As
escolas de Mistérios surgiram para direcionar o pensamento dos iniciados e
guiar o comportamento humano de acordo com o entendimento da Ordem Cósmica.
Até a idade média, poucas escolas iniciáticas de Mistérios eram conhecidas, talvez as mais proeminentes foram as Escolas de Eleusis que dividiam seus mistérios em Três, sendo o Rapto de Kora, O retorno de Perséfone e, o nascimento de Dionísio.
Por isso havia as Eleusínias divididas em duas sendo Eleusínia Maior
e Eleusínia Menor, e por fim os Mistérios do Vinho-Sangue de Dionísio que
revelava a verdade pela alteração de consciência dada pelo grande teor alcoólico dos vinhos, além da ideia que toda uva precisa ser pisoteada para só depois
virar vinho bom.
A
bruxaria sem um escopo de Mistérios (das escolas de Mistérios) é apenas
feitiçaria. A primeira é compreensão astuta, porque toda iniciação é um olhar para
dentro. A segunda é operacional porque é prática colocada em ação.
A bruxa iniciada é uma sacerdotisa e magistra obediente as Leis da Arte, diferente da feiticeira que não tem obrigado de seguir regra alguma. Uma iniciação exige obediência às regras das Leis Cósmicas, senão vejamos:
No original de Aradia O Evangelho das Bruxas, Leland escreveu:
"Ainda como a filha de Cain tu obediente nunca é
Nem como a raça que se tornou afinal
Mau e infame de tanto sofrer,
Como são os judeus e zingari vagantes,
Tidos todos como ladrões e patifes;
Mesmo que goste deles, vós não será.
E tu Obediente será
A primeira das bruxas conhecidas;
E tu Obediente será em primeiro lugar no mundo,
E tu Obediente ensinará a arte de envenenar,
O envenenamento são esses grandes senhores de tudo,
Vós, Tu Obediente os fará morrer nos palácios deles/delas,
E tu Obediente ligará a alma do opressor (com poder).
E quando vós achais um campones que for rico,
Então vós ensinará sua aluna bruxa, como arruinar todas as colheitas com medonha tempestade,
Com raio e trovão (terrível),
E com granizo e vento...
E quando um padre fizer um dano pelas bençãos dele, vós fará a ele o dobro do dano, e fará isso em meu nome, que sou Diana, a Rainha de todas as bruxas".
Árvore da Kabbalah com Daath antes da queda, sem Malkuth |
A
Bruxaria está para o Arquiteto como a feitiçaria está para o Mestre de obras. O
maior exemplo dado em filmes foi a história inglesa das Brumas de Avalon, onde
Viviane e Morgouse disputavam as políticas. As duas eram feiticeiras, mas a
primeira era também uma bruxa, enquanto a outra não. Havia uma escola de
mistérios em Avalon que dependia de treinamento e iniciação, coisa que Morgouse
nunca se interessou a não ser pelo seu egoísta interesse pelo poder de domínio.
Esse filme trata apenas de UM mistério, mas aborda várias causas de conduta que
guiam os comportamentos humanos e que podem levar a derrota ou ao sucesso da
própria vida.
Entre
outras Escolas Iniciáticas de Mistérios há outras tais como as mais antigas que
essas já citadas, senão vejamos:
-Escola
do Vale do Indo;
-Escola
Suméria;
-Escola
Fenícia;
-Escola
Egípcia (a mais conhecida e a que mais se expandiu no período helenístico
devido ao caso de Marco Antônio com Cleópatra);
-Escola
Grega;
-Escola
Germânica;
-Escola
Italiana;
-Escola
de Antanho (antiga Anglia);
Árvore da Kabbalah depois da queda de Daath, com Malkuth |
-Escola
Africana (talvez a única que não precisou ser resgatada e teve uma continuidade
até os dias atuais como é o caso do Culto Gèlèdè das deusas Mães ancestrais, as
pequeninas mães e as grandes mães, em Osògbo e, o antigo culto tradicional Iorubá que é bem diferente do candomblé de escravo da diáspora, este último não é um
culto de mistérios e sim uma religião que contem feitiçaria, até porque, o
templo original do culto de Mistérios permanece UM SÓ, único, em Osògbo, quando
a pessoa iniciada lá recebe autorização para ver a Mãe do Destino é somente uma
única vez que isso pode acontecer e se a pessoa sair da África e do local do
Culto ela não tem autorização para revelar os mistérios fora daquele lugar;
É
comum rastrear o início de onde tudo começou usando a hermenêutica e o
rastreamento da origem dos dialetos e linguagens antes do evento da Torre de
Babel, junto com o estudo da história factual. Por exemplo: Língua
Indo-Europeias: trata-se de migrações ou irradiações de povos que saíram do Vale
do indo e foram para a Europa.
Lalitha Devi |
A Escola do Vale do Indo nasceu na civilização pré-Harappeana, época matriarcal original, onde Lalita Devi era a deusa Cósmica do Caos e ao mesmo tempo era todas as Shaktis que existem.
Todo o Universo era Ela e tudo foi promovido e criado por ela. Os Primeiros rastros de uma Kabbalah tiveram início neste culto e nesta época. Muitas migrações e irradiações dessa época e local foram para suméria ainda no tempo de Lalita Devi e essas migrações deram origem ao Éden e em tudo que se origina na história do Éden.
O Vale do Indo já tinha seus casais cromossômicos, Eva e Adão, chamados Haviavati e Adapa, onde a primeira é sentimento e o segundo é argila/barro.
Enquanto Lalita é a coroa de tudo (Kether), dela, sai pra fora o que chamamos de Phalus que é Krishna (a criança Preta e Senhor do Espaço Sideral dentro da nossa Galáxia conhecido pelo epíteto de Senhor da verdade absoluta, desde que em seu corpo tudo existe. Quando Platão dizia que era possível atingir a verdade absoluta, ele estava se referindo ao entendimento esse mistério.
Krishna é o pilar preto da Kabbalah e ele é representado em Chokmah que fica no lado direito, e dele nasce a ordem cósmica (zodíaco) em Binah devido sua contra parte ser Radha, a deusa branca que pode dar origem a tudo que existe dentro da ordem cósmica. Ela é o pilar branco da direita na Kabbalah e os três juntos formam o mais antigo Trimurti que existe antes dos Brâmanes terem surgido em 3000 a.C., para romper com o matriarcado e gerar o patriarcado.
Esse Trimurti de Lalita (Kether) + Adapa (Chokmah) + sua lateral Haviavati
(Binah) antecedem Brahma, Shiva e Vishnu dos Brâmanes.
O
que chamamos de Deus Tri-Uno é o mistério do Trimurti. Deus é uma Deusa!!!
Não obstante Freud afirmou que dentro de todo homem há uma mulher. É a essência dessa deusa, a alma mundi, desde que somos o microcosmo do Universo. Sua reencarnação revela pelo gênero (sexo) qual das suas polaridades devem trabalhar em cada existência, se mais Yang e ativa ou, se mais In e receptiva. É a partir disso que se pode criar naturalmente, não artificialmente, pois este último está a cargo do conceito de um deus que trabalha para o povo, o demiurgo feiticeiro. É por isso que toda bruxa é uma feiticeira, mas nem toda feiticeira é uma bruxa. Ficou confuso(a)? Leia de novo a parte de Aradia.
O
ocidente chamou o Trimurti de Tetragrama colocando em 4 estações diferentes
para combinar os elementos de composição do humor cósmico, aquele que gera as 4 estações da alma da terra, refletida no microcosmo que somos nós. Homero já falava disso em sua Eneida quando exemplou e elencou as 4 partes do inferno.
Sobre
o elemento de composição do Tetragrama temos que:
Elemento
que significa quatro (ex.: tetradáctilo). Origem etimológica: grego téttara,
tettarákonta, quatro. Isso fica mais claro com as Magaras (bruxas) do Sul da Itália, região que foi colonizada pelos Gregos.
Assim
nasceram os 4 elementos, os quais sem eles nada existe na ordem cósmica,
formados por:
Kether, Chockmah, Binah e Daath.
Está última esfera ou Sephiroth (Daath) era o que chamamos de Paraíso (Éden), onde Adão e Eva fizeram Sexo, por isso caiu e virou Malkuth.
Antes da união dos cromossomos espirituais chamados de Eva e Adão ninguém podia nascer ou morrer e por isso não havia Malkuth. Com o sexo, crianças nascem e a ordem cósmica foi compreendida como o local onde tudo podia existir.
Surgem os sacerdócios cujas indumentárias eram feitas com penas de pássaros porque o pássaro era concebido como sendo a imagem da Alma/Psiquê/Consciência.
Quanto mais asas houvesse na sua indumentária, mais perto do trono
você estava e isso era um cargo sacerdotal (Aset/Ísis significa trono). Não houve discos voadores nem intercâmbio intergaláctico como os
arqueólogos e historiadores querem fazer parecer. O céu era Astrologia em seu
estado insípido. Estamos falando de um culto que antecede a Astrologia como a
conhecemos, mas ao mesmo tempo foi a que gerou a Astromancia, Astronomia e
Astrologia e, como sua contraparte, gerou a Geomancia pela compreensão do
casamento do céu com a terra, o hierogamos. No Egito, esse culto passou e deu origem aos mistérios da alma como o conhecemos hoje na bruxaria. As múmias era assentamentos do tipo avô dos "assentamento de orisà".
A Múmia e seu Ba |
Em
3.000 a.C. há uma ruptura social no vale do Indo, o matriarcado dá lugar para o patriarcado e
surge ou é criado a escola de castas encabeçada pelos Brâmanes na cabeça,
sacerdotes filósofos mágicos. Lalita, Adapa e Haviavati dão lugar à uma outra
estrutura mistérica para se compreender a explicação da Ordem Cósmica a mesma que no Egito era chamada Maat, surgindo
a explicação de Brahma, Shiva e Vishnu como o novo Trimurti cósmico.
Em
2000 a.C. o rio Sarasvati secou e as pessoas do vale do indo que pertenciam a
casta dos Brâmanes começam a migrar para a Suméria em busca de seus ancestrais
que já havia ido para lá, mas ao chegar lá o Éden não existia mais.
Clearchus
de Solis e Aristóteles registraram que os primeiros Hebreus eram descendentes
dos Brâmanes. Como o Éden (cidade Edinú) já não existia, pois já haviam se passado 2 mil anos
da criação do Éden, Terá o pai de Abrão conduziu sua família para a cidade de Ur
na suméria, onde nasceu Abrão. Abrão só passou se chamar Abraão depois de iniciado no culto fenício de El. Aquilo que a suméria chamava de deus An, os fenícios chamavam de El, significando Sol. Na suméria o Sol percorria um caminho diurno e noturno o ano inteiro, dando origem ao caminho de Anu, a roda do ano solar que imitava o conceito Hindu original de roda do ano.
Estamos
falando de uma época onde o Dilúvio já havia acontecido. O Dilúvio foi
registrado pelo calendário Hebraico, que quando calculado para o nosso calendário
expõe a data aproximada entre 3.700 a.C., diferente do apresentado pela ciência que parece falhar. O dilúvio só ocorreu na região do Mar
Negro, região norte da Anatólia próximo ao Mar de Marmara onde os encantamentos
mágicos da Troia e da Grécia surgiram. Não houve dilúvio na Itália. Todas as
culturas que falam do dilúvio copiam a lenda como se deles fossem e dá a
impressão que o dilúvio ocorreu no mundo inteiro. O primeiro e mais antigo registro do dilúvio está em Gilgamesh, o resto é cópia.
Entre
a criação do Éden e a chegada do pai de Abrão na cidade de Ur, já havia
ocorrido uma série de histórias e fatos, que geraram os Elohins, Nephilins e
Anunakis originais que nada tinham a ver com anjos nem extraterrestres. Alguns
desses mistérios foram explicados no livro de Enoch, mas nem todos. Eram todos nomes de cargos sacerdotais ocupados por pessoas vivas que cultuavam o Sol, a Floresta e as Estrelas, todos unidos no significador de vitalidade para compreensão da Fertilidade.
Anunnaki é a palavra de junção do Sol celeste com a terra e seus ciclos, são os sacerdotes e sacerdotisas que
praticavam o hierogamos imitando os ciclos celestes e terrestres. A deusa Ki, senhora da terra é a mesma energia que foi
levada para a criação do Reiki, a energia cósmica e telúrica da Terra.
Só
para se ter ideia, El significa Sol, Ohim significa filhos no plural. Elohim
foi traduzido pelos ocidentais como deuses no plural e depois pela igreja como
anjos, mas eram somente os sacerdotes e sacerdotisas do culto do Sol. Os nomes dos 4 anjos mais famosos evidenciam o poder e cargo de cada uma das 4 estrelas reais que permaneciam numa determinada região celeste ativada pelo Sol ou pela Lua e demais planetas. Jibrail (Gabriel) é o poder da juba do Sol. Enquanto os sumérios e fenícios davam ao Sol o macrocosmo do ego em forma da força do Touro diurno, os hebreus deram a forma do leão e essa é a razão pela qual o leão de Judá foi o animal zodiacal que passou ser regido pelo Sol, enquanto Touro, Vênus. a disputa de Vênus com o Sol, é porque Vênus é Lúcifer, mas no fundo um planeta não concorre com uma estrela, então Lucifer nunca quis pegar o cargo do Pai Sol. Isso é referente ao antigo culto de Vênus e Lua na era matriarcal, que na época patriarcal dos Hebreus deu lugar a cultura sob mando de Elias.
De igual forma isso nasceu na Suméria:: An significa Sol, Nu significa gerado por ele por onde passa - um caminho, e Ki era a deusa da terra que se casou com o Sol (deus An) e passou ser a Senhora do Céu e da Terra recebendo o nome de deusa Antu, a antecessora de todas. Antigamente nessas épocas o Mar era espelho do céu e as águas do mar eram a entrada para o Inferno/submundo, lembrando que as águas ficam em cima da terra e assim, a deusa Antu foi chamada de Senhora do céu e Senhora do Inferno, como é conhecida na Stregoneria. Nesse sentido, existem 3 deusas na Kabbalah, sendo uma em Kether, uma em Binah e uma em Yesod. Também há 3 encruzilhadas na Kabbalah, a qual é Hekate a senhora da Alma porque essas regiões na Kabbalah são regiões de consciência/Alma, e por isso ligada as 3 encruzilhadas, até mesmo pela gematria de seu nome no alfabeto proto-hebraico (fenício). Nenhum Judeu vai te falar que o proto-hebraico era o alfabeto fenício, mas este último deu origem ao alfabeto grego e ao hebraico, os dois únicos que contem gematria.
O deus An (sol sumério e senhor do céu) foi representado como Touro durante o dia e Lobo
durante a noite, porque o Touro era sinônimo de força e vitalidade e o lobo
morava nas necrópoles e representava a morte. O lobo que está em Daath, o deus
An passa da suméria para o Egito como Anúbis. Enquanto o Touro que está em
Tipheret é o olho que olha para fora, o olho de Rá, o do lobo é o olho que foi
arrancado do rosto de Horus e por isso, só lhe resta olhar para dentro. Isso
também formam os Sect diurno e o Sect noturno da astrologia e nas escolas de mistérios se liga a história dos irmãos Seth e Osíris, Rômulo e Remo, Hadad e Mot, entre outros irmãos. Os mistérios de Anubis e sua esposa passam para Itália dos Etruscos e se torna Aita e Phersípnei usando capacetes de lobo na cabeça.
O deus An tinha seu exército que era nada mais nada menos que as estrelas fixas e os planetas em torno dele. O deus An sumério foi chamado de El na Fenícia, casado com a senhora que era fecundada pelos seus raios, a Floresta, as árvores que davam frutos, e seus troncos fortes para abrigar a todos. Na astrologia árabe os planetas e as estrelas fixas são as forças do Sol, as que empoderam ele ou tiram sua força. As que empoderam são o exército e, por isso ele era o senhor dos exércitos.
Já os cultos de Baal El-Hadad fenício passam para a Grécia e se tornam 3 irmãos, Zeus, PoSidom e Hades. Veja sobre isso no ciclo de Baal ou no meu livro com mais detalhes em como Hadad se torna Hadu em Ebla e se torna Hades na Grécia e, a partir da cidade de Sidom, após vencer o monstro marinho passa ser padroeiro dos marinheiros, Baal-Sidom, sendo Pot em grego = mar/água/oceano e, daí PotSidom.
Entendam
que o Sol é significador de Vitalidade e todos os planetas que estão longe do
sol são significadores de morte por estarem longe da vitalidade. Desse
pensamento nascem os planetas Benéficos e os Maléficos da astrologia.
Enquanto
a deusa foi representada tanto pelo Pássaro, quanto pela Serpente, porque um
significava o símbolo da alma que voa e é o pássaro que pousa na árvore e o
outro a energia viva da terra que está dormindo no solo rastejante, mas que ao
despertar começa a subir e ficar de pé como as Najas. Esse culto foi para a
África subsaariana e a deusa tomou nome de ÈLA (maiúsculo) significando a Iyá Odú, como a esposa de El, a mãe do destino, e, portanto, a mesma Lilith que
sobe em Aserá, mas com aspectos bastante unidos com o culto de Elat (Al-Lat) da Arábia Feliz (Arábia do Sul). Vamos explicar:
Al-Lat, Al-Uzza e Manat era dos tempos da rainha de Sabá na Arábia Feliz, todos de cultos hierogâmicos. Al-Lat foi chamada na Arábia Saudita de Elat. Na África é ÉLA a mãe pássaro dos 16 destinos.
Precisa ficar claro aqui o seguinte:
De acordo com o Papiro de Ani, o pássaro comanda o destino dos seres humanos e o lobo comanda o destino dos pássaros. é preciso ter muito senso crítico e percepção para notar isso nos mistérios de Anúbis e quem trabalha com os poderes dos Lobos sabem.
Aserá
significa Tronco, Árvore e Floresta tudo ao mesmo tempo. Foi grafado (o nome) como
Asherat, Asherot, Ashtarot, Ishtar, Aset, Inanna e Astarte entre outros.
Antes
da Torre de Babel definir as linguagens dos alfabetos, todo canto havia seus próprios dialetos. Ishtar é
atestado na época da Babilônia. Aset era o nome de Ísis no Egito antes da época
dos Hicsos, onde ela foi fundida com a deusa Hathor e passou se chamar Ísis.
Aset significa trono e sua irmã Nephtis significa templo.
Astarte
foi conhecida na fenícia. Inanna foi registrada na Suméria em 2500 a.C.
Ficou
registrada na Bíblia Hebraica com formas Ashtoreth (no singular) e Ashtaroth (no
plural devido mais de uma estátua ter sido encontrada) e também foi o nome de uma cidade antiga entre a Fenícia e a Suméria. Ashtaroth/Astarte
estava alinhada com a estrela Alphecca em seu culto, por ser da natureza de
Mercúrio e Vênus, as duas sephiroths da Cabalah que contem o poder chamado de
diabo, o intercessor da primeira encruzilhada cabalística da qual junto com a
safira da Lua forma a forquilha do diabo devido aos seus mistérios cabalísticos.
O grau zodiacal exato da Estrela Alphecca é onde se pode conjurar ou chamar a deusa Ashtaroth ou Astarte na Goetia da Stregoneria, isso vem desde que seu nome sumério era Antu, já explicado acima.
Ao
ser transliterado para o Grego e para o Latim em textos sagrados, os primeiros
tradutores entenderam que a palavra no plural era masculina e assim atribuíram
uma imagem masculina na demonologia, os ocultistas que copiaram esses erros
tornaram a demonologia pior do que ela já era, além de ficar claro que eles
desconheciam a originalidade dos fatos divinos de origem, logo, não há nenhuma
continuidade sendo transmitida ininterruptamente na linhagem do conhecimento
desses ocultistas e magos ocidentais. Até mesmo a própria igreja católica cometeu
esse erro e difundiu Astarô como um demônio do cristianismo que era um Grão
Duque do inferno. Isso foi propagado pelo Papa Honório e copiado por todos os
ocultistas da idade média, gerando mais absurdo ainda.
Entendam que não é proibido usar a Goetia do Mathers, apenas não faz sentido para quem trabalha com coesão tradicional. Hoje em dia a Goetia do Mathers já possui Egrégora e pode funcionar para alguns, mas perceba antes de tudo que não é o demônio quem faz as coisas acontecerem para você, é você! Você é um deus na terra. Você é uma deusa na terra!
Não
foi à toa que a Ordem da Golden Dawn viu seus “grandes” magos sofrerem
“grandes” tragédias em suas vidas após usarem a Chave Menor de Salomão e
a Maior e, depois que elas foram criadas, tornaram a difusão desses conceitos uma nova escola de magia goetia,
sendo que Goetia significa uivo e está ligada a compreensão dos Lobos que
viviam nas necrópoles. O morto chamado em um ritual de consulta (necromancia é
consultar os mortos através de entranhas e da possessão por meio de Entusiasmós
que significa estar possuído por um deus – seu duplo etérico), muito diferente
das ideias do Mathers que não foi iniciado por uma Strega.
Como
podem ver, na Stregoneria e na Bruxaria Tradicional os verdadeiros demônios são
as estrelas nefastas, em alinhamento para que o duplo da bruxa se manifeste.
Necromancia era a arte da hepatoscopia babilônica e da etrusca disciplinas, as
quais consultavam Geomancia pelo órgão do animal sacrificado. Antes dos caldeus
atribuírem somente 12 casas astrológicas, juntando as casas adjudícias que
estavam nas costas de cada casa angular, formando uma casa angular poderosa,
haviam 16 casas astrológicas na Hepatoscopia Babilônica e na Etrusca Disciplina
e também no método que foi para a África. O pai da Geomancia foi Daniel (da
Bíblia) em 600 a.C. e, Pierre Verger Fatumbi deu um entrevista atestando que a
Geomancia nasceu na Arábia Saudita com o Daniel. Portanto, não há que se falar
de Ifá antes de Daniel e o culto africano não é mais antigo do que o culto dos
Etruscos e Árabes babilônicos, pois a Geomancia foi distribuída ao mesmo tempo no mapa. O mesmo método do Figato di Piacenza da Etrúria era usado na hepatoscopia babilônica.
Até
mesmo a bebida tradicional de Esù, o Gin, foi inventada nos anos 1700 da nossa
era por um italiano e patenteada por um sueco e é feita com os bagos de Júpiter, o Junípero. Antes disso se oferecia cerveja
do tipo hidromel para Esú.
Logo,
Ifá não é o oráculo mais antigo que existe e sim, o mais antigo preservado
ininterruptamente pelo culto.
Oráculos
tradicionais são aqueles que contém a união do Céu com a Terra (Astrologia e
Geomancia). Todos os outros são derivações dos mistérios cabalísticos sem
necessidade de manter oferendas de sangue para nutrir o Espírito do Oráculo ou,
deriva da própria Geomancia que, precisa do sacrifício de sangue.
Nem
todos os Hebreus eram Judeus e nem todos os Judeus eram Israelitas.
Precisa
ficar claro que os Israelitas são derivado do povo que morou no Nomo 20 do
baixo Egito, conhecida como Terra de Gosén onde nasceu Moises 300 anos após a
morte do Vizir José (filho de Jacó) que, na época dos Hicsos encontrou sua morte. Havia deixado
um testamento para ser enterrado nas terras de seus antepassados e foi
assentado no templo de El em Canaã, tendo seu corpo levado por 2 sacerdotes egípcios como foi documentado. É por isso que José significa Deus
Acrescentado! Não significa Deus acrescentará.
A questão do senhor dos exércitos: Ele foi o segundo homem mais poderoso do Egito abaixo do faraó, era ele quem comandava os exércitos do faraó como bem entendesse. Quando foi assentado no templo de El (Sol) que comandava os exércitos (as Hostes do céu conhecidas como estrelas), continuou sendo o senhor dos exércitos. Foi ele quem deu as terras egípcias de Gosén no segundo ano de fome para que seus conterrâneos Judeus tivessem o que plantar e o que comer, já que o Egito ainda era a terra mais fértil que existia depois do Dilúvio.
Aserá se torna Saara devagar, não ocorreu com a rapidez que todos imaginam, mas ainda assim, Seth era o deus da fertilidade, trovão, raios e relâmpagos, ventos e tempestades, o mesmo cargo que Baal Hadad ocupava na Fenícia. Seu nome está registado no Shemhamforash, porque El com Aserá tiveram 70 filhos e juntos foram os 72 nomes divinos mais antigos, os que foram destronados pelos Judeus, mas que nunca foram demônios e sim, deuses da Associação das Estrelas, um culto que deixou de existir depois da morte de Jezabel arrumada pelos capangas de Elias, descendentes daqueles mesmos Judeus que herdaram as terras egípcias de Gosén onde Moises nasceu. Depois que José foi assentado no templo de El, esses judeus passaram cultuar ele como um ancestral, desde que ainda naquela época era comum assentar um morto e cultuá-lo pela gratidão de ter sido bom para eles em vida. O autor Idries Shah aborda bastante sobre a antiga magia dos judeus.
Deus
havia se apresentado de Abraão até Jacó como El-Shadday que significa
Sol-Saturno, todo o espaço sideral onde esses planetas estão agindo e
controlando a vida na terra. José (Yahweh) foi o nome escrito no proto-hebraico
que ainda era a transição da língua fenícia, a qual passou por 4 fases até se
tornar o Hebraico que conhecemos hoje, onde passou ser Yussef.
o Ka, no culto de fé a alma do morto no antigo Egito, a fé como no pai nosso copiado pela igreja |
No
entendimento dos primeiros Hebreus (que não eram Israelitas), o mistério de
Adapa e Haviavati foram traduzidos como YH + WH formando o tetragrama YHWH
quando da união em Daath o paraíso. YHWH não era o Yahweh, mas era Vontade da Alma + o barro da Argila do assentamento ou múmia, com José acrescentado.
Quando
Daath caiu, virou Malkuth, o lado de dentro do inferno onde estamos achando que
estamos vivos. Nós não somos daqui, estamos de passagem e é por isso que a
Goetia do Mathers cai por terra e se torna ineficaz nesse mistério.
De acordo com o Papiro de Ani, o qual chama todo morto de Osíris e todo renascido de Horus, a reencarnação é obrigatória para TODO ESPÍRITO, e nele é colocado uma CONSCIÊNCIA (Alma/pássaro). É preciso lembrar que o sentimento divinizado foi para a África subsaariana enquanto o psiquismo foi para a Europa. O papiro de Ani foi feito para ele, mas não foi usado por ele senão teria sido encontrado em sua tumba, não no mercado. Portanto, eram regras das Leis de Maat. O Egito tem 42 províncias. Cada Juiz provincial deu uma lei. O avestruz bota ovo a cada 42 dias e foi ligado como símbolo da Ordem Cósmica, que nada mais era que a Justiça que controlava o povo civil no Egito, desde que tudo oque está acima também está abaixo. Tudo era muito organizado e o Egito não tinha cerca, todo mundo podia sair quando quisesse, não houve escravidão, tanto que o Egito era a terra mais fértil dada aos Judeus para habitarem. Só tiveram que sair dali porque Moisés cometeu um crime e como tudo numa sociedade Teocrática, ninguém está acima da lei. Moisés deveria ser morto e por isso fugiu, mas antes convenceu seus compatriotas a irem junto, foi abrindo com seu cajado o Mar de Juncos, empurrando os Juncos com o bastão, assim deu origem a lenda dele abrir o mar vermelho, que se chamava no original, mar de juncos.
Demônio significa povo destronado! Nada tem a ver com os demônios pregados pela igreja.
Quando
você devolve a criança fálica de Chokmah para o colo de Binah você tem a imagem
da criança no colo de Maria e/ou a mais antiga, a criança Horus no colo de
Ísis.
O
papel do Homem de Preto que poucos entendem está em devolver o Phalus de Chokmah para Binah, para que ELA possa construir a Ordem Cósmica e dar
manutenção ao que criou.
Ocorre
que no vale do Indo a ordem cósmica começa e termina com Saturno que é o limite dos 7 planetas vistos a olho nú. O planeta
Saturno é o limite do círculo da Ordem Cósmica zodiacal. E lá no Indo, Saturno é uma mulher, uma
deusa, e ela se chama Shani.
A
pobreza da teologia ocidental foi ter quebrado esse mistério e colocado um
velho barbudo no lugar de Shani e, ainda por cima terem invertido a cor dos pilares.
Podem notar, a maioria das escolas de Cabalah o pilar fêmea fica na direita
sendo que o tradicional é na esquerda, no pilar da severidade.
Ao olhar a Aserá (árvore da Kabbalah) veja o pilar branco a esquerda e o preto à direita, isso é o correto. Em um jogo de Búzios, Ifá está fundamentado na mesma regra da geomancia. O ZERO é Kether, o caos, o búzio fechado ou de costas. O UM é phalus, o búzio aberto ou de frente com a abertura natural. O resultado é o que se tem em Binah, a criação e a existência de algo. O método muda, mas a sistemática e fundamento são os mesmos desde a hepatoscopia babilônica e etruscas disciplinas.
O
MISTÉRIO DE LILITH
De
Kether, Lalita Devi envia energia de manutenção todos os meses para os dois
pilares. Quando essa energia chega em Chokmah Adão é possuído por Samael.
Quando essa energia de Kether chega em Binah, Eva é possuída por ela e a isso
foi chamado Lilith. Ela é tudo aquilo que você compreende e tudo aquilo que não
se compreende, mas no geral Lilith é o período menstrual ligado ao Sangue. Ela
recebe a energia do Caos de Lalita e ela é o Caos dentro da Mulher nesse
período, o caos que ela não entende e não controla dentro dela. Algumas
mulheres nesse período matam crianças e homens, outras abortam, outras dão seus
filhos embora pondo a cesta na porta dos outros, outras desenvolvem uma
bipolaridade temporária e só querem saber de transar e fazerem sexo não
importando com quem. E por último, outras se reconhecem no silêncio de suas
meditações para tentar entender e compreender o que está acontecendo. Suas
águas oceânicas internas sobem para os olhos e choram sem compreender o poder
de sua empatia, por verem o mundo na merda em que está, etc.
A
mulher que controla aquilo que vem de Chokmah e de Kether, tudo junto em Binah,
essa é a Bruxa, essa controla a ordem cósmica. Ela pode criar e ela pode
destruir.
Os
homens daquela época suméria acharam por bem evitarem as mulheres nesses
períodos, pois elas poderiam ser altamente perigosas, disfuncionais para a
sociedade, e fazerem algum tipo de mal porque isso era um poder assustador, e
ainda é.
Ocorre
que quando uma mulher está menstruada ela puxa para si todas as bênçãos que
está ao seu redor. Esse é o lado “vampírico” de Lilith. Se voc~e for batizar
uma criança, estando você nessa fase, tenha certeza de que nenhuma benção
chegará na criança. A mulher nesse período não controla o que está acontecendo,
seus humores ficam alterados, seus hormônios ficam alterados, é uma possessão
completa que a mulher sofre sem ter vontade de passar por isso. È por essa
razão que a mulher se sentiu na Obrigação de controlar e compreender esses
poderes, formando as bruxas tradicionais que conhecemos hoje.
Se
estiver menstruada e for visitar uma amiga no puerpério, ao entrar avise que
está menstruada senão você leva o leite dela embora e para trazer de volta
deverá comer no mesmo prato.
O
mesmo ocorre se tiver batizado uma criança, estando a senhorita menstruada. Para
devolver a benção que foi sugada para dentro de sí, deve passar seu sangue na
boca da criança e dizer que está devolvendo as bênçãos dela. Caso contrário
essa criança viverá eternamente sem benção na vida e só ganhará uma bênção
quando a madrinha dela morrer, porque aí a energia que lhe foi tirada retorna.
Isso é conhecimento tradicional ensinada pelas nossas mães e avós que foram
iniciadas nos mistérios.
Esses
mistérios são considerados luciferianos porque trazem luz ao tema de Vênus. O
planeta Vênus é Lúcifer, a estrela da manhã e Vésper a estrela da tarde que
anuncia a noite nos países setentrionais. A palavra véspera vem de Vênus
vespertina, que significa uma troca de estados diurnos para noturnos, na
véspera de alguma data você não sabe o que vai ocorrer de verdade, é estado
noturno e só uma adivinhação pode ajudar a manter a ansiedade desaparecida.
Há
muito ainda o que falar sobre esses mistérios e sobre os outros das demais
escolas, mas fica para uma outra aula. Enquanto isso, adquiram meu livro Fundamentos
de Bruxaria Tradicional e Stregoneria, no Instagram da Manus Gloriae editora e
ganhe sua autonomia e independência na bruxaria para guiar sua vida, pois essas
são sabedorias que ninguém nunca irá retirar de você.
Parafraseando
Paracelso: "não sei nada além daquilo que aprendi com as bruxas".
"Quando
Paracelso, na Basiléia, em 1527, incendeia toda a medicina, declara nada saber
além do que aprendeu com as bruxas".
Trecho
da apresentação do livro A FEITICEIRA, de Jules Michelet.
Espero
ter ajudado,
Sett
Lupino