Você já deve ter ouvido a frase: “morte do ego” ou “matar o ego” ou então uma afirmação assim: “você tem que matar seu ego!”
Certamente
isso soa com bastante estranheza logo de cara, especialmente porque a maioria das
pessoas está acostumada a identificar o ego com os escritos de Freud e, ficam
sem entender nada.
Esse
artigo pretende sanar a sua dúvida acerca desse assunto de uma vez por todas.
De
acordo com Sett Lupino, o termo em si passou a ser bem mais conhecido e
popularizado nas escolas de esoterismo Martinistas após a morte de Louis-Claude
de Saint-Martin em 13 de outubro de 1803, mas foi utilizado igualmente pela
Golden Down, por ser mistério conhecido de bruxos e bruxas. Após essa época o
conhecimento esotérico sobre a morte do ego ganhou espaços em todas as ordens
mágicas e meios mágicos e assim se difundiu, com a diferença das escolas
iniciáticas, algumas pagãs (orientais e ocidentais) e outras cristãs (orientais
e ocidentais). Entenda Teólogos orientais e ocidentais como diferentes linhas
de raciocínio filosófico que dão pano de fundo.
Saint-Martin,
influenciado pelos escritos valiosos de Jacob Boehme, se propôs a ser discípulo
de Martinez de Pasqually, o maçon que herdou as patentes do pai, dada pelo Rei
Charles. Tanto o nome Martin+ez quanto
Saint-Martin (leia-se San Martan), dá origem às escolas esotéricas Martinistas.
Louis-Claude
de Saint-Martin foi um filósofo, místico, militar e advogado que ao lado de
Jean-Baptiste Willermoz lançou a base do Martinismo, o qual Influenciou
diversos ocultistas franceses, especialmente Éliphas Lévi, Stanislas de Guaita
e Papus.
Após
ser apresentado a Martinez de Pasqually e à Ordem dos Élus Cohens do Universo,
nos idos de 1768, Saint-Martin foi iniciado nos três primeiros graus simbólicos
da referida Ordem pela espada de Balzac.
Élus
Cohens do Universo se traduz em Sacerdotes Eleitos do Universo, onde a palavra
Cohen quer dizer Sacerdote - do hebraico: Pastor. Todo pastor é um sacerdote.
Junto
de seu melhor amigo Jean-Baptiste Willermoz, após a morte de Martinez de
Pasqually em 1774, no Haiti, iniciam de forma individual uma nova forma de
misticismo cristão, criando uma sociedade iniciática, conhecida como Sociedade
dos Filósofos Desconhecidos, a qual influenciou mais da metade da Europa de seu
tempo. Suas correspondências com Kircheberger, o Barão de Liebisdorf, entre
1792 a 1799 reintegra a ordem de suas preocupações com os erros de julgamento
cometidos pelos seres humanos, tendo em vista seu caráter de Jurista do Direito.
O termo vício é muito usado em direito. Esse termo significa erro. Uma pauta
viciada significa que o texto está errado ou contem erros. A mesma tradução se
transporta para a palavra pecado a qual quer dizer erro de alvo nas línguas
gregas, romanas e judaicas, menos na língua egípcia antiga, pois essa última
quer dizer incriminar. Para uma sociedade teocrática isso faz diferença até
mesmo nos processos psicossomáticos das fases da doença física, pois recebe
influência direta. Uma verdadeira iniciação não te impede de cometer erros de
julgamento e de conduta, mas te obriga a refletir sobre isso e mudar a natureza
de seus atos para não errar mais e sair do looping.
deusa Carna - imagem da tradição familiar Lupino |
Em
sua obra intitulada Suite des Erreurs et de la Vérité, A Salomonopolis,
Androphile, de 1784, pode-se ter uma base acerca da ocupação de seus
pensamentos. Ele pode ter sido um dentre outros pioneiros de sua época nas
questões de transformação social e individual.
Outra
de sua obra que emplaca a questão do ego é a obra intitulada Tableau Naturel des
Rapports qui Existent entre Dieu, l'Homme et l'Univers. Édimbourg, de 1782. (em tradução literal significa: Tabela
Natural das Relações que Existem entre Deus, o Homem e o Universo).
Também
foi influenciado pela Revolução Francesa para
que fosse fundamental sua contraparte.
Seu
pensamento era grande e transformador pela época, e foi demonstrado nas obras
das quais ele aborda temas como a Influência dos Signos no Pensamento e o
espírito das coisas ou um olhar filosófico sobre a natureza dos seres e o
objeto de sua existência. Saint-Martin interiorizou a Teurgia e a Alquimia e,
Papus posteriormente chamaria isso tudo de Martinismo.
O
processo de regeneração do homem era trabalhado igualmente ao Hermetismo,
apesar desse último ter sido combatido por Saint-Martin. Toda prática
Martinista se fundamentava na interiorização da compreensão, um trabalho
interno e individual da compreensão de elementos alquímicos, porém sem as obras
laboratoriais. Era em essência, uma arte de pensar com o Espírito a partir da 1
- Purificação como preparo ou ante-paro, 2 - Pedido em oração, 3 - Recebimento
da graça, e por último 4 - A ação a partir do sucesso da segunda obra.
Pasqually
havia escrito a obra intitulada Tratado da Reintegração dos Seres, onde comenta
o Pentateuco, sob uma ótica reinterpretada da Torá associada ao ensinamento,
instrução e lei da primeira seção do Tanakh, que contêm, além dos relatos
“históricos”, um conjunto de prescrições religiosas, rituais, culturais, e
legais ditados por Moisés e construídos na era Patriarcal para uma sociedade
Teocrática.
O
Pentateuco teve sua primeira aparição datada em um texto do gnóstico Ptolemeu
no século II.
Pasqually
reinterpretou a queda da consciência luminosa e a reintegração do ser enquanto
percorre o caminho de restauração de seu instituto divino. As posses das
faculdades mentais somadas às virtudes do espírito divino resultaria no direito
e na imposição da autotransformação, derivando o homem, assim, em um Magus.
Antes
de Gerald Gardner, o título de Magus já era conhecido pelas Ordens Maçônicas de
cunho Francês desde os idos de 1.700. A morte do ego ou, as iniciações já eram
conhecidas nos ritos de York, nos ritos escocês antigo e aceito e, nos ritos de
Mizraim. De igual forma esse esoterismo já era conhecido dos antigos Covens de
Bruxas.
Para
te dar certeza disso, trago a Doreen Valiente em pauta. Ela disse ter sido
completamente levada por Cochrane e durante um bom período esteve trabalhando
com ele e que ele descrevia sua tradição como sendo o “Clan of Tubal-Cain”, o
qual também era conhecido como “The Royal Windsor Cuveen”, ou 1734. A nomenclatura “1734” tem uma história
interessante. No livro The Rebirth Of Witchcraft Doreen confere uma explicação
um tanto estranha e que contradiz a descrição conferida pelo próprio Cochrane
em uma carta endereçada à Joe Wilson, datada de “Dia 12, Noite 1966”, em que
ele diz,
“...a
ordem de 1734 não é uma data de um evento mas um agrupamento numeral que
significa algo para um bruxo”.
“Um
que se torna os sete estados de sabedoria - a Deusa do Caldeirão. Três que são
as Rainhas dos elementos - fogo que pertence ao Homem, e ao Deus Ferreiro.
Quatro que são as Rainhas dos Deuses do Vento”.
“Os
judeus ortodoxos acreditam quem quer que saiba o sagrado e impronunciável nome
de Deus tem poder absoluto sobre o mundo material. Sendo breve, o nome de Deus
pronunciado como Tetragrammaton ... decompondo-se nas letras Hebraicas YHVH, ou
Adam Kadmon (O Homem Celestial). Sendo o nome Adam Kadmon tido como o composto formado
por todos os Arcanjos - em outras palavras uma forma poética do nome dos
Elementos”.
“Então
o que os Judeus e Bruxas acreditavam, era que o homem que descobrisse o segredo
dos Elementos, seria capaz de controlar o mundo físico. 1734 é a forma bruxa de
dizer YHVH”. (Cochrane, 1966).
Vale
lembrar que, como sociedade filosófica e filantrópica, a maçonaria foi fundada
em 24 de junho de 1717, na Inglaterra. Como podem perceber os anos de 1700
foram prósperos para o esoterismo tradicional somente em circuito fechado. De
novo venho lembrar que, O Royal Windsor Cuveen desmantelou-se depois da morte
de Cochrane, para renascer das cinzas no Samhain daquele ano com um novo nome -
The Regency. Todos os membros iniciais eram oriundos do Royal Windsor Cuveen, e
estavam sobre a liderança de Ronald White.
Alguns
encontros de bruxos ocorriam em North London, em um local chamado Queens Wood.
Outros nomes ligados ao conhecimento esotérico das bruxas são: John Math,
fundador da Associação de Pesquisa sobre Bruxaria Witchcraft Research
Association e editor da revista Pentagram, e Tony Kelly, o fundador do
Movimento Pagão (Pagan Movement), também a Rae Bone e Alex Sanders (ambos
bruxos hereditários e iniciados em outras tradições de bruxaria); Madge e
Arthur; John e Jean Score; Prudence Jones; Vivianne e Chris Crowley; Michael
Houghton; Ithell Colquhoun; Kenneth Grant; Madeline Montalban e Nigel; Olive
Green; AO Spare; John e Kathy (Caitlin) Matthews; Pat e Arnold Crowther; Pat
Kopanski; Maxine Morris; Seldiy Bate; Margaret Murray; Mike Howard; Charles Leland;
Carlo Ginzburg; A. Crowley; MacGregor Mathers e Waite; Robert Graves; Hargrave
Jenning do coven de Cambridge em 1870; Francis King; Sybil Leek bruxa
hereditária do Horsa Coven; Julia Phillips; os membros da Sociedade Folclórica
de 1938; os membros da Rosicrucian Theatre em Christchurch da Old Dorothy
Clutterbuck iniciadora do Gardner; Russel; Hutton; Dion Fortune; Louis
Wilkinson ou como foi chamado Louis Marlow o qual era contribuinte da revista
‘Equinox’ de Crowley; além de Allen Andrews que revela muito sobre os trabalho
das bruxas com detalhes sobre o trabalho realizado pelas Bruxas Inglesas do
Sudeste Coven na revista Illustrated de 1952; Ruth Wynn-Owen que também clamava
ser hereditária, a qual brigava com Roy Bowers; Joe Wilson; Charles Cardell;
Ned Grove; os membros da OTO; Cecil Williamson; os Riplyes de Toronto; Os
Anderson da Fery; os descendes de uma miríade de tradições esotéricas incluindo
Rosa-cruz, Teosofia e Maçonaria Livre. Esta última, por direito próprio, assim
como a SRIA - uma associação escolar e cerimonial aberta apenas para
Maçons-Mestres.
Se
o Estabelecimento Alemão ou Fraulein Sprengel realmente existiram é um assunto
ainda discutível, mas tanto em fato como em espírito, esta foi à fonte para “Cypher
Manuscripts” que serviu para o estabelecimento de Isis-Urania em 1888, fundada
por Dr Wynn-Westcott com o Dr Woodman, e MacGregor Mathers. Não eram apenas
todos os três Altos Maçons; Wynn-Westcott e Mathers também eram membros da
Sociedade Teosófica. A questão mais importante, no entanto é o fato que estes
três homens formavam o triunvirato que administrava os assuntos da SRIA.
Isto
é importante, pois a SRIA incluía Hargrave Jennings como um de seus membros, e
Jennings possui a reputação de ter tido envolvimento com um Grupo Pagão no
final do século 19, o qual foi inspirado na Sociedade Apuleius - The Golden
Ass. Entre os Membros do Templo de Isis-Urania constam nomes como Allan
Bennett, Moina Mathers, Aleister Crowley, Florence Farr, Maud Gonne, Annie
Horniman, Arthur Machen, Fiona Macleod, Arthur Waite e WB Yeats. Também estavam
entre os associados Lady Gregory, e G. W. Russell.
Todos
eles abordaram incansavelmente os elementos-tema que compõem a morte do ego, a
iniciação e todos são bruxos e bruxas.
É
interessante mencionar que, em se tratando de iniciação, no livro Bruxaria Hoje
de Gardner menciona vários autores ao especular de onde os ritos wiccanos
tiveram origem. Ele diz:
“O
único homem que eu posso imaginar ser capaz de ter inventado os ritos foi
Aleister Crowley”. Ele continua dizendo, “O único homem que eu posso imaginar
com capacidade para ter feito isto é Kipling”. Ele também menciona que,
“Hargrave Jennings talvez tenha inserido sua contribuição”. E então sugere que
“Barrat (sic) do O Mago, cerca 1800, teria tido a habilidade de inventar ou
ressuscitar o culto que contém bruxaria”.
Para
alem da definição de Oxford sobre a etimologia da palavra Witchcraft como A
Arte dos Sábios, trago de novo a Doreen Valiente. Ela não rejeitou a derivação
da palavra “witch” (bruxo) do Anglo-Saxão; o que ela rejeitou foi a
possibilidade das palavras wicce ou wicca, derivarem do significado Anglo-Saxon
de “wise” (sábio), ou de palavras significando “to bend or change” (dobrar ou
mudar), ou advindas de palavras que significassem “weak” (fraco) ou “wicked”
(ruim); neste ponto ela concorda com a teoria do Prof. Russell que indica ser
uma palavra decorrente de uma raiz Indo-European – ‘weik’ – uma derivação que,
de um modo geral, é hoje, aceita pelos etimologistas, mesmo tendo weik o
sentido de separar, no aspecto religioso, pode significar, consagrar, mudar e
tornar santo, o que inclui o trabalho feiticeiro de uma iniciação.
Devo
acoimar agora um fator que poucos desconhecem. Em 1971, o autor Peter Haining
publicou um livro traduzido para o português como O livro dos Feiticeiros, mas
em sua obra original em inglês o título é The
Warlock’s Book, o qual se propunha revelar os segredos de um Grimório de
magia negra. No corpo do livro ele menciona um registro sobre a morte de Janet
Haining na fogueira numa manha de novembro de 1654, na aldeia rural de Laight,
na Escócia. Intrigado com o parentesco do sobrenome ele foi investigar a fundo
e relata que a obra original de tal Grimório foi escrito por um bruxo erudito
de Edinburg em 1600. O Grimório original foi encontrado por ele no Museu
Britânico, classificado como: An Elizabethan Devil-Worshiper’s Prayer-Book. Em
1983 a Pallas editora do Rio de janeiro publicou o livro traduzido e ainda em
meados dos anos 80 os Lupinos adquiriam a 3ª. Edição. O Livro em si, ninguém da
valor devido a capa parecer com um gibi, mas contem exatamente os ritos
iniciáticos dos 3 graus usados pelo Gardner e na forma em que ele escreveu no
BOS, incluindo O Aviso e As Leis. Contudo, a versão original apresenta ritos em
nome do diabo, não da Deusa e, contém mais segredos próprios da Bruxaria
Tradicional que o BOS de Gardner. Teria a iniciadora do Gardner copiado do
museu? Bom, de qualquer forma, essa obra contribuiu com os Lupinos, já que o
Somar sempre, Subtrair nunca é regra stregonesca.
É
condizente compreender que o verdadeiro nome da deusa sempre foi oculto dos
olhos curiosos até meados dos anos 90, desde que cada tradição contém sua
cosmogonia e liturgias próprias e nem todas as tradições cultuam a mesma
divindade Cósmica. Sendo assim, parece ter sido um acordo geral entre bruxos
Elizabetanos em esconder a deusa trocando-a pelo diabo nas escrituras. Mencionei
todos esses fatos, para que o leitor compreenda a importância das iniciações
como morte do ego, cujo segredo Sett Lupino nos brinda ao revelar no conteúdo
desse artigo.
No
caso dos Martinistas, a magia era, para eles, a transmutação da prevaricação
que não nos deixa escolhas, uma vez que o destino do homem (do Ser) é imposto
pelo Espírito e a nós só nos resta escolher o que fazer com isso. Ou seja, o
caminho de seu destino é trilhado de qualquer forma, mas as escolhas das vias
percorridas faz a diferença. O resultado final é mostrado no ponto final com a
chegada do destinatário, alguns com menos feridas na alma do que outros e bem
menos vícios de caráter para carregar numa próxima vida e, dessa forma o homem
(O Ser) vai se lapidando no segredo dos maçons, a forja do caráter na ponta do
martelo e da bigorna de TubalCaim.
O
destino do homem quer queira ou não, é estar em relação com o Mundo dos
Espíritos, porque estamos sempre seguindo uma de suas duas únicas vias –
agravando nossa queda ou engendrando nossa reintegração.
Ser
um Magus, para Pasqually, não é impor seu desejo egoico ao mundo natural, mas,
pelo contrário, agir como Causa Segunda mediante a mais ardente submissão à
Causa Primeira: o Verdadeiro Mago é aquele que governa o inferior servindo à
Causalidade do Plano Superior – ele vence o Astral e coloca os demônios em seus
devidos lugares. Para Martinez Pasqually, o Arquétipo do Homem, o Adão
Primordial, é ser um reflexo do Logos, emanado para conduzir a astralidade
conforme a Vontade do Verbo.
Assim
nasce o termo “Morte do Ego” como expressão de Iniciação. Matar o seu ego é
nada mais nada menos que ser iniciado.
Agora
que você já sabe, quando alguém te disser “Você deve matar o seu ego”, você
deve ouvir “Você deve ser iniciado”.
Uma
das primícias de uma iniciação é deixar sua antiga vida para trás, o seu antigo
“eu”, seus comportamentos, ditames, regras, julgamentos, tudo. Esse seu antigo
“eu”, morreu. Você agora começa ou inicia uma nova vida, aprendendo então a se
transformar.
Feitiçaria
significa transformação, apesar de alguns Magus
rejeitarem essa tradução. Em todas as ciências ocultas legítimas a palavra
feitiçaria e feitiço provém do latim Facturus
que significa ação sobre o futuro. É isso que uma feitiçaria faz, ela age sobre
o seu futuro ou o futuro de alguém, transformando, mudando ele completamente,
para melhor ou para pior.
A
Magia é a transformação da quintessência, sendo assim não existe magia sem
feitiçaria, até porque, elas são interdependentes e a feitiçaria é a única que
pode andar na contra-mão da natureza, sem seguir os fluxos sazonais, enquanto
que a Bruxaria (a Arte dos Sábios) é um saber de tudo isso.
Há
rituais de diversas formas, tipos e culturais para causar uma transformação em
uma situação ou em uma pessoa e, eles usam de feitiçaria. Igualmente há a
compreensão de como mudar a sua vida somente com o pensamento, a meditação é um
exemplo claro disso, e isso é a magia, a qual se utiliza de uma ação no plano
do pensamento, o que por si só é uma feitiçaria extática. A Tábua de Esmeralda
é bem esclarecida acerca dessa visão filosófica quando diz: “O Universo é Mental”.
Todos
os rituais servem para impulsionar a mente, pois é nela que a magia acontece e
é nela que se sustentam as crenças limitantes e as expansivas igualmente. Não é
a toa que precisa alterar a consciência durante um trabalho feiticeiro, o
transe, seja ele extático ou não, com possessão ou não. Evoluir todos evoluem,
alguns para trás, outros, com expansão para frente. O campo que trata dessa
matéria chama-se bruxaria, como diz o dicionário de Oxford: “Witchcraft é a
arte dos sábios”.
FUNDAMENTOS DA ARTE
TRADICIONAL DA BRUXA
Entenda
que quando você nasce, ou melhor, antes de você nascer você faz seus pactos com
os seus pares espirituais. Esses pares espirituais são seus parceiros(as), seus
familiares, parentes e espíritos afins, antepassados mortos e ancestrais,
incluindo deuses (anjos e demônios separados por frequências de ação), seus
pares polares e de parentesco da sua “raça” espiritual. Independente de quem
foi o criador do seu espírito e alma, a regra é que todos reencarnem, a queda
de Lúcifer para todos, pois todos somos uma consciência divina.
Então,
antes de você afirmar que tem o dedo podre e que nunca se da bem em um
relacionamento, entenda que seus votos e promessas, seus pactos com os seus
pares espirituais interferem na sua vida aqui na Terra e muitas vezes você não
está se dando bem na vida por puras interferências de seus pares que estão te
cobrando seus votos/promessas/pactos. Ainda no campo etérico antes de
reencarnar você promete ao seu par espiritual que não vai se apaixonar por
ninguém durante a sua jornada na terra, você promete que vai voltar logo, você
promete que jamais irá quebrar sua “graça” divina e que não vai se meter em
confusão alguma. Você promete que será justo ou justa e que não irá trair a
confiança de seus pares e ainda você pede para eles te puxarem de volta se você
esquecer desses pactos.
No
advento do reencarne você mergulha no mundo de Maia, a Ilusão, e adquire uma
consciência mundana, esquecendo-se totalmente de sua essência espiritual, do
seu verdadeiro nome em espírito e dos seus pactos com seus pares. Ao nascer
você ganha uma persona.
A
Tábua de Esmeralda também explica sobre polaridades, tudo é duplo. Assim nasce
seu Duplo Etérico, o duplo da Bruxa. Um “eu” em cima, assim como um “eu”
embaixo. Assim também são escritos os ritos, tudo em cima (astrologia) assim
como embaixo (geomancia – o verdadeiro oráculo da Deusa).
As
principais funções do duplo etérico estão ligadas à uma guarida entre o corpo
espiritual e o corpo físico para que seja possível à consciência animar o
veículo físico, desde que ambas se relacionem sendo uma o duplo da outra. dessa
forma o intercâmbio de energias compostas dos dois corpos conseguem emanar e
absorver fluxos e influxos capazes de exteriorizar energias através dos chacras
que o compõem.
Daimon Thumael e O Duplo da Bruxa - Tradição Familiar Lupino |
O
duplo etérico, também é conhecido como corpo sutil, energossoma ou corpo vital.
é conhecido como O Corpo Diamantino no Taoismo e no budismo Vajrayana, diferente do Budismo Tibetano que é chamado
de Corpo de Luz ou Corpo Arco-Íris.
É
uma duplicata energética do corpo físico que o envolve com a principal função
de mantê-lo conectado ao corpo espiritual.
O
termo "etérico", nesse contexto, consta nos textos sagrados dos
Bramanes, foi usado pela Blavatsky, e foi formalizado por Charles Webster
Leadbeater e Annie Besant com a eliminação do termo hindu no seu campo de
estudo.
São
conhecidos como Nadi na Ioga e como meridianos na acupuntura pelos quais a
energia prana (ou Ki) percorre todo o corpo sutil e físico. Diz a doutrina
esotérica que, ao entender e dominar as artes dos níveis sutis da realidade,
obtém-se controle sobre o reino físico.
Através
das práticas pré e pós iniciação em Coven ou Irmandades e Ordens, dos vários
exercícios de respiração e visualização, bem como técnicas feiticeiras a pessoa
desenvolve e realinha seus fluxos e pode adquirir a habilidade de manipular
diretamente o fluxo de força vital e atingir poderes miraculosos e sobre
humanos, chegar a altos níveis de consciência e alcançar a imortalidade, o
Nirvana ou Moksha como chamam os Brâmanes, para não mais reencarnar e se tornar
A Companhia Oculta como é conhecido das bruxas a ascensão após ter vivido todas
as vidas necessárias na terra, quando ao final os duplos se fundem e se tornam
UNO, uma divindade absoluta capaz de atuar somente no plano espiritual sem ter mais
necessidade de reencarnar, também chamado de fusão do Linga que é a marca
característica da entidade transmigratória, conhecida nos textos sagrados de
Samkhyakarika.
O
Lider espiritual Meher Baba afirmava que o corpo sutil é o veículo dos desejos
e das forças vitais. Dizia que o corpo sutil é um dos três corpos dos quais a
alma deve se desligar para encontrar-se com Deus: Ao fim do Caminho, no
entanto, a alma se liberta de todos os Selos, impressões mentais e carimbos
psíquicos que compõe o Karma e desejos conectados com os mundo bruto, sutil e
mental; e torna-se, então, possível para a alma libertar-se da ilusão de ser
finita. Neste estágio, a alma transcenderia completamente o mundo fenomenal e
se tornaria autoconsciente e auto-realizada. Esses três caminhos são conhecidos
das bruxas como os caminhos de Hecate.
Segundo
o Bagavadguitá, um dos muitos textos sagrados do hinduísmo, o corpo sutil é
composto pela mente, inteligência e ego que controlam o denso corpo físico.
É
desse conceito que nasce Éter e Hemera, Diana e Lúcifer. Personificações da
luminosidade que emergiu do Universo primitivo, antes dominado somente pelas
trevas do Caos. Éter (gr. Αἰθήρ) e Hemera (gr. Ἡμέρα)
foram as primeiras divindades nascidas de um ato amoroso. Dois aspectos da
escuridão primitiva, Érebo e Nix, uniram-se e geraram os dois irmãos e as
polaridades. Todos os irmãos mitológicos são representações do duplo etérico,
incluindo Abel e Caim, Rômulo e Remo, Gilgamesh e Enkidu.
Em
Timeu de Platão e em Cícero Da Natureza dos deuses e também em A teogonia
órfica em Aristófanes pode se encontrar mais fontes de estudos para o Éter. O
próprio hino órfico nº 5 (sæc. I-III) é dedicado a Éter.
Entre
os Africanos, o esoterismo do duplo etérico também existe.
Embora
a cabeça (A Orí) seja a “sede da inteligência”, entre os Yorùbá, para evocar a
idéia de alma, de espírito, de consciência, emprega-se algumas vezes à palavra
okàn, coração, ou a palavra inú, ventre, estômago, matriz, entranhas,
implicando a noção de interioridade (nínúnínú). Enquanto que, para os Bakongo,
o sangue (menga) sedia a “alma espiritual” (moyo), princípio imortal e
individualizante do homem; sendo o coração (n’tima, mbundu) o ponto de
convergência da vitalidade, centro da personalidade. Todavia, localizam-na,
também, no fígado, esperma, suor, saliva e respiração.
Interessante
ressaltar que a palavra moyo significa ventre, alma, espírito, vida; mbundu, coração,
sentimento e memória e, n’tima, coração e centro.
A
sombra (kimpozi, lembidika, lembeleka, em kikongo e ojiji em yorùbá) é a
representante do espírito, da energia vital; “quase-alma” , também chamada de
duplo. Entre os Bantu, alguns grupos consideram que morre com o corpo, outros,
que se afasta com a morte deste. Para os Yorùbá, é enterrada com o corpo e
torna-se areia no terceiro dia. Acreditando que, dada a sua vulnerabilidade
pode ser manipulada pelos feiticeiros “comedores de alma”, com a finalidade de
prejudicar a pessoa alvo. Da mesma forma, através da magia, pode ser usada para
aumentar a energia vital de uma pessoa. Isso é conhecimento de Oshô (o bruxo
africano do culto de Iyámì - As Mães Ancestrais das 3 sociedades Funfun
(brancas) Pupá (vermelhas) e Dudú (Pretas).
Não
existe um consenso no Brasil dentro do candomblé, mas na Religião Tradicional
Africana há consenso de que o duplo existe como uma força interior, imaterial
que se distingue da bruxaria Zande, descrita por Evans-Pritchard como uma
substância intra-orgânica localizada no ventre. De qualquer forma o ventre é o
chakra que liga os duplos.
O
duplo é o corpo astral para o filósofo neoplatônico Proclus. A ideia se
assemelha ao conceito de luz na cabala, que em hebraico significa amêndoa. René
Guenón também fez suas considerações sobre o duplo etérico na obra O Erro Espírita
com mais de 114 considerações e contrastes. De igual forma Julius Evola aborda
o anel duplo na alquimia.
Para
os Kardecistas, o duplo é chamado de bicorporeidade, como descreve Kardec nas
obras póstumas:
“A
faculdade, que a alma possui, de emancipar-se e de desprender-se do corpo
durante a vida pode dar lugar a fenômenos análogos aos que os Espíritos
desencarnados produzem. Enquanto o corpo se acha mergulhado em sono, o
Espírito, transportando-se a diversos lugares, pode tornar-se visível e
aparecer sob forma vaporosa, quer em sonho, quer em estado de vigília. Pode
igualmente apresentar-se sob forma tangível, ou, pelo menos, com uma aparência
tão idêntica à realidade, que possível se torna a muitas pessoas estar com a
verdade, ao afirmarem tê-lo visto ao mesmo tempo em dois pontos diversos. Ele,
com efeito, estava em ambos, mas apenas num se achava o corpo verdadeiro,
achando-se no outro o Espírito. Foi este fenômeno, aliás muito raro, que deu
origem à crença nos homens duplos e que se denomina de bicorporeidade”.
Marsilio
Ficino , em seu tratado da Alma de 1469, comentando Platão, entre a alma e o
corpo, admite uma terceira realidade, o espírito (spiritus), veículo da alma.
Tem a substância de um vapor vital. Ele permite o transporte celestial de
almas, como Platão fala no Fedro.
Agrippa,
autor da Filosofia Oculta (1510, 1533) parece distinguir o veículo etéreo da
alma (aethereum animae Vehicle), o espírito e a razão (parte individual e
pessoal da alma). O veículo não é uma parte da alma, mas uma coisa aérea e
celestial que carrega a alma; por meio dela, Deus difunde a alma do meio do
coração para todas as partes do corpo. (Portanto, pensamos mais no corpo
etérico do que no corpo astral).
Paracelso,
na base, distingue o corpo elementar (organismo feito de carne e sangue,
visível e perecível), o corpo sideral (invisível mas perecível "corpo
espiritual", feito de pensamento e imaginação, tendo sua origem no astrum
, espécie de Alma do mundo, fogo sutil), finalmente o corpo glorioso (espírito
imortal, conforme o Espírito Santo).
O
filósofo platônico Henry More , em seu tratado The Immortality of the Soul
(1659), admite a noção de "corpo sutil", especialmente post mortem:
“Existe
uma substância incorpórea e no homem a chamamos de alma. Esta alma humana
subsiste e age após a morte de seu corpo, e isso geralmente começa em um
veículo aéreo, como fazem outros demônios; neste estado, não está completamente
afastado do destino: pelo contrário, é realmente perfeito e seguro apenas
quando obteve um corpo etéreo, pois está então fora do alcance deste princípio
maligno, cuja dominação está associada não com infortúnio e morte."
Aristóteles,
em seu tratado Sobre a alma (c. 330 aC), seções II e III, distingue três ou
quatro funções ou faculdades principais (dynameis) ou formas da alma (psique),
que marcam os estágios de desenvolvimento da alma. "A alma é definida
pelas faculdades motoras, sensoriais, dianoéticas e pelo movimento" (Da
alma , II, 2): alma nutridora (vegetativa), alma sensível (perceptiva), alma
apetitiva (motora), pensamento da alma (cogitativo).
A
faculdade de nutrição (para threptikon) é a capacidade de nutrição e
crescimento; pertence a todas as coisas vivas, plantas e animais, que crescem;
está agrupada com a faculdade generativa (gennêtikê), a função de procriação.
Juntas, essas faculdades formam a função vegetativa.
A
faculdade sensitiva (para aïsthétikon) e discriminativa aparece apenas nos
animais, com os sentidos (do mais baixo ao mais alto: tato, paladar, olfato,
audição, visão), a percepção do prazer e da dor, o desejo, então - para o homem
- imaginação, memória, sonhos e bom senso (khoïnon aïsthétikon: o homem sente
que sente e discrimina várias sensações).
A
faculdade motora (alma apetitiva), intermediária entre o desejo e o intelecto,
significa que os animais mais perfeitos podem se mover para satisfazer suas
necessidades. Para Aristóteles, o grupo com a faculdade sensível.
A
faculdade de pensar, razão, intelecto (nous), pertence apenas aos seres
"como homem e toda espécie ou superior, se houver" ( De Anima , II,
3, 414b18). Sua parte superior, o intelecto agente , é imortal, separado.
Gregório
de Nissa em 379 (Sobre a Alma e a Ressurreição , III) introduzirá a noção de
idade: o embrião tem uma alma vegetativa, o recém-nascido uma alma animal, o
jovem a partir dos quatorze anos uma alma razoável.
Segundo
o filósofo neoplatônico, em particular em Jamblique (c. 320) e em Proclos , o
ser humano tem três constituintes:
1
- o corpo;
2
- os “veículos” (okêmata), “envelopes”, “túnicas”, de natureza etérea (o éter
do céu), astrais (as “respirações” dos “planetas”, Sol, Lua, etc. ); este
“corpo”, único ou múltiplo, identifica-se com a imaginação, criadora de
símbolos;
3
- a alma, que é puro espírito.
Macrobe
, por volta de 400, assume a noção de "corpo etéreo", "veículo
astral", intermediário entre a alma pura e o corpo sólido, e constituído
pela descida do Céu para encarnar na Terra através das esferas dos planetas:
"A
alma perfeitamente incorpórea não assume imediatamente o lodo grosseiro do
corpo, mas imperceptivelmente, e pelas sucessivas alterações que experimenta à
medida que se afasta da substância simples e pura que habita, para se envolver
com a substância das estrelas , com o qual ele cresce. Pois, em cada uma das
esferas colocadas abaixo do céu fixo, ele é coberto por várias camadas de
matéria etérea que formam imperceptivelmente o elo intermediário pelo qual se
une ao corpo terrestre; de modo que experimenta tantas degradações ou mortes
quantas passam pelas esferas ”( Comentário ao Sonho de Cipião , I, cap. 11).
No
egito antigo, a noção de duplo também existia.
Segundo
o autor Valéry Sanfo, seria possível sobrepor a noção de corpos sutis com a
composição de ser no antigo Egito:
"Podemos
considerar o ka como correspondendo ao etéreo dobrou corpo, o corpo astral ba,
o chu para o corpo mental superior ou corpo causal”.
O
duplo etérico também fundamenta a telesmata e as voces magicae.
Voces
magicae (singular: vox magica, "nomes mágicos" ou "palavras
mágicas") são palavras mágicas da Roma Antiga, escritas em grego antigo ou
latim. Eram palavras compensáveis, pronunciáveis, mas sem sentido com supostas
origens arcanas que eram usadas em feitiços, encantos e amuletos para aumentar
sua potência mágica, de forma a conjurar o lado espiritual.
As
voces magicae estavam relacionadas
com o grego Ephesia Grammata que dava
poder aos feitiços e conjuros. Eles podem incluir nomes alternativos de deuses
ou outras frases incomuns que podem ter sido concebidas como o verdadeiro nome
secreto e oficial de certos deuses. Como exemplo: nos Papiros Mágicos Gregos, o
primeiro feitiço do primeiro papiro pretendia convocar um assistente daimon e
incluía a frase "Este é o seu nome
oficial: ARBATH ARBAOTH BAKCHABRE".
Conversar
com seu duplo e sua cabeça é prática comum entre bruxos. A eles se rezam, pedem
auxílios, curas, se ofertam as oferendas clássicas e reconhece que para algo
estar acontecendo com você aqui na Terra é preciso antes ter acontecido lá em
cima, no plano onde vive seu duplo etérico. Os caminhos se abrem e a cura
acontece quando você abre os caminhos do seu duplo e cura ele primeiro. Isso se
manifesta em seguida na matéria. O seu EU superior tem poder sobre você! Nada
acontece na sua vida se ele ou eles não deixam e ele(s) podem tudo. Eles são o
princípio de sua crença, ou da falta dela, ou da distorção dela. Alinhar os
propósitos e objetivos é parte do trabalho bruxo. Não é a toa que os coaching
tem vendido um trabalho excepcional no mercado, eles vendem conhecimento tradicional
e oculto, mascarado com a ciência quântica e que tem respaldo esotérico na
Tábua de Esmeralda, a qual é a mãe da Lei da Atração e princípio da magia
explicada como ciência oculta e hermética.
Trata-se das doutrinas da Ordem Sufi Naqshbandi que é composta pelos ensinamentos do Profeta Muhammad (saws) como revelados a Hazrat Abu Bakr as-Siddiq (raa). De lá, progressivamente através dos séculos, traçou sua fonte educacional, incluindo os ensinamentos e as experiências da linhagem dos Khwajagan (sing. Khwaja), os “Mestres de Sabedoria”. O primeiro dos mestres em receber o título de Khwaja foi Yusuf al-Hamadani.
Esta ordem sufi está estritamente dentro da Shariat. Além das cinco orações obrigatórias, existem exercícios super-rogatórios Nawáfil dia e noite, recitação do Sagrado Al Qur’an, e realização de Dhikr de Awrád (sing. Wird) especiais. Estes Awrád são baseados nos 99 Nomes de Alláh, e Salawat ila Rasul Alláh (saws).
Numa ordem sufi, a qual está sob a Shariat, a primeira coisa que se aprende é o respeito. O respeito pelo mestre, e pelo portal de conhecimento do qual está se aproximando. Você está aprimorando um método de como reconhecer Shaitan, e como controlar seus desejos mundanos. O Shaykh irá mostrar como matar seu ego, a fim de que possa renascer, e então ir em frente e servir ao Islam. A visão que desenvolverá depois de ter morrido de tal forma é tremenda, não tem mais qualquer obstáculo à sua frente, e está totalmente dedicado a Alláh. Assim, isto são os Sufis Awliyá que expandem o Islam em toda a Ásia Central, Sudeste da Ásia, Europa, América, etc.
Todos
esses conhecimentos fundamentam o ego individual e o ego personalizado,
enquanto o primeiro é seu Eu superior - é seu eu que está lá em cima e, o
segundo é você mundano aqui embaixo. A iniciação (a morte do ego ou da sua vida
anterior a iniciação) está ligada a isso. Sem essa compreensão ninguém faz um
verdadeiro trabalho de ego e ninguém pode fazer o trabalho por você. Ele é
individual e Espiritual. O esforço é seu.
Disso
decorrem diversas prescrições espirituais (tanto em tradições espirituais
quanto em religiões que contem feitiçaria), incluindo os famosos Ebós que só se
podem ser conhecidos através dos Odús pessoais e Odús agentes ou atuantes em
sua vida, bem como os Omo-Odus. Na Stregoneira é igual, por isso existe a Tábua
dos Deuses (Tuppù Îsá Îli) e os Flers.
Lembre-se
que os etruscos e os povos antigos não davam um passo sem antes consultar um
oráculo para conhecer a Vontade dos Deuses, a supremacia do Espírito sobre a
Matéria e é por isso que existe a Lei da Exata Medida e Proporção!
Todos
esses conceitos, além de muito antigos, também são encontrados nos estudos da
epigênese e também da infusão da alma, ambos de Aristóteles e Pitágoras, também
são encontrados nos textos apócrifos de Gilgamesh, e nas antigas culturas
Fenícias, Sumérias, Babilônicas, Africanas e Helenísticas. Também são
verificados em o mítico "Imperador Amarelo", que viveu em 2697 a.C. e
no livro de aforismos místicos Dao De Jing, de Laozi. O esoterismo antigo
permeou o mundo inteiro.
Sem
esses mistérios ESOtéricos, você não nasceu de novo, não foi iniciado(a) nessa
vida ou em tal Arte e não matou seu ego, também não sabe o que fazer com o seu
rito de iniciação do qual você passou por ele.
Não
basta ser dedicado e dobrar os joelhos para aprender se levantar, você deve
interiorizar as suas reflexões e conhecer dentro da sua natureza divina que
antes de você, seu mestre caminhou mais. A humildade é a mãe da sabedoria.
Como
podem notar, praticamente todas as ordens iniciáticas, irmandades e covens (e
até mesmo religiões que contem feitiçaria/magia) e, a maçonaria tem acesso à
esse material, alguns são contados de forma diferente, mas o propósito é o
mesmo e isso é mil vezes tradicional.
Possa
Anadia verter seu Sábio Suco em forma de Claret na boca e na consciência de
todos para saciar sua fome de sentido!
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