quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Saga e a origem das bruxas

 



Saga e a origem das bruxas

Por Sett Lupino e Aradiana Lupino.

Muitos se perguntam quem iniciou a primeira bruxa?

Nesse artigo trazemos todas as informações e um pouco mais a todos vocês. Claro, não pretendemos esgotar o assunto, mas hoje, contribuir.

Saga era a denominação dos romanos às bruxas e feiticeiras e, também para as vacas.

Na Roma etrusca, até meados do século III d.C., os romanos chamaram a bruxa, de Saga, a senhora do vaticínio e veneficium (em grego Pharmakis) que era proficiente nas artes de Galeno, médico romano nascido em Pérgamo (região da antiga Tróia na Anatólia).

Saga é uma bruxa e uma deusa bruxa. Ela é quem pisa sobre a cruz e a serpente, mantendo um pé em cada um, como símbolo da sabedoria nos caminhos e dos caminhos.  É ela quem apazigua os lobos e, é ela quem solta os lobos contra os inimigos. Os lobos são os únicos com autorização dos Nove deuses que controlam os raios, para punir e, são eles quem faz a ponte entre os mundos e favorecem qualquer julgamento dos mortos para decidir qual será a alma que viverá novamente e qual sofrerá a morte eterna. Os lobos de Saga são os arcanos da própria Trufa e do Visco. Ela é a rebeldia e a juventude inocente do Visco que nega o pacto juramental que põe em risco a vida de Baldr. Ela é a morte e o renascimento guardados na Trufa mágica da criação, a qual também lhe fornece poderes visionários e oraculares, de vaticínio e veneficium. Enquanto Bruxa ela detém a sabedoria da Deusa Strenia se mantendo sábia e humilde e, enquanto Deusa ela se funde no mito de Frigga e é visitada por Óðinn em seu salão no submundo.

Saga precede a moderna palavra Strega a qual só conservou o sufixo “ga”. O prefixo “Sa” é oriundo de “Śa” se pronuncia Xá na língua etrusca e significa o número quatro. Isso demonstra que Saga pode ter desenvolvido e exercido suas artes nos meandros do festival romano Quinquatro, local onde havia um santuário etrusco-romano de Menrva (Minerva Médica romana) na colina do Aventino que, segundo Graf, era um ponto de reunião das guildas de artífices, poetas, médicos e atores, todos eles artesãos cujo símbolo era a coruja e o lobo.

O culto de Minerva era associado ao de Marte e seu maior festival era o Quinquatro, um festival de artesãos. Assim como a grega Atena era chamada de Higieia entre os gregos, um importante atributo de Minerva era o ligado à cura, chamando-a de Minerva Strenia, A Medica, epíteto que se disseminou por todo o território romano.

Ainda de acordo com Graf, há uma única função de Minerva que parece ter sido especificamente romana: a Minerva curadora, Minerva Medica. Mesmo que possa ter havido uma ligação com a Atena Higieia, houve uma mudança na ênfase: enquanto que Atena Higieia é uma protetora estática da saúde, Minerva se tornou uma curadora ativa, uma médica. Através da expansão romana para o norte Atena/Minerva foi sincretizada com deidades celtas, como Belisama, Sulis, Brighid, Brigância, Dona e até mesmo Frigga em seu aspecto de volva. Os Africanos a relacionaram com a Ori.

Na Guerra, a etrusca Menrva adotava o título de Bellona, absorvendo as gregas Sacmis e Enio e, as egípcias Ankt, Doktem e Sekmet. Nas artes da cura, Menrva adotava epíteto de Strenia, a deusa da cura.

O Templo de Minerva Médica era similar ao Templo de Apolo Medico, por isso alguns autores de estruscologia fizeram confusão ligando Apulu à Śuri e, por desconhecerem que a etimologia de Śuri é Princesa, uma vez que os etruscólogos desconhecem o conteúdo da tradição religiosa das Stregas. Esses templos eram templos da Roma Antiga, construído no Monte Esquilino durante o período republicano.

Desde o século XVII eles têm sido erroneamente identificados com as ruínas de um ninfeu nas vizinhanças, por conta de uma impressão equivocada de que a Atena Giustiniani teria sido encontrada lá.

Na posição nos catálogos regionários, entre o Campo Viminal e o Templo romano de Ísis Patrícia, aponta para um local na porção norte da Regio V. Porém, centenas de oferendas, incluindo uma na qual se atesta a existência do templo, foram descobertas na Via Curva (a moderna Via Carlo Botta), a oeste da Via Merulana, como sendo um possível local para o templo. Algumas paredes de tufo, que lembram trincheiras rituais conhecidas como favissas (favissae), também foram encontradas no local.

Saga, ligada a Minerva, pode ter sido a origem da moderna palavra Strix latina, senão vejamos:

Em italiano coruja é Gufi (plural) Gufo (singular) e também Civetta, sendo que todas se referem as corujas como aves de rapina, mas Civetta é conhecida na Itália como Athena Noctua (mocho galego) e Athene cunicularia (coruja buraqueira), ambas da ordem Strigiformes que possuem quatro notas guturais agudas e, estão divididas em duas famílias: Tytonidae e Strigidae.

Segundo o mito romano, Saga era uma mulher simples e sábia que atendia toda a população que a procurava, pois ela conhecia as rezas, benzimentos, conjuros, rituais, ervas e plantas medicinais e ainda foi a reveladora do oráculo de Śuri (Śuri significa princesa na língua etrusca e se refere ao título de Phersipnei, portanto os autores que ligam a palavra-título Śuri ao deus Apulu (Apolo) estão equivocados). O termo Śuri também gerou Sara na língua hebraica.

Saga também é uma deusa proto-germânica a qual os etruscos se referiam a ela como Gaulateia na Sicilia, conhecida pela etimologia do Alto Alemão e, nórdica, podendo ou não estar ligada a Galatéia Nereida dos gregos.

Saga é identificada como Frigga, uma Ásynja volva que também é chamada Frige, Frija, Fricka, a rainha dos Æsir e deusa do céu e do clã das Ásynjur, conhecida como deusa da união, do matrimônio, da fertilidade, do amor, da gerência da casa e das artes domésticas, da magia e da caça selvagem. Ela é a deusa da história e a que fornece sagacidade e argúcia, a senhora das tradições orais e da inspiração ovática.

No caso grego, Afrodite atendeu as preces de Pigmaleão dando vida a estátua esculpida por ele, por quem estava apaixonado. Nessa acepção, Saga/Frigga/Afrodite pode fazer sentido se você compreender que Afrodite detém muitos atributos de Frigga, pois Afrodite era como os gregos chamavam a original Astarte Fenícia, a senhora dos céus, da Terra, do Mar e do Submundo, da união entre os seres, equivalente a babilônica Ishtar e da Suméria Innana. Lembro ainda que no mapa antigo havia uma cidade com o nome de Ashtoreth ao norte da Arábia.

Ela tem o poder da profecia embora não diga tudo que sabe. Suas assistentes eram Eir, a médica dos deuses e deusa da cura, junto com as demais assistentes de Frigga, Hlín a deusa da proteção, Gná a deusa dos mensageiros, e Fulla a deusa da fertilidade. Frigga era esposa de Óðinn, o qual também era chamado de Godan, Wotan, Othinus, Vôdans, Ouvin, Wuodan, Wuotan, Guodan  Wêda, Vut, Watan, Navutan, Wuot e Wōdanaz por toda região da Germânia.

Óðinn é detentor de tantas virtudes que recebe o aposto de “pai da magia” e senhor dos Lobos, demonstrado no Hávamál (parte IV), tornando-se senhor do hidromel da poesia, o licor mágico que profere vaticínios e nas iniciações Odínicas até hoje são usados os termos “zu Odin fahren”, para mandar você pro diabo, uma forma de dizer que você está recebendo os segredos das runas.

Ambos eram sopradores de Völuspá (fôlego/ânima) em todos os nascimentos. Como Volva e talvez Musa, ela inspirava fôlego em todos os poetas no mundo, o que permitia que eles recebecem a inspiração necessária para registrar as Sagas da história mundial, como o Vôluspá (A Profecia da Vidente), Grípisspá (A Profecia de Gripir). Diz-se que ela contava todas as histórias porque tinha do poder oracular de saber tudo, inclusive todas as sagas nórdicas foram possíveis de se conhecer devido a inspiração dela, tal como Saga de Hervör ou Saga de Hervarar gravadas no manuscrito medieval islandês Hauksbók.

Saga significa o que é dito e revelado, como Sagas dos Reis, Sagas Familiares e Sagas Heroicas ou Legendárias, e as sagas mais popularmente conhecidas são Egils saga, Gísla saga, Hrafnkels saga, Njáls saga, Laxdæla saga, e Grettis saga. Ela é a própria história registrada.

No völuspá inni skamma, Stanza (verso 5), está revelado que, “Todas as Völur são descendentes de Vidólfr, Todos os Vitkar são da raça de Vilmeid, Todos os Seiđberendr são descendentes de Svarthöfdi, e Todos os Jötnar vieram de Ymir.”

 

Völur é a expressão para profetiza em feminino. Vitkar é a expressão para bruxo em masculino. Seiđberendr é a expressão que é usada para quem é inter-sexos. Podendo ser entendido como o bruxo/bruxa transgênero. Por fim, os Jötunar é o plural de Jotun (os gigantes) os Deuses primordiais do qual tudo nasceu e tudo voltou ao pó. Podendo ter equivalência com os Titãs greco-romano, pois, como todos sabem, os nórdicos e os etruscos eram próximos e ambos tinham contato com os gregos.

Curiosidades:

O dicionário da Língua Portuguesa fez a tradução de Saga, como feiticeira, contadora de histórias. A palavra etrusca Phersipnei, gerou a raiz etimológica para a palavra Phersus, e Perthō. Phersipnei em Latim romano é Prosérpina, palavra que gerou prosa e saga, sagacidade, argúcia. A Argúcia também provinha da manteiga que era preparada para passar na cabeça e entre os cabelos, é interessante se olharmos isso pela ótica do Igbá Ori que também utiliza a manteiga de Karité no assentamento. Minerva como a Ori, A consciência divina, nasceu da cabeça de Júpiter, após o trabalho de transformação do deus ferreiro Vulcanus. Minerva é a própria consciência divina do Self e quase todo trabalho bruxo nasceu dessa experiência mágica.

Phersus é máscara, gerou o nome Perseu e Perthō que é uma runa que é transcrita também nas formas Perþō ou Perþrō,  Perthō ou Perthrō, é a décima quarta runa do Futhark e a sexta da família Hagalaz. Ela é precedida por Eihwaz e seguida por Algiz. É nomeada Peorð 'em anglo-saxão e o seu uso foi abandonado na versão abreviada do alfabeto rúnico em uso na Escandinávia, de forma que não há nome no nórdico antigo, isso pode ter contribuído com a teoria etrusca da origem das runas, e mais tarde foi descrita no poema rúnico anglo-saxão. A Itália não era um país unificado até o século XIX, todos entravam e saiam, ou transitavam convenientemente desde eras remotas e todos os povos se encontravam entre si na Itália. De Roma pra cima a Itália é céltica. De Roma para baixo a Itália é originalmente Helenística, porém as duas culturas se fundiram com o passar do tempo.

O Codex Vindobonensis 795 dá o nome de uma letra correspondente no alfabeto gótico como pertra, restaurado em gótico como perþra, Perþō ou Perþrō é a forma reconstruída para o proto-germânico a partir desta correspondência; o significado desta palavra não pode ser determinado, o de seus supostos descendentes já sendo obscuro tanto no gótico quanto no inglês antigo, mas como o glossário etrusco aponta a raiz etimológica de Perthō como tendo vindo do nome etrusco Phersipnei, podemos compreender que a máscara usada no submundo traz alegria após a morte, uma vez que essa deusa é regente dos mistérios eleusínios da vida, morte e renascimento, senão vejamos:

Esta runa originalmente registrava o som [ p ]. O inglês antigo tinha uma modificação desta runa chamada cweorð para notar o som [ k w ]. Ele encontra um paralelo exato no Codex Vindobonensis 795, que cita o nome de uma letra gótica chamada qertra (restaurada em gótico na forma qairþra), que notou um som da mesma natureza. Além disso, o Poema rúnico anglo-saxão apresenta o seguinte:

​​Peorð byþ symble plega e hlehter

wlancum [no meio], ðar wigan sittaþ

en beorsele bliþe ætsomne.

 

Que na tradução francesa se traduz em:

Peorth é festa, diversão e risos

para os adultos, onde os guerreiros se sentam

juntos na sala de cerveja, felizes.

Essa cerveja poderia muito bem ser bebida no submundo, senão vejamos:

Na saga Grimnísmál, Óðinn é retratado visitando Saga em sua habitação Sökkvabäck (que significa "afundar/submundo"), o que sugere que Frigga toma o nome Saga para usá-lo no submundo, no salão dos barcos naufragados, onde eles bebem em seus vasos de ouro. De acordo com Snorre, ela é um ser independente que fazia parte da santa irmandade de Asynjor, o que a liga novamente a esposa de Óðinn, Frigga.

Veja na lista abaixo como se escreve Saga em cada língua:

Alemão : Sage

Árabe : ساجا

Asturiano : saga

Bielorrusso : сага (sága)

Bósnio : saga

Búlgaro : сага (sága)

Checo : sága

Chinês : 萨迦

Coreano : 사가

Croata : saga

Curdo : ساگا (ku), saga

Dinamarquês : saga

Eslovaco : sága

Espanhol : saga

Esperanto : sagao

Feroês : søga

Finlandês : saaga

Francês : saga

Grego : σάγκα (saga)

Galego : saga

Georgiano : საგა (saga)

Holandês/Neerlandês : saga

Húngaro : saga

Inglês : saga

Islandês : saga

Italiano : saga

Japonês : サガ (saga)

Leonês : saga

Lituano : saga

Occitano : sagà

Polonês : saga

Romanche : ditga (falado na Suíça, Áustria e Itália como dialeto Rhomá);

Romeno : saga

Russo : сага (sága)

Sérvio : сага (sr), saga

Tártaro da Crimeia : saga

Turco : saga

Ucraniano : сага (saga)

Vietnamita : xaga

 

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segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Entenda a ligação entre os Etruscos, Célticos, Nórdicos e Africanos! - Parte 2 (final)

 

Entenda a ligação entre os Etruscos, Célticos, Nórdicos e Africanos!

Parte - 2 (final)




Os gauleses (símbolo Galo) que habitavam o território correspondente à França, à Bélgica e à Itália setentrional proto-históricas, a partir da Primeira Idade do Ferro (800 a.C.), foram conhecidos pelos nossos dias através de sua ligação com a civilização celta de La Tène.

No século III a.C., os gauleses invadiram a Grécia e foram mais além, atravessaram a Ásia Menor, chegando a um território conhecido como Anatólia (antiga Troia) ocuparam uma região no interior que se chamou Galácia, pronuncia-se Galátia. Galați ou Galatz se pronúncia /ga'laʦʲ/ também é uma cidade da Romênia às margens do Danúbio, (ver os Gálatas bíblicos). Note-se que 4 séculos antes, Eneias saiu de Troia para fundar a Nova Troia prevista e imposta pelo oráculo. Depois de passar pela cidade Fenícia de Cartago e se casar com a rainha Dido, ter aprender seus costumes, Eneias parte novamente com sua legião de marujos troianos e cartaginenses chegando a Sicília e posteriormente a Etrúria por via náutica, se mescla com os povos autóctones Rasenas, Latinos, Úmbrios, Sabinos, Pelasgos,  e funda uma nova Troia (que fica 400 km de Roma na Itália), gera descendência que se torna Rômulo e Remo, os quais Fundam Roma (Romula ou Romla, do etrusco Rumon – nome antigo do Rio Tibre, dos gêmeos encontrados no local), sendo uma extensão da nova Troia.

Os Romanos conquistam os Gauleses que 4 séculos depois invadem a Grécia e depois passam para a Anatólia (atual Turquia Dardânica que compreende as cidades Balkesir e Çanakkale beirando mais ao sul o Mar de Mármara, região onde nascem os encantamentos) cujo rio Scamander levava até a Phrigya Ancara que ficava no centro-norte, tendo a Ilha de Chipre ao sul da costa. Tróia da Anatólia ficava à 1.500 km ou 17h de distancia do Líbano, só para que se compreenda as culturas vizinhas da época.

Os Rasenas (Tirrenos) foram aparentemente uma mistura de Fenícios com os Sabinos, Latinos, Clúsios, Fidenenses, Veios, Cares, Hérnicos, Équos, Marsos, Volscos, Lucani, Peligni, Marrucini, Úmbrios e Auruncos, eu contei ao todo 16 etnias que foram os povos etruscos.

A Itália inteira é uma colcha de retalhos cultural, desde que diferentes populações se estabeleceram ao longo dos séculos, a grande maioria foram agricultores do Oriente Próximo, lígures, etruscos, fenícios, gregos, celtas, godos, lombardos, rúgios, bizantinos, francos, normandos, suevos, árabes, berberes, albaneses, austríacos entre outros.

A língua etrusca foi falada e atestada em Lemnos próximo a Anatólia (Troia). Esse alfabeto gerou o grego e não o contrário como se pensou durante muito tempo. Uma comparação entre os nórdicos e etruscos é a proximidade dos deuses: em Etrusco Ais = singular para deus / Aisar = Plural para deuses. Em nórdico é Æsir (masculino) e ásynja (feminino).

Os Lobos são os olhos de Odin. Em etrusco, a palavra enxergar é Tau, e atravessar é Luph/Lupin.

Os romanos chamavam Saga (Sagã-ae plural), denominação dos romanos às bruxas, feiticeiras e pythonissam. Saga é a bruxa latina dos romanos, princesa e senhora da Argúcia, da Sutileza, da Agudeza, da Astúcia, a Juíza, a sábia, a que esclarece, que torna claro, que conta história, poema e demonstra, a que encanta, indica e acusa. O termo é derivado do radical do particípio passado argutus, do verbo latino arguere que remonta a deusa Śuri dos oráculos sagrados Etruscos.

Phersipnai e Aita, deuses que governavam o submundo retratados com cabeças de Lobo ou elmos em forma de lobos cobrindo a cabeça de ambos. Mantus e Mania eram os guardiões das portas do submundo.

Phersipnai é equivalente a Perséfone, essa última originou a latina "sagax- acis", que significa perspicaz, que deu origem a sagacidade do latim sagacìtas,Átis e persona, do latim persona(la) (persōna) (máscara de ator, personagem teatral) e este do etrusco phersu (vem de Phersipnai) e este do grego πρόσωπον.

O nome Perséfone tem origem nos subsídios gregos pertho, que significa "destruir" e phone, que quer dizer "assassinato". Devido a isso, significa "aquela que destrói e assassina" a própria morte, uma vez que ela resurge na primavera dos ritos de mistério em Eleusis.  Note a semelhança da palavra Pertho com a Runa nórdica Pertho, significando alegria, festa, felicidade, é o que vem depois do renascimento.

No mito Nórdico preservado pelo Codex Regius e Grímnismál, Odin visita Saga em Sökkvabäck que significa "afundar" (submundo), o salão dos bancos naufragados, um grande navio, onde eles bebem em seus vasos de ouro. De acordo com Snorre, ela é um ser independente que fazia parte da santa irmandade de Asynjor, a esposa de Odin Frigga atuando no submundo. Como podem ver, em cada mundo os deuses assumem nomes diferentes. No céu é um, no inferno é outro, mas são os mesmos deuses/as. Isso fica muito evidenciado no mito Etrusco onde Thinia assume o local de 3 reinos diferentes e cada um ele possui nome diferente. Ele é Thinia no céu, Netuns nas águas e Aita no submundo. Assim como podem se metamorfosear, também podem criar a si mesmos em mundos diversos ao mesmo tempo.



É a Trindade em Um, a mesma essência existindo ao mesmo tempo em 3 reinos distintos, para demonstrar o poder da onisciência, sendo que essa palavra vem do latim Oni e do etrusco Uni ambas significando TODO (tudo) + a palavra sciente, o que tem conhecimento sobre algo. Se ela (deusa Uni) é tudo, ele busca tudo para ela, ele a busca em todo lugar, acompanha em tudo, dessa forma onipresente (na terra), onipotente (celeste) e onisciente (no mar), senhor e senhora dos 3 reinos que se cruzam.

Na estrofe 35 do poema Völuspá de Edda em verso uma völva diz a Odin, entre muitas outras coisas, que vê Sigyn sentada e bastante infeliz com o seu marido acorrentado, Loki, num "bosque de fontes termais".

Ela é mencionada na secção em prosa do poema Lokasenna onde Loki profere insultos aos Æsir, que encontram Loki e amarram-no com as vísceras do seu próprio filho Nari; o seu outro filho, Váli, é descrito como tendo sido transformado num lobo, e a deusa Skadi amarra uma serpente venenosa em cima do rosto de Loki, sobre o qual o veneno respinga. Sigyn é novamente descrita como esposa de Loki, que segura um recipiente sob o veneno que verte, o qual transborda causando intensa dor em Loki, gerando terremotos na terra.

No Gylfaginning  eles são citados novamente, só que aqui os motivos da punição de Loki são diferentes dos descritos no Edda Poetica, porque nesse ele é acusado de ter matado Balder e tê-lo impedido de regressar dos mortos. seu filho Váli é transformado num lobo pelos deuses e mutila o seu irmão, do qual são usados as entranhas para amarrar Loki. A dor se repete no ato da troca da vasilha por Sigyn, até que Loki consegue se libertar e dá início à marcha de Ragnarök.

Sigyn é apresentada enquanto deusa, uma Ásynja, na Eda em prosa no livro Skáldskaparmál, onde os deuses realizam uma grande celebração em correspondência à visita de Ægir, e nos kennings de Loki: "marido de Sigyn", a carga/fardo [Loki] dos grilhões encantados nos braços [de Sigyn])", e numa citação do século IX de Haustlöng, "o fardo nos braços de Sigyn". A menção final de Sigyn em Skáldskaparmál encontra-se na lista de ásynjur na parte anexa Nafnaþulur, capítulo 75. Sigyr é retradada nos mitos nórdicos como a deusa da vitória.

Isto nos remete à Sigrún (do nórdico antigo: runa da vitória) é uma valquíria da mitologia nórdica. A sua história é relatada em Helgakvida Hundingsbana I e Helgakvida Hundingsbana II, na Edda em verso. O editor original comenta que se tratava de Sváva renascida.

Falando em Runas, Theseus Ambrosius (1469-1540) amigo italiano de Olaus Magnus (1554), publicou a obra Introduction to the Chaldean Language contendo 19 Runas Futhark, esclarecidas por Olaus Magnus cinco anos depois como marcações de calendário do final da Idade Média.

Para além do futhark jovem de 16 runas, contem três runas extras: àrlaug, tvímadr e belgthorn.

As dezenove runas apresentadas por Magnus atestam a ampliação das runas dentro de uma tradição medievo-nativa, uma fusão de uma imprensa adaptada e latinizada combinada com o que era na época conhecido como helstungna ou futhark rúnico sueco. Ao mesmo tempo em que Olaus Magnus publicou seu tratado sobre o povo nórdico, o primeiro arcebispo luterano na Suécia, Laurentius Petri (1499-1573), e seu irmão Olaus, estavam ocupados com o estudo das runas. Em suas descobertas, eles descrevem cada runa com algum detalhe, discutem sua pronúncia e também falam sobre as runas do calendário da árvore. Infelizmente, este trabalho nunca foi publicado, mas felizmente foi descoberto por Johannes Bureus (1568-1652), que, após um estudo de seis anos de seu trabalho, publicou sua própria tabuleta rúnica e interpretações rúnicas em 1599. Este trabalho chamou a atenção do dinamarquês médico Ole Worm (1588-1654) que sustentou a opinião de que a igreja católica havia deliberadamente tentado minar a magia das runas. Ele publicou um trabalho significativo sobre a ideia mística das runas em 1626, que veio em má hora, pois a heresia era generalizada e os hereges e seus livros facilmente acabaram nas chamas de uma Igreja separada, confusa e intolerante. Com a tentativa de Magnus Celsius de interpretações rúnicas em 1674, encontramos o último trabalho escrito sobre runas até que elas ressurjam 200 anos depois com os trabalhos do antropólogo norueguês Sophus Bugge (1833-1907), que estabeleceu a runologia como uma ciência acadêmica através de seu discurso do Ancião Futhark.



Düwel aponta a origem das runas como não sendo apenas uma criação germânica; mas que foram sujeitas a influências externas. Alguns alfabetos mediterrâneos influenciaram as runas. A teoria latina foi proposta pelo runologista dinamarquês Ludvig Wimmer na década de 1870, e sugeriu que o alfabeto latino foi pelo menos a inspiração e o modelo para o surgimento das runas.

Dada a ampla circulação do alfabeto latino no século I e as semelhanças entre letras como f, r, b e m, esta é uma teoria notável que possivelmente explica parte da origem das runas, oque não deixa de ter influências etruscas, uma vez que o Latim se mesclou com o etrusco e muitas das palavras etruscas hoje sobrevive na língua portuguesa, como Satélite, Clã , Máscara, Antena entre outras.

A teoria grega, proposta pelo runologista norueguês Sophus Bugge no início de 1900, sugeriu que foi o alfabeto grego que inspirou o primeiro surgimento das runas. Tal como acontece com a teoria latina, os godos que vivem ao redor do Mar Negro e aqueles que vivem nas partes do sul da Escandinávia eram entendidos como os principais propagadores de runas. Esta teoria definiria o desenvolvimento das runas por volta do século 3, mas desde o século 1 parece muito mais provável como o século do desenvolvimento rúnico, a teoria da origem grega tornou-se mais fraca ao longo do tempo, especialmente porque já provamos que a língua Fenícia é mais antiga que a Grega, e a Fenícia gerou o Etrusco, basta ver Tiro e também a Múmia de Zagreb bem como a localização de ambos.

A teoria etrusca foi proposta pelo historiador norueguês Carl Mastrander na década de 1990 e sugeriu uma conexão com o alfabeto etrusco através da parte germânica dos Pirineus e dos Alpes, teoria que encontra concordância com as considerações de Tácito na Germânia que falou da tribo de Cimbru que tentou entrar em território dinamarquês a partir do Danúbio e através dos Alpes no século I. Muito lúcida essa teoria, mas ainda assim doixou de fora a marca Fenícia de Tiro.

É preciso conhecer as Runas no que elas concernem, tanto em símbolismo, significado, mito, história, contexto usado na prática e fundamentos.

Além disso, Bureus e Worm, foram esquecidos por quase 300 anos, mas tem seu mérito. A obra de Bureus e Worm foi desenvolvida em uma época representada pelo impacto de Christian Rosencreutz sobre o continente com os folhetos Fama Fraternitatis em 1614 e o Casamento Químico de Christian Rosencreutz em 1616. Essa influência foi de grande admiração nas imaginações dos intelectuais e espíritas escandinavos que buscavam desvendar, compreender e integrar os grandes temas tradicionais que se encontravam em todos os recantos da criação.

Sigurd Agrell (1881-1936) e suas teorias teosóficas teutônicas espalharam um esoterismo mágico na Alemanha e na Escandinávia. Ele desenvolveu a teoria de que a cifra rúnica foi revelada na verdade esotérica, colocando a runa Fé por último, dando um Uthark. Pessoalmente, acho a teoria um pouco exagerada, mas ao mesmo tempo demonstra a flexibilidade das runas e também uma modalidade de “pegar as runas” para possuir segredos personalizados de dentro do tecido cósmico. Em 1952, os estudos do dinamarquês Anders Bæksted (1906-1968) sistematicamente desmantelaram e descartaram qualquer uso mágico das runas e, em particular, a teoria de Agrell. Agrell sofreu um duro golpe com isso que abalou não apenas sua teoria, mas os estudos rúnicos em geral.

Bæksted conclui e descarta radicalmente os relatos históricos de usos divinatórios de runas. Os Eddas diz que a escultura de runas era inconfundivelmente uma atividade mágica. De forma a igualar qualquer linguista, todos deveriam reconhecer além de conhecer, as letras e os números de uma língua que se vai realmente utilizar, especialmente quando se propõe a usá-las em jogos de adivinhação.

Plínio, o Velho, ao falar sobre os Hérulos, afirma que eles originalmente veio de Thule (Escandinávia, geralmente entendida como Islândia ou Noruega) e migrou para as terras ao redor do Danúbio e do Mar Negro lado a lado com os godos, sugerindo um vínculo íntimo entre essas duas nações tribais. Como já viram antes, a teoria de que os Hérulos teriam ajudado arrumar as runas, não se sustenta, devido como já expliquei antes, o Mar Negro, Tiro e a influência fenícia. Os povos subiram no mapa ao invés de descer, especialmente porque os Germânicos não aguentavam o calor mesopotâmico e africano. Falar de uma pessoa ou outra que tenha descido no mapa tudo bem, mas afirmar que todo um povo desceu no mapa para uma região onde mais morreriam do que viveriam, me parece forçada.



O Futhark jovem de 16 runas é mais mágicos do que o alfabeto antigo. a reduçaõ de 24 para 16 não alterou o significado das previsões, sendo que cada Aettir empresta seu poder nas 16 runas, em igualdade com sua influência social e evolução dos mitos que desempenham. Cada Aettir fala sobre os três níveis de forças, mundana, espiritual e sentimental. As jornadas humana na Terra, o destino do humano a partir do fio da vida das Nornas e, as questões de comportamento guiado pelo sentimento quando consultado internamente, desenvolvendo uma função social que engloba todo o universo onde deuses e humanos convivem. Os Aettir são os 3 caminhos da encruzilhada que ligam céu, terra e inferno. Além de que, é necessário uma tábua dos deuses para apoiar o Espírito Divinatório como oráculo, pois todo Oráculo que se preze possui um Espírito sendo alimentado constantemente, o qual fornece a adivinhação e as conversas durante a consulta para saber da vontade dos deuses.

O Número 9 representa nada mais nada menos que os 9 dias em que Odin ficou dependurado, ele viu um mundo por dia, ele criou um mundo por dia, e cada mundo continha seus segredos rúnicos e as forças que governam cada pessoa, como resultado quantico de suas ações e escolhas.

A Germânia de Tácito do século I d.C. apresenta-nos o mais antigo conto sobre as runas e como elas foram usadas. No capítulo 10 de Germania ele escreve que um galho foi cortado em pedaços e cada pedaço marcado. Essas peças foram então jogadas sobre um pano e interpretadas, seguido por orações e presságios da natureza circundante. Este processo foi possivelmente repetido três vezes. Este breve relato na íntegra diz o seguinte:

“Sobre os usos dos sorteios e augúrios, eles são dedicados para além de todas as outras nações. Seu método de adivinhação por sorteio é extremamente simples. De uma árvore que dá frutos, eles cortam um galho e o dividem em dois pedaços pequenos. Estes eles distinguem por tantas marcas, e jogá-os ao acaso e sem ordem sobre um branco vestuário. Então o sacerdote da comunidade, consulta os sorteios para o público, ou para o pai de família sobre uma preocupação, depois de ter invocado solenemente os Deuses, com os olhos erguidos para o céu, toma cada pedaço três vezes, e tendo feito assim a forma de um julgamento de acordo com as marcas antes feitas. Se as chances se mostraram proibitivas, eles não são mais consultados o mesmo assunto durante o mesmo dia: mesmo quando eles estão convidando, no entanto, para confirmação, a fé dos augúrios também é testada. Sim, aqui também é conhecida a prática de adivinhar eventos a partir das vozes e do vôo dos pássaros. Mas para esta nação é peculiar, aprender presságios e admoestações divinas também dos cavalos. Estes são nutridos pelo Estado nos mesmos bosques sagrados, todos brancos como leite e empregado em nenhum trabalho terreno. “

“Essa procissão na carruagem sagrada são acompanhados pelo Sacerdote e pelo Rei, ou pelo Chefe da Comunidade, que tanto observava cuidadosamente suas ações quanto o relinchado. Em nenhum outro tipo de augúrio há mais fé e segurança repousado, não apenas pela população, mas também pelos nobres, mesmo pelos Sacerdotes. Estes se consideram os ministros dos Deuses, e os cavalos a par de sua vontade. Eles também têm outro método de adivinhação, de onde aprender a questão de grandes e poderosas guerras. Da nação com a qual estão em guerra eles criaram regras, este procedimento não é como ganhar um cativo: eles se envolvem em combate com um escolhido entre eles, cada um armado à maneira de seu país, e de acordo com a vitória para este ou para o outro, reunir um presságio do todo.“

Em minha visão particular, Tácito descreve as etruscas disciplinas, uma vez que todo esse costume consta nelas, e o combate travado por Eneias e Turno evidencia o resto.



No final do século V, encontramos um relato do Bispo de Poitiers que, em uma carta a um amigo, descreve as runas como uma linguagem escrita usada da mesma forma que o grego, o latim, o hebraico ou o persa, testemunhando as runas usadas como um sistema de escrita comum. 300 anos depois, encontramos o abade de Fulda, Hrabanus Maurus, afirmando em um pequeno folheto que as runas eram usadas para dar conta da poesia, magia e previsões feitas pelos nórdicos, sugerindo seu uso tanto como linguagem escrita para comunicação quanto além de ter uma função mágica. A partir disso, podemos concluir que as runas devem ser vistas como uma linguagem mágica que contém duas funções:

1 – falar com os deuses e expressar a vontade;

2- uso comum como alfabeto.

Assim como o hebraico, o latim, o etrusco, o fenício, o persa e o grego, possuem claras implicações mágicas devido à sua virtude comunicativa e aos vários sons que estavam replicando, para rematar, o som que saí da boca é vida e verbo de criação em qualquer país do mundo, pois assim como a boca fala do que o coração tá cheio, você expressa a sua alma e espírito no som que sai de dentro de ti, o sentimento é a linguagem universal que todos os deuses compreendem e a fala é a expressão do sentimento, raciocinado ou não.

As Fontes consultadas estão todas descritas no corpo do artigo, dispensando citá-las novamente. Procurei reunir o máximo de informações tanto de cunho oral quanto de pesquisas literárias para o deleite do leitor. A riqueza de detalhes com que eu descrevi todas as passagens se configura em mistérios revelados, pois tenho certeza que poucos conheciam o conteúdo aqui apresentado. Essa é mais uma contribuição social minha para com a sociedade Bruxa.

Boa Leitura.

Por Sett Lupino.

 

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Entenda a ligação entre os Etruscos, Célticos, Nórdicos e Africanos! - Parte 1

 

Entenda a ligação entre os Etruscos, Célticos, Nórdicos e Africanos! - 

Parte 1



Os Germânicos geraram os Nórdicos, disso ninguém tem dúvida, haja vista que a língua proto-germânica é atestada bem antes dos registros Nórdicos. Um dos anais germânicos tem a ver com Os ilírios (povo celta que não tinha escrita, mas sim linguagem oral) que apareceram na parte ocidental da península Balcânica por volta de 1000 a.C., no período que coincide com o fim da Idade do Bronze e o começo da Idade do Ferro. Junto com os Panocios formaram o povo Nórico.

A palavra Nórico é bem famosa. O afamado aço nórico foi amplamente empregado na fabricação de armas romanas (por exemplo, Horácio, em suas Odes, i.16.9-10, cita noricus ensis, "uma espada nórica").

A partir de uma declaração de Políbio, sabemos que, em seu próprio tempo, havia grande produção de ouro de uma mina de ouro na Nórica. A planta chamada saliunca (o nardo selvagem ou celta, um parente da lavanda) crescia ali em abundância e era utilizada como um perfume (perfume significa para fumegar) de acordo com Plínio, o Velho.

Por um longo tempo os nóricos foram independentes, regidos por príncipes nativos e comerciando com os romanos. Em 48 a.C., eles se alinharam a Júlio César na guerra civil contra Pompeu.

Nos tempos anteriores da fundação de Roma, os panônios que viviam a 57 km de Zagreb na Croácia, foram os celtas mais proeminentes em seus assentamentos, atestados por Estrabão, Plínio, o Velho, e Apiano de Alexandria, os quais mencionam a formação em tribos constituindo a soma entre os breucos (breuci), andizetes, diciões (ditiones), além de pirustas (pirustae), mézeos (maezaei) e desitiatas.

É importante mencionar que muito tempo mais tarde foi registrado o linho etrusco na múmia de Zagreb egípcia e nós não podemos deixar de aludir os fatos históricos, pois a Múmia de Zagreb era a esposa do Sacerdote egípcio que guardava o linho etrusco com inscrições sagradas dos Rasenas. Esse linho ficou conhecido como Liber Linteus e ao todo tinha 34 metros. Aqui ligamos etruscos, germano-celtas e egípcios.

Agora convido ao leitor a refletir sobre a terminologia Rasena, a qual era o nome romano dado ao povo etrusco, mas originalmente se escrevia Rašna/ Raśna e se lê e pronuncia Rash+na. Este era o nome pelo qual os etruscos se entendiam entre si, como eles se chamavam a si mesmos.

Raś significa cabeça e, Na é um prefixo de origem latina que indica relação com o nariz/respiração.

O entendimento fica mais fácil quanto a palavra Rasena, onde Ras vem do árabe rāiç que significa cabeça, chefe político no oriente e, ena é uma interjeição que exprime alegria, surpresa, admiração, exceção, distancia. Ena também significa limpo (Que não tem impurezas ou manchas) ou puro, purificado. O som da pronúncia do nome Ena é similar aos nomes: Ene, Enea, Ewan, Ewen, Ennio, Eamon, Enya, Emma, Eowyn. Não é a toa que o nome Eneas signfica “louvado/glorioso”.

No dicionário da língua lusitana a interjeição também surge associada a pá e a pai:, sendo esta não propriamente a palavra pai, mas antes uma variante da expressão pá, que se costuma considerar como uma forma curta de rapaz, com função vocativa: «Ena pá! O que tu fizeste!» (dicionário da ACL, s.v. ena).

Sendo assim, tomemos Rasenas como: Os Cabeças Purificadas/ que respiram alegria e ar puro, consciência limpa, os cabeças felizes da era matriarcal. A raiz etimológica da palavra Purificação nos remete à água, portanto, além de não existir purificação pelo fogo, significa que todo banho é um batismo, uma re-consagração.

Isso nos remete aos baptas, sacerdotes da deusa Cotito, uma deusa da Torpeza que ensinava o remédio contra a Torpeza, o qual era o Batismo. Sim senhora, o batismo é pagão! A deusa Cotito era uma deusa Trácia (outro nome para Turquia/Anatólia). A torpeza é um vício de caráter, q qual requer expiação para purificar seu pecado (outra palavra de origem pagã que significa erro de alvo e que já estava nas 42 Leis de Maat bem antes do nascimento de Yoshuá. Bem, de nada adianta tomar banho se não fizer uma boa reflexão acerca de seus erros. Isso nos remete a Lupercália dos Etruscos com o rito de expiação que antecedia a alegria. Agora que te revelei mais um pouco, vamos continuar as junções dos povos antigos para entender como os costumes se mesclaram.

Juntamente com os Queruscos vizinhos dos germânicos Hermiônicos da bacia do rio Elba e os Franco-celticos Tréveros, cujo encontro com Roma se deu através do Germanico Julius Cesar em 53 a. C. durante a campanha do Reno, ocasião onde provavelmente se teve conhecimento sobre as runas. Julius César chamavam os celtas de Gallia comata , literalmente "Gália cabeluda". Não é porque esse encontro foi em 53 a.C. que signifique que o contato entre esses 2 povos só se deu nessa época. Lembrando que a língua proto-germânica surgiu na península Balcânica por volta de 1.000 anos a.C. e, nessa mesma época os Etruscos já habitavam o território Itálico pois, eles eram os povos autóctones que estavam lá quando Eneias aportou na Etrúria por volta de 800 a.C. Roma só foi fundada 1 mês depois do início do equinócio de primavera em 21 de abril de 753 a.C., ou seja, 47 anos depois.

Sendo assim, os povos Etruscos e Germânicos já tinham contato porque eram vizinhos que comerciavam entre si e eram de tradição oral. A língua Etrusca foi um empréstimo da Língua Fenícia, pois os alfabetos são bem parecidos e os etruscólogos antigos com a ânsia de provar a correspondência com as línguas indo-europeias, se esqueceram de averiguar a língua Fenícia, que é africana e é atestada tanto em Cartago (atual Tunísia) quanto em Tiro (Líbano) e ambas possuem raízes Sumérias, igualmente atestadas na língua Hebraica. A diferença é que o Hebreu partiu de Tiro, e a língua etrusca partiu de Cartago provavelmente chegando na Etrúria através de Eneias, já que foi ele que, além de ser um Troiano que vivia 1.500 km de distancia do Líbano, ou seja, 17 horas de viagem, também foi ele quem passou por Cartago e se casou com a rainha de lá antes de chegar na Itália etruscana. Isso é atestado por Virgílio e Homero nas Ilíadas e nas Eneidas. Portanto, faz todo sentido que o povo Etrusco tenha fornecido as runas como alfabeto para os Nórdicos, pois as Runas são bem parecidas com o alfabeto etrusco, também chamado de Runas Etruscas.



As Stregas são guardiãs ou portadoras dos segredos Antidiluvianos, desde que esses segredos são a base dos costumes antigos Pré Noé, o qual gerou 3 filhos que são Africa, Europa e Ásia, sendo Cam, Jafé e Sem. Um fato curioso sobre Cam é que ele estuprou sem pai quando estava bêbado, e seu pai amaldiçoou o filho de Cam, o qual é Canaã, a terra prometida. O dilúvio foi atestado em várias culturas diferentes, com nomes diferentes, mas ele originalmente se deu em torno do Mar Negro, não no mundo inteiro, apesar de ter afetado a configuração mundial do planeta devido as placas tectônicas. Os descendentes de Caim sobreviveram através da linhagem da Esposa original de Nóe.

O mar Negro, originalmente chamado Ponto Euxino, é um mar interior situado entre a Europa, a Anatólia e o Cáucaso, ligado ao oceano Atlântico através dos mares Mediterrâneo (dos Tirrenos) e Egeu (dos Gregos e Helênicos) e por diversos estreitos. O Bósforo o liga ao mar de Mármara, e o estreito de Dardanelos o conecta à região do Egeu. Estas águas separam o Leste da Europa da Ásia ocidental. O mar Negro também liga o mar de Azov ao estreito de Kerch. O entendimento acerca do dilúvio foi que a Terra era chamada Pangea, sendo um único continente, quando um Gêiser gigante entrou em erupção lançando uma coluna de água tão alta que choveu 40 dias. As águas que estavam abaixo do solo vieram a toa e tomaram todo o espaço do chão, demorando 1 ano para voltar abaixar o nível. O dilúvio foi uma invasão colossal do Mar Negro pelas águas do Mediterrâneo.

Os Judeus contam os anos a partir da criação dos primeiros seres humanos, desde Adão e Eva, há 5.783 anos atrás. A Bíblia menciona o dilúvio na data de 2.240 a.C. porém, para os Judeus que contam o ano como Anno Mundi foi em 1656. Sendo assim, entre o dia da criação de Adão e Eva e o dilúvio se passaram 4.127 annos mundi. Há cerca de 4 mil anos de segredos pagãos guardados e a serem resgatados.

A ciência afere o dilúvio em 7.500 a.C. e entre esse e o da bíblia que rolou em 2.240 a.C, há uma distancia de 5.260 anos do calendário comum. As datas ciência X bíblia não batem.

Bem, os povos todos existiam e no mapa das terras de Nod havia o Monte Zagros, ao norte a cidade chamada Enoque (filho de Caim) e a direita a cidade chamada Turan ao lado do mar Cáspio, (Turan é o mesmo nome da deusa etrusca do Amor), ao Sul havia cidade Sem-Zur. O Éden foi a cidade de Edinnu que ficava a oeste de Nod, perto de Urmia e Aratya. A etimologia de Éden aponta para Edin. Há evidências de ocupação humana nessa região do Mar Cáspio desde o paleolítico inferior de 11 mil anos. Olhando no mapa você identifica Rússia em cima, o Mar Cáspio a Direita, Turquia a Esquerda e Iran abaixo.

No livro de Adão e Eva somado as informações da formação da Torá, elucida-se que os descendentes de Caim tenham ido para a Ásia e, depois do Dilúvio teriam voltado as terras do Edfú acolhidos por Cam (Cão), a qual foi construída para ficar longe das inundações. A Torá diz ter sido inspirada por Deus direto à Moisés cerca de 1.300 a.C. O 6º e 7º livros de Moisés contem muita magia e são apócrifos rejeitados hoje em dia. Os 900 km que separam Edfú e Líbano são as Terras de Sem e é nesse período que marca o contato do povo egípcio com aqueles Fenícios que ainda moravam em Tiro (Líbano) fundado em 2750 a. C., famosa cidade conhecida pelo “Arco do Triunfo” protegida pela divindade Melcarte, assim como Eshmun protegia Sidón. Os habitantes de Tiro mais tarde formariam os povos navais de Cartago da rainha Elissa (Dido) e os Etruscos, tirando proveito do território chamado “Ras al-Ain”, conhecida hoje pela história famosa da calçada criada por Alexandre O Grande em 332 a. C.

Sobre Ras al-Ain, Ain é a décima sexta letra de vários abjads semíticos, assim como o ayin do alfabeto árabe e o 'ʾayin do alfabeto fenício.

Nas etruscas disciplinas constam que, o céu era dividido em 16 setores astrológicos e devido a engenharia de construções da época devida ser uma astrologia horizontal/local, que não usa o sistema de eclíptica, mas sim o horizontal. Dezesseis também são as partes celestes (Orun) que vieram para Terra (Ayê) entre os povos Cuxitas africanos, formando os 16 Odus (caminhos/destinos) do ser humano. Alguns desses segredos ainda estão guardados pelos Stregones (Strigoi = líder dos pássaros, equivalente ao Oshô, que é o bruxo africano do culto de Iyami). É aqui que se pode demonstrar a descoberta da geomancia matriarcal com 16 casas astrológicas e terrenas, todas com nomes femininos, através da divinação da terra. Tudo o que está em cima é igual ao que está em baixo, pois um é reflexo do outro.

Esse pensamento é tão antigo que se perde nas brumas, mas foi registrado na Tábua de Esmeralda, bem como ficou registrado na “Mos Maiorum” dos Etruscos, o qual serviu para criar posteriormente a Lei das 12 Tábuas romanas em 451 a.C., uma soma das Leis gregas de Solón e Mós Maiorum etrusca, registrados por Tito Lívio. O autor Piérre Verger apontou o nascimento da Geomancia no território da Arabia Saudita. Apesar desse conhecimento ter subido no mapa até a Tuquia, eu não encontrei registros dele mais acima na federação Russa. Esse conhecimento apontou dois caminhos distribuídos no mapa. Um caminho mesopotâmico de Tiro à Cartago, sendo que abaixo de Cartago fica Niger e Nigéria mais ao Sul.

O segundo caminho foi dentro da Arabia Saudita mesmo, descendo até a famosa cidade da rainha de Sabá ao Sul. Foram encontradas evidências dos oráculos que se utilizam do sistema de geomancia com 16 casas nessas regiões. Na época do Rei Salomão no Egito, a rainha de Sabá foi visitá-lo, passando pelo estreito do Mar de Juncos (o verdadeiro nome do Mar Vermelho). Ficou registrado que ela saiu de lá grávida e gerou um filho de Salomão 9 meses depois, sendo que o local onde ela teria parado para dar a luz, tomou o nome de Sabá igualmente (Shebá), portanto existem 2 cidades de Sabá, pois a cidade era a própria rainha, onde ela estivesse. Uma fica no Sul da Arábia Saudita e outra fica no Sul da Etiópia Africana.

Afri era o nome de vários povos que se fixaram perto de Cartago no Norte de África. O seu nome é geralmente relacionado com os fenícios como afar, que significa "poeira" ou “terra”, embora uma teoria de 1981 tenha afirmado que o nome também deriva de uma palavra berbere, ifri, palavra que significa "caverna", em referência à gruta/vagina onde residiam. Hespérides é um dos nomes antigos da África no mapa.

No século I, o historiador judeu Flávio Josefo (Ant. 1.15) afirmou ter sido nomeado para Efer, neto de Abraão, segundo o Génesis (25:4), cujos descendentes, segundo ele, tinha invadido a Líbia, mas o Flávio nem sempre conta a verdade por puro desconhecimento ou por sempre puxar a “sardinha” para o lado que mais lhe conviesse, o dos Judeus.

Os Gregos afirmaram que aphrós, queria dizer literalmente “espuma” (do Mar) dando origem ao nome da deusa Afrodite. Diversas etimologias de fontes não gregas foram sugeridas devido sua ligação com a religião fenícia alegada por Heródoto (I.105, 131) levou a derivação ao nome Afrodite grego oriundo da deusa Aštoret semita, através de uma hipotética transmissão hitita. Outra etimologia semita compara o assírio barīrītu, nome de um demônio feminino encontrado em textos babilônicos médios e tardios, o que liga aos Barutus sacerdotes advinhos das tábuas dos deuses e das antigas hepatoscopias babilõnicas, igualmente registrada na Itália Piacenza. O nome provavelmente significaria “aquela que (vem) no alvorecer”, o que identificaria Afrodite em sua personificação como a estrela d'alva, um paralelo importante que ela partilha com a Ishtar mesopotâmica.



Outra etimologia não grega sugerida por M. Hammarström, aponta para o etrusco, comparando (e)prϑni “senhor”, uma denominação honorífica etrusca que passou para o grego na forma prítane (em grego: πρύτανις). Isto faria com que a origem do teônimo fosse uma expressão honorífica, “a senhora”. O linguista sueco Hjalmar Frisk, no entanto, rejeita esta etimologia, considerando-a «implausível». O Etymologicum magnum bizantino apresenta uma pseudo-etimologia medieval que explicaria o nome Aphrodite como derivado do composto habrodiaitos (βροδίαιτος) “aquela que vive delicadamente”, de habrós (βρός) + díaita (δίαιτα), explicando a alternância entre b e ph como uma característica "familiar" do grego, obviamente derivada dos macedônios. O que se sabe é que a deusa teria um Templo também ao sul da Itália em Taras em 400 a.C., oriundo da Astarte Fenícia, sem mencionar que Afrodite era a Mãe protetora de Eneias Troiano. No hino de Homero fica claro a raiz no Monte Ida, no Levante. Ovídio nos diz que ela foi a responsável pela perpetuação da vida na Terra, comprovando sua ancestralidade ainda mais antiga.

As cárites (as Anas = Graças) assim como as horas, que representam amáveis e benfazejos espíritos do crescimento, são suas servidoras e companheiras e fazem parte de seu cortejo. Dançam com ela, banham-na, ungem-na e tecem-lhe as vestes. O nome das cárites significa “graça e sedução”, que são justamente os dons com que Afrodite brinda Pandora, a primeira mulher. Ela é a própria doadora da graça que nunca acaba, a Ana Perena, uma deusa bruxa chamada de Anadea, sendo que as graças são seus dons concedendo todos os desejos. A partir do  século V ela é dividida em duas, sendo Afrodite Urania (do céu) e Afrodite Pandemos (da terra/de todos os povos), caracterizando seu duplo, assim na terra como no céu.

Seus epítetos são tantos que é impossível reproduzir aqui, os mais conhecidos são Cípria e Páfia na ilha de Chipre, Syria na Síria, Citeréia nas ilhas Jônicas, Cânídia na Cária, Ericina na Sicilia, e Pireneia na Gália céltica.

Massey, em 1881, afirmou que o nome deriva do egípcio af-rui-ka, que significa "para virar em direção a abertura do Ka." O Ka é o dobro energético de cada pessoa e de "abertura do Ka" remete para o útero ou berço. África seria, para os egípcios, "o berço". Essa teoria é a mais bem aceita dentre os oraculistas que se utilizam do sistema geomantico, como o de Ifá, por exemplo.

No tempo dos romanos, Cartago passou a ser a capital da Província de África, que incluiu também a parte costeira da moderna Líbia. Os romanos utilizaram o sufixo "-ca" denotando "país ou território". Mais tarde, o reino muçulmano de Ifríquia, atualmente Tunísia, também preservou o nome. O Ponto chave onde os africanos e os celtas teriam se encontrado pode ter sido a Mauritânia, que dá passagem para a Espanha e Portugale também através da passagem entre a Anatólia e Rússia e, Anatólia e Grécia.

Dravus, nome celta para o rio Drava, que nasce no Tirol Meridional (Itália) Naturns atual comuna italiana de Bozano, e corre para leste através do Tirol Oriental e da Caríntia (Áustria), entra na Eslovênia e segue na direção sudeste através da Croácia, formando a maior parte da fronteira entre aquele país e a Hungria, e termina o seu curso no rio Danúbio. Entenda que Dan é um prefixo antigo cuja origem remonta ao Dan dos cuxitas (Oxumare - cuja etimologia significa “entre a marés dos rios” – faz alusão ao alto, raso e baixo ambiente marinho) e Dan uma das 12 tribos de Israel os quais são o mesmo personagem só que contados com um olhar na história, por povos diferentes (Cuxitas e Judeus) e, por último o mesmo Danu que gerou os simbolismos dos Tuatha de Danann. Dan significa Rio e é um grande rio Europeu que deságua no Mar Negro (local onde se tem registrado o Dilúvio de Nóe) e, portanto faz ligação entre os povos da Arábia, Helênicos e Europeus. O Significado etimológico de Dan é Dádiva Divina e é uma das artérias de Gaia.

Provavelmente você tem dificuldades em aceitar que os Negros e os Celtas conviviam, mas em Lebor Gabála Éren é mencionado os demônios Fomóri (Fom + Ori = os cabeças pretas) como tendo vindo das águas e destruído os Tuatha de Danann. Balor e seu povo foram os primeiros Fom a por os pés no mundo celta. Os Tuatha morrem e por isso são chamados de fadas, porque fadas se referem aos espíritos dos mortos. Fom é o povo que vive atrás do rio, pois assim foi registrado na cultura africana, eles geraram a nação Jeje (os estranhos) que no Brasil conhecemos como povo de nação Jeje-Nago do candomblé. Ori é um nome feminino, tradicionalmente se diz A Ori, e não O Ori, significa portador da Cabeça, espírito da Consciência, equivalente ao etrusco Satnal – guarda costas, essa palavra gerou Satellitis em latim, Satélite em português. Também gerou a palavra Satanás dos Judeus. É a palavra correspondente ao Daimon dos gregos. A etimologia Latina da palavra Satélite significa “Guarda de um Príncipe”.

Após as primeiras batalhas celticas, partholón derrotou cichol na batalha de mag itha, mas seu povo morreria mais tarde de peste. a irlanda ficou cerca de 30 anos sem alma viva após a morte do povo de partholón, depois apareceu nemed e seus seguidores que encontraram os fomorianos quando chegaram. neste ponto o céitinn relata que os fomorianos era um povo marítimo da áfrica, descendentes de noé e filhos de ham (can). nemed derrotou os fomorianos em várias batalhas, matando seus reis gann e sengann, mas dois novos líderes fomorianos surgiram: conand filho de faebar, que morava na torre de conand na ilha tory, condado de donegal, e morc filho de dela. Para um africano chegar tão alto teria obrigatoriamente que passar pela Itália etrusca, subindo até a Galia até chegar na Irlanda e nos países Germânicos. O povo Fom cultua os Voduns, e não é a toa que Mama Brígida (deusa Brígit celta) foi incorporada no culto Vodu.

Boa Leitura.

Por Sett Lupino.

 

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