. Mas felizmente hoje em dia podemos estudar a Rota da Seda e sua rica troca, saber que aquilo que entendemos como bruxaria tradicional (não wicca) já existia no oriente Chinês e veio direto para Itália, passando pela antiga Anatólia (A Troia antiga) local de encontro entre celtas e africanos, talvez isso explique como a deusa celta Brigit foi parar no Vodu como a rainha do culto afro-gaélico. A bíblia, em Gálatas (celtas) podem dar uns índices.

Muitos noruegueses e dinamarqueses praticantes de bruxaria e medicina popular teriam uma cópia do "Svartebok" (ou "livro negro"), um tomo que, segundo alguns, foi escrito por Cyprianus , que é, o Santo dos Necromantes, Cipriano de Antioquia , e por outros ter sido o Sexto e Sétimo livros da Bíblia (ou "Livros de Moisés" como o Pentateuco é conhecido na Dinamarca e na Noruega) que foram deixados fora do oficial Antigo Testamento pelo erudito para que o povo comum não aprendesse o conhecimento contido no texto. 

Um formulário encontrado em um "livro preto" recuperado de uma fazenda perto de Elverum contém muitas fórmulas como uma para uma dor de dente que comanda o usuário do encanto para escrever as palavras "Agerin, Nagerin, Vagerin, Jagerin, Ipagerin, Sipia" em um pedaço de papel usando uma caneta nova, cortar o papel em três pequenos pedaços , coloque a primeira peça no dente à noite e de manhã cuspa a peça no fogo. Isso deve ser repetido com as outras peças. Outro encantamento usado para ajudar uma mulher que está tendo um parto difícil diz usar duas raízes de lírio branco e dá-las à mãe para comer.

Existe uma velha ideia de que foi "Klok gumma", que muitas vezes foi vítima dos Witch Trials no século 17, mas isso não parece ser verdade. No entanto, algumas "mulheres sábias" e "homens sábios" foram punidos, não por bruxaria, mas muitas vezes sob o ponto de acusação de "superstição" (sueco: "Vidskepelse").

Sobre criação, ao exemplo, citaremos o compasso, por protótipo, é um frame que só existe num único local e foi inventado por Roy, logo não é tradicional e sim moderno, passou a ser copiado por muita gente subsequentemente.

Tradicional entre bruxas é a arte que subsistiu e existe em todas as culturas, até mesmo as que nunca tiveram contato umas com as outras, e ainda assim está lá, tal como Folk-Magick e o forcado que já era usado em Alba Longa bem antes de Cristo com o culto da deusa tríplice Anaia, um dos nomes de Trívia.

Do Rito Aukaia - da coleção do autor
Tradicional, por exemplo, em Stregoneria é fazer uso da magia para benefício próprio, sem esse lance ético-aristotelico de que é proibido fazer uso da magia para personal gains.

Ninguém dá o que não tem! Se sua magia não consegue te elevar, como você pretende usar ela para elevar outros que precisam de você?

Esse papo de que santo de casa não faz milagre é pura balela moderna.
Vocês precisam parar de direcionar o preconceito para a palavra bruxa, e assumirem-se bruxas de uma vez por todas, pois enquanto continuarem a negar isso, só mostram o quanto vocês estão distantes de compreender o que é bruxaria de fato!

Por Sett.




A verdade sobre a Arte Tradicional e Arte Bruxa Tradicional - parte 1





Uma mulher astuta do século 19 em sua casa, no Museu de Bruxaria, Boscastle na Inglaterra.



Nesse artigo vamos abordar a Arte Tradicional (Traditional Craft) E a Tradicional Arte das Bruxas (Witchcraft) e provar o por que na raiz são uma coisa só.

O ser humano cria tantos termos para se definir que acaba se limitando por aquilo que define. Criar é muito bruxo, bruxas criam!

Isso implica numa razoável reflexão filosófica sobre O TODO que engloba a bruxaria (Witch + Craft).

Para entender isso deve-se compreender o que o termo “bruxa” abrange.

Quem nunca ouviu falar que toda mulher tem uma bruxa dentro dela?
Quem nunca ouviu um médium espírita afirmar que incorpora uma bruxa?

A bruxa vive dentro de cada um, é um espírito de sabedoria ou a própria sabedoria.

Sonhar é muito bruxo! 

Sonhar te leva para Elphame, também conhecido como mundo astral ou O Outro Mundo, do qual é acessado somente através da sua essência aberta e exposta à Consciência que está desperta.

Todo o imaginário popular, todo folclore e folk-magic, todas as lendas, todos os mitos, todas as crenças em magia e super poderes, toda sabedoria que existe no planeta Terra usada por humanos foram sendo construídas ao longo do tempo desde que surgiu o primeiro humano e, histórias/estórias foram sendo criadas para justificar e referenciar termos, coisas, objetos, acontecimentos e situações do qual a mente humana ainda não sabia explicar.

Quem nunca teve uma intuição de como fazer uma magia sem nunca ter lido se quer um livro sobre o assunto? Esse é o espírito bruxo! E por que não guardar as fórmulas testadas e aprovadas? Sim, devemos guardar e usar.

Quem nunca sonhou com um deus Lobo, Veado, Dragão, Águia, Búfalo, ou qualquer outro animal totêmico?
Isso já demonstra que a bruxa mora em você, ou seja, que sua alma é bruxa e certamente em alguma vida você teve contato com isso de tal forma que reside em ti.

Já se perguntou o por que não consegue ficar longe das bruxas e sempre está envolvido com magia e feitiçaria?
Pois bem, agora você começou a entender o que é uma bruxa! O passo seguinte é descobrir o que uma bruxa faz! 
Se você respondeu que uma bruxa faz bruxaria você errou. A Bruxaria é uma Arte Clássica (tradicional) que tem vida própria. O termo Witch significa Sábio. Bruxaria por tanto é toda sabedoria que existe, não importa se você é uma bruxa mística ou desmistificadora, o termo que te define apenas define o ofício do tipo de bruxa que você é, sem retirar de ti a Arte Bruxa.

Geralmente quem vive da bruxaria (trabalha e obtém seus lucros) prefere o termo Ofício. 
Então essa bruxa ganha a vida com as artes sábias, isso envolve tudo que existe de mágico, místico, superstição, mistérico, E Astúcia (Cunning-Man). O Dom da bruxa vive em cada mago(a), em cada sacerdote/tisa, em cada benzedeira, em cada curandeira, em cada parteira, e em qualquer pessoa que consiga fazer magia (tanto simpática quanto invocativa, ou conjurativa, alta ou baixa, cerimonial, teurgia, etc.

O fato é que quando se possui o dom bruxo, você tem mão pra coisa e por isso mesmo qualquer objeto que você tenha em mãos, seja uma faca de cozinha ou colher de pau, se torna o que você quiser desde que é VOCÊ quem dá poder ao objeto e não o contrário.

Uma bruxa (sábia) que consegue mexer nas nuvens do céu mas ainda não é erudita na compreensão da funcionalidade de seu poder, pode se tornar um perigo até pra ela mesma, é uma bomba relógio. Sem uma filosofia para guiar seus instintos éticos e morais a bruxa pode passar a ser vista como uma bruxa má, uma pessoa malvada, perigosa, que coloca pessoas em risco e se torna até mesmo antissocial.

É por essa razão que antigamente a bruxa era vista como malvada e provocava medo e não porque ela cultuava uma deusa sombria/negra ou uma entidade/deidade demoníaca.
Em primeiro lugar a bruxa má surgiu na história humana porque a igreja insípida disse que ela existia e tinha de ser temida pois era perigosa e cultuava o diabo.

Disso surgiu diversas pessoas com o dom bruxo, mas que não simpatizavam com o termo “bruxa”, deixando-se guiar pelo preconceito que a palavra “bruxa” trazia. Esse tipo de bruxa não queria ser confundida como bruxa, porque o termo ainda era pejorativo e considerado maligno. Voces sabem, faz muito tempo que se convencionou chamar de diabo tudo quanto é espírito que se opõe ao interesse próprio ou de alguém. Aquele lance da culpa ser sempre do outro e nunca sua.

Mas....o segredo do raciocínio é bem simples. As bruxas NUNCA cultuaram diabo nenhum. Sendo assim não existe bruxa má ou boa. Existe Bruxa! (ponto).

Cada uma é permeada pela ética que possui ou falta dela. Isso te caracteriza como boa ou má. È igual a você ir num centro de macumba pedir auxílio para um exu. O exu não é bom ou mal, o bem ou mal está na cabeça de quem vai pedir o favor à entidade.

As nomenclaturas modernas que surgiram também são derivadas das fontes originais de magia e sabedoria bruxa (witch+craft).

Devins-guérisseurs, soothsayer, leveurs , curandeiros e levantadores de maldição, benandanti e malandanti, toverdokters ou duivelbanners, Hexenmeister ou Kräuterhexen, benzedeiros de todas as culturas e países, mulheres de virtudes mágicas, kloge , klok gumma (" velha sábia ") ou klok gubbe (" velho sábio "), Vedmak. São todos bruxos na Arte e mágickos no ofício.

Alguns historiadores e folcloristas optaram por aplicar o termo "astúcia popular" como um termo genérico para toda a gama do fenômeno. A astúcia é um dos diversos dons que uma bruxa possui.
Os nomes usados para astúcia na Itália variam de região para região, embora tais nomes incluam praticos (sábios), guaritori (curandeiros), fattucchiere (fixadores), donne che aiutano (mulheres que ajudam) e mago, maga ou maghiardzha (feiticeiros). 

Às vezes, eram chamadas de streghe (bruxas), embora geralmente apenas “pelas costas” ou por aqueles que são céticos em relação aos seus poderes ou acreditam que lidam com magia negra. Ao contrário de outras partes da Europa, como a Grã-Bretanha, a esperteza/astúcia de ofício sobreviveu no século 20 e no início do século 21, permitindo que a socióloga ítalo-americana Sabina Magliocco fizesse um breve estudo deles (2009).

Porém, o que se deixou de mencionar é que em muitos países as religiões que contem magia e feitiçaria foram por força de lei ligadas a Vecchia Religione ou antiga religião das bruxas, desde que alguns autores como Charles Leland e Gerald Gardner anunciaram que bruxaria era religião (talvez por desconhecimento de que Bruxaria nunca foi religião, mas pra eles na época era). Então a partir dessa lei, tudo que estivesse ligado à magia e feitiçaria sem culto de ofício seria desqualificado como religião e essas práticas não poderiam mais ser chamado de bruxaria. A Strega sabe disso e não tem medo de falar abertamente. Bruxa com culto e bruxa sem culto são bruxas do mesmo jeito. O dom é o mesmo e não é o diabo que dá esse dom. Mas gostamos de deixar o imaginário das pessoas acharem que é o diabo que nos dá poder.


Também não se mencionou a verdade sobre onde nasceu o medo das bruxas, o qual corroborou para fazer a imagem da bruxa uma figura maléfica e temida, e aqui está as 3 fontes:

1 – o Medo das Iyamis africanas (as mães primordiais e seu poder criador e caótico nada controlado por ética Aristotélica);
2 – A Igreja Insípida (a cada vez que as mulheres se separavam dos padres elas ficavam com metade dos bens da igreja – sim os padres podiam se casar naquela época onde a igreja era pueril);
3 – Hollywood (diretores de filmes de terror e fantasia que atuaram até os anos 80).

Convenhamos, Aristóteles quando deixou de presente ao seu filho um livro que serviria de guia para o menino crescer mais feliz, chamado - Ética à Nicômaco - inventou a ideia de bem X mal. A igreja copiou muito do paganismo (Aristóteles era pagão e o próprio Vaticano foi construído sobre um cemitério cuja deusa do local era Vatica etrusca a deusa que dava poder aos mortos) e a partir da ética de Aristóteles passaram a adaptar os conceitos antigos eclesiásticos e moldaram aquilo que iria controlar o resto da humanidade (a massa). Assim, os mortos cultuados anteriormente viraram “santos”. 

Como frame de justiça, usaram a ideia de pecado e perdão que já existiam nas antigas leis de Maat (deusa egípcia da Justiça bem mais antiga que Xangô – ambos africanos) e como antídoto ao pecado inventaram o confessionário. Dessa forma o padre saberia qual sermão iria dar na missa de domingo para vestir a carapuça de todos ali presentes e, para mostrar que o Deus cristão era bom, os padres perdoavam a todos aplicando-os fórmulas de encantamento (salmos e rezas) para recitar tantas vezes e fazer com que cada pecador pudesse sentir alívio e experimentar a absolvição da culpa e do dolo. Dessa forma a Igreja e o Direito andavam de mãos dadas até a separação desse namoro com nada mais que a intrigante coisa laica. 

Após a ruptura da sociedade Igreja e Direito andaram com as próprias pernas separadas as instituições uma da outra e a teocracia experimentava sua queda para dar lugar a democracia. Mas a Igreja mandou que todos tivessem medo das bruxas e assim foi cumprido, afinal, era muito poder nas mãos das mulheres e elas tinham de ser contidas senão a igreja jamais ficaria rica e controladora do mundo.

Portanto, o medo que o povo tem das bruxas, não passa de um golpe da igreja. Assim como magia não tem cor, a bruxa não é boa nem má, mas como em todo mundo, na bruxaria também tem pessoas espúrias e pessoas honestas, também tem leigos/desinformados e eruditos. A sabedoria da bruxa não é aprendida em livros nem em escolas, é uma sabedoria que vem de dentro pra fora, não de fora para dentro. É por isso que as escolas de mistério ensinam a desenvolver esse dom latente (o dom/sabedoria já está dentro, na alma/no espírito/na consciência divina que você é) e quando o aprendiz está pronto ele é INICIADO nesses mistérios. Por conseguinte, uma bruxa sem iniciação terá de sofrer 3x mais para aprender sozinha a como usar e desenvolver seus dons. 

É por isso que a iniciação é tão buscada e preferível, uma vez que, uma tradição que herdou segredos iniciáticos pode formar outras porque TEM conteúdo pertinente Àquela tradição, e isso é 1000 vezes Tradicional!


Entenderam que uma escola ou tradição não faz você virar bruxa e sim faz você aprender a desenvolver e a como usar o dom que já nasceu em você?? Bruxas iniciadas e bruxas não-iniciadas são iguais e separadas, a diferença é que a primeira não irá bater tanto a cabeça para descortinar o uso da sabedoria interna, de seus dons e poderes interiores, de como usar isso ao seu favor e em favor de quem precisa.

Só pra ficar claro, bruxaria é e sempre foi uma tradição espiritual de vários cunhos mágicos que envolve magia que é a sabedoria de manipular energias de acordo com a vontade e intenção. Bruxaria nunca foi religião. O correto é afirmar que existe religiões no mundo que contém bruxaria/feitiçaria.

Como no resto da Europa, o papel primordial da astúcia italiana estava aparentemente em cura, tanto pelo uso de ervas quanto pela cura espiritual. Via de regra, quem não pode curar, também não pode adoecer ninguém/ quem não sabe e não pode amaldiçoar, também não sabe e não pode abençoar.

 O primeiro requeria conhecimento sobre várias plantas e ervas em nome da pessoa esperta, embora se acreditasse que a cura espiritual provinha de um poder interior, conhecido como la forza (poder), la virtù (virtude) ou il Segno (o signo). ). Tal cura foi muitas vezes na forma de remover o malocchio, ou olho do mal, que amaldiçoou alguém.

A astúcia italiana passou da era pagã pra cristã assim como a Strega e ambas continuavam a permanecerem enraizadas no catolicismo romano do país, o que é evidente pelo uso de encantos e orações, que muitas vezes recorrem à ajuda de santos. É a mesma força/ideia que transformou a deusa Brigit celta em Santa Brígida, por força da tradição e poder espiritual utilizados politicamente por quem podia governar que se aproveitou da fé, mas a raiz mágica é a mesma.

Tais praticantes mágicos também acreditavam amplamente que eles lidavam com seres espirituais, ambos benevolentes (que os ajudariam) e malévolos (a quem eles teriam que combater). O último incluía os mortos inquietos e as bruxas sobrenaturais que, acredita-se, causavam dano às pessoas, enquanto os primeiros incluíam os ancestrais, os mortos e os santos que ajudavam a derrotar essas entidades malévolas. Ferramentas mágicas também foram utilizadas pelos astutos italianos e, embora variassem entre as duas regiões e os praticantes, geralmente incluem cordas de fibras ou cordões para amarrar, facas ou tesouras para cortar doenças e espelhos e armas para refletir ou afugentar espíritos mal intencionados, igualmente utilizados pelas Stregas (tanto as de culto quanto as que não possuem culto).


Bruxa é o poder de dentro, se você tem um dom/poder, você é uma bruxa, independente se você é uma bruxa rosa-cruz, uma Strega, uma bruxa visionária, uma bruxa xaman, uma bruxa mística, uma bruxa curandeira, uma bruxa benzedeira, uma bruxa sacerdotisa, uma bruxa santera, uma bruxa wicca, uma bruxa astuta, uma bruxa vodu, uma bruxa hoodoo, uma bruxa Iyami (bruxa iyami significa minha mãe sabia ancestral); uma bruxa de candomblé (candomblé significa “ato de rezar” – uma sábia rezadeira que zela pelos seus deuses de acordo com as liturgias afro-tradicionais de cada região/nação) em fim, cada bruxa com seu ofício, mas todas são bruxas!

Logo se conclui que:

Cunning-folk (Astuciosos), Sorcerers (feiticeiros), praticantes da medicina popular, da magia popular, da adivinhação, bem como todas as reminiscências mágicas que existem, são elas derivadas da Bruxaria, foram promovidas e criadas por elos bruxos, dons bruxos e por bruxos que transmitiram esse “DNA” à sua posteridade. São todos Bruxos!

Por Sett.