Muitos
Stregones e Stregas ainda fazem confusão sobre os termos usados.
Este
artigo se propõe sanar o problema dando informações que o público em geral desconhecem!
A
Stregoneria é mais antiga que a Stregherie e ambas possuem “frames” e histórias
de origem, muito diferentes. Isso precisa ser respeitado por toda e todo
praticante sério de magia, da mesma forma como se deve respeitar todas as religiões.
A
Stregherie foi reavivada pelo Raven Grimassi que também recebeu o primeiro grau
Gardneriano da Linha Olwen de Wicca que havia sido propagada por iniciados da Monique
Wilson e que não sabiam do bloqueio e cancelamento da transmissão dessa linha
de Wicca, trazendo-a para a América do Norte e do Sul.
Para
quem não sabe a Linha Olwen surge a partir da Monique Wilson e seu marido em
uma época que não existia internet e, por essa razão, nem todos os iniciados de terceiro grau
mantinham correspondência, por morarem em outros países nem sabiam que a linha havia passado por isso. Poucos sabiam que essa linhagem havia sido cancelada
por motivos internos e, motivos decididos pelos Elderes Gardnerianos das linhas
mais fortes e existentes, cujo motivo é conhecido dos iniciados somente.
Após
o advento da internet entre 1996/97, o surgimento da comunicação mundial foi
inevitável e todos os Wiccanos válidos começaram a se organizar para manter a
tradição original viva, e muitos iniciados dessa linha cancelada tomaram
ciência dos fatos e foram humildemente incentivados a buscarem refazer seus
graus nas linhas fortes para se manterem válidos, desde que para continuarem a
transmissão, precisa-se de uma linha válida para “parir” a boa egrégora, não a
egrégora disfuncional. (Quando a Wicca chegou ao Brasil os autores propagaram uma Wicca eclética, não a tradicional e isso levou todas as Stregas acharem que Wicca, Bruxaria e Stregoneria eram a mesma coisa, pensavam que só tinha o nome diferente. Muitos foram perseguidos pelo MM de Pedra de Guaratiba, o que levou alguns ecléticos a buscarem a linhagem tradicional de Gardner para que acabasse a perseguição, não por amor à prática do Gardner. Esse não foi o meu motivo, especialmente por eu não ser eclético e eu realmente na época vi na Wicca Tradicional uma Arte Poética a ser praticada com o coração).
Grimassi
se viu numa condição alarmante porque a linha Wilson havia sido cancelada. A
iniciação dele não deixou de ser legítima só por causa do cancelamento da linha,
que isso fique bastante claro, nenhuma iniciação pode ser invalidada, mas uma linha inteira pode, desde que seja para impedir que um transtorno seja transmitido.
Uma
iniciação não pode ser retirada ou removida pelo ego humano, especialmente
porque se trata do fator de experiência transformadora vivida pela pessoa e
pelo recebimento do empowerment transmitidos, a Arte tem vida própria e tempo
próprio e, mais cedo ou mais tarde o empowerment transmitido acionará seus
próprios mecanismos de ação.
Contudo,
como Raven Grimassi havia recebido iniciação em Brittic e no sistema
Picto-Gaélic que são usadas em algumas Stregonerias igualmente, tendo sido
elevado ao terceiro grau em 1983, ele não quis dar continuidade nas linhagens
de wicca gardneriana, mas quis continuar a cooperar com a comunidade pagã, especialmente as da Itália, entretanto no sentido geral do paganismo, em suas pesquisas arqueo-históricas. Em 1997 ele lançou o livro
Mistérios Wiccanos, o qual foi traduzido para a língua Portuguesa em 2000 pelo
Claudio Crow Quintino e publicado pela Gaia alemdalenda. Lembro ainda que
Nesse
interim, a tradição Ariciana e Aradiana já haviam sido fundadas há algum
tempo, usando os sistemas internos que ele aprendeu com todas as iniciações
dele. Mas por que ele fundou tradições de Stregherie e não de Wicca?
Universo na ótica esotérica da Stregoneria. Clique para ampliar |
Antes
de responder essa pergunta preciso fazer um ‘parênteses’ aqui:
Sabina
Magliocco é uma Strega que também foi iniciada na Wicca Gardneriana, ao
contrário do que muitos pensam é bastante comum uma strega ser iniciada na
wicca tradicional. Ela foi amiga do Grimassi e confirmou esse fato várias vezes
em suas entrevistas. No início dos anos 2000, Raven Grimassi também era membro
das listas do Yahoo, de ‘Wicca And Witchcraft’ e em diversos momentos ele
explanou sobre esses fatos, quem esteve presente nessas listas vão se lembrar.
Ele era bem acessível e batia papo com todo mundo, inclusive comigo e eu sei de
toda essa história porque eu também fui “vítima’ da linha Olwen em 2007, da qual parei
de usar tão logo fui informado e, apesar de ter buscado refazer os graus de
forma humilde e honesta, encontrei muita resistência e obstáculos por parte de
sacerdotes malvados de Portugal e, um outro do Rio de Janeiro que se dizia ser
gardneriano e vivia perseguindo os ecléticos Diânicos. A despeito da minha situação
já ter sido resolvida de forma Tradicional por parte de quem sabia resolver de
forma madura, ainda me lembro da imaturidade dos nomes malvados e do pouco caso
dos Portugueses e não me parece que estes seguiram corretamente o "não prejudicar ninguém".
Mas,
voltando a pergunta: Por que Raven usou a palavra a stregheria ao invés de
stregoneria? O primeiro motivo foi beber de fontes antigas, já que a Inglaterra guarda muito da antiga stregoneria sob o formato anglicano. Também precisa ficar claro que toda tradição de bruxaria, seja ela
inglesa ou italiana começou com alguém (um humano), que reuniu costumes,
liturgias, esoterismo e escola de mistério, folclore e feitiçaria. A Bruxaria
não nasceu dessa forma, ela é um conjunto social construído ao longo de séculos
de costumes mágicos-espirituais desde a antiguidade, é um patrimônio da humanidade, por isso a bruxaria não é
uma religião em seu nascedouro, mas as tradições espirituais reunidas dão forma às religiões que
“contém” bruxarias, sejam elas de etiologia pagã árabe, africana ou europeia. Todas as
religiões que contém feitiçaria são formas diferentes de bruxaria. Isso não é diferente do Esin Orisà Ibile Isese Lagba da África, que é a antiga e tradicional Africana, diferente do candomblé (arte de rezar) de escravos da diáspora.
Raven
quis remover o preconceito do sufixo “neria” que significa “preta/negra” dando
impressão de magia negra no sentido de “magia malvada”. Esse preconceito foi
promulgado pelas igrejas cristãs de forma politicamente e dolosamente pensada
para embutir esse pensamento na humanidade desde a época em que a ICAR se
promulgou como “religião verdadeira” e não aceitava mais nenhuma outra. No ocultismo, magia negra não é uma magia malvada exatamente e sim tem haver com o oculto, o escondido, no escuro, por isso o termo negro. Em 99% das religiões que contém bruxaria vão adotar os pilares Branco e Preto da Cabalah, ainda que não usem o termo Cabalah diretamente. Originalmente o pilar Preto representa o deus Krsna, o Senhor da Verdade Absoluta que é todo o espaço sideral negro e escuro. Quando Platão dizia que era possível atingir a verdade absoluta, ele se referia à Krishna/Krsna. Sua contraparte é Rhada, a deusa branca. Isso não tem a ver com bem e mal e sim com Cosmologia e potências dos senhores e senhoras dos espaços superiores primordiais.
Raven
fez isso em uma época do pânico satânico nos EUA e, inclusive nessa época os
wiccanos dos EUA precisaram adequar o pentagrama do 2º grau (o original é
invertido nesse grau) passando a usar nas linhas de wicca dos EUA o pentagrama
não invertido, uma vez que os satanistas em massa haviam se apropriado da
estrela invertida. Essa conduta foi adequada para que as duas artes não se
confundissem e isso é válido somente para as linhas de Wicca dos EUA. O mesmo
problema se deu com a magia italiana e ninguém até então havia tomado uma
conduta. O preconceito e a perseguição ainda eram mais fortes contra os satanistas e nenhum stregone ou wiccano queria ser confundido ou perseguido pela Lei. Precisamos entender que havia uma luta contra o preconceito para que houvesse aceitação das vertentes de bruxaria e, para tal, nenhuma deveria se mostrar "perigosa". A máscara do paganismo era mais bem aceita pela sociedade do que aquela que usava um anti-cristo.
Com
a intenção de tirar o preconceito da palavra Stregoneria que tem sufixo
"neria" (preto) na época isso se ligava a magia negra devido a
gematria do nome Nero Cesar do qual se resume em 666. Soma-se ao fato de que a igreja era e ainda é contra ao sistema da Cabalah. Aquilo que um iniciado entende por "diabo" é a junção das energias que estão em Hod e Netzach em linha reta, o intercessor da primeira encruzilhada cabalística.
Raven
cunhou a palavra Stregheria sem o sufixo “nero” e deu ainda um formato
totalmente parecido ao da Wicca. Essa é a razão pela qual a Stregheria se
parece tanto com a Wicca, as Stregheries são tradições de bruxaria italiana com
frame wiccano. A própria linha de Livorno é derivada da tradição Aradiana. A
senhora Itauana, conhecida como “a velha Zíngara” italiana trouxe a linhagem
para o Brasil. A primeira iniciada dela no Brasil possui o nome conhecido
somente pelos iniciados dessa linhagem, pois todos remontam a ela. O sistema Salomônico foi usado pelas stregas desde o século I a.C., com exceção da Goetia do Mathers, desde que para as Stregas os verdadeiros demônios são as estrelas nefastas, como é explicado e ensinado com riquezas de detalhes em meu livro.
A
Stregherie possui um “corpus” de ofício tradicional porque também traz em seu
escopo a compreensão da escola de mistérios, cuja abrangência inclui a
gramática da Arte e o entendimento da ordem cósmica como é transmitida nas
escolas iniciáticas da Itália iniciadas por Arturo Reghini em Florença e
reorganizado por Giuliano Kremmerz no formato da Schola Philosophica Hermetica
Classica Italica Fratellanza Terapeutico-Magica di Myriam, escolas estas que,
provém dos antigos mistérios e da velha stregoneria herética, mas sobre tudo
com o paganismo da Toscana recebido em Florença pela iniciadora do Hans
Breitmann, o Charles Leland, qual também já havia sido iniciado bem antes por
uma empregada dos pais dele que era uma bruxa Holandesa, depois foi iniciado no
Vodu e já na Inglaterra recebeu iniciação cigana de Matty Cooper.
Todas
as teses de Margareth Murray foram baseadas em Leland e não existiria a Wicca
que conhecemos hoje nem a Stregoneria, sem ele, pois grande parte do acervo litúrgico, incluindo o
nome Aradia, vem da Stregoneria da Toscana e foram obras consultadas por
Gardner e Doreen Valiente para compor algumas das partes litúrgicas da Wicca
quando esta tomou a forma de religião para sobreviver as pesadas leis
Inglesas. Preciso lembrar que a tradição dos Wica (com um 'C' só) já existia e é
atestada desde 890 da nossa era nos anais da igreja, e para saber a história
factual e verídica disso tudo basta o leitor adquirir minha obra “Fundamentos
de Bruxaria Tradicional & Stregoneria” (2023) publicado pela Editora Manus
Gloriae, pois possui um capítulo sobre a origem da Stregoneria que esbarra
nesses assuntos. Não tem como abordar esses assuntos de forma separada, desde
que a origem está no termo Vitka, depois Witka que passou para Witega, Witcha
e, por fim Wicca. Isto é facilmente e historicamente rastreável, inclusive no
Voluspá consta a palavra Vitka como sendo a origem dos bruxos (homens) e, o
próprio Charles Leland e, posteriormente Mike Howard e, também Andrew
Chumbley confirmaram as etimologias anunciadas largamente na Revista The
Cauldron inglesa e também na versão em língua Portuguesa.
Todas
as Streghes e Stregas estudam essas escolas de mistérios dentro da Arte
Italo-mundial e esse é o ponto central que une todas as artes da Strega
moderna, esteja ela onde estiver no mundo, o resto são folclores locais de cada
província cujas tradições provinciais estão subalternadas à uma Tradição maior
chamada Kabbalah.
Quadro Esquemático - a Migração da Magia Clique para ampliar |
Kabbalah
significa Tradição e é a mais antiga de todas as escolas vivas que sobreviveu
até hoje para a compreensão da Ordem Cósmica. Existem diversos tipos de Cabalah
no ocidente e, apesar de algumas estarem distorcidas em termos teológicos
ocidentais, elas guardam correspondência histórica com uma fonte primeva que
remonta à época anterior à Moises, o qual foi o iniciador de Orfeu e este, o
iniciador dos mistérios Órficos do Ocidente. Sem a escola de mistérios, a bruxaria é só uma prática folclórica ou costume 'folk-magic' de um povo, muitas vezes sem a compreensão dos próprios mistérios do Espírito, ficando apenas um mito a ser vivido pelos membros, o que é errado do ponto de vista iniciático, já que não se deve viver um mito e sim a realidade.
A Stregherie é como uma Wicca Italiana no formato, só que a sua justaposição é o fato de Aradia ser a cidade Arwad citada na bíblia, uma cidade do norte da fenícia fundada pelos sacerdotes de Baal que comiam da mesa de Jezabel. Tais sacerdotes pertenciam ao culto chamado Sociedade das Estrelas (que já usava astrologia) o qual era teurgicamente formado por El + Aserá + 70 filhos e filhas divinos compondo os 72 nomes sagrados, dois dos quais são Baal-Hadad e sua irmã Inanna os quais aparecem em Hamshemphorash como a verdadeira Goetia antiga e, liturgicamente formado por 450 sacerdotes e sacerdotisas de Baal e 400 sacerdotisas de Aserá, mas não sem a compreensão dos mistérios do Bode do perdão, aquele que leva os pecados do mundo embora, o Azazel que comandou 200 sacerdotes junto com ele ao saírem de Edinu (Éden). Essa é a razão pela qual existe o ritual de Yom Kippur, o antecessor e avô da Lupercália.
Nesse culto, a principal ligação aos Astros eram a Lua e Vênus, e vem deles o
mistério de Diana e Lucifero da stregoneria italiana. Aradia enquanto "Strega" é uma rememoração do antigo culto fenício. 1313 da nossa era como tendo sido o nascimento de Aradia é o mesmo número gematrico da época em que Elias se auto proclamou profeta 1313 a.C. e, começou a combater os sacerdotes de Baal, até que culminasse, por responsabilidade de Elias e seus capangas, o assassinato de Jezabel. Se existe uma rixa entre Israel e os Palestinos, essa rixa começou nessa época, pois os judeus egípcios invadiram Canãa que era uma cidade fenícia e não queriam se submeter as ordens da Rainha da Fenícia, Jezabel. Eles mataram quase todos os fenícios e os que sobraram se juntaram ao novo culto judeu para sobreviver. Os poucos que escaparam fugiram para Arwad (Aradia) e para a Grécia. O motivo pelo qual as Magaras (stregas do Sul) usam a Cabalah grega e a judaica é devido a essas serem as duas únicas línguas derivadas do antigo alfabeto fenício que contem Gematria. Isso as stregas do norte da Itália desconheciam e não utilizavam até o século XIX.
Ao
longo do tempo, especialmente na idade média tardia o culto da stregoneria
tomou fortes calções dos mistérios cristãos, desvinculados dos dogmas da
igreja e da ortodoxia judaica, e como na Itália ninguém lia a bíblia pelo fato dela ser muito cara
quando surgiu, a tradição oral tomou posse das lendas mesclando os mistérios
para que a Arte sobrevivesse. É por essa razão que as pontes arcadas da Itália ficou conhecida na lenda como tendo sido construídas pelo diabo, quando na verdade foram construídas pelos Etruscos. O segredo Etrusco sobrevive sob a máscara da
cristandade Toscana e isso tudo é só parte da Stregoneria italiana. Preciso
lembrar ainda que o Sul da Itália foi colonizado pelos Gregos e até o
surgimento do livro Aradia, o evangelho das bruxas, nenhuma Strega Calabrese
sabia da existência do conto de Aradia como foi narrada por Leland, mas sabiam da Aradia enquanto cidade.
Inclusive
a palavra para Bruxa no Sul da Itália não era Strega, e sim Magara e Fatucchera,
e essa foi a razão pela qual nós Lupinos não nos reconhecíamos como Stregas até
o advento da Internet em 1997, o qual nos permitiu notar de forma astuta que se tratava
somente de uma diferença de dialetos de províncias diferentes. A palavra Strega
foi cunhada quando a Itália foi unificada, dando origem a palavra Stregoneria,
mas antes da unificação cada província possuía uma palavra para “bruxaria” em
seu próprio dialeto itálico. Nós Lupinos somos Magara e nossa tradição vem de
Catanzaro, trazida por nossa Nonna e nós também tínhamos preconceito com a palavra Stregoneria e Strega por entendermos que ela era magia negra. Foi a partir do real entendimento da Stregoneria é que vimos que se tratava da mesma coisa e que havia uma diferença idiossincrásica e dialetal. Ao vencermos o preconceito e elucidarmos a questão do dialeto, fomos reconhecidos como Stregas, já que esta ficou sendo a palavra após a unificação da Itália e do idioma italiano.
Lembro
ainda que, a primeira vez que a palavra Bruxa foi usada na literatura foi com
Homero em 900 a.C. e ele usou o termo original em grego “Magissa” para se referir a Kirke (Circe) como bruxa, da qual Magara
é somente uma corruptela dada pela evolução da palavra no próprio dialeto do
Sul da bota. a palavra Bruxa não vem da etimologia da borboleta como o povo da "maxia" quer fazer parecer, já que a mais antiga definição etimológica foi Homero quem deu.
A
Magara é a bruxa que usa de benzimentos, exorcismos, faz partos e precisa saber
de ervas medicinais e mágicas para curar os cortes e sangramentos dos partos entre outras doenças, ela era a médica antiga antes dos médicos existirem. Ela lança mão de
magias e encantamentos para o bem da população e possui seus próprios rituais,
muitos dos quais são oriundos do Testamento de Salomão, não das Clavículas de
Salomão. Esses livros também foram encontrados nas casas das Stregas durante os
julgamentos das bruxas na Itália. A Fatucchera é uma feiticeira que mexe no
destino das pessoas e se utiliza de um ou mais Oráculos para sua arte. Hoje em
dia, essas duas Artes, a da Magara e a da Fatucchera estão reunidas na
Stregoneria, mas preciso lembrar ainda que cada província da Itália possui sua bruxaria
(stregoneria) em forma de tradição espiritual herética ou pagã e as maldições são casos especiais e não são lançadas de forma irresponsável pelo ego humano, pois há uma consciência acerca do uso responsável delas. Para se lançar uma maldição não precisa ser uma iniciada, qualquer pessoa pode. Ser uma iniciada é um aumento de responsabilidade, até porque, uma iniciação é um privilégio, não um direito! Iniciados guiam pessoas e seus destinos!
O
termo inglês Witchcraft só foi cunhado na época do Rei James, enquanto a
palavra Wica é atestada bem antes e é mais antiga. O termo Witega passa para
Itália e se torna Strega quase na mesma época em que o termo Wica foi usado na
Inglaterra de forma pejorativa pelo Bispo de Verona para se referir aos que
discordavam das novas Leis Agrárias promulgadas pela Igreja. A Wicca e a
Stregoneria são Artes Primas!
Por
isso o Raven Grimassi não viu problema algum em dar o frame da Wicca para as
suas tradições de Stregherie, até porque, muito do que há na Wicca também veio do Leland e da Stregoneria Italiana.
Espero
sinceramente ter ajudado na elucidação da origem dos termos e tapado a lacuna sobre aquilo que a maioria desconhecia.
Sett
Lupino.
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