A Arte Tradicional é tradicional
para quem? Ela pode ser tradicional do geral para o particular?
Quem inventou a arte e quem tornou
ela tradicional? O que é Arte? O que é Tradicional?
Ela pode ser levada do particular
para o geral?
São essas questões que iremos
abordar nesse tópico de hoje.
O Conselho de Artes de Dakota do Sul define a arte
tradicional como aquela que vem de uma comunidade ou de uma família, expressa
suas heranças e geralmente vem sendo praticada por várias gerações. As
comunidades podem ser étnicas, tribais, regionais, religiosas ou
espiritualistas. Geralmente, as habilidades são passadas de modo informal, por
exemplo, através de algum tipo de aprendizagem, em vez de ser por meio de
formação acadêmica e tradicionalmente é transmitida oralmente.
O Conselho de Artes do Estado do Alabama diz que
"arte tradicional" não significa que tudo é feito da mesma maneira
que os antepassados do artista fizeram. Os artistas tradicionais usam estilos e
técnicas antigos, mas dentro destes limites, eles estão livres para
experimentar e acrescentar à forma, os resultados de sua criatividade pessoal.
Arte tradicional soa como se devesse ser primitiva
e folclórica, mas se aplica às artes de todas as nações, como o Museu Mingei da
Califórnia mostra em sua coleção. O site Mingei mostra que a arte tradicional
inclui têxteis chineses, bronzes africanos, tapetes do Oriente Médio e até
sacolas iranianas, que são utilizadas na parte traseira da bicicleta. Todos se
encaixam na definição da arte tradicional, apesar de algumas peças parecerem
exóticas e sofisticadas aos olhos dos americanos.
O site macmillanenglish.com diz
que arte tradicional também inclui formas diferentes de objetos artesanais,
como a poesia japonesa haiku, a dança Morris inglesa e a tradicional narrativa
dos aborígenes australianos.
E quando a gente transporta esse conteúdo para o
campo do esoterismo mágico, como fica?
A internet está cheia de exoterismo (de
superfície/especulado/nada profundo em conteúdo), então temos de buscar os
autores ou autoridades sobre Tradicionalismo.
Mas para isso devemos entender que, muitos vendem
seu marketing para ser tradicional, não que o seja de verdade, eis a diferença.
Quando você é uma autoridade na arte das bruxas é
preciso redobrar a responsabilidade para indicar os apontadores sobre esse
tema, sobre o risco de sua palavra virar uma lei geral adotada por inocentes
que tomarão tudo que você diz como se verdade absoluta fosse.
Verdades absolutas existem, sim, existem! Elas se
chamam verdades perenes e são chamadas assim por resistirem a ação do tempo e
aparentemente viver para sempre, pois se alocam em todos os tempos e todas as
épocas, bem como em todas as fazes da vida. Contudo venho lembrar que algumas verdades
são limitadas, passageiras, fragmentadas, individuais e passíveis de revisão.
Titus Burckhardt, Martin Lings, J. Epes Brown, Guildo
de Giorgio, Ananda K. Coomaraswamy, Seyyed Hossein Nasr, Michel Vàlsan, Pierre
Grison, Rene Guênon, Julius Évola, entre outros autores tradicionais do
ocultismo e esoterismo tradicional são a expressão do que mais existe sobre o
tema.
Para se ter ideia do que estamos falando a respeito
de tradicionalidade daremos um exemplo clássico:
Você está trabalhando com deuses cósmicos na forma
de polaridades feminina/masculina há anos, mas não sabe qual o esoterismo
tradicional que está fazendo pano de fundo para sustentar a teoria filoesoterica
que se mantém por detrás das cortinas desse ensinamento. Então chega a hora que
você se depara com o Taoísmo e, por Lúcifer! Suas fichas começam a cair e você
se dá conta de que polaridades cósmicas é um assunto oriental bastante antigo,
pois mais da metade da população mundial ainda nem existia quando isso foi
criado. Tudo o que está em cima é igual ao que está abaixo. Logo, deuses
cósmicos é um assunto que está tanto em nível macro quanto em nível micro-Cosmo!
Disso nasceu grande parte do todo, senão o todo do
esoterismo utilizado em magia, pois já naquela época se fundamentava o conceito
mágico mais poderoso que existe sobre as polaridades feminino/masculino feito
em forma de deuses (tanto os caídos/reencarnados, quanto os que estão em
transito astral, quanto os Cósmicos manifestados).
Outro assunto é o tema geocêntrico e heliocêntrico.
Bruxarias em formato de religião (ou religião que contém feitiçarias) são
trabalhadas sobre o frame geocêntrico. Contudo, as bruxarias tradicionais
(tradições espirituais que não são religião) trabalham de forma heliocêntrica
na via principal e também se utilizam do geocentrismo quando se necessita dele,
mas não é a única base.
O que assusta é ver tantos bruxos (de religião que
contém bruxaria) cuja história se pauta num nascedouro de base hereditária em
bruxaria, ou pelo menos se sustentaram assim no meio bruxo, tais como as
origens de Eleanor Bone, Alex Sanders, Doreen Valiente, Roy Bowers e outros que
afirmaram terem vindo de uma bruxaria hereditária, a pergunta que não quer
calar é:
ONDE FOI PARAR A BRUXARIA HEREDITÁRIA DELES?E POR QUE ABANDONARAM A
HERANÇA BRUXA PARA ADOTAR UMA RELIGIÃO SE NÓS BRUXOS NÃO PRECISAMOS DE RELIGIÃO/RELIGARE,
UMA VEZ QUE NUNCA ESTIVEMOS DESLIGADOS/DESCONECTADOS DE NOSSA FONTE ESPIRITUAL
ORIGINAL?
O termo “CunningMan” traduzido para as línguas latinas
é “Astúcia” ou “Astuto” e alguns bruxos preferem, entre tantos adjetivos que os
representam, preferem o termo CunningMan ao invés do termo Bruxo Tradicional,
como é o caso do Roy Bowers, assim afirma Shani Oates, mas não podemos nos
esquecer do que Doreen Valiente afirmou sobre Robert Cochrane no prefácio do
livro de Evan John Jones, ela diz:
“Conheço o autor desse livro, Evan JJ, desde a década de 60, uma vez que
ele e eu pertencemos à congregação liderada por Robert Cochrane. Descrevi
alguns trabalhos dessa congregação no meu último livro, The Rebirth of Witchcraft.
Robert Cochrane era um jovem notável, cuja fama perdurou após a sua trágica e
prematura morte, em 1966. Dizia-se um
verdadeiro bruxo por hereditariedade, tendo obtido seus conhecimentos de
uma tradição extensa e secreta. Até onde isso é verdade, provavelmente nunca
saberemos. Descrevi minhas experiências nesse meu último livro. Nele podemos
constatar que ele cometeu alguns equívocos. Mas de uma coisa tenho certeza:
Robert Cochrane tinha o que costumamos chamar de “poder mágico”, carisma ou
qualquer outro nome. Ele pode não ter
sido muito honesto, mas certamente não era charlatão.”
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