sexta-feira, 16 de abril de 2021

ANCESTRAIS & CABEÇA NA STREGONERIA

 



Para o povo do Norte o submundo ficava nos países do Sul. Olhando no mapa podemos constatar o porquê que o povo do Norte Europeu (conhecido como os celtas) tinha a crença que o submundo ficava nos países baixos, ao sul, afinal luz e treva sempre teve muito a ver com a cor, o dia e a noite, o frio e o calor, tiveram e ainda tem muita importância para o desenvolvimento da humanidade desde que as estações do ano foram percebidas pelos antigos, pois eram e são fundamentais para o plantio e a    sobrevivência.


O Início – uma breve curetagem da cosmogonia comparada

No início tudo era Drygthyn (também grafado Drygthon), e essa energia era chamada de Grande Senhor, o Tudo e o Nada, uma forma divina e caótica, descontrolada e desorganizada, um grande poder que a tudo permeava e envolvia.

Drygthyn é um Ser Cósmico real, uma força criadora dos deuses/deusas e de tudo que existe e, obviamente essa cosmogonia é muito antiga. Na África ele foi chamado de Olodùmaré.

Drygthyn não é nem macho nem fêmea, apesar de ser chamado de Senhor, é a um só tempo a pura essência espiritual e resolveu se dividir ao meio criando assim o deus (Duw) da escuridão e a deusa (Duwies) da luz, para que a partir deles fosse criado tudo que conhecemos.

A partir disso, houve a luz e a escuridão, os dois princípios que regem a roda do ano, onde parte dela é governada pelo ano crescente (verão) com luz, e a outra parte é governada pelo ano decrescente, com trevas (inverno), intercalando com períodos de equilíbrio entre luz e trevas (primavera e outono).

Nada se sabe sobre Drygthyn, de onde veio ou porque ele existe, bem como seus mistérios. Drygthyn está além da Terra, ele é a criação de todo universo, é a explosão cósmica que deu origem a tudo que existe no universo e arroios de sua essência no microcosmo está implícita no falo. Contudo, Drygthyn não é um ser humano e nem pode ser equiparado a um. Ele não tem forma e é uma energia totalmente caótica e que contém todas as possibilidades e criatividade. Drygthyn não possui culto direto, mas quando fazemos culto aos deuses estamos também rendendo homenagem à Força da Criação.



Toda a criação é de autoria diretamente ou indiretamente dele. Ele é Deus. Ele foi chamado pelos gnósticos de Saclas, o demiurgo.

Drygthyn é o princípio e o fim de tudo. É o Alpha e o Ômega. Ele é a junção e a divisão das polaridades feminina e masculina conhecidas pelo Tao.

Drygthyn também criou os WiauDu, espíritos sem sexo, divindades, para que o auxiliasse na criação de todos os planetas, galáxias e o nosso lar a Mãe Terra chamada de Daear.

Assim, Drygthyn criou Sffêrhud, o primeiro WiauDu – Sffêrhud é a esfera dona da magia, a esfera que tudo contém e Drygthyn o dividiu em três, se tornando Bydysawd (Universo), Haul-Leuad (Sol-Lua) os gêmeos que criaram os Blaneds, que os auxiliaram a criar o restante. Juntos, com a magia de Sffêrhud eles criaram Haenau, Losgfynid, Tetonig, Nemed, Taranaw, Dana ou Danú (Dan), Tir, Oditano, Afon (ou Fon, Fom), Môr, Cefnfor, Llyn, Nant, Gof, Blaidd, Neidr, Elfen, Aderyn, Gwirodys, Ysbryd, Enaid, Anifeiliaid, Hadaw, Coed, Seren, Kirqfan, Tâm, Glaw, Gwynte, Tymor, e Dynol. Dynol se dividiu assim como Drygthyn, em Dyn (homem) e Fenyw (mulher), e Drygthyn deu um Caputspher para cada um, o portador da cabeça, ele é a um só tempo o bom juízo do bom destino auxiliado por Enaid e Kirqfan.

Esses WiauDu acima foram os responsáveis por criar o conteúdo na Terra. Assim Haenau ficou dono das camadas da terra; Losgfynid criou os vulcões; Tetonig criou os deuses ctônicos (ou placas tectônicas), Tetonig foi quem separou os continentes; Taranaw gerou o raio e o trovão; Nemed gerou Dana (ou Danú) e essa criou a parte debaixo da terra e os continentes superiores e inferiores; Tir criou o chão firme que pisamos; Oditano deu vida ao mundo embaixo dele; Afon era dono dos rios e ajudou no sustento do povo; Môr criou o mar e a vida aquática; Cefnfor deu vida ao oceano e com as águas revoltas estendeu seus braços a todos; Llyn forneceu os lagos; Nant fez os riachos; Gof criou os metais dos ferreiros; Blaidd criou os lobos para serem pastores, caçadores e guias; Neidr criou as serpentes para fertilizar o solo; Elfen criou os elementos da natureza; Aderyn criou as aves e os pássaros; Gwirodys e Ysbryd criaram os espíritos para habitar na natureza; Enaid lhes deu alma e consciência; Anifeiliaid fez os animais e lhes deu Duwcyrn e Cyrnun e eles habitaram o unicórnio, a cabra e o veado; Hadaw deu o sêmen, as sementes para vingar, e ensinou sobre os alimentos; Coed fez as sementes se transformarem em árvores; Seren se tornou todas as estrelas do firmamento para iluminar a escuridão e trouxe seus 4 irmãos virtuosos - os Gwarcheids (IHU – SABAKU – LATAN – HUAIIAKA) também conhecidos como os antigos virtuosos Grigori na tradição itálica-celta, para viverem juntos e guardarem o firmamento, testemunharem a criação de tudo que estava sendo feito no Universo e ajudar na criação; Kirqfan passou a reger e controlar o destino de tudo; Tâm passou a ser dono do elemento fogo e deu som para habitar em tudo; Glaw trouxe as chuvas para refrescar, hidratar e abastecer o mundo ajudando o trabalho de Neidr; Gwynte era o sopro divino e deu a atmosfera e o ar que respiramos para englobar tudo e deu movimento aos ventos, Gwynte tinha grande sabedoria e forneceu trajes de invisibilidade para todos os deuses; Tymor passou a reger as 4 estações do ano e Dynol criou os dinossauros e as primeiras formas vivas conhecidas como seres humanos e, depois disso ele foi habitar em Dyn e Fenyw.

Sffêrhud gostou tanto da criação que veio ensinar ele próprio a magia e seus mistérios, bem como a linguagem de Leuad e a escrita aos primeiros Dyn e Fenyw para que eles pudessem se comunicar e criar o que achassem necessário. Ele tomou forma e se intitulou Caputangspher, também conhecido como Caputspher em latim, o dono/portador da cabeça e dos mundos internos do ser. Esses são nossos ancestrais.



A diferença entre Caputangspher e Capustpher é que o primeiro rege a consciência do ser encarnado e o segundo rege a consciência espiritual que habita em cada ser encarnado.

Outros deuses da família de Drygthyn vieram de longe para prestigiar a grande obra e gostaram tanto do que viram que pediram a permissão de Drygthyn para que depositassem na Terra suas essências, como forma de contribuir com Drygthyn. E assim outros seres foram criados para habitar a Terra e conviver pela regra de Kirqfan, e partir daí houve diversos clãs diferentes e todos se misturaram entre si, gerando novas etnias espirituais capazes de habitar um corpo físico. Nemed foi quem ensinou a arte sagrada, foi o inventor das religiões.

Porém, os habitantes recém criados abusaram do poder fornecido por Caputangsfer e a linguagem de Leuad foi esquecida, então Kirqfan teve de corrigi-los e dessa forma convenceu Sffêrhud também assumir a forma de Marwolet (o senhor da Morte) para que assim pudesse corrigir os seres vivos e dar novas chances trazendo consolo e renovação. O ciclo de Marwolet é conhecido como ciclo da vida, morte e renascimento, e é por isso que o deus da morte é conhecido como O Consolador.

Marwolet foi morar ao pé de Leuad, um lugar chamado Áster e todas as vezes que alguém quisesse se comunicar com os deuses ou pedir os favores de Leuad deveria primeiro invocar Marwolet sob quaisquer dos seus nomes, pois ele era o único que ainda conhecia a linguagem dos antigos e sem ele não há comunicação.

Haul se tornou o iluminador e o castigador, ele julgava e punia a perversidade com seus raios quentes, mas também trazia a fertilidade para Dana.

Dana que havia auxiliado na criação, não suportava o calor do Sol e lhe foi concedido que fosse morar no mar para se refrescar, e quando quisesse vir ao solo firme teria de usar a capa de Neidr, sem a capa teria de continuar a andar debaixo da terra e do mar, circulando-a e se alimentando dos metais de Gof, a fim de evitar que mordesse a própria cauda e destruísse toda a criação. Dana foi a grande cobra que se uniu com Afon, ela abriu e levou Afon até os vales, permitindo que as águas fizessem seu trabalho vital. Dana foi a criadora do rio Danúbio e de muitos outros.

Os descendentes da união de Dana com Afon (DanAfon) são os filhos de Dan e o povo Fon, as vezes grafado Fom (Fomorianos).

Haul e Leuad eram gêmeos e Drygthyn os separou, enviando Haul para o dia e Leuad para a noite.

Drygthyn ordenou que Haul deveria se vestir de humano a cada 7 anos para conviver de perto com o resto da humanidade e conhecer suas necessidades, ajudando-os, corrigindo-os e contribuindo com tudo que estivesse ao seu alcance. Haul deixou na Terra alguns descendentes.

Dessa feita Leuad ficou encarregada de trazer equilíbrio a Terra e a todo seu sistema e suavizar o sofrimento dos seres vivos, contribuir com a fé e o amor sobre todos.

Durante os eclipses Haul e Leuad se encontram e se amam novamente, criando novos descendentes WiauDu.



Os WiauDus – deuses sem forma que contém todo formato em potencial. Os ancestrais divinos.

Marwolet/Caputspher/ Sffêrhud – é o mensageiro entre os mundos, homens e deuses, guardião do lar, também assumiu a forma de Daimon de nossas consciências e do íntimo, grande comunicador e transportador, dono dos dialetos e idiomas, ele leva até Drygthyn tudo o que acontece na Terra e traz à Terra toda vontade de Drygthyn, pois ele também é o portador da cabeça, aqui reside um dos mistérios. Criou a união e a desunião, a sexualidade, os partos e nascimentos, colocou os órgãos genitais nos humanos, forneceu a libido. Muito brincalhão, gosta de pregar peças nos humanos e confundir suas cabeças a fim de testar seu discernimento. Seu símbolo é o círculo e seu dia é a segunda feira e a quarta feira, todas as cores são suas.

Gof – domina os metais, a construção, agricultura e tecnologia. Ele ensinou aos homens e mulheres o cultivo dos alimentos (grãos e sementes). Reina sobre os caminhos que se cruzam, responsável pela união, desunião e reunião. Senhor da alquimia e transformação. É dono da faca com inscrições mágicas e é um dos visionários mais importantes, concedeu oráculos ao mundo permitindo assim que a humanidade pudesse falar com os deuses e saber a vontade dos deuses, recebendo orientações. Seu dia é a terça feira e suas cores são o vermelho e o azul. Seus símbolos são a faca, o olho e a mão.

Coed e Hadaw – responsáveis pela fauna e flora da natureza, pelas ervas, sementes, raízes, folhas, frutos, alimentos naturais e por toda a floresta. Transforma o verde da Terra e fornece oxigênio preservando a vida. São cuidadosos, deram aos homens a arte da cura. Está ligado à caça e a fartura. Suas cores são o verde, vermelho, preto e branco e todos os dias são seus. Seus símbolos são os animais de um chifre ou dois chifres.

Haenau, Losgfynid e Tetonig -  são as 3 forças da Terra, os mais temidos. Podem fornecer doenças e a cura delas. Eles harmonizam tudo, mas também podem desarmonizar, removem energia desapropriada para recolocar tudo ao seu lugar. São guerreiros e andarilhos sobre a terra, mas vivem no submundo. Fornece alimento para a natureza e por isso são muito respeitados e temidos. São eles os responsáveis pela moral e bons costumes, detestam bandidagem e são fiscais naturais. Podem punir crimes e maus comportamentos, como podem abençoar e gratificar pelas boas atitudes, são juízes e sentenciadores ao mesmo tempo. Tir e Oditano são seus vigias. Seus símbolos são a areia, a terra, a palha, a lama, o pó, as pedras, a poeira, a lava vulcânica, a sombra da árvore, e todo ambiente ermo. Suas cores são o vermelho, preto, e o roxo e seu dia é a quinta feira.

Dana – é um WiauDuw da abundância, fertilidade, riqueza, transformações e beleza, criou a forma de Neidr a qual se utiliza as vezes. Quando está com raiva inverte seus atributos. Tomou a forma de uma grande rainha do Norte, que foi morar no Sul após uma grande batalha. Criou o Danúbio e cuidou do povo que vivia atrás do rio. Junto com Afon deu origem a dois povos diferentes, um da cor do dia e um da cor da noite. Quando Dana sobe aos céus em forma de arco-íris, ela fornece abundância e em seguida volta à terra em forma de chuva. Aprovisiona vida e adoração à vida, é a energia do amor no homem e na mulher e em todos os seres vivos, dá vidência, é alegre mas pode mudar seu humor. É considerada mãe das bruxas, magos e feiticeiros(as) ou druídas e possui vários nomes como Dan, Dana, Diana, Ana, Danú, Dannan, entre outros. Quando o povo de Dana desceu no mapa, se espalharam para a Europa e para o Oriente, chegando na África e de lá partiram para Wilion. Em Wilion se intitularam como O povo de Truva. A cidade de Truva na Anatólia, foi habitada por fenícios e invadida pelos Jônicos, Cimérios, Frígios, Milésios, Gauleses, Lídios e Persas. Dárdano chamou Truva, de Tróia. Os imigrantes de Tróia povoaram todo o sul da Itália através da antiga Rota da Seda, levando consigo as culturas orientais-asiáticas mescladas, deu aos seres humanos o Ikribu – uma coleção de encantamentos para serem usados na haruspicínia. Os símbolos de Dana são o phallus; as escamas, os cogumelos, as fadas, a cobra que morde a cauda com a lua no centro, o arco-íris, a flecha e a refração da luz. Suas cores são as 7 cores do arco-íris e seus dias são a sexta feira, o sábado e a segunda feira.

Taranaw – é a segunda força mais temida pois representa a energia da justiça divina, porta o raio e o fogo dos céus. Grita muito, fala alto, e é tido as vezes como o próprio trovão. É uma força muito religiosa, as vezes toma forma de fé e fornece força e coragem, foi e pode ser invocado nas guerras, batalhas e disputas para trazer vitórias. Possui diversos filhos(as) pelo mundo, de ambos os sexos e são chamados de faíscas, centelhas de fogo, fogo fátuo, incêndio, chamas ardentes, fogo espiritual, granizo, ruído do mar, tempestades, sereias. Ele dá voz ao grito, ao eco, e fala nas comoções do mar. No ser humano se manifesta através da raiva e da dor no peito (ou peito cheio/magoado) porque as pessoas só rezam quando precisam e Taranaw traz esse forte sentimento no peito para levar as pessoas a se lembrarem dos deuses. Fornece a defesa e o ataque, a cultura e a inspiração. Suas cores são o branco, azul e o alaranjado. Seus dias são a quinta feira e o domingo. Seus símbolos são o raio e o machado duplo.

Gwynte – é a energia do ar e dos ventos, é movimento e atmosfera, é invisível e de muita sabedoria, aconselha e guia os necessitados, ensinou os seres a respirar e vive entre a terra e o céu. É a porta religiosa que divide o mundo dos homens e o mundo dos deuses. Seus filhos são o dinamismo, as temperaturas e as energias, os redemoinhos e furacões/tufões. Gwynte junto com Taranaw deu vida a tempestade. Transporta as águas aos céus evaporando-as. Pode ser quente e pode ser frio, transporta os espíritos pra onde precisam ir. Seu símbolo é a espiral e os traços de seta. Todos os dias são seus, e suas cores são o prateado, o branco e tons pasteis e metálicos.

Afon, Môr, Cefnfor, Llyn, Nant – divindades das águas supremas e primordiais. Regem todos os sentimentos e desejos, e junto com Leuad comandam a força das marés, os sonhos e a adivinhação, fornecem fertilidade para os campos, subsídios para a vida, a morte, e o renascimento. Seus filhos são os elementos da água e tudo que os representam. Estão presentes nos seres humanos, uma vez que o corpo do ser humano é constituído em 70% de água. Tem filhos(as) com quase todos os WiauDus.

Os WiauDus são nossos primeiros ancestrais, também cultuados no Lararium juntamente com nossos mortos poderosos e antepassados.



Bem, agora que revelei um dos segredos dos ancestrais na Stregoneria, preciso falar sobre a importância de se cultivar uma boa cabeça, bem como cuidar dela e o que fazer com a adversidade mental.

Podemos dizer que Marwolet é a forma opositora de Caputspher. Marwolet é o que mais se aproxima daquilo que na cultura e religião afro, árabe e fenícia é chamado de Elenini – Idobúh iyehiyehmolôh, as vezes grafado na forma em que se pronuncia.

Todos nós passamos por provações na vida. É primordial que tenhamos responsabilidades pelos nossos atos. Muitas vezes somos atacados ou testados pela forma contraproducente de Marwolet, onde as ordálias acontecem, os desafios se revelam, o opositor se mostra e confunde os pensamentos, a mente e a cabeça, os rumos das coisas se desviam e assim, os caminhos ficam fadados ao fracasso e a um destino ruim, podendo até mesmo ser um caminho destrutivo.

Marwolet quando percebe o descumprimento dos preceitos divinos pode provocar obstáculos, criar dificuldades na realização das tarefas diárias, mensais e anuais, provoca por um período um adereço energético que atrapalha a vida de um ser humano e para se recompor em suas atividades e rumo na vida é preciso consultar o Oráculo do Uno (Tuppu `As Ilî – a Tábua do Destino usada na Stregoneria) para assim realizar os ritos sagrados, além de ser necessariamente urgente a correção das práticas de comportamento e caráter com vigilância constante e honradez.

Feitiços e maldições podem desviar os rumos do destino de alguém? Sim, pode. Para isso os oráculos são consultados, também.

Marwolet é o guardião da câmara interior de Drygthyn, nascido juntamente com Caputspher. Essa câmara é o local onde cada ser escolhe seu destino antes de nascer. Marwolet é a testemunha de nossas aspirações, inspirações, dons, virtudes e vícios diante da Força Criadora Drygthyn.

Quando Drygthyn criou e enviou os deuses para a Terra, também enviou Marwolet para lhe informar todos os comportamentos de todos os seres aqui na Terra.

Marwolet testa nossa determinação e nosso caráter oferecendo impulsos, perdições e várias emboscadas que põe em risco todos os pactos feitos por nós diante de Dynol e Drygthyn. Sabe tudo aquilo que você aprende que não deve fazer? Pois bem, Marwolet é a força que te colocará à prova para saber o quão correto e merecedor de bênçãos você é. Uma das missões de Marwolet é criar dificuldades para testar nosso caráter e assim conflitando diretamente com Caputspher (o portador da cabeça) cuja regência é guiar a pessoa para o seu bom destino.

Ao decidirmos viver sem a influência do ego personalizado, se valendo dos trabalhos de transformação e rituais, escolhendo um bom caráter e os conselhos dados pelos deuses através do Oráculo, aprende-se grandes lições e se recompõe os rumos do destino.

É preciso ser uma Sacerdotisa-strega ou Sacerdote-stregone bem experientes para reconhecer as ações de Marwolet na vida de uma pessoa, pois muitas vezes alguém está sob essa influência e ao invés de ajuda-lo, acabam por piorar tudo.



Uma pessoa sob efeitos de Marwolet pode apresentar sinais e sintomas de rebeldia proeminentes, sua face fica estranha como se estivesse “possuído” e por puro desconhecimento do fato as pessoas que não sabem ajudar, se afastam. Uma pessoa sob influência de Marwolet pode se suicidar ou se auto destruir sozinha, por isso a importância de cuidar de Caputspher, para que tal pessoa não fique cego em suas ações, mente e espírito, uma vez que Marwolet abre campo para que Mania a deusa da morte e da loucura se aposse da mente e se assente frente ao destino. Mania vem junto com seu cortejo e é equivalente as Erínias/Fúrias que só trazem perdas e infortúnios, fracassos e infelicidade além de cobrar pelos atos injustos cometidos.

Porém é preciso ter em mente que essas forças são sempre conjuradas por alguém (seja a própria pessoa que com seu mau comportamento e quebra de preceitos divinos abre espaço para isso, ou seja enviadas por outrem) e são preciso muitos procedimentos ritualísticos e muita força de vontade para se levantar novamente, pois essa força negativa se alimenta e se apossa dos pensamentos da pessoa, da cobiça, do ódio, da individualidade, da gula, da preguiça, das sombras que residem nela, o preconceito, a intolerância, a ganancia, a soberba, as mentiras, o egoísmo, desvirtua o raciocínio, essa força muda os valores primordiais, a pessoa pode cair nas drogas, sofrer perdas, danos, roubos, assaltos, acidentes, álcool, promiscuidade, todas as ações humanas e os excessos que afastam o bom caráter e o bom destino, etc. Todas as energias formam um portal por onde Marwolet e Mania entram para causar muitos obstáculos na vida de uma pessoa, afastando amigos, parentes, trabalho, dinheiro, amor e causa depressão, doenças, surtos de violência e loucura, destruição e até mesmo a morte. Essa energia pode destruir até mesmo um Coven inteiro ou irmandades inteiras.

ilê-ori africano tradicional


Um Caputspher bem cuidado positiva Marwolet, pois os ritos sagrados possuem a prescrição polarizante!

Possa a Senhora Nortia e o Velho Satre abençoar sua vida!

Por Sett Lupino. 

sábado, 3 de abril de 2021

EM DEFESA DE UMA MORTA – MADAME BLAVATSKY

 

 

Nós bruxos respeitamos muito os mortos e ancestrais, bem como nossas linhagens horizontais e verticais e, achamos por bem dar esse arquétipo aos acéfalos que estão desprovidos de reverencia e respeito para com a diversidade intelectual, esotérica, religiosa e espiritual.

Se fossemos dar credito a uma acusação toda vez que alguém se levanta para tal, não seríamos quem somos. A história da criminologia está recheada de gente poderosa politicamente, cometendo injustiças com as próprias mãos enquanto se vale da lei do mais forte. Mas a justiça nem sempre está do lado do mais forte porque força não é sinônimo de justo, quicá de “músculo intelectual”. Seria preciso citar a disciplina de Cifra Negra para provar que TODOS de alguma forma comente algum tipo de crime (mesmo que invisível se pareça)? Ninguém está acima do Sol e Nemesis. Até mesmo os mais virtuosos possuem falhas. É por isso que a palavra "Perfeito" signifca "para ser feito", trata-se de um trabalho constante de vigília, autocorreção e forja do caráter.

Ultimamente tem-se balizado em meios esotéricos uma acusação universalmente infundada acerca da integridade de Elena Petrovna Blavatskaya.

Nós que não somos adeptos das doutrinas aderentes dessa ilustre escritora, no entanto, lemos e estudamos suas obras como qualquer outro livro de pesquisa e, constatamos que qualquer pessoa sem erudição é capaz em uma simples investigação, valer-se do processo indutivo e também do contraste e análise da vida, caráter e comportamento dessa mulher ímpar.

A conclusão de que o embuste de tal acusação não passa de uma perseguição esfaimada e difamatória por parte de um espírito obcecadamente destinado a destruir a imagem dessa douta senhora é simples de se comprovar e somente os moucos acreditam na falácia engendrada por esse espírito de sobrenome Emmete.

Elena deixou inúmeras provas atestando que o material produzido era realmente dela, tais como inúmeras cartas com coautores de filosofias diversas, bem como orientadores e mestres numa época em que as ideias semelhantes foram desenvolvidas, anotações e versões inacabadas, pessoas do seu dia-dia que foram testemunhas vivas dos inúmeros desabafos e reflexões acerca dos mistérios compreendidos por ela oriundos de professores, registros de diários os quais se apresentam sendo de sua autoria, pois revelam a evolução do raciocínio construído, inclusive registros de pensamentos por parte de tradições orais que ela recebeu e que anotou para compor e organizar posteriormente seus pensamentos e suas obras. Não há nada de novo debaixo do Sol, tudo é ensinado e transmitido, moldado, copiado, anotado, e principalmente, quando se trata de uma tradição recebida costuma-se passar ela para frente do jeito em que recebeu, inclusive as lições, verbetes, anunciados, orações, expressões, etc. Se isso é plágio então todas as religiões do mundo se plagiaram umas nas outras.

Para encabeçar, se ela plagiou, então podemos afirmar de igual forma que o Catolicismo plagiou a cultura espiitual etrusca e a ideia do pecado que já estava registrado nas 42 leis de Maat no antigo Egito, ou ainda, podemos afirmar que o Candomblé plagiou a antiga cultura Semítica dando cara nova a ela. O plagio teria então ocorrido através de seus autores orais. Pois bem, sabemos que não se trata de plágio em nenhum dos casos, inclusive no caso da Elena, até porque, é fato notório que em se tratando de misterios antigos e esoterismos todos os livros antigos a que se possa ter consulta não resta autor, mas sim um nome que representa diversos autores, como no caso de Hermes Trimegistro, figura que nunca existiu, mas que é ponto chave em todos os compêndios hermeticamente construídos para iniciados, não para as massas. Blavatsky não era racista nem fascista muito menos nazista. Ela tinha amigos de todas as culturas, cores e tradições religiosas/espirituais. Suas atas, suas cartas e imagens ao lado dessas pessoas estão expostas na internet e não nos cabe mostrar aqui, bastando uma rápida consulta se acha esses documentos tanto na internet em inglês quanto em qualquer língua e país. Sua filosofia esotérica a respeito das origens do ser humano partilha integralmente com o pensamento tradicional das diferenças de espíritos, não de cor da pele. Esse mistério só pode ser compreendido dentro de um contexto iniciático, não fora dele, até porque, existe um antes e um depois a ser treinado para a correta compreensão dos termos e dos mistérios. Esse assunto não pode nem deve ser julgado por não-iniciados e isso deve ser respeitado.

Em outras palavras, para quem conhece suas obras e sua vida a fundo mais do que eu, não gastará muito tempo para desmascarar as acusações de plágio oferecidas por William Coleman Emmette, o espírito obsessor.

Primeiramente só há que se falar em plágio quando se pretende receber indenização ou por força das regras da sociedade e da lei dar oportunidade para que se corrija a obra. Em nenhum caso se verifica a oportunidade de trazer um morto de volta a vida para que tal ato se cumpra. Em segundo lugar é pouco ou quase nada virtuoso acusar uma morta que não está aqui para se defender. Tal acusação é pura falta de respeito para com os mortos e de um mal caratismo sem tamanho.

Entretanto, vamos demostrar aqui algumas fontes de seus escritos, bem como os objetivos dessa mulher erudita que deixou um legado riquíssimo à sua posteridade, removendo por completo as acusações oriundas do reverendíssimo besta, também conhecido como amigo do alheio, insidioso e mouco.

Madame Blavatsky como ficou conhecida tinha o objetivo de estudar e pesquisar para compreender e desvendar os mistérios por trás da sabedoria. Ela não era obstinada a criar uma religião como Kardec foi, então demonstra-se pouco provável que ela tenha plagiado Alan Kardec e outros autores.

Sua acirrada pesquisa se deu em todos os lugares por onde ela viajou, diferente de Kardec que quase não explorou o mundo em campanhas de pesquisas. Realizou contrastes de pensamentos, evoluindo seus aprendizados e claramente sua intenção era deixar registros para serem consultados pelo mundo ocidental.

Kardec tinha um dom mediúnico e outra linha de raciocínio mediúnica, bem diferentes dos dons mediúnicos da autora, mas ainda assim mediúnicos, portanto as trocas de leituras eram equidistantes e equivalentes à matéria mediúnica onde ambos “canalizavam” sem autores. Isso se soma tanto em predominância quanto em contrapartida filosófica numa época onde autores desse dom eram raros e poucas referências bibliográficas de espiritismo haviam para serem consultadas por ambas as partes, portanto, coisa comum entre dois ilustres médiuns que viveram quase na mesma época, e que tinham total liberdade para adotar os pensamentos uns dos outros, se é que isso ocorreu, haja vista que não passam de especulações.

Blavatsky contribuiu com o sagrado feminino. Revelou segredos que o kardecismo nunca apresentou.

A produção literária da autora é invejada até hoje e por isso mesmo causa os vários objetos de críticas. Madame Blavatsky teve contato e amizade com Albert Rawson, Paolos Metamon, Morya, Herrick, Penn, Newman, Kut Humí, também com o cabalista polonês Max Théon, entre outros nomes ilustres da época. Ela nunca afirmou ser dona de todos os pensamentos que ela demonstrou em suas obras, mas se alguém ainda quiser fontes, basta saber com quem ela andava e o que ela leu. As principais fontes de interesse dela foram os mistérios gregos, coptas e drusos (com escolas mistéricas de ensinamentos bem mais profundos, tradicionais e mais interessantes que o Kardecismo).

Ela reuniu um compendio de ensinamentos e viajou para o Oriente Médio, estudou com os Hindus e brâmanes, viajou para os Balcãs, Grécia, Egito, Síria, Florença, Constantinopla, Tibete, Chipre, permaneceu um tempo no mosteiro de Tashi lhunpo em Shigatse, a sede do Panchen Lama, foi para Transilvânia, Sérvia, se reuniu com os Carbonaros da Itália, e até mesmo apoiou as tropas de Giuseppe Garibaldi entre outras coisas. Ela buscou conhecimento. Ela deixou um legado que ela reuniu.

Em 1872 ela fundou a société Spirite, a qual incentivava médiuns espíritas apoiando a causa de Allan Kardec, (e não contra ele) e, essa experiência para ela foi tão frustrante que ela logo abandonou a ideia de apoiar a causa como foi revelado nas cartas da família onde ela demonstra estar desolada com os participantes desse grupo, dentre os quais alguns fingiam ser médiuns, enquanto outros eram alcoótras, ladrões e afins. Como o grupo não prosperou com os objetivos do início, ela retornou em julho de 1872 para Odessa e, na primavera de 1873 o seu mestre a instruiu viajar para Paris e depois para Nova Iorque.

Eu não vejo nada de Kardecismo nos ensinamentos da Madame, somente vejo ciência, religião (que contem rituais do tipo casamento) e filosofia, também vejo filosofia oculta e práticas de mistérios antigos, senão vejamos:

 

“A existência de um Princípio onipresente, eterno, ilimitado, imutável, insondável, impenetrável à razão humana e além do próprio âmbito do pensamento. É a realidade absoluta que existe antes e além de toda manifestação, é a causa eterna de todas as coisas, sua fonte e destino último. Este Princípio, que os gregos chamavam de Logos, os ocidentais chamam de Deus e os hindus de Parabrahman, não possui atributos e não pode ser descrito de qualquer maneira concebível; é a Causa sem Causa, o Absoluto da metafísica. A primeira manifestação objetiva desse Absoluto é uma dualidade: Espírito (Purusha para os hindus) e Matéria (Prakriti para os hindus), que juntos formam a base de todo o ser condicionado. São apenas aspectos do Absoluto, e não realidades independentes, e em relacionando-se com a sua fonte formam a primeira Trindade, que antecede o cosmos e é a inteligência-consciência que guia toda expressão objetiva ulterior. Na relação entre Espírito e Matéria aparece outro elemento, Fohat, ou Segundo Logos, que é a própria Vida, uma energia dinâmica pela qual a ideação espiritual se imprime na matriz substancial sob a forma de leis da natureza. Consequentemente, do Espírito ou ideação cósmica procede a Mônada humana, e da Matéria ou matriz substancial emergem todos os corpos manifestos onde a inteligência única se individualiza e pluraliza”.

As fontes de seus escritos são lições embutidas nisso:

Na Gnose, com as obras de Simão Mago; no Misticismo, na Magia e Alquimia medievais e renascentistas de Paracelso, Jacob Boehme, Mestre Eckhart, Van Helmont e Robert Fludd; o Hinduísmo com suas várias escolas, destacando-se as obras clássicas dos Vedas, os Upanishads e o Bhagavad-Gita; o Budismo Mahayana; na Cabala, especialmente através de Eliphas Levi; a Maçonaria; o Espiritismo; as mitologias de todo o mundo; a literatura patrística de Justino, Ireneu de Lyon, Tertuliano, Eusébio; a produção científica de seu tempo; Platão e os Neoplatônicos Orígenes, Porfírio, Plotino, Amônio Sacas; os clássicos como Plínio, Ovídio, Homero e Josefo; os Herméticos; os Rosacruzes; o Zoroastrianismo; a tradição caldéia; a literatura judaico-cristã incluindo a Bíblia, o Zohar e o Talmude; a tradição árabe-sufi, entre tantas outras referências.

Até mesmo Carl Jung disse que ela foi o profeta da reorientação espiritual do ocidente.

Enquanto Ellwood & Partin vêem a contribuição de Blavatsky como de grande importância na restauração da dignidade da herança espiritual dos povos colonizados da Ásia durante o século XIX;

Catherine Albanese disse que o vocabulário técnico e a interpretação peculiar das doutrinas asiáticas que Blavatsky apresentou deram as bases para o desenvolvimento de todo o sistema de pensamento metafísico na América do Norte, um fundamento que continua válido até os dias de hoje e influencia também os pensadores asiáticos e europeus modernos;

Ellwood & Wessinger dizem que ela fortaleceu significativamente o movimento feminista, legitimando a atuação pública e a liderança das mulheres na sociedade e não fazendo distinções valorativas de gênero;

Olav Hammer acredita que mesmo que as escolas herdeiras da Teosofia de Blavatsky tenham se revelado muitas vezes inconsistentes e sem um sistema realmente integrado ou lógico de pensamento, e que a própria Teosofia original também tenha falhas nesse aspecto, seu legado é importante para a pós-modernidade em vista da apropriação da alteridade exótica para formar um corpo de conceitos identitários coletivos, e se revelou útil para a Psicologia na dissolução das barreiras do ego privado em benefício de uma visão de integração social e respeito à pluralidade, evitando ao mesmo tempo as armadilhas do relativismo niilista ao afirmar a fraternidade da humanidade, a unidade essencial de todo o universo e sua evolução positiva.

Luís Pellegrini afirma que ela foi uma pioneira no estudo científico moderno das inter-relações entre matéria e energia, postulando vários conceitos em que apresentava a possibilidade da divisão do átomo, descrevendo o processo de liberação de energia concomitante, e alertando ao mesmo tempo para os perigos que a manipulação da estrutura da matéria acarretava, isso décadas antes das primeiras bombas atômicas explodirem em Hiroshima e Nagasaki.

Também antecipou ideias sobre a Física Relativística e a Astrofísica ao tratar da teoria dos campos de força, tanto cósmicos como infra-atômicos, ao sugerir uma hipótese semelhante à do Big-bang para a criação do universo e descrevendo corretamente o processo de formação de estrelas a partir de nebulosas.

Nandy & Visvanathan lembram que ela anteviu as possibilidades da Psicologia e da Psicossomática dizendo que os médicos de seu tempo perdiam tempo em buscar a origem das doenças exclusivamente no corpo físico, e que o segredo da Medicina estava na compreensão do funcionamento da mente e das suas relações com o corpo.

Anna Lemkow a aponta como a primeira ocidental a dizer que a matéria não é coisa morta e inerte, como a pioneira do estudo da Biologia dentro de uma perspectiva cosmológica e a precursora da teoria moderna do Design Inteligente e do Movimento Holístico.

Talbot Mundy em 1926, então uma espécie de decano dos escritores de literatura orientalizante, disse:

“É absolutamente garantido dizer que todos os críticos de Madame Blavatsky, não esquecendo nenhum deles, por mais inteligentes que sejam, mesmo se trabalhassem todas as suas vidas e aplicassem todos os seus esforços e inteligência, não seriam capazes de produzir uma obra-prima como A Doutrina Secreta”

Pois é, quem somos nós na fila do pão?

Por fim, ela mesma escreve:

“Fiz apenas um ramalhete de flores do Oriente, e não acrescentei nada meu senão o laço que as amarra. Alguns dos meus amigos poderão dizer que não paguei todo o preço por esse laço? - Helena Blavatsky, Ísis sem Véu, vol. I, p. 42

Sérgio Luís de Carvalho, escritor Português conta, que a palavra aberrante (anormal) vem do latim aberratio e, entre os romanos designava quem andava sem destino. Podemos considerar que as acusações contra Blavatsky foram elaboradas por um aberratio que nutria invídia pela escritora, uma vez que ela criou seu próprio destino.

As acusações de William Coleman Emmette foram verificadas e, estão expostas também na internet para qualquer exímio consulente que se preze pesquisar. As conclusões de William foram contestadas como mal documentadas e tendenciosas, incluindo a alegação de sua titulação acadêmica restou ser falsa.

Por tanto, a apreciação das acusações feitas por esse Onagro não merece prosperar em quaisquer apontamentos, haja vista que partiram de uma mente cuja personalidade sevandija desmerece respeito ou admiração.

Sett.