sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

ENTENDA OS MISTÉRIOS – STREGONERIA & WITCHCRAFT

 




As escolas de Mistérios surgiram para direcionar o pensamento dos iniciados e guiar o comportamento humano de acordo com o entendimento da Ordem Cósmica.

Até a idade média, poucas escolas iniciáticas de Mistérios eram conhecidas, talvez as mais proeminentes foram as Escolas de Eleusis que dividiam seus mistérios em Três, sendo o Rapto de Kora, O retorno de Perséfone e, o nascimento de Dionísio. 

Por isso havia as Eleusínias divididas em duas sendo Eleusínia Maior e Eleusínia Menor, e por fim os Mistérios do Vinho-Sangue de Dionísio que revelava a verdade pela alteração de consciência dada pelo grande teor alcoólico dos vinhos, além da ideia que toda uva precisa ser pisoteada para só depois virar vinho bom.

A bruxaria sem um escopo de Mistérios (das escolas de Mistérios) é apenas feitiçaria. A primeira é compreensão astuta, porque toda iniciação é um olhar para dentro. A segunda é operacional porque é prática colocada em ação.

A bruxa iniciada é uma sacerdotisa e magistra obediente as Leis da Arte, diferente da feiticeira que não tem obrigado de seguir regra alguma. Uma iniciação exige obediência às regras das Leis Cósmicas, senão vejamos:

No original de Aradia O Evangelho das Bruxas, Leland escreveu: 


"Ainda como a filha de Cain tu obediente nunca é

Nem como a raça que se tornou afinal

Mau e infame de tanto sofrer,

Como são os judeus e zingari vagantes,

Tidos todos como ladrões e patifes; 

Mesmo que goste deles, vós não será.

E tu Obediente será

A primeira das bruxas conhecidas;

E tu Obediente será em primeiro lugar no mundo,

E tu Obediente ensinará a arte de envenenar,

O envenenamento são esses grandes senhores de tudo,

Vós, Tu Obediente os fará morrer nos palácios deles/delas,

E tu Obediente ligará a alma do opressor (com poder).

E quando vós achais um campones que for rico,

Então vós ensinará sua aluna bruxa, como arruinar todas as colheitas com medonha tempestade,

Com raio e trovão (terrível),

E com granizo e vento...

E quando um padre fizer um dano pelas bençãos dele, vós fará a ele o dobro do dano, e fará isso em meu nome, que sou Diana, a Rainha de todas as bruxas".

Árvore da Kabbalah com Daath antes da queda, sem Malkuth


A Bruxaria está para o Arquiteto como a feitiçaria está para o Mestre de obras. O maior exemplo dado em filmes foi a história inglesa das Brumas de Avalon, onde Viviane e Morgouse disputavam as políticas. As duas eram feiticeiras, mas a primeira era também uma bruxa, enquanto a outra não. Havia uma escola de mistérios em Avalon que dependia de treinamento e iniciação, coisa que Morgouse nunca se interessou a não ser pelo seu egoísta interesse pelo poder de domínio. Esse filme trata apenas de UM mistério, mas aborda várias causas de conduta que guiam os comportamentos humanos e que podem levar a derrota ou ao sucesso da própria vida.

Entre outras Escolas Iniciáticas de Mistérios há outras tais como as mais antigas que essas já citadas, senão vejamos:

-Escola do Vale do Indo;

-Escola Suméria;

-Escola Fenícia;

-Escola Egípcia (a mais conhecida e a que mais se expandiu no período helenístico devido ao caso de Marco Antônio com Cleópatra);

-Escola Grega;

-Escola Germânica;

-Escola Italiana;

-Escola de Antanho (antiga Anglia);

Árvore da Kabbalah depois da queda de Daath, com Malkuth


-Escola Africana (talvez a única que não precisou ser resgatada e teve uma continuidade até os dias atuais como é o caso do Culto Gèlèdè das deusas Mães ancestrais, as pequeninas mães e as grandes mães, em Osògbo e, o antigo culto tradicional Iorubá que é bem diferente do candomblé de escravo da diáspora, este último não é um culto de mistérios e sim uma religião que contem feitiçaria, até porque, o templo original do culto de Mistérios permanece UM SÓ, único, em Osògbo, quando a pessoa iniciada lá recebe autorização para ver a Mãe do Destino é somente uma única vez que isso pode acontecer e se a pessoa sair da África e do local do Culto ela não tem autorização para revelar os mistérios fora daquele lugar;

É comum rastrear o início de onde tudo começou usando a hermenêutica e o rastreamento da origem dos dialetos e linguagens antes do evento da Torre de Babel, junto com o estudo da história factual. Por exemplo: Língua Indo-Europeias: trata-se de migrações ou irradiações de povos que saíram do Vale do indo e foram para a Europa.

Lalitha Devi


A Escola do Vale do Indo nasceu na civilização pré-Harappeana, época matriarcal original, onde Lalita Devi era a deusa Cósmica do Caos e ao mesmo tempo era todas as Shaktis que existem. 

Todo o Universo era Ela e tudo foi promovido e criado por ela. Os Primeiros rastros de uma Kabbalah tiveram início neste culto e nesta época. Muitas migrações e irradiações dessa época e local foram para suméria ainda no tempo de Lalita Devi e essas migrações deram origem ao Éden e em tudo que se origina na história do Éden. 

O Vale do Indo já tinha seus casais cromossômicos, Eva e Adão, chamados Haviavati e Adapa, onde a primeira é sentimento e o segundo é argila/barro.

Enquanto Lalita é a coroa de tudo (Kether), dela, sai pra fora o que chamamos de Phalus que é Krishna (a criança Preta e Senhor do Espaço Sideral dentro da nossa Galáxia conhecido pelo epíteto de Senhor da verdade absoluta, desde que em seu corpo tudo existe. Quando Platão dizia que era possível atingir a verdade absoluta, ele estava se referindo ao entendimento esse mistério.

Krishna é o pilar preto da Kabbalah e ele é representado em Chokmah que fica no lado direito, e dele nasce a ordem cósmica (zodíaco) em Binah devido sua contra parte ser Radha, a deusa branca que pode dar origem a tudo que existe dentro da ordem cósmica. Ela é o pilar branco da direita na Kabbalah e os três juntos formam o mais antigo Trimurti que existe antes dos Brâmanes  terem surgido em 3000 a.C., para romper com o matriarcado e gerar o patriarcado. 

Esse Trimurti de Lalita (Kether) + Adapa (Chokmah) + sua lateral Haviavati (Binah) antecedem Brahma, Shiva e Vishnu dos Brâmanes.

O que chamamos de Deus Tri-Uno é o mistério do Trimurti. Deus é uma Deusa!!!

Não obstante Freud afirmou que dentro de todo homem há uma mulher. É a essência dessa deusa, a alma mundi, desde que somos o microcosmo do Universo. Sua reencarnação revela pelo gênero (sexo) qual das suas polaridades devem trabalhar em cada existência, se mais Yang e ativa ou, se mais In e receptiva. É a partir disso que se pode criar naturalmente, não artificialmente, pois este último está a cargo do conceito de um deus que trabalha para o povo, o demiurgo feiticeiro. É por isso que toda bruxa é uma feiticeira, mas nem toda feiticeira é uma bruxa. Ficou confuso(a)? Leia de novo a parte de Aradia.

O ocidente chamou o Trimurti de Tetragrama colocando em 4 estações diferentes para combinar os elementos de composição do humor cósmico, aquele que gera as 4 estações da alma da terra, refletida no microcosmo que somos nós. Homero já falava disso em sua Eneida quando exemplou e elencou as 4 partes do inferno.

Sobre o elemento de composição do Tetragrama temos que:

Elemento que significa quatro (ex.: tetradáctilo). Origem etimológica: grego téttara, tettarákonta, quatro. Isso fica mais claro com as Magaras (bruxas) do Sul da Itália, região que foi colonizada pelos Gregos.

Assim nasceram os 4 elementos, os quais sem eles nada existe na ordem cósmica, formados por:

Kether, Chockmah, Binah e Daath. 

Está última esfera ou Sephiroth (Daath) era o que chamamos de Paraíso (Éden), onde Adão e Eva fizeram Sexo, por isso caiu e virou Malkuth. 

Antes da união dos cromossomos espirituais chamados de Eva e Adão ninguém podia nascer ou morrer e por isso não havia Malkuth. Com o sexo, crianças nascem e a ordem cósmica foi compreendida como o local onde tudo podia existir. 

Lilith segurando o símbolo do anel Shen Iônico/vaginal, pisando sobre o Leão (ego) com dois pilares Corujas (pássaro da sabedoria), como podem ver Daath fica no peito, a porta do inferno. Plutão significa riqueza.


Surgem os sacerdócios cujas indumentárias eram feitas com penas de pássaros porque o pássaro era concebido como sendo a imagem da Alma/Psiquê/Consciência. 

Quanto mais asas houvesse na sua indumentária, mais perto do trono você estava e isso era um cargo sacerdotal (Aset/Ísis significa trono). Não houve discos voadores nem intercâmbio intergaláctico como os arqueólogos e historiadores querem fazer parecer. O céu era Astrologia em seu estado insípido. Estamos falando de um culto que antecede a Astrologia como a conhecemos, mas ao mesmo tempo foi a que gerou a Astromancia, Astronomia e Astrologia e, como sua contraparte, gerou a Geomancia pela compreensão do casamento do céu com a terra, o hierogamos. No Egito, esse culto passou e deu origem aos mistérios da alma como o conhecemos hoje na bruxaria. As múmias era assentamentos do tipo avô dos "assentamento de orisà".

A Múmia e seu Ba


Em 3.000 a.C. há uma ruptura social no vale do Indo, o matriarcado dá lugar para o patriarcado e surge ou é criado a escola de castas encabeçada pelos Brâmanes na cabeça, sacerdotes filósofos mágicos. Lalita, Adapa e Haviavati dão lugar à uma outra estrutura mistérica para se compreender a explicação da Ordem Cósmica a mesma que no Egito era chamada Maat, surgindo a explicação de Brahma, Shiva e Vishnu como o novo Trimurti cósmico.

Em 2000 a.C. o rio Sarasvati secou e as pessoas do vale do indo que pertenciam a casta dos Brâmanes começam a migrar para a Suméria em busca de seus ancestrais que já havia ido para lá, mas ao chegar lá o Éden não existia mais.

Clearchus de Solis e Aristóteles registraram que os primeiros Hebreus eram descendentes dos Brâmanes. Como o Éden (cidade Edinú) já não existia, pois já haviam se passado 2 mil anos da criação do Éden, Terá o pai de Abrão conduziu sua família para a cidade de Ur na suméria, onde nasceu Abrão. Abrão só passou se chamar Abraão depois de iniciado no culto fenício de El. Aquilo que a suméria chamava de deus An, os fenícios chamavam de El, significando Sol. Na suméria o Sol percorria um caminho diurno e noturno o ano inteiro, dando origem ao caminho de Anu, a roda do ano solar que imitava o conceito Hindu original de roda do ano.

Estamos falando de uma época onde o Dilúvio já havia acontecido. O Dilúvio foi registrado pelo calendário Hebraico, que quando calculado para o nosso calendário expõe a data aproximada entre 3.700 a.C., diferente do apresentado pela ciência que parece falhar. O dilúvio só ocorreu na região do Mar Negro, região norte da Anatólia próximo ao Mar de Marmara onde os encantamentos mágicos da Troia e da Grécia surgiram. Não houve dilúvio na Itália. Todas as culturas que falam do dilúvio copiam a lenda como se deles fossem e dá a impressão que o dilúvio ocorreu no mundo inteiro. O primeiro e mais antigo registro do dilúvio está em Gilgamesh, o resto é cópia.

Entre a criação do Éden e a chegada do pai de Abrão na cidade de Ur, já havia ocorrido uma série de histórias e fatos, que geraram os Elohins, Nephilins e Anunakis originais que nada tinham a ver com anjos nem extraterrestres. Alguns desses mistérios foram explicados no livro de Enoch, mas nem todos. Eram todos nomes de cargos sacerdotais ocupados por pessoas vivas que cultuavam o Sol, a Floresta e as Estrelas, todos unidos no significador de vitalidade para compreensão da Fertilidade.

Anunnaki é a palavra de junção do Sol celeste com a terra e seus ciclos, são os sacerdotes e sacerdotisas que praticavam o hierogamos imitando os ciclos celestes e terrestres. A deusa Ki, senhora da terra é a mesma energia que foi levada para a criação do Reiki, a energia cósmica e telúrica da Terra.

Só para se ter ideia, El significa Sol, Ohim significa filhos no plural. Elohim foi traduzido pelos ocidentais como deuses no plural e depois pela igreja como anjos, mas eram somente os sacerdotes e sacerdotisas do culto do Sol. Os nomes dos 4 anjos mais famosos evidenciam o poder e cargo de cada uma das 4 estrelas reais que permaneciam numa determinada região celeste ativada pelo Sol ou pela Lua e demais planetas. Jibrail (Gabriel) é o poder da juba do Sol. Enquanto os sumérios e fenícios davam ao Sol o macrocosmo do ego em forma da força do Touro diurno, os hebreus deram a forma do leão e essa é a razão pela qual o leão de Judá foi o animal zodiacal que passou ser regido pelo Sol, enquanto Touro, Vênus. a disputa de Vênus com o Sol, é porque Vênus é Lúcifer, mas no fundo um planeta não concorre com uma estrela, então Lucifer nunca quis pegar o cargo do Pai Sol. Isso é referente ao antigo culto de Vênus e Lua na era matriarcal, que na época patriarcal dos Hebreus deu lugar a cultura sob mando de Elias.

De igual forma isso nasceu na Suméria:: An significa Sol, Nu significa gerado por ele por onde passa - um caminho, e Ki era a deusa da terra que se casou com o Sol (deus An) e passou ser a Senhora do Céu e da Terra recebendo o nome de deusa Antu, a antecessora de todas. Antigamente nessas épocas o Mar era espelho do céu e as águas do mar eram a entrada para o Inferno/submundo, lembrando que as águas ficam em cima da terra e assim, a deusa Antu foi chamada de Senhora do céu e Senhora do Inferno, como é conhecida na Stregoneria. Nesse sentido, existem 3 deusas na Kabbalah, sendo uma em Kether, uma em Binah e uma em Yesod. Também há 3 encruzilhadas na Kabbalah, a qual é Hekate a senhora da Alma porque essas regiões na Kabbalah são regiões de consciência/Alma, e por isso ligada as 3 encruzilhadas, até mesmo pela gematria de seu nome no alfabeto proto-hebraico (fenício). Nenhum Judeu vai te falar que o proto-hebraico era o alfabeto fenício, mas este último deu origem ao alfabeto grego e ao hebraico, os dois únicos que contem gematria.

O deus An (sol sumério e senhor do céu) foi representado como Touro durante o dia e Lobo durante a noite, porque o Touro era sinônimo de força e vitalidade e o lobo morava nas necrópoles e representava a morte. O lobo que está em Daath, o deus An passa da suméria para o Egito como Anúbis. Enquanto o Touro que está em Tipheret é o olho que olha para fora, o olho de Rá, o do lobo é o olho que foi arrancado do rosto de Horus e por isso, só lhe resta olhar para dentro. Isso também formam os Sect diurno e o Sect noturno da astrologia e nas escolas de mistérios se liga a história dos irmãos Seth e Osíris, Rômulo e Remo, Hadad e Mot, entre outros irmãos. Os mistérios de Anubis e sua esposa passam para Itália dos Etruscos e se torna Aita e Phersípnei usando capacetes de lobo na cabeça.

O deus An tinha seu exército que era nada mais nada menos que as estrelas fixas e os planetas em torno dele. O deus An sumério foi chamado de El na Fenícia, casado com a senhora que era fecundada pelos seus raios, a Floresta, as árvores que davam frutos, e seus troncos fortes para abrigar a todos. Na astrologia árabe os planetas e as estrelas fixas são as forças do Sol, as que empoderam ele ou tiram sua força. As que empoderam são o exército e, por isso ele era o senhor dos exércitos. 

Já os cultos de Baal El-Hadad fenício passam para a Grécia e se tornam 3 irmãos, Zeus, PoSidom e Hades. Veja sobre isso no ciclo de Baal ou no meu livro com mais detalhes em como Hadad se torna Hadu em Ebla e se torna Hades na Grécia e, a partir da cidade de Sidom, após vencer o monstro marinho passa ser padroeiro dos marinheiros, Baal-Sidom, sendo Pot em grego = mar/água/oceano e, daí PotSidom.

Entendam que o Sol é significador de Vitalidade e todos os planetas que estão longe do sol são significadores de morte por estarem longe da vitalidade. Desse pensamento nascem os planetas Benéficos e os Maléficos da astrologia.

Enquanto a deusa foi representada tanto pelo Pássaro, quanto pela Serpente, porque um significava o símbolo da alma que voa e é o pássaro que pousa na árvore e o outro a energia viva da terra que está dormindo no solo rastejante, mas que ao despertar começa a subir e ficar de pé como as Najas. Esse culto foi para a África subsaariana e a deusa tomou nome de ÈLA (maiúsculo) significando a Iyá Odú, como a esposa de El, a mãe do destino, e, portanto, a mesma Lilith que sobe em Aserá, mas com aspectos bastante unidos com o culto de Elat (Al-Lat) da Arábia Feliz (Arábia do Sul). Vamos explicar:

Al-Lat, Al-Uzza e Manat era dos tempos da rainha de Sabá na Arábia Feliz, todos de cultos hierogâmicos. Al-Lat foi chamada na Arábia Saudita de Elat. Na África é ÉLA a mãe pássaro dos 16 destinos. 

Precisa ficar claro aqui o seguinte:

De acordo com o Papiro de Ani, o pássaro comanda o destino dos seres humanos e o lobo comanda o destino dos pássaros. é preciso ter muito senso crítico e percepção para notar isso nos mistérios de Anúbis e quem trabalha com os poderes dos Lobos sabem.

Aserá significa Tronco, Árvore e Floresta tudo ao mesmo tempo. Foi grafado (o nome) como Asherat, Asherot, Ashtarot, Ishtar, Aset, Inanna e Astarte entre outros.

Antes da Torre de Babel definir as linguagens dos alfabetos, todo canto havia seus próprios dialetos. Ishtar é atestado na época da Babilônia. Aset era o nome de Ísis no Egito antes da época dos Hicsos, onde ela foi fundida com a deusa Hathor e passou se chamar Ísis. Aset significa trono e sua irmã Nephtis significa templo.

Astarte foi conhecida na fenícia. Inanna foi registrada na Suméria em 2500 a.C.

Ficou registrada na Bíblia Hebraica com formas Ashtoreth (no singular) e Ashtaroth (no plural devido mais de uma estátua ter sido encontrada) e também foi o nome de uma cidade antiga entre a Fenícia e a Suméria. Ashtaroth/Astarte estava alinhada com a estrela Alphecca em seu culto, por ser da natureza de Mercúrio e Vênus, as duas sephiroths da Cabalah que contem o poder chamado de diabo, o intercessor da primeira encruzilhada cabalística da qual junto com a safira da Lua forma a forquilha do diabo devido aos seus mistérios cabalísticos.

O grau zodiacal exato da Estrela Alphecca é onde se pode conjurar ou chamar a deusa Ashtaroth ou Astarte na Goetia da Stregoneria, isso vem desde que seu nome sumério era Antu, já explicado acima.

Ao ser transliterado para o Grego e para o Latim em textos sagrados, os primeiros tradutores entenderam que a palavra no plural era masculina e assim atribuíram uma imagem masculina na demonologia, os ocultistas que copiaram esses erros tornaram a demonologia pior do que ela já era, além de ficar claro que eles desconheciam a originalidade dos fatos divinos de origem, logo, não há nenhuma continuidade sendo transmitida ininterruptamente na linhagem do conhecimento desses ocultistas e magos ocidentais. Até mesmo a própria igreja católica cometeu esse erro e difundiu Astarô como um demônio do cristianismo que era um Grão Duque do inferno. Isso foi propagado pelo Papa Honório e copiado por todos os ocultistas da idade média, gerando mais absurdo ainda.

Entendam que não é proibido usar a Goetia do Mathers, apenas não faz sentido para quem trabalha com coesão tradicional. Hoje em dia a Goetia do Mathers já possui Egrégora e pode funcionar para alguns, mas perceba antes de tudo que não é o demônio quem faz as coisas acontecerem para você, é você! Você é um deus na terra. Você é uma deusa na terra!

Não foi à toa que a Ordem da Golden Dawn viu seus “grandes” magos sofrerem “grandes” tragédias em suas vidas após usarem a Chave Menor de Salomão e a Maior e, depois que elas foram criadas, tornaram a difusão desses conceitos uma nova escola de magia goetia, sendo que Goetia significa uivo e está ligada a compreensão dos Lobos que viviam nas necrópoles. O morto chamado em um ritual de consulta (necromancia é consultar os mortos através de entranhas e da possessão por meio de Entusiasmós que significa estar possuído por um deus – seu duplo etérico), muito diferente das ideias do Mathers que não foi iniciado por uma Strega.

Como podem ver, na Stregoneria e na Bruxaria Tradicional os verdadeiros demônios são as estrelas nefastas, em alinhamento para que o duplo da bruxa se manifeste. Necromancia era a arte da hepatoscopia babilônica e da etrusca disciplinas, as quais consultavam Geomancia pelo órgão do animal sacrificado. Antes dos caldeus atribuírem somente 12 casas astrológicas, juntando as casas adjudícias que estavam nas costas de cada casa angular, formando uma casa angular poderosa, haviam 16 casas astrológicas na Hepatoscopia Babilônica e na Etrusca Disciplina e também no método que foi para a África. O pai da Geomancia foi Daniel (da Bíblia) em 600 a.C. e, Pierre Verger Fatumbi deu um entrevista atestando que a Geomancia nasceu na Arábia Saudita com o Daniel. Portanto, não há que se falar de Ifá antes de Daniel e o culto africano não é mais antigo do que o culto dos Etruscos e Árabes babilônicos, pois a Geomancia foi distribuída ao mesmo tempo no mapa. O mesmo método do Figato di Piacenza da Etrúria era usado na hepatoscopia babilônica.

Até mesmo a bebida tradicional de Esù, o Gin, foi inventada nos anos 1700 da nossa era por um italiano e patenteada por um sueco e é feita com os bagos de Júpiter, o Junípero. Antes disso se oferecia cerveja do tipo hidromel para Esú.

Logo, Ifá não é o oráculo mais antigo que existe e sim, o mais antigo preservado ininterruptamente pelo culto.

Oráculos tradicionais são aqueles que contém a união do Céu com a Terra (Astrologia e Geomancia). Todos os outros são derivações dos mistérios cabalísticos sem necessidade de manter oferendas de sangue para nutrir o Espírito do Oráculo ou, deriva da própria Geomancia que, precisa do sacrifício de sangue.

Nem todos os Hebreus eram Judeus e nem todos os Judeus eram Israelitas.

Precisa ficar claro que os Israelitas são derivado do povo que morou no Nomo 20 do baixo Egito, conhecida como Terra de Gosén onde nasceu Moises 300 anos após a morte do Vizir José (filho de Jacó) que, na época dos Hicsos encontrou sua morte. Havia deixado um testamento para ser enterrado nas terras de seus antepassados e foi assentado no templo de El em Canaã, tendo seu corpo levado por 2 sacerdotes egípcios como foi documentado. É por isso que José significa Deus Acrescentado! Não significa Deus acrescentará.

A questão do senhor dos exércitos: Ele foi o segundo homem mais poderoso do Egito abaixo do faraó, era ele quem comandava os exércitos do faraó como bem entendesse. Quando foi assentado no templo de El (Sol) que comandava os exércitos (as Hostes do céu conhecidas como estrelas), continuou sendo o senhor dos exércitos. Foi ele quem deu as terras egípcias de Gosén no segundo ano de fome para que seus conterrâneos Judeus tivessem o que plantar e o que comer, já que o Egito ainda era a terra mais fértil que existia depois do Dilúvio.

Aserá se torna Saara devagar, não ocorreu com a rapidez que todos imaginam, mas ainda assim, Seth era o deus da fertilidade, trovão, raios e relâmpagos, ventos e tempestades, o mesmo cargo que Baal Hadad ocupava na Fenícia. Seu nome está registado no Shemhamforash, porque El com Aserá tiveram 70 filhos e juntos foram os 72 nomes divinos mais antigos, os que foram destronados pelos Judeus, mas que nunca foram demônios e sim, deuses da Associação das Estrelas, um culto que deixou de existir depois da morte de Jezabel arrumada pelos capangas de Elias, descendentes daqueles mesmos Judeus que herdaram as terras egípcias de Gosén onde Moises nasceu. Depois que José foi assentado no templo de El, esses judeus passaram cultuar ele como um ancestral, desde que ainda naquela época era comum assentar um morto e cultuá-lo pela gratidão de ter sido bom para eles em vida. O autor Idries Shah aborda bastante sobre a antiga magia dos judeus.

Deus havia se apresentado de Abraão até Jacó como El-Shadday que significa Sol-Saturno, todo o espaço sideral onde esses planetas estão agindo e controlando a vida na terra. José (Yahweh) foi o nome escrito no proto-hebraico que ainda era a transição da língua fenícia, a qual passou por 4 fases até se tornar o Hebraico que conhecemos hoje, onde passou ser Yussef.

o Ka, no culto de fé a alma do morto no antigo Egito, a fé como no pai nosso copiado pela igreja


No entendimento dos primeiros Hebreus (que não eram Israelitas), o mistério de Adapa e Haviavati foram traduzidos como YH + WH formando o tetragrama YHWH quando da união em Daath o paraíso. YHWH não era o Yahweh, mas era Vontade da Alma + o barro da Argila do assentamento ou múmia, com José acrescentado.

Quando Daath caiu, virou Malkuth, o lado de dentro do inferno onde estamos achando que estamos vivos. Nós não somos daqui, estamos de passagem e é por isso que a Goetia do Mathers cai por terra e se torna ineficaz nesse mistério.

De acordo com o Papiro de Ani, o qual chama todo morto de Osíris e todo renascido de Horus, a reencarnação é obrigatória para TODO ESPÍRITO, e nele é colocado uma CONSCIÊNCIA (Alma/pássaro). É preciso lembrar que o sentimento divinizado foi para a África subsaariana enquanto o psiquismo foi para a Europa. O papiro de Ani foi feito para ele, mas não foi usado por ele senão teria sido encontrado em sua tumba, não no mercado. Portanto, eram regras das Leis de Maat. O Egito tem 42 províncias. Cada Juiz provincial deu uma lei. O avestruz bota ovo a cada 42 dias e foi ligado como símbolo da Ordem Cósmica, que nada mais era que a Justiça que controlava o povo civil no Egito, desde que tudo oque está acima também está abaixo. Tudo era muito organizado e o Egito não tinha cerca, todo mundo podia sair quando quisesse, não houve escravidão, tanto que o Egito era a terra mais fértil dada aos Judeus para habitarem. Só tiveram que sair dali porque Moisés cometeu um crime e como tudo numa sociedade Teocrática, ninguém está acima da lei. Moisés deveria ser morto e por isso fugiu, mas antes convenceu seus compatriotas a irem junto, foi abrindo com seu cajado o Mar de Juncos, empurrando os Juncos com o bastão, assim deu origem a lenda dele abrir o mar vermelho, que se chamava no original, mar de juncos.

Demônio significa povo destronado! Nada tem a ver com os demônios pregados pela igreja.

Quando você devolve a criança fálica de Chokmah para o colo de Binah você tem a imagem da criança no colo de Maria e/ou a mais antiga, a criança Horus no colo de Ísis.

O papel do Homem de Preto que poucos entendem está em devolver o Phalus de Chokmah para Binah, para que ELA possa construir a Ordem Cósmica e dar manutenção ao que criou.

Ocorre que no vale do Indo a ordem cósmica começa e termina com Saturno que é o limite dos 7 planetas vistos a olho nú. O planeta Saturno é o limite do círculo da Ordem Cósmica zodiacal. E lá no Indo, Saturno é uma mulher, uma deusa, e ela se chama Shani.

A pobreza da teologia ocidental foi ter quebrado esse mistério e colocado um velho barbudo no lugar de Shani e, ainda por cima terem invertido a cor dos pilares. Podem notar, a maioria das escolas de Cabalah o pilar fêmea fica na direita sendo que o tradicional é na esquerda, no pilar da severidade.

Ao olhar a Aserá (árvore da Kabbalah) veja o pilar branco a esquerda e o preto à direita, isso é o correto. Em um jogo de Búzios, Ifá está fundamentado na mesma regra da geomancia. O ZERO é Kether, o caos, o búzio fechado ou de costas. O UM é phalus, o búzio aberto ou de frente com a abertura natural. O resultado é o que se tem em Binah, a criação e a existência de algo. O método muda, mas a sistemática e fundamento são os mesmos desde a hepatoscopia babilônica e etruscas disciplinas.



O MISTÉRIO DE LILITH

De Kether, Lalita Devi envia energia de manutenção todos os meses para os dois pilares. Quando essa energia chega em Chokmah Adão é possuído por Samael. Quando essa energia de Kether chega em Binah, Eva é possuída por ela e a isso foi chamado Lilith. Ela é tudo aquilo que você compreende e tudo aquilo que não se compreende, mas no geral Lilith é o período menstrual ligado ao Sangue. Ela recebe a energia do Caos de Lalita e ela é o Caos dentro da Mulher nesse período, o caos que ela não entende e não controla dentro dela. Algumas mulheres nesse período matam crianças e homens, outras abortam, outras dão seus filhos embora pondo a cesta na porta dos outros, outras desenvolvem uma bipolaridade temporária e só querem saber de transar e fazerem sexo não importando com quem. E por último, outras se reconhecem no silêncio de suas meditações para tentar entender e compreender o que está acontecendo. Suas águas oceânicas internas sobem para os olhos e choram sem compreender o poder de sua empatia, por verem o mundo na merda em que está, etc.

A mulher que controla aquilo que vem de Chokmah e de Kether, tudo junto em Binah, essa é a Bruxa, essa controla a ordem cósmica. Ela pode criar e ela pode destruir.

Os homens daquela época suméria acharam por bem evitarem as mulheres nesses períodos, pois elas poderiam ser altamente perigosas, disfuncionais para a sociedade, e fazerem algum tipo de mal porque isso era um poder assustador, e ainda é.

Ocorre que quando uma mulher está menstruada ela puxa para si todas as bênçãos que está ao seu redor. Esse é o lado “vampírico” de Lilith. Se voc~e for batizar uma criança, estando você nessa fase, tenha certeza de que nenhuma benção chegará na criança. A mulher nesse período não controla o que está acontecendo, seus humores ficam alterados, seus hormônios ficam alterados, é uma possessão completa que a mulher sofre sem ter vontade de passar por isso. È por essa razão que a mulher se sentiu na Obrigação de controlar e compreender esses poderes, formando as bruxas tradicionais que conhecemos hoje.

Se estiver menstruada e for visitar uma amiga no puerpério, ao entrar avise que está menstruada senão você leva o leite dela embora e para trazer de volta deverá comer no mesmo prato.

O mesmo ocorre se tiver batizado uma criança, estando a senhorita menstruada. Para devolver a benção que foi sugada para dentro de sí, deve passar seu sangue na boca da criança e dizer que está devolvendo as bênçãos dela. Caso contrário essa criança viverá eternamente sem benção na vida e só ganhará uma bênção quando a madrinha dela morrer, porque aí a energia que lhe foi tirada retorna. Isso é conhecimento tradicional ensinada pelas nossas mães e avós que foram iniciadas nos mistérios.

Esses mistérios são considerados luciferianos porque trazem luz ao tema de Vênus. O planeta Vênus é Lúcifer, a estrela da manhã e Vésper a estrela da tarde que anuncia a noite nos países setentrionais. A palavra véspera vem de Vênus vespertina, que significa uma troca de estados diurnos para noturnos, na véspera de alguma data você não sabe o que vai ocorrer de verdade, é estado noturno e só uma adivinhação pode ajudar a manter a ansiedade desaparecida.

Há muito ainda o que falar sobre esses mistérios e sobre os outros das demais escolas, mas fica para uma outra aula. Enquanto isso, adquiram meu livro Fundamentos de Bruxaria Tradicional e Stregoneria, no Instagram da Manus Gloriae editora e ganhe sua autonomia e independência na bruxaria para guiar sua vida, pois essas são sabedorias que ninguém nunca irá retirar de você.

Parafraseando Paracelso: "não sei nada além daquilo que aprendi com as bruxas".

"Quando Paracelso, na Basiléia, em 1527, incendeia toda a medicina, declara nada saber além do que aprendeu com as bruxas".

Trecho da apresentação do livro A FEITICEIRA, de Jules Michelet.

Espero ter ajudado,

Sett Lupino

 


quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Ritual da Deusa Brigit - Stregoneria

 

RITUAL LITÚRGICO DA MADRINHA BRIGIT



Aqui trazido por Sett Lupino, para os irmãos e irmãs da Arte Sem Nome.

Conforme Martyrology of Tallaght e, conforme a Ordem do Santíssimo Salvador de Santa Brígida na Itália, pela Heresia de todos os sábios, deixe a voz da Tutora sair de seu logro santo e adentrar em vosso pavilhão de entusiasmo.

- Diante da face Dela, coloque o véu branco sobre a cabeça, queime incenso de rosas, olíbano e vertiver e acenda a vela branca de 7 dias e com seu bastão toque a runa Berkana dizendo:

 

Eu te conjuro, te desloco e te trago de Gael Dare para perto de mim,

Tu que é o poder, a força, o vigor e a virtude,

Oh Madrinha, nascida em Fochart, exaltada seja!

Por Dagda, Bres, Ruadán e por mim, Venha!

Naomh Bhríde! Deusa Brigit da Irlanda,

Aquela que Roma ainda chama de Santa Brígida no Campo de Fiori na Piazza Farnese e de Santa Brígida de Fiesole da Itália,

Aquela que é Santa de Vadstena Klosterkyrka na Suécia,

Aquela que é Senhora da sabedoria, musa da poesia, enfermeira que cura das doenças, parteira, a que fornece proteção contra o fogo, senhora da ferraria, tecelã, que sagra os poços e animais domésticos!

Levantadora dos mortos da colina de Tara!

Arguidora das fadas de Sliabh na Caillí!

Consoladora dos fenecidos de Loch Craobh!

Bruxa divina da montanha de Cailleach!

Aquela que afasta os maus espíritos!

Aquela que curou a cegueira de Dara!

Aquela que transformou água em cerveja e com ela curou os leprosos!

Santa Brígida de Fiesole!

Senhora que abre os olhos nos equinócios!

Senhora da aurora, que ilumina a tumba de Brú na Bóinne no solstício de inverno!

Musa inspiradora, companheira da Candelária e ama de leite de Cristo!

Mãe do Imbolc! Fertilizadora e fauna da agricultura!

Que sua boneca Brídeóg ganhe vida!

Oh, deusa que os poetas adoram!

Todos os dias são seus! Salve!

Aquela que está acima do Abade em seu cenóbio!

Lá Fhéile Bríde, Là Fhèill Brìghde, Laa'l Breeshey!

Visite-me todos os dias, eu te peço,

Para me banhar com sua benção,

E eu arrumarei a sua cama e deixarei comida e bebida!

Birgitta Birgersdotter, heliga Birgitta, Princesa de Nericia,

Irmã do arquidiácono André que estudou com o bispo Donatus de Fiesole,

Gloriosa e Santa, Brígida, recorro a ti com confiança,

Para obter o dom da fé mais ardente, sob o signo de sua Cruz de Junco e seu Crios Bríde!

Senhora da metade clara do ano, com seu poder,

Traga as pessoas da escuridão do inverno para a primavera,

Por sua intercessão, que a vida me conceda perfeito conhecimento,

dos benefícios e dos sofrimentos,

das alegrias e das dores,

do sacramento, matrimonio e purificação,

da pacificação fecunda, imbuindo tua virtude e graça em mim!

Eu que sou teu cultivador consagrado, Santa dos campos das flores,

das irmãs Brígidas do Palatium Magnum,

assim como atendes os filhos espirituais de Brígida da casa mãe de Vadstena,

Atenda a mim!

+++

 

(fazer as oferendas, + o pedido ou apenas agradecer a proteção dada).





segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

STREGHERIE OU STREGONERIE?

 


Muitos Stregones e Stregas ainda fazem confusão sobre os termos usados.

Este artigo se propõe sanar o problema dando informações que o público em geral desconhecem!

A Stregoneria é mais antiga que a Stregherie e ambas possuem “frames” e histórias de origem, muito diferentes. Isso precisa ser respeitado por toda e todo praticante sério de magia, da mesma forma como se deve respeitar todas as religiões.

A Stregherie foi reavivada pelo Raven Grimassi que também recebeu o primeiro grau Gardneriano da Linha Olwen de Wicca que havia sido propagada por iniciados da Monique Wilson e que não sabiam do bloqueio e cancelamento da transmissão dessa linha de Wicca, trazendo-a para a América do Norte e do Sul.

Para quem não sabe a Linha Olwen surge a partir da Monique Wilson e seu marido em uma época que não existia internet e, por essa razão, nem todos os iniciados de terceiro grau mantinham correspondência, por morarem em outros países nem sabiam que a linha havia passado por isso. Poucos sabiam que essa linhagem havia sido cancelada por motivos internos e, motivos decididos pelos Elderes Gardnerianos das linhas mais fortes e existentes, cujo motivo é conhecido dos iniciados somente.

Após o advento da internet entre 1996/97, o surgimento da comunicação mundial foi inevitável e todos os Wiccanos válidos começaram a se organizar para manter a tradição original viva, e muitos iniciados dessa linha cancelada tomaram ciência dos fatos e foram humildemente incentivados a buscarem refazer seus graus nas linhas fortes para se manterem válidos, desde que para continuarem a transmissão, precisa-se de uma linha válida para “parir” a boa egrégora, não a egrégora disfuncional. (Quando a Wicca chegou ao Brasil os autores propagaram uma Wicca eclética, não a tradicional e isso levou todas as Stregas acharem que Wicca, Bruxaria e Stregoneria eram a mesma coisa, pensavam que só tinha o nome diferente. Muitos foram perseguidos pelo MM de Pedra de Guaratiba, o que levou alguns ecléticos a buscarem a linhagem tradicional de Gardner para que acabasse a perseguição, não por amor à prática do Gardner. Esse não foi o meu motivo, especialmente por eu não ser eclético e eu realmente na época vi na Wicca Tradicional uma Arte Poética a ser praticada com o coração).

Grimassi se viu numa condição alarmante porque a linha Wilson havia sido cancelada. A iniciação dele não deixou de ser legítima só por causa do cancelamento da linha, que isso fique bastante claro, nenhuma iniciação pode ser invalidada, mas uma linha inteira pode, desde que seja para impedir que um transtorno seja transmitido.

Uma iniciação não pode ser retirada ou removida pelo ego humano, especialmente porque se trata do fator de experiência transformadora vivida pela pessoa e pelo recebimento do empowerment transmitidos, a Arte tem vida própria e tempo próprio e, mais cedo ou mais tarde o empowerment transmitido acionará seus próprios mecanismos de ação.

Contudo, como Raven Grimassi havia recebido iniciação em Brittic e no sistema Picto-Gaélic que são usadas em algumas Stregonerias igualmente, tendo sido elevado ao terceiro grau em 1983, ele não quis dar continuidade nas linhagens de wicca gardneriana, mas quis continuar a cooperar com a comunidade pagã, especialmente as da Itália, entretanto no sentido geral do paganismo, em suas pesquisas arqueo-históricas. Em 1997 ele lançou o livro Mistérios Wiccanos, o qual foi traduzido para a língua Portuguesa em 2000 pelo Claudio Crow Quintino e publicado pela Gaia alemdalenda. Lembro ainda que Brittic foi o nome que os Romanos chamaram a antiga Anglia, a stregoneria italiana foi para a Inglaterra e essa é a razão da Lupercália ter se tornado Candlemas.

Nesse interim, a tradição Ariciana e Aradiana já haviam sido fundadas há algum tempo, usando os sistemas internos que ele aprendeu com todas as iniciações dele. Mas por que ele fundou tradições de Stregherie e não de Wicca?

Universo na ótica esotérica da Stregoneria.
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Antes de responder essa pergunta preciso fazer um ‘parênteses’ aqui:

Sabina Magliocco é uma Strega que também foi iniciada na Wicca Gardneriana, ao contrário do que muitos pensam é bastante comum uma strega ser iniciada na wicca tradicional. Ela foi amiga do Grimassi e confirmou esse fato várias vezes em suas entrevistas. No início dos anos 2000, Raven Grimassi também era membro das listas do Yahoo, de ‘Wicca And Witchcraft’ e em diversos momentos ele explanou sobre esses fatos, quem esteve presente nessas listas vão se lembrar. Ele era bem acessível e batia papo com todo mundo, inclusive comigo e eu sei de toda essa história porque eu também fui “vítima’ da linha Olwen em 2007, da qual parei de usar tão logo fui informado e, apesar de ter buscado refazer os graus de forma humilde e honesta, encontrei muita resistência e obstáculos por parte de sacerdotes malvados de Portugal e, um outro do Rio de Janeiro que se dizia ser gardneriano e vivia perseguindo os ecléticos Diânicos. A despeito da minha situação já ter sido resolvida de forma Tradicional por parte de quem sabia resolver de forma madura, ainda me lembro da imaturidade dos nomes malvados e do pouco caso dos Portugueses e não me parece que estes seguiram corretamente o "não prejudicar ninguém".

Mas, voltando a pergunta: Por que Raven usou a palavra a stregheria ao invés de stregoneria? O primeiro motivo foi beber de fontes antigas, já que a Inglaterra guarda muito da antiga stregoneria sob o formato anglicano. Também precisa ficar claro que toda tradição de bruxaria, seja ela inglesa ou italiana começou com alguém (um humano), que reuniu costumes, liturgias, esoterismo e escola de mistério, folclore e feitiçaria. A Bruxaria não nasceu dessa forma, ela é um conjunto social construído ao longo de séculos de costumes mágicos-espirituais desde a antiguidade, é um patrimônio da humanidade, por isso a bruxaria não é uma religião em seu nascedouro, mas as tradições espirituais reunidas dão forma às religiões que “contém” bruxarias, sejam elas de etiologia pagã árabe, africana ou europeia. Todas as religiões que contém feitiçaria são formas diferentes de bruxaria. Isso não é diferente do Esin Orisà Ibile Isese Lagba da África, que é a antiga e tradicional Africana, diferente do candomblé (arte de rezar) de escravos da diáspora.

Raven quis remover o preconceito do sufixo “neria” que significa “preta/negra” dando impressão de magia negra no sentido de “magia malvada”. Esse preconceito foi promulgado pelas igrejas cristãs de forma politicamente e dolosamente pensada para embutir esse pensamento na humanidade desde a época em que a ICAR se promulgou como “religião verdadeira” e não aceitava mais nenhuma outra. No ocultismo, magia negra não é uma magia malvada exatamente e sim tem haver com o oculto, o escondido, no escuro, por isso o termo negro. Em 99% das religiões que contém bruxaria vão adotar os pilares Branco e Preto da Cabalah, ainda que não usem o termo Cabalah diretamente. Originalmente o pilar Preto representa o deus Krsna, o Senhor da Verdade Absoluta que é todo o espaço sideral negro e escuro. Quando Platão dizia que era possível atingir a verdade absoluta, ele se referia à Krishna/Krsna. Sua contraparte é Rhada, a deusa branca. Isso não tem a ver com bem e mal e sim com Cosmologia e potências dos senhores e senhoras dos espaços superiores primordiais.

Raven fez isso em uma época do pânico satânico nos EUA e, inclusive nessa época os wiccanos dos EUA precisaram adequar o pentagrama do 2º grau (o original é invertido nesse grau) passando a usar nas linhas de wicca dos EUA o pentagrama não invertido, uma vez que os satanistas em massa haviam se apropriado da estrela invertida. Essa conduta foi adequada para que as duas artes não se confundissem e isso é válido somente para as linhas de Wicca dos EUA. O mesmo problema se deu com a magia italiana e ninguém até então havia tomado uma conduta. O preconceito e a perseguição ainda eram mais fortes contra os satanistas e nenhum stregone ou wiccano queria ser confundido ou perseguido pela Lei. Precisamos entender que havia uma luta contra o preconceito para que houvesse aceitação das vertentes de bruxaria e, para tal, nenhuma deveria se mostrar "perigosa". A máscara do paganismo era mais bem aceita pela sociedade do que aquela que usava um anti-cristo.

Com a intenção de tirar o preconceito da palavra Stregoneria que tem sufixo "neria" (preto) na época isso se ligava a magia negra devido a gematria do nome Nero Cesar do qual se resume em 666. Soma-se ao fato de que a igreja era e ainda é contra ao sistema da Cabalah. Aquilo que um iniciado entende por "diabo" é a junção das energias que estão em Hod e Netzach em linha reta, o intercessor da primeira encruzilhada cabalística.

Raven cunhou a palavra Stregheria sem o sufixo “nero” e deu ainda um formato totalmente parecido ao da Wicca. Essa é a razão pela qual a Stregheria se parece tanto com a Wicca, as Stregheries são tradições de bruxaria italiana com frame wiccano. A própria linha de Livorno é derivada da tradição Aradiana. A senhora Itauana, conhecida como “a velha Zíngara” italiana trouxe a linhagem para o Brasil. A primeira iniciada dela no Brasil possui o nome conhecido somente pelos iniciados dessa linhagem, pois todos remontam a ela. O sistema Salomônico foi usado pelas stregas desde o século I a.C., com exceção da Goetia do Mathers, desde que para as Stregas os verdadeiros demônios são as estrelas nefastas, como é explicado e ensinado com riquezas de detalhes em meu livro. 

A Stregherie possui um “corpus” de ofício tradicional porque também traz em seu escopo a compreensão da escola de mistérios, cuja abrangência inclui a gramática da Arte e o entendimento da ordem cósmica como é transmitida nas escolas iniciáticas da Itália iniciadas por Arturo Reghini em Florença e reorganizado por Giuliano Kremmerz no formato da Schola Philosophica Hermetica Classica Italica Fratellanza Terapeutico-Magica di Myriam, escolas estas que, provém dos antigos mistérios e da velha stregoneria herética, mas sobre tudo com o paganismo da Toscana recebido em Florença pela iniciadora do Hans Breitmann, o Charles Leland, qual também já havia sido iniciado bem antes por uma empregada dos pais dele que era uma bruxa Holandesa, depois foi iniciado no Vodu e já na Inglaterra recebeu iniciação cigana de Matty Cooper.

Todas as teses de Margareth Murray foram baseadas em Leland e não existiria a Wicca que conhecemos hoje nem a Stregoneria, sem ele, pois grande parte do acervo litúrgico, incluindo o nome Aradia, vem da Stregoneria da Toscana e foram obras consultadas por Gardner e Doreen Valiente para compor algumas das partes litúrgicas da Wicca quando esta tomou a forma de religião para sobreviver as pesadas leis Inglesas. Preciso lembrar que a tradição dos Wica (com um 'C' só) já existia e é atestada desde 890 da nossa era nos anais da igreja, e para saber a história factual e verídica disso tudo basta o leitor adquirir minha obra “Fundamentos de Bruxaria Tradicional & Stregoneria” (2023) publicado pela Editora Manus Gloriae, pois possui um capítulo sobre a origem da Stregoneria que esbarra nesses assuntos. Não tem como abordar esses assuntos de forma separada, desde que a origem está no termo Vitka, depois Witka que passou para Witega, Witcha e, por fim Wicca. Isto é facilmente e historicamente rastreável, inclusive no Voluspá consta a palavra Vitka como sendo a origem dos bruxos (homens) e, o próprio Charles Leland e, posteriormente Mike Howard e, também Andrew Chumbley confirmaram as etimologias anunciadas largamente na Revista The Cauldron inglesa e também na versão em língua Portuguesa.

Todas as Streghes e Stregas estudam essas escolas de mistérios dentro da Arte Italo-mundial e esse é o ponto central que une todas as artes da Strega moderna, esteja ela onde estiver no mundo, o resto são folclores locais de cada província cujas tradições provinciais estão subalternadas à uma Tradição maior chamada Kabbalah.

Quadro Esquemático - a Migração da Magia
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Kabbalah significa Tradição e é a mais antiga de todas as escolas vivas que sobreviveu até hoje para a compreensão da Ordem Cósmica. Existem diversos tipos de Cabalah no ocidente e, apesar de algumas estarem distorcidas em termos teológicos ocidentais, elas guardam correspondência histórica com uma fonte primeva que remonta à época anterior à Moises, o qual foi o iniciador de Orfeu e este, o iniciador dos mistérios Órficos do Ocidente. Sem a escola de mistérios, a bruxaria é só uma prática folclórica ou costume 'folk-magic' de um povo, muitas vezes sem a compreensão dos próprios mistérios do Espírito, ficando apenas um mito a ser vivido pelos membros, o que é errado do ponto de vista iniciático, já que não se deve viver um mito e sim a realidade.

A Stregherie é como uma Wicca Italiana no formato, só que a sua justaposição é o fato de Aradia ser a cidade Arwad citada na bíblia, uma cidade do norte da fenícia fundada pelos sacerdotes de Baal que comiam da mesa de Jezabel. Tais sacerdotes pertenciam ao culto chamado Sociedade das Estrelas (que já usava astrologia) o qual era teurgicamente formado por El + Aserá + 70 filhos e filhas divinos compondo os 72 nomes sagrados, dois dos quais são Baal-Hadad e sua irmã Inanna os quais aparecem em Hamshemphorash como a verdadeira Goetia antiga e, liturgicamente formado por 450 sacerdotes e sacerdotisas de Baal e 400 sacerdotisas de Aserá, mas não sem a compreensão dos mistérios do Bode do perdão, aquele que leva os pecados do mundo embora, o Azazel que comandou 200 sacerdotes junto com ele ao saírem de Edinu (Éden). Essa é a razão pela qual existe o ritual de Yom Kippur, o antecessor e avô da Lupercália.

Nesse culto, a principal ligação aos Astros eram a Lua e Vênus, e vem deles o mistério de Diana e Lucifero da stregoneria italiana. Aradia enquanto "Strega" é uma rememoração do antigo culto fenício. 1313 da nossa era como tendo sido o nascimento de Aradia é o mesmo número gematrico da época em que Elias se auto proclamou profeta 1313 a.C. e, começou a combater os sacerdotes de Baal, até que culminasse, por responsabilidade de Elias e seus capangas, o assassinato de Jezabel. Se existe uma rixa entre Israel e os Palestinos, essa rixa começou nessa época, pois os judeus egípcios invadiram Canãa que era uma cidade fenícia e não queriam se submeter as ordens da Rainha da Fenícia, Jezabel. Eles mataram quase todos os fenícios e os que sobraram se juntaram ao novo culto judeu para sobreviver. Os poucos que escaparam fugiram para Arwad (Aradia) e para a Grécia. O motivo pelo qual as Magaras (stregas do Sul) usam a Cabalah grega e a judaica é devido a essas serem as duas únicas línguas derivadas do antigo alfabeto fenício que contem Gematria. Isso as stregas do norte da Itália desconheciam e não utilizavam até o século XIX.

Ao longo do tempo, especialmente na idade média tardia o culto da stregoneria tomou fortes calções dos mistérios cristãos, desvinculados dos dogmas da igreja e da ortodoxia judaica, e como na Itália ninguém lia a bíblia pelo fato dela ser muito cara quando surgiu, a tradição oral tomou posse das lendas mesclando os mistérios para que a Arte sobrevivesse. É por essa razão que as pontes arcadas da Itália ficou conhecida na lenda como tendo sido construídas pelo diabo, quando na verdade foram construídas pelos Etruscos. O segredo Etrusco sobrevive sob a máscara da cristandade Toscana e isso tudo é só parte da Stregoneria italiana. Preciso lembrar ainda que o Sul da Itália foi colonizado pelos Gregos e até o surgimento do livro Aradia, o evangelho das bruxas, nenhuma Strega Calabrese sabia da existência do conto de Aradia como foi narrada por Leland, mas sabiam da Aradia enquanto cidade.

Inclusive a palavra para Bruxa no Sul da Itália não era Strega, e sim Magara e Fatucchera, e essa foi a razão pela qual nós Lupinos não nos reconhecíamos como Stregas até o advento da Internet em 1997, o qual nos permitiu notar de forma astuta que se tratava somente de uma diferença de dialetos de províncias diferentes. A palavra Strega foi cunhada quando a Itália foi unificada, dando origem a palavra Stregoneria, mas antes da unificação cada província possuía uma palavra para “bruxaria” em seu próprio dialeto itálico. Nós Lupinos somos Magara e nossa tradição vem de Catanzaro, trazida por nossa Nonna e nós também tínhamos preconceito com a palavra Stregoneria e Strega por entendermos que ela era magia negra. Foi a partir do real entendimento da Stregoneria é que vimos que se tratava da mesma coisa e que havia uma diferença idiossincrásica e dialetal. Ao vencermos o preconceito e elucidarmos a questão do dialeto, fomos reconhecidos como Stregas, já que esta ficou sendo a palavra após a unificação da Itália e do idioma italiano.

Lembro ainda que, a primeira vez que a palavra Bruxa foi usada na literatura foi com Homero em 900 a.C. e ele usou o termo original em grego “Magissa” para se referir a Kirke (Circe) como bruxa, da qual Magara é somente uma corruptela dada pela evolução da palavra no próprio dialeto do Sul da bota. a palavra Bruxa não vem da etimologia da borboleta como o povo da "maxia" quer fazer parecer, já que a mais antiga definição etimológica foi Homero quem deu.

A Magara é a bruxa que usa de benzimentos, exorcismos, faz partos e precisa saber de ervas medicinais e mágicas para curar os cortes e sangramentos dos partos entre outras doenças, ela era a médica antiga antes dos médicos existirem. Ela lança mão de magias e encantamentos para o bem da população e possui seus próprios rituais, muitos dos quais são oriundos do Testamento de Salomão, não das Clavículas de Salomão. Esses livros também foram encontrados nas casas das Stregas durante os julgamentos das bruxas na Itália. A Fatucchera é uma feiticeira que mexe no destino das pessoas e se utiliza de um ou mais Oráculos para sua arte. Hoje em dia, essas duas Artes, a da Magara e a da Fatucchera estão reunidas na Stregoneria, mas preciso lembrar ainda que cada província da Itália possui sua bruxaria (stregoneria) em forma de tradição espiritual herética ou pagã e as maldições são casos especiais e não são lançadas de forma irresponsável pelo ego humano, pois há uma consciência acerca do uso responsável delas. Para se lançar uma maldição não precisa ser uma iniciada, qualquer pessoa pode. Ser uma iniciada é um aumento de responsabilidade, até porque, uma iniciação é um privilégio, não um direito! Iniciados guiam pessoas e seus destinos!

O termo inglês Witchcraft só foi cunhado na época do Rei James, enquanto a palavra Wica é atestada bem antes e é mais antiga. O termo Witega passa para Itália e se torna Strega quase na mesma época em que o termo Wica foi usado na Inglaterra de forma pejorativa pelo Bispo de Verona para se referir aos que discordavam das novas Leis Agrárias promulgadas pela Igreja. A Wicca e a Stregoneria são Artes Primas!

Por isso o Raven Grimassi não viu problema algum em dar o frame da Wicca para as suas tradições de Stregherie, até porque, muito do que há na Wicca também veio do Leland e da Stregoneria Italiana.

Espero sinceramente ter ajudado na elucidação da origem dos termos e tapado a lacuna sobre aquilo que a maioria desconhecia.

Sett Lupino.

 

 

 


terça-feira, 2 de janeiro de 2024

A Mentira do Regente do Ano - Por que ele não existe?

 



Certamente você já ouviu falar do Regente do Ano, mas não sabe de onde isso veio e nem consegue justificar o seu uso, além da falácia de ser usado pelos Caldeus.

Acontece que os Caldeus nunca usaram esse tipo de cálculo e nesse artigo trago a desmistificação do uso da Estrela dos Magos dos Caldeus usada para compor o regente do Ano, bem como trago o como tudo isso foi inventado.

Só a título de informação... Quando alguém perguntar o por que o regente do ano não existe em astrologia tradicional, se acharem por bem que vale a pena explicar ao indivíduo... O procedimento da explicação é o que se segue: 

Tudo começa com Sepharial. Ele foi um mago inglês do início do século 19.

Mago na língua caldaica significa astrólogo. Os ingleses cometeram diversos erros em ocultismo, em especial acerca das traduções esotéricas do mundo árabe e bíblico. Só para se ter dois exemplos, são eles Reed traduzido como Red para se referir ao mar de Juncos do Egito, ficando conhecido como Mar Vermelho e, o segundo a ser citado é a inversão dos pilares da Kabbalah, quando em verdade o Pilar preto fica na direita e o branco na esquerda, os ingleses inverteram.

Esse Sepharial se utilizou da ordem caldaica dos planetas para compor sua invenção chamada "A estrela dos magos" e, com ela justificar a regência planetária do ano, sua invenção também no século 19.

Foi ele quem inventou essa coisa do regente do ano usada hoje em dia por astrólogos modernos. 

Com o tempo os astrólogos modernos deslizou nessa esteira e embarcaram nessa viagem.

Contudo, a astrologia Caldaica é apenas o escopo da Horoscopia.

O horóscopo não é nem 1/3 de um Mapa de Natividade.

O fato é que os Caldeus não usavam a Estrela dos Magos. Isso não existia. 

A ordem caldaica dos planetas sim, essa existia. 

William Lily explana muito bem sobre ela, mas tenha em mente que esse cálculo precede a importância das efemérides e nada tinha a ver com regente do ano.

George Wilde foi um bispo da igreja que publicou um livro sobre Astrologia dos Caldeus chamado: 

"Chaldean astrology: How to cast and read the horoscope and calculate star courses".

Nele há toda conclusão acerca da prática Caldeica e o leitor poderá confirmar o que digo.

George Wilde nasceu em 9 de janeiro de 1610 e morreu em 29 de dezembro de 1665, ele foi bispo de Derry de 1661 a 1665. Nascido em Londres, filho de Henry Wilde, foi educado na Merchant Taylors' School (admitido em 1619) e no St John's College, Oxford (matriculado em 1629 aos 19 anos, bolsista de 1631 a 1648, BCL 1635 (incorporado em Cambridge 1635), DCL 1647). 

Ordenado em 1636, foi Capelão de William Laud, Arcebispo de Cantuária; então Vigário de St Giles, Reading; e Reitor de Biddenden. Monarquista comprometido, após a Restauração, Wilde foi nomeado episcopado e consagrado na Catedral de São Patrício, em Dublin, em 27 de janeiro de 1661. Seu sermão fúnebre foi pregado por Robert Mossom, seu sucessor. O Bispo George Wilde deixou várias obras, incluindo as de astrologia. Como podem ver, William Lily não foi o único que escreveu sobre Astrologia Cristã.

Sobre Astrologia Cristã, muitos Pastores evangélicos querem arrotar sua hubris em cima de tratados que são bem mais antigos que a própria existência do evangelicismo cristão.

Durante uma entrevista à rádio BBC em 2007, o arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, tentou desconstruir a história e explicou que os métodos usados pelos caldeus eram locais, do mapa para a cidade onde viviam. Ele também refutou a história da natividade dizendo que as estrelas não se comportam como a maioria pensa. Quando foi questionado sobre os 3 reis magos, ele afirmou a lenda. Mas há anos o Padre Walter Brandmüller, presidente do Pontifício Comité para as Ciências Históricas, publicou um ensaio aplicando o método histórico-crítico à questão da história da Natividade. (O ensaio é reimpresso sem notas de rodapé incômodas em "Luz e Sombras: História da Igreja em Meio à Fé, Fato e Lenda") Ele descobriu que um exame imparcial da evidência histórica da Natividade não prejudica, mas corrobora com a Tradição Cristã e afirmou categoricamente que a astrologia deu causa a criação de todas as religiões desde a antiguidade.

A astrologia tradicional se difere da moderna pq concentra-se em fazer previsões concretas e precisas de eventos concretos, enquanto a astrologia moderna se concentra principalmente na astrologia natal e usa o mapa astral do cliente para auxiliar no aconselhamento psicológico. O foco principal da astrologia moderna é a motivação psicológica e os eventos internos, enquanto a astrologia tradicional se concentra nos eventos externos e nas previsões precisas. 

Já o Horóscopo se refere a busca do caráter e comportamento de uma pessoa no mundo e está diretamente ligada ao ascendente apenas.

A astrologia moderna se utiliza da psicologia de Freud para justificar as discidências da Alma. Contudo, há uma psicologia bem mais antiga, uma Egípcia que estava a cargo dos sacerdotes e sacerdotisas (Profetas e Profetisas) como demonstrado no meu livro Fundamentos de Bruxaria Tradicional e Stregoneria.

Além disso, existem os Centiloquios Astrológicos e eles também possuem diferenças.

Primeiro há o centiloquio de Ptolomeu. Depois o centiloquio de Hermes e depois o centiloquio de Belém. 

Muito do que Sepharial ensinou em seus livros fazem parte da equação tradicional dos cálculos astrológicos, mas nem tudo e, em se tratando da estrela dos magos enquanto cálculo para encontrar o regente do ano, isso foi uma invenção absurda dele, pois não condiz com a realidade uma vez que não se aplica na prática.

Cada mapa é individual. O que manda em um mapa são os graus de cada signo obtidos a partir das efemérides levantadas através pelo uso da latitude e altitude, se sul ou leste, norte ou oeste etc, do ascendente heliacal local. É impossível que a subida heliacal presida sobre o mundo inteiro na mesma hora. Nem mesmo gêmeos univitelinos possui o mesmo mapa Natal, especialmente porque não são concebidos ao mesmo tempo, não são formados ao mesmo tempo, cada célula se forma devagar uma pós outra, não nascem ao mesmo tempo, não saem pra fora do útero ao mesmo tempo e quando saem cada um olha para um lado enquanto um olha para a prosperidade o outro olha para dentro. 

Um único minuto ou segundo interfere no mapa e causa grandes diferenças. Quando do levantamento de uma carta local, de uma cidade temos que ela deve ser contrastada com o mapa de sua fundação + o mapa do céu atual em revolução do arco solar. 

É bem mais prudente olhar um regente que está ascendendo na hora exata do equinócio de Primavera, então muitos pensam que isso bastaria para compor um regente do ano. Mas estão errados! Porém essa técnica é a que mais se aproxima de um pensamento tradicional, só que não é suficiente porque isso apenas mostra o mapa da localidade, não do mundo todo. Portanto, o regente seria só para a localidade.

Além do mais, todo mundo possui seus regentes pessoais em seus mapas individuais, sendo desnecessário ficar neurótico com um regente anual.

No equinócio de Primavera durante a hora exata se tem o grau, o signo, a face ou decano, os termos exatos de Ptolomeu ou os termos Egípcios que são mais precisos, + a soma por pontos das dignidades essênciais de cada planeta. 

Se tiver em bom ou mau aspecto com um benefíco ou maléfico, estrela fixa, ponto hilegiaco, lote árabe etc, ainda deve-se considerar o Almuten do Mapa bem como sua Firdária e Sub-firdarias (plural). 

Isso se dá para cada pessoa, local, cidade, Estado ou País, sempre levando em conta o hemisfério, o Radix, e o método de casas como o Regiomontanus por exemplo que é preferível para se levantar um Mapa.

Não se deve confundir Idade de Ouro de Saturno com a Era de Saturno, pois são 2 coisas diferentes e a primeira se refere a Itália, quando Saturno foi destronado por seu filho, Saturno foi pra Itália e lá fez um excelente governo. As pessoas podiam ser ingênuas porque não havia mais nada além disso e, portanto o mal não existia.

Saturno vem de Satur na língua etrusca e significa trabalhador dos 4 períodos (manhã, tade, noite e madrugada). Ele era um Fauno porque essa palavra em etrusco significa Pastor/Agricultor.

É daí inclusive que nasce a Cosmologia da Stregoneria. 

Para piorar, o planeta Saturno, desde o antigo vale do Indo é a deusa Shani (uma mulher/deusa e não um velho barbado) que fica em Binah na Kabbalah, o pilar Branco da esquerda porque ali também fica Radha a deusa branca contraparte de Krisha, o senhor da verdade absoluta que representa o Phalus e a Ordem Cósmica no pilar preto de Chokmah porque Krishna é a criança preta, que depois passa o Phalus para Binah e a criança é colocada no colo de Ísis/Maria.

Há muitos erros em Astrologia e Cabalah que foram promulgados por ocultistas desde a idade média, pois esses magos fodões tiveram limites em suas interpretações e um foi copiando o erro do outro mesmo sem ter sido veradeiramente iniciado.

O primeiro foi o Papa Honório que inventou Lucifuge Rocofali e o colocou como Qliphot de Binah, sendo que Binah já tem Lilith e Binah não possui função de fugir da luz, ao contrário ela recebe aquilo que vem de Chokmah para poder gerar TODA a manifestção cósmica.

Lilith, incluisve é a soma daquilo que vem de Kether com aquilo que vem de Chokmah, mensalmente, recebendo tudo em Binah.

A Mulher que controla aquilo que vem de Kether (com a deusa caótica e linda Lalitha Devi) com aquilo que vem de Chokmah (Phalus), essa mulher controla o universo, essa é a Bruxa legítima.

A Kabbalah trata arduamente da Ordem Cósmica e Astrologia. Kabbalah significa Tradição, é a mais antiga tradição sendo que todas as outras são tradições setorizadas por províncias em cada País e, por estarem abaixo da mais antiga devem seguir uma correspondencia com ela.

A palavra grega "Apok" significa "Fora", e Elíptica é o arco calculado para o Zodiaco existir, ou seja Elíptica é o círculo de animais e dentro dele é a ordem cosmica. Apocalípse é fora dele e lá fora estão Neturno, Plutão e Urano, todos maléficos em astrologia tradicional porque estão muito longe do Sol o qual é significador de vitalidade.

Ocorre que no limite do zodíaco (ordem cósmica) está o planeta Saturno, o sétimo planeta visto a olho nu, portanto, Deus descansou no sétimo dia (dia de Saturno) e assim Shabbath veio se tornar o Sabá judaico do qual as bruxas tem uma versão teológica herética dele como também já demonstrado e desmistificado em meu livro.



O Centilóquio (= "cem ditos"), também chamado de Centilóquio de Ptolomeu, é uma coleção de cem aforismos sobre astrologia e regras astrológicas. Foi registrado pela primeira vez no início do século X dC, quando um comentário foi escrito sobre ele pelo matemático egípcio Ahmad ibn Yusuf al-Misri (mais tarde às vezes confundido com seu homônimo Ali ibn Ridwan ibn Ali ibn Ja'far al-Misri , ou em latim "Haly ibn Rodoan", que viveu um século depois e escreveu um comentário sobre os Tetrabiblios de Ptolomeu).

O Centilóquio abre com uma dedicatória a Siro, como o tratado astrológico do astrônomo clássico Ptolomeu, o Tetrabiblos ("Quatro livros"). 

Ptolomeu foi de fato aceito como seu autor por estudiosos medievais de árabe, hebraico e latim, e o livro foi amplamente divulgado e citado. 

Em árabe, era conhecido como Kitab al-Tamara ("Livro da Fruta" = tãmara), o nome supostamente uma tradução do grego καρπος que significa "fruta", os aforismos do livro sendo vistos como o fruto ou o resumo do tratado anterior. 

Foi traduzido pelo menos quatro vezes para o latim, no qual também era conhecido como Liber Fructus, inclusive por João de Sevilha em Toledo em 1136 e por Platão de Tivoli em Barcelona em 1138 (impresso em Veneza em 1493). 

Em hebraico foi traduzido ao mesmo tempo pelo colaborador de Tivoli, Abraham bar Hiyya, e novamente em 1314 por Kalonymus ben Kalonymus, como o Sefer ha-Peri ("Livro da fruta") ou Sefer ha-Ilan ("Livro da árvore ") Aserá significa árvore/tronco/floresta e é a própria árvore da Cabalah, a deusa Aserá.

Não confundir com o demônio/deusa Ashtaroth que é a estrela Alphecca. Em bruxaria tradicional e stregoneria os demônios e deuses verdadeiros são as estrelas nefastas e benéficas, pois sabemos que estamos do lado de dentro do inferno desde que Daath caiu e virou Malkuth. Logo, a goetia inventada por Mathers com todos os erros do Papa Honrório é desnecessária justamente por não fazer o menor sentido para uma bruxa.

Independentemente da sua autoria, o texto foi descrito como “um dos textos mais influentes da história da astrologia”. 

Foi, por exemplo, um texto padrão para estudantes de medicina na Universidade de Bolonha no século XV.

No entanto, como observou o comentário original do livro, o Centiloquium contém diferenças bastante substanciais de foco em relação ao Tetrabiblos: por exemplo, está muito preocupado com " Interrogatórios ", a formulação de perguntas astrológicas sobre planos e eventos futuros, o que não é tratado no trabalho anterior. 

Na década de 1550, o estudioso italiano Cardano considerou isso e declarou que a obra era pseudoepigráfica – e não de Ptolomeu. Essa também tendeu a ser a visão dos séculos subsequentes. 

Por exemplo, o aforismo 63 discute as implicações de uma conjunção de Júpiter e Saturno; mas esta é uma doutrina desenvolvida por astrólogos árabes, desconhecida pelos gregos. 

O autor do livro é, portanto, agora geralmente referido como Pseudo-Ptolomeu.

Uma visão influente, defendida por Lemay (1978) e outros, é que o autor original da obra foi na verdade o próprio Ahmad ibn Yusuf, considerando que apresentar as suas opiniões como um comentário sobre uma obra desconhecida do grande Ptolomeu as tornaria muito mais influente e procurada do que simplesmente publicar tal compilação em seu próprio nome. 

Outros, no entanto, ainda veem o Centiloquium como potencialmente contendo um núcleo de material genuinamente helenístico, que pode então ter sofrido adaptação e substituição parcial na cadeia de transmissão e tradução.

A diferença com o Centilóquio de Hermes Trismegisto:

Um texto latino contendo cem proposições, novamente sobre astrologia e não sobre hermetismo, compilado por Estêvão de Messina numa data entre 1258 e 1266 para Manfredo, rei da Sicília, supostamente de uma variedade de fontes árabes ou de um original árabe desconhecido.

A diferença com o Centilóquio de Belém:

Cem proposições astrológicas atribuídas a Muhammad ibn Jabir al-Battani (c.858–929), também conhecido como Albategnius, ou na astrologia como Bethem. 

O texto também existe em muitos manuscritos como De consuetudinibus ("De acordo com os costumes"), atribuído a Abraham ibn Ezra (1089–1164) e é dele que vem a tradição astrológica.

Sobre Saturno e sua regência, William Lily escreveu: 

DOS ANOS

Na Geração ele rege o primeiro e o oitavo mês após a Concepção apenas.

Os melhores anos que ele representa – 465.

Os maiores – 57.

Os anos médios – 43 e meio.

O mínimo – 30.

O significado disso é este; Admita que construímos um novo edifício, erigimos uma vila ou cidade, ou família, ou que o principado é iniciado quando Saturno é essencial e acidentalmente forte, o Astrólogo provavelmente pode conjecturar a Família, o Principado, etc. pode continuar 465 anos em honra etc. sem qualquer alteração semível: Novamente, se na Natividade Saturno estiver bem dignificado, é o Senhor da Genitura, etc. então, de acordo com a natureza, ele poderá viver 57 anos; se ele for mesquinho, então o nativo terá apenas 43 anos; se ele for o Senhor da Natividade, e ainda assim fraco, a criança poderá viver 30 anos, dificilmente mais; pois a natureza de Saturno é fria e seca, e essas qualidades são destrutivas para o homem, etc.

Isso se considerar Saturno como Alcocoden, poderá então viver por sua conta e risco sem a proteção do planeta se caso passar dessas idades protegidas pelo planeta.

Quanto à Idade, relaciona-se com velhos decrepados; Pais, Avôs, assim como nas Plantas, nas Árvores e em todas as Criaturas vivas.

A própria teoria das assinaturas nas plantas, de Paracelso, afirma que as plantas escuras e feias, as raizes e as venenosas, são de Saturno.

Sobre Vênus, William Lily escreveu: 

DOS ANOS

Seus melhores anos são 151. Seus maiores 82. Seus médios 45. Seus menores 8. 

No homem, Vênus governa a juventude dos 14 aos 28 anos.


Conclusão:

O Mundo (planeta Terra) possui mais de 8 bilhões de pessoas e se você dividir por 12 signos teremos 1/12 avos para cada signo. 

Então vem uma pessoa que se diz ser de gêmeos e pergunta como será o ano de Saturno ou de Vênus para ela. 

Suponhamos que Vênus fosse o regente, teríamos 2/12 avos sendo metade da população seria libra e a outra metade seria touro e não teria mais os demais signos afinal todos seriam governados somente por Vênus.

O fato é que isso Non Ecxiste!!! Não existe o tal do regente do ano.

O que manda em sua vida e no seu Mapa de Natividade individual são principalmente os graus.

E ele nunca será igual ao de ninguém. 

Portanto, é paranoia e perda de tempo ocupar sua mente em busca do Regente do Ano. 

Existe o Senhor das Maneiras, o Senhor da Genitura, o Senhor da Natividade, o Almuten, as Firdárias, os Lotes árabes, as estrelas nefastas e benefícas, os 12 signos, as 12 casas e vários métodos de sistema de casas, os graus de cada signo, o movimento direto, indireto, e retrógrado, as dignidades essênciais e acidentais, as mansões da Lua e os planetas que fazem ou não aspectos com tudo isso. 

Considerando a Ordem Cósmica (que é dentro do zodíaco) e o Caos (que é fora do zodíaco) havendo 7 planetas tradicionais visto a olho nu na antiguidade atuando dentro da Ordem Cósmica sendo benéficos & maléficos pela distância que estão do significador da vitalidade que é o Sol a depender de cada aspecto e, os demais fora da Ordem Cósmica sendo todos maléficos pois estão na região do Caos.

Tudo isso acontece na nossa galáxia, pois não existe signos e zodíaco em outra galáxia.

E ainda há as diferenças de zodíaco geocentrico e heliocêntrico, mas também a diferença entre astrologia ocidental e oriental que nada mais são do que técnicas diferentes para olhar o Cosmos.

Em fim, há tanta coisa a se olhar em um Mapa Natal pela Astrologia Tradicional e que vai mandar e influenciar cada indivíduo, não sobra espaço para generalizar um regente anual, como se fosse um Deus para todos.

Por Sett Lupino. 

Leitura adicional

Richard Lemay (1978), "Origem e sucesso do Kitab Thamara de Abu Jafar ibn Yusuf ibn Ibrahim: do século X ao século XVII no mundo do Islã e do Ocidente latino", em Anais do Primeiro Simpósio Internacional de História da Ciência Árabe, 5 a 12 de abril de 1976 (Aleppo: Aleppo University), Vol. 2, pp.


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