segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Entenda a ligação entre os Etruscos, Célticos, Nórdicos e Africanos! - Parte 2 (final)

 

Entenda a ligação entre os Etruscos, Célticos, Nórdicos e Africanos!

Parte - 2 (final)




Os gauleses (símbolo Galo) que habitavam o território correspondente à França, à Bélgica e à Itália setentrional proto-históricas, a partir da Primeira Idade do Ferro (800 a.C.), foram conhecidos pelos nossos dias através de sua ligação com a civilização celta de La Tène.

No século III a.C., os gauleses invadiram a Grécia e foram mais além, atravessaram a Ásia Menor, chegando a um território conhecido como Anatólia (antiga Troia) ocuparam uma região no interior que se chamou Galácia, pronuncia-se Galátia. Galați ou Galatz se pronúncia /ga'laʦʲ/ também é uma cidade da Romênia às margens do Danúbio, (ver os Gálatas bíblicos). Note-se que 4 séculos antes, Eneias saiu de Troia para fundar a Nova Troia prevista e imposta pelo oráculo. Depois de passar pela cidade Fenícia de Cartago e se casar com a rainha Dido, ter aprender seus costumes, Eneias parte novamente com sua legião de marujos troianos e cartaginenses chegando a Sicília e posteriormente a Etrúria por via náutica, se mescla com os povos autóctones Rasenas, Latinos, Úmbrios, Sabinos, Pelasgos,  e funda uma nova Troia (que fica 400 km de Roma na Itália), gera descendência que se torna Rômulo e Remo, os quais Fundam Roma (Romula ou Romla, do etrusco Rumon – nome antigo do Rio Tibre, dos gêmeos encontrados no local), sendo uma extensão da nova Troia.

Os Romanos conquistam os Gauleses que 4 séculos depois invadem a Grécia e depois passam para a Anatólia (atual Turquia Dardânica que compreende as cidades Balkesir e Çanakkale beirando mais ao sul o Mar de Mármara, região onde nascem os encantamentos) cujo rio Scamander levava até a Phrigya Ancara que ficava no centro-norte, tendo a Ilha de Chipre ao sul da costa. Tróia da Anatólia ficava à 1.500 km ou 17h de distancia do Líbano, só para que se compreenda as culturas vizinhas da época.

Os Rasenas (Tirrenos) foram aparentemente uma mistura de Fenícios com os Sabinos, Latinos, Clúsios, Fidenenses, Veios, Cares, Hérnicos, Équos, Marsos, Volscos, Lucani, Peligni, Marrucini, Úmbrios e Auruncos, eu contei ao todo 16 etnias que foram os povos etruscos.

A Itália inteira é uma colcha de retalhos cultural, desde que diferentes populações se estabeleceram ao longo dos séculos, a grande maioria foram agricultores do Oriente Próximo, lígures, etruscos, fenícios, gregos, celtas, godos, lombardos, rúgios, bizantinos, francos, normandos, suevos, árabes, berberes, albaneses, austríacos entre outros.

A língua etrusca foi falada e atestada em Lemnos próximo a Anatólia (Troia). Esse alfabeto gerou o grego e não o contrário como se pensou durante muito tempo. Uma comparação entre os nórdicos e etruscos é a proximidade dos deuses: em Etrusco Ais = singular para deus / Aisar = Plural para deuses. Em nórdico é Æsir (masculino) e ásynja (feminino).

Os Lobos são os olhos de Odin. Em etrusco, a palavra enxergar é Tau, e atravessar é Luph/Lupin.

Os romanos chamavam Saga (Sagã-ae plural), denominação dos romanos às bruxas, feiticeiras e pythonissam. Saga é a bruxa latina dos romanos, princesa e senhora da Argúcia, da Sutileza, da Agudeza, da Astúcia, a Juíza, a sábia, a que esclarece, que torna claro, que conta história, poema e demonstra, a que encanta, indica e acusa. O termo é derivado do radical do particípio passado argutus, do verbo latino arguere que remonta a deusa Śuri dos oráculos sagrados Etruscos.

Phersipnai e Aita, deuses que governavam o submundo retratados com cabeças de Lobo ou elmos em forma de lobos cobrindo a cabeça de ambos. Mantus e Mania eram os guardiões das portas do submundo.

Phersipnai é equivalente a Perséfone, essa última originou a latina "sagax- acis", que significa perspicaz, que deu origem a sagacidade do latim sagacìtas,Átis e persona, do latim persona(la) (persōna) (máscara de ator, personagem teatral) e este do etrusco phersu (vem de Phersipnai) e este do grego πρόσωπον.

O nome Perséfone tem origem nos subsídios gregos pertho, que significa "destruir" e phone, que quer dizer "assassinato". Devido a isso, significa "aquela que destrói e assassina" a própria morte, uma vez que ela resurge na primavera dos ritos de mistério em Eleusis.  Note a semelhança da palavra Pertho com a Runa nórdica Pertho, significando alegria, festa, felicidade, é o que vem depois do renascimento.

No mito Nórdico preservado pelo Codex Regius e Grímnismál, Odin visita Saga em Sökkvabäck que significa "afundar" (submundo), o salão dos bancos naufragados, um grande navio, onde eles bebem em seus vasos de ouro. De acordo com Snorre, ela é um ser independente que fazia parte da santa irmandade de Asynjor, a esposa de Odin Frigga atuando no submundo. Como podem ver, em cada mundo os deuses assumem nomes diferentes. No céu é um, no inferno é outro, mas são os mesmos deuses/as. Isso fica muito evidenciado no mito Etrusco onde Thinia assume o local de 3 reinos diferentes e cada um ele possui nome diferente. Ele é Thinia no céu, Netuns nas águas e Aita no submundo. Assim como podem se metamorfosear, também podem criar a si mesmos em mundos diversos ao mesmo tempo.



É a Trindade em Um, a mesma essência existindo ao mesmo tempo em 3 reinos distintos, para demonstrar o poder da onisciência, sendo que essa palavra vem do latim Oni e do etrusco Uni ambas significando TODO (tudo) + a palavra sciente, o que tem conhecimento sobre algo. Se ela (deusa Uni) é tudo, ele busca tudo para ela, ele a busca em todo lugar, acompanha em tudo, dessa forma onipresente (na terra), onipotente (celeste) e onisciente (no mar), senhor e senhora dos 3 reinos que se cruzam.

Na estrofe 35 do poema Völuspá de Edda em verso uma völva diz a Odin, entre muitas outras coisas, que vê Sigyn sentada e bastante infeliz com o seu marido acorrentado, Loki, num "bosque de fontes termais".

Ela é mencionada na secção em prosa do poema Lokasenna onde Loki profere insultos aos Æsir, que encontram Loki e amarram-no com as vísceras do seu próprio filho Nari; o seu outro filho, Váli, é descrito como tendo sido transformado num lobo, e a deusa Skadi amarra uma serpente venenosa em cima do rosto de Loki, sobre o qual o veneno respinga. Sigyn é novamente descrita como esposa de Loki, que segura um recipiente sob o veneno que verte, o qual transborda causando intensa dor em Loki, gerando terremotos na terra.

No Gylfaginning  eles são citados novamente, só que aqui os motivos da punição de Loki são diferentes dos descritos no Edda Poetica, porque nesse ele é acusado de ter matado Balder e tê-lo impedido de regressar dos mortos. seu filho Váli é transformado num lobo pelos deuses e mutila o seu irmão, do qual são usados as entranhas para amarrar Loki. A dor se repete no ato da troca da vasilha por Sigyn, até que Loki consegue se libertar e dá início à marcha de Ragnarök.

Sigyn é apresentada enquanto deusa, uma Ásynja, na Eda em prosa no livro Skáldskaparmál, onde os deuses realizam uma grande celebração em correspondência à visita de Ægir, e nos kennings de Loki: "marido de Sigyn", a carga/fardo [Loki] dos grilhões encantados nos braços [de Sigyn])", e numa citação do século IX de Haustlöng, "o fardo nos braços de Sigyn". A menção final de Sigyn em Skáldskaparmál encontra-se na lista de ásynjur na parte anexa Nafnaþulur, capítulo 75. Sigyr é retradada nos mitos nórdicos como a deusa da vitória.

Isto nos remete à Sigrún (do nórdico antigo: runa da vitória) é uma valquíria da mitologia nórdica. A sua história é relatada em Helgakvida Hundingsbana I e Helgakvida Hundingsbana II, na Edda em verso. O editor original comenta que se tratava de Sváva renascida.

Falando em Runas, Theseus Ambrosius (1469-1540) amigo italiano de Olaus Magnus (1554), publicou a obra Introduction to the Chaldean Language contendo 19 Runas Futhark, esclarecidas por Olaus Magnus cinco anos depois como marcações de calendário do final da Idade Média.

Para além do futhark jovem de 16 runas, contem três runas extras: àrlaug, tvímadr e belgthorn.

As dezenove runas apresentadas por Magnus atestam a ampliação das runas dentro de uma tradição medievo-nativa, uma fusão de uma imprensa adaptada e latinizada combinada com o que era na época conhecido como helstungna ou futhark rúnico sueco. Ao mesmo tempo em que Olaus Magnus publicou seu tratado sobre o povo nórdico, o primeiro arcebispo luterano na Suécia, Laurentius Petri (1499-1573), e seu irmão Olaus, estavam ocupados com o estudo das runas. Em suas descobertas, eles descrevem cada runa com algum detalhe, discutem sua pronúncia e também falam sobre as runas do calendário da árvore. Infelizmente, este trabalho nunca foi publicado, mas felizmente foi descoberto por Johannes Bureus (1568-1652), que, após um estudo de seis anos de seu trabalho, publicou sua própria tabuleta rúnica e interpretações rúnicas em 1599. Este trabalho chamou a atenção do dinamarquês médico Ole Worm (1588-1654) que sustentou a opinião de que a igreja católica havia deliberadamente tentado minar a magia das runas. Ele publicou um trabalho significativo sobre a ideia mística das runas em 1626, que veio em má hora, pois a heresia era generalizada e os hereges e seus livros facilmente acabaram nas chamas de uma Igreja separada, confusa e intolerante. Com a tentativa de Magnus Celsius de interpretações rúnicas em 1674, encontramos o último trabalho escrito sobre runas até que elas ressurjam 200 anos depois com os trabalhos do antropólogo norueguês Sophus Bugge (1833-1907), que estabeleceu a runologia como uma ciência acadêmica através de seu discurso do Ancião Futhark.



Düwel aponta a origem das runas como não sendo apenas uma criação germânica; mas que foram sujeitas a influências externas. Alguns alfabetos mediterrâneos influenciaram as runas. A teoria latina foi proposta pelo runologista dinamarquês Ludvig Wimmer na década de 1870, e sugeriu que o alfabeto latino foi pelo menos a inspiração e o modelo para o surgimento das runas.

Dada a ampla circulação do alfabeto latino no século I e as semelhanças entre letras como f, r, b e m, esta é uma teoria notável que possivelmente explica parte da origem das runas, oque não deixa de ter influências etruscas, uma vez que o Latim se mesclou com o etrusco e muitas das palavras etruscas hoje sobrevive na língua portuguesa, como Satélite, Clã , Máscara, Antena entre outras.

A teoria grega, proposta pelo runologista norueguês Sophus Bugge no início de 1900, sugeriu que foi o alfabeto grego que inspirou o primeiro surgimento das runas. Tal como acontece com a teoria latina, os godos que vivem ao redor do Mar Negro e aqueles que vivem nas partes do sul da Escandinávia eram entendidos como os principais propagadores de runas. Esta teoria definiria o desenvolvimento das runas por volta do século 3, mas desde o século 1 parece muito mais provável como o século do desenvolvimento rúnico, a teoria da origem grega tornou-se mais fraca ao longo do tempo, especialmente porque já provamos que a língua Fenícia é mais antiga que a Grega, e a Fenícia gerou o Etrusco, basta ver Tiro e também a Múmia de Zagreb bem como a localização de ambos.

A teoria etrusca foi proposta pelo historiador norueguês Carl Mastrander na década de 1990 e sugeriu uma conexão com o alfabeto etrusco através da parte germânica dos Pirineus e dos Alpes, teoria que encontra concordância com as considerações de Tácito na Germânia que falou da tribo de Cimbru que tentou entrar em território dinamarquês a partir do Danúbio e através dos Alpes no século I. Muito lúcida essa teoria, mas ainda assim doixou de fora a marca Fenícia de Tiro.

É preciso conhecer as Runas no que elas concernem, tanto em símbolismo, significado, mito, história, contexto usado na prática e fundamentos.

Além disso, Bureus e Worm, foram esquecidos por quase 300 anos, mas tem seu mérito. A obra de Bureus e Worm foi desenvolvida em uma época representada pelo impacto de Christian Rosencreutz sobre o continente com os folhetos Fama Fraternitatis em 1614 e o Casamento Químico de Christian Rosencreutz em 1616. Essa influência foi de grande admiração nas imaginações dos intelectuais e espíritas escandinavos que buscavam desvendar, compreender e integrar os grandes temas tradicionais que se encontravam em todos os recantos da criação.

Sigurd Agrell (1881-1936) e suas teorias teosóficas teutônicas espalharam um esoterismo mágico na Alemanha e na Escandinávia. Ele desenvolveu a teoria de que a cifra rúnica foi revelada na verdade esotérica, colocando a runa Fé por último, dando um Uthark. Pessoalmente, acho a teoria um pouco exagerada, mas ao mesmo tempo demonstra a flexibilidade das runas e também uma modalidade de “pegar as runas” para possuir segredos personalizados de dentro do tecido cósmico. Em 1952, os estudos do dinamarquês Anders Bæksted (1906-1968) sistematicamente desmantelaram e descartaram qualquer uso mágico das runas e, em particular, a teoria de Agrell. Agrell sofreu um duro golpe com isso que abalou não apenas sua teoria, mas os estudos rúnicos em geral.

Bæksted conclui e descarta radicalmente os relatos históricos de usos divinatórios de runas. Os Eddas diz que a escultura de runas era inconfundivelmente uma atividade mágica. De forma a igualar qualquer linguista, todos deveriam reconhecer além de conhecer, as letras e os números de uma língua que se vai realmente utilizar, especialmente quando se propõe a usá-las em jogos de adivinhação.

Plínio, o Velho, ao falar sobre os Hérulos, afirma que eles originalmente veio de Thule (Escandinávia, geralmente entendida como Islândia ou Noruega) e migrou para as terras ao redor do Danúbio e do Mar Negro lado a lado com os godos, sugerindo um vínculo íntimo entre essas duas nações tribais. Como já viram antes, a teoria de que os Hérulos teriam ajudado arrumar as runas, não se sustenta, devido como já expliquei antes, o Mar Negro, Tiro e a influência fenícia. Os povos subiram no mapa ao invés de descer, especialmente porque os Germânicos não aguentavam o calor mesopotâmico e africano. Falar de uma pessoa ou outra que tenha descido no mapa tudo bem, mas afirmar que todo um povo desceu no mapa para uma região onde mais morreriam do que viveriam, me parece forçada.



O Futhark jovem de 16 runas é mais mágicos do que o alfabeto antigo. a reduçaõ de 24 para 16 não alterou o significado das previsões, sendo que cada Aettir empresta seu poder nas 16 runas, em igualdade com sua influência social e evolução dos mitos que desempenham. Cada Aettir fala sobre os três níveis de forças, mundana, espiritual e sentimental. As jornadas humana na Terra, o destino do humano a partir do fio da vida das Nornas e, as questões de comportamento guiado pelo sentimento quando consultado internamente, desenvolvendo uma função social que engloba todo o universo onde deuses e humanos convivem. Os Aettir são os 3 caminhos da encruzilhada que ligam céu, terra e inferno. Além de que, é necessário uma tábua dos deuses para apoiar o Espírito Divinatório como oráculo, pois todo Oráculo que se preze possui um Espírito sendo alimentado constantemente, o qual fornece a adivinhação e as conversas durante a consulta para saber da vontade dos deuses.

O Número 9 representa nada mais nada menos que os 9 dias em que Odin ficou dependurado, ele viu um mundo por dia, ele criou um mundo por dia, e cada mundo continha seus segredos rúnicos e as forças que governam cada pessoa, como resultado quantico de suas ações e escolhas.

A Germânia de Tácito do século I d.C. apresenta-nos o mais antigo conto sobre as runas e como elas foram usadas. No capítulo 10 de Germania ele escreve que um galho foi cortado em pedaços e cada pedaço marcado. Essas peças foram então jogadas sobre um pano e interpretadas, seguido por orações e presságios da natureza circundante. Este processo foi possivelmente repetido três vezes. Este breve relato na íntegra diz o seguinte:

“Sobre os usos dos sorteios e augúrios, eles são dedicados para além de todas as outras nações. Seu método de adivinhação por sorteio é extremamente simples. De uma árvore que dá frutos, eles cortam um galho e o dividem em dois pedaços pequenos. Estes eles distinguem por tantas marcas, e jogá-os ao acaso e sem ordem sobre um branco vestuário. Então o sacerdote da comunidade, consulta os sorteios para o público, ou para o pai de família sobre uma preocupação, depois de ter invocado solenemente os Deuses, com os olhos erguidos para o céu, toma cada pedaço três vezes, e tendo feito assim a forma de um julgamento de acordo com as marcas antes feitas. Se as chances se mostraram proibitivas, eles não são mais consultados o mesmo assunto durante o mesmo dia: mesmo quando eles estão convidando, no entanto, para confirmação, a fé dos augúrios também é testada. Sim, aqui também é conhecida a prática de adivinhar eventos a partir das vozes e do vôo dos pássaros. Mas para esta nação é peculiar, aprender presságios e admoestações divinas também dos cavalos. Estes são nutridos pelo Estado nos mesmos bosques sagrados, todos brancos como leite e empregado em nenhum trabalho terreno. “

“Essa procissão na carruagem sagrada são acompanhados pelo Sacerdote e pelo Rei, ou pelo Chefe da Comunidade, que tanto observava cuidadosamente suas ações quanto o relinchado. Em nenhum outro tipo de augúrio há mais fé e segurança repousado, não apenas pela população, mas também pelos nobres, mesmo pelos Sacerdotes. Estes se consideram os ministros dos Deuses, e os cavalos a par de sua vontade. Eles também têm outro método de adivinhação, de onde aprender a questão de grandes e poderosas guerras. Da nação com a qual estão em guerra eles criaram regras, este procedimento não é como ganhar um cativo: eles se envolvem em combate com um escolhido entre eles, cada um armado à maneira de seu país, e de acordo com a vitória para este ou para o outro, reunir um presságio do todo.“

Em minha visão particular, Tácito descreve as etruscas disciplinas, uma vez que todo esse costume consta nelas, e o combate travado por Eneias e Turno evidencia o resto.



No final do século V, encontramos um relato do Bispo de Poitiers que, em uma carta a um amigo, descreve as runas como uma linguagem escrita usada da mesma forma que o grego, o latim, o hebraico ou o persa, testemunhando as runas usadas como um sistema de escrita comum. 300 anos depois, encontramos o abade de Fulda, Hrabanus Maurus, afirmando em um pequeno folheto que as runas eram usadas para dar conta da poesia, magia e previsões feitas pelos nórdicos, sugerindo seu uso tanto como linguagem escrita para comunicação quanto além de ter uma função mágica. A partir disso, podemos concluir que as runas devem ser vistas como uma linguagem mágica que contém duas funções:

1 – falar com os deuses e expressar a vontade;

2- uso comum como alfabeto.

Assim como o hebraico, o latim, o etrusco, o fenício, o persa e o grego, possuem claras implicações mágicas devido à sua virtude comunicativa e aos vários sons que estavam replicando, para rematar, o som que saí da boca é vida e verbo de criação em qualquer país do mundo, pois assim como a boca fala do que o coração tá cheio, você expressa a sua alma e espírito no som que sai de dentro de ti, o sentimento é a linguagem universal que todos os deuses compreendem e a fala é a expressão do sentimento, raciocinado ou não.

As Fontes consultadas estão todas descritas no corpo do artigo, dispensando citá-las novamente. Procurei reunir o máximo de informações tanto de cunho oral quanto de pesquisas literárias para o deleite do leitor. A riqueza de detalhes com que eu descrevi todas as passagens se configura em mistérios revelados, pois tenho certeza que poucos conheciam o conteúdo aqui apresentado. Essa é mais uma contribuição social minha para com a sociedade Bruxa.

Boa Leitura.

Por Sett Lupino.

 

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