quinta-feira, 26 de outubro de 2023

O QUE SIGNIFICA UM ECLIPSE NA ASTROLOGIA USADA EM BRUXARIA?

 


 


Eclipses ocorrem sempre muito próximos da cabeça do dragão e da cauda do dragão, os quais são representados na Cabalah como Kether e o rabo de Yesod.

Eles podem ser lunares e solares e ocorrem várias vezes no ano, geralmente em número de quatro, em número de pares e funcionam como a interrupção das luzes planetárias. É uma pausa dessas energias para que se possa lidar com o caos que nasce da falta das luzes da ordem cósmica. É a menstruação do Universo porque é anualmente o mesmo tipo de fluxo que Kether envia para Binah mensalmente.

Lua e Sol são 2 luminares. Isso significa que são doadores de vitalidade. A vida acontece dentro do Cosmos, que não é a Galáxia inteira.

Sem sol não tem vida. Sem lua não tem vida.

Eclipses são como fechar os olhos. Só resta olhar para dentro!!

Isso nos remete a lembrar que "ninguém foge da sua própria consciência".

E o que você vai encontrar dentro de ti mesmo? A sua Psiquê!!!

É um encontro com sua Alma.

Era disso que falava o Olho de Rá que foi removido do rosto de Hórus. Um olho olha para fora e o buraco do outro olho te força a olhar para dentro.

Os eclipses foram tidos como anunciadores de coisas nefastas e desgraças porque sem os luminares não havia vida nem a fertilidade dos campos. Só restava a fome e a morte.

Como nas iniciações, de novo o tema do olhar para dentro, onde a morte está (o tema da queda de Daath na Kabbalah representando o duplo etérico (Abel e Caim, Rômulo e Remo, etc.)

Na bruxaria usamos a astrologia védica?

Não no ocidente. Mas se você utilizar o Atharva Veda (que é o livro de bruxaria hindu), sim.

O que ocorre é que a Védica contém os dogmas das castas impostas pelos Brâmanes. A Védica utiliza o sistema Galático (centro da galáxia) que fica a 27° de Sagitário olhando as influências galácticas sobre a galáxia toda, não só na Terra. Foi construída pelos Brâmanes e sua casta religiosa como um Mapa da Índia porque o Caos de Lalitha Devi fica fora do zodíaco e da faixa zodiacal, e do Caos que nasce a Ordem, o tema da Eclíptica e da Elipse.

O Zodíaco é onde Lalita Devi colocou a Ordem vinda dela que é o Caos.

O Zodíaco é o caminho de Anu, o caminho que o Sol faz pela visão geocêntrica, depois heliocêntrica.

Então são sistemas diferentes.

E todos funcionam, desde que para quem nasceu e cresceu na Índia e adota o sistema de castas e suas crenças religiosas a astrologia védica faz sentido com exclusividade.

Quando os humanos antes da criação dos Brâmanes foram para a Suméria, surgiu a proto-astrologia suméria embasada em um contexto do local onde estavam. Que era diferente da Índia. Era como uma astromancia, mas ficou conhecida como astronomia porque nomeava os astros. A astrologia é o estudo dos astros, não nomeia eles, mas uma depende da outra.

Depois que os Brâmanes foram formados na Índia a família de Abraão sai do vale do Indo e vai pra Suméria também. Lá já tinha o casal de deuses An e Ki, no entendimento de que An era o Sol e Ki a terra. Canaã era uma cidade Fenícia e lá o deus An se chamava El, o mesmo deus do Éden.

An era filho de Anu, o céu e, An deveria seguir os passos de seu pai. Disso nasce o caminho de Anu, o sol zodiacal. Só bem depois que nasce o mito de Shamash.

Muito bem.

O que se leva em conta nisso tudo?

Se você colocar o ponto do eclipse no ascendente você terá um horóscopo apenas. Isso serve para astrologia mundial e mundana somente. Não serve em nível pessoal porque cada animal humano racional nasceu em dias diferentes, locais diferentes e horas diferentes e possui um mapa particular diferente do mapa Galático. A astrologia babilônica também gerou a grega e isso segue o caminho de Anu, que é o caminho que o Sol faz em torno da terra pela visão geocêntrica. Ele é o doador da vitalidade, não a Galáxia. Essa é a diferença. Ele, o Sol está mais perto da terra do que o centro da Galáxia. Tudo quanto for a coisa que estiver mais longe da Terra tem menor influência. Sol e Lua são doadores de vida, não o centro da Galáxia. Esse era o raciocínio.

Se você usar o sistema Galático no ocidente irá ter apenas um resumo dos acontecimentos mundanos sob graus atrasados, uma vez que o doador da vida não está fixo em relação ao centro Galático, que também podem afetar em nível pessoal ou não, a depender do mapa pessoal de cada um.

A astrologia védica faz uso do cálculo jyotisha para achar o zodíaco sideral nirayana, enquanto a astrologia ocidental, a maioria das vezes faz uso da astrologia tropical, mas na bruxaria não usamos essas diferenças somente, e sim todas as diferenças. A astrologia Védica possui DOGMAS religiosos, pois faz parte da religião de quem nasceu na índia. Isso precisa ficar bem claro aqui. Se você não nasceu na Índia, a védica não é para você e ponto final, até porque a Casta dos Brâmanes não irá te reconhecer como um sábio védico. Somente Brâmanes que nascem na casta de Brâmanes podem usar a astrologia védica legítima e mesmo que você aprenda, ela sempre estará incompleta porque o segredo da védica está guardado pelos Brâmanes. Respeite isso e não se aproprie da cultura alheia saindo por aí como se dono dela fosse. Estude ela, sem se proclamar um astrólogo védico porque isso de fato é um Brâmane quem é o astrólogo legítimo. Dentro dela há dogmas que não fazem sentido algum para o ocidental e insistir nessa história de que você é um ocidental astrólogo védico é desrespeitoso e imoral.

A astrologia ocidental se vale sim da precessão dos equinócios, das estrelas fixas, pois o estudo dos astros não é engessado. Portanto, parem com essa bobagem. A astrologia é o estudo dos astros, não de técnicas obsoletas. Quem é comprometido de fato com astrologia sempre vai atualizar ela no banco de dados.

E ainda há uma outra astrologia que vocês todos desconhecem, a astrologia etrusca que não utiliza o sistema de eclíptica, e sim sistema horizontal/local o qual era usado pelos navegadores antigos e é evidenciado tanto na hepatoscopia babilônica quanto nas etruscas disciplinas.

Vocês precisam entender que em 9.000 a.C. havia no vale do Indo uma deusa Cósmica chamada Lalitha Devi, que era a Senhora do Caos e do todo, a deusa Bonita de mil nomes que não se repetem e isso tudo começa com ela e muitas migrações dessa época foram feitas do vale do indo para a Suméria, incluindo o tema do Éden é dessa época. Em 3.000 a.C. nasce os Brâmanes e o sistema de CASTAS na índia. Isso muda tudo, porque com o nascimento dos Brâmanes a Ordem Cósmica foi apontada em Chokmah cabalístico como sendo o Phalus que está dentro do Zodium. Com os Brâmanes também nasce o patriarcado e o monoteísmo.

Terá, o pai de Abrão que posteriormente foi iniciado e recebeu o nome de Abraão, veio do vale do Indo e pertencia à uma família descendente dos Brâmanes. Quando eles chegaram na Suméria, eles romperam com o sistema de Castas dos Brâmanes e não faz sentido usar a astrologia védica na Suméria e na Babilônia. Ao contrário do que todo mundo pensa, não foi a Babilônia que influenciou a Índia na astrologia, foi o contrário. Estudar história faz bem, porque contra fatos históricos não há argumentos. O monoteísmo da época de Abraão era somente a preferência pelo deus de sua iniciação, não excluía os demais deuses que existiam. O monoteísmo só se torna monolatria na época que os judeus se repartem e surgem os israelitas.

Os Judeus chamaram Lalitha Devi, de Lilith. Era uma época onde esses homens não compreendiam o poder da menstruação das mulheres. Nem todos os Hebreus eram judeus, e nem todos os Judeus eram israelitas. Isso precisa ficar claro! Aristóteles e Clearchus de Solis registraram que os Judeus eram descendentes dos Brâmanes. E isso muda toda a história do que contaram no Ocidente. Comprem meu livro para entender tudo isso!

A palavra grega Apok significa “fora” (da elipse) e da eclíptica zodiacal. Isso é o verdadeiro apocalipse, não aquela baboseira que João contou na bíblia para ignorantes. Isso é completamente cabalístico. Lalitha Devi é o Espírito Santo em Kether, dela se forma a Ordem Cósmica colocada em Chokmah, o pilar preto onde a criança preta (Krsna) é o senhor da verdade absoluta. Platão dizia que era possível atingir a verdade absoluta e está aqui a prova. Chokmah é a Ordem Cósmica e o Phalus, e a Ordem Cósmica é tudo dentro do Zodíaco, não fora dele. Chokmah deve devolver o Phalus para Binah e assim Binah é possuidora da Yoni e do Phalus. Binah é onde fica o planeta saturno, que não é o velho barbado no vale do Indo e sim, a deusa Shani. Ali em Binah está a contraparte de Krsna, chamada de Rada, o pilar branco. Os três juntos formam aquilo que chamamos de Deus. Lalitha em Kether envia mensalmente um fluxo de seu Caos para Binah e isso foi chamado de Lilith, porque nem a mulher controla o período e as moções menstruais, é caótico dentro dela mesma, algumas nessa época tem vontade de matar, outras choram e outras se isolam, enquanto outras querem muito sexo evidenciando a bipolaridade no cio. A Kabbalah é um sistema cosmológico, do qual a astrologia está incluso.

Da direita para esquerda (como se escreve na Arábia) tem o tetragrama YHWH. Em Chokmah há YH e em Binah há WH, as duas polaridades que nada mais são do que como os cromossomos. Disso nasceu a lenda de Adão e Eva. A palavra costela foi mal traduzida, a verdade que a palavra certa é lateral, o que forma o Tetragrama.

Não se deve separar a astrologia dessa teologia, sob pena de se ter apenas uma técnica vazia. Chokmah é a criança no colo de Binah e foi representada com Horus no colo de Ísis e Jesus no colo de Maria. A Mulher que consegue controlar aquilo que vem de Chokmah junto com aquilo que vem de Kether, tudo junto, é a mulher que comanda a Ordem Cósmica e o Caos, ela comanda o Universo. Entenda os papeis de cada um e prossiga. Respeite esse esoterismo de uma vez por todas!!! Isso estava nas mãos dos iniciados, agora está público para que vocês façam uma sociedade melhor daqui pra frente. O papel do homem de preto é devolver o phalus de Chokmah para Binah. Chega de machismo e patriarcado!

Os sistemas astrológicos se valem de cálculos diferentes para cada teoria trigonométrica do universo.

O sistema de Campanus usa a Esfera Local e o de Regiomontanus usa a Esfera Universal, também tem o de Placidus. Já Porphyrius usa a Graduação Natural com Casas Iguais e Temporais, e também tem o de Alcabitius.

Os sistemas Espaciais são os de Campanus, Regiomontanus, e Morinus, que contém Rotação Axial, Zenital, e Ponto Leste. Ainda há o de Whole Sign de casas iguais, o Meridian, o Without Houses, o Equal ASC e Equal MC, etc.. Há uns 200 sistemas. Na Bruxaria usamos Morinus e Regiomontanus e também Whole Sign a depender de cada caso.

O sistema de casas de Koch e Wendell-Page (Topocêntrico) não têm representação astronômica.



Então, o que um Eclipse significa na vida de cada pessoa??

Em nível pessoal, observa-se:

- Os graus aziagos, claros, escuros, vazios e afortunados;

- Os termos egípcios;

- As faces ou Decanos (principalmente porque os decanos e os trígonos nascem da teoria do Triângulo acima da árvore da Cabalah, que os Brâmanes chamam de Trimurti e os Cristãos chamam de Deus Tri-Uno). Em Chokmah (a ordem cósmica) tem-se o primeiro decano, em Binah o segundo decano, e em Kether o terceiro decano, velho e caótico, do qual nasce novamente o primeiro decano em Chokmah. Há outros mistérios cabalísticos aqui, mas não vem ao caso do Eclipse.

- As estrelas fixas e suas precessões (não é tradicional usar o sistema de estrela fixas da Golden Down porque o universo está vivo, não fixo e, as precessões das estrelas devem ser consideradas, pois isso sim é tradicional em astrologia tradicional [estudo tradicional dos astros]).

- Os Lotes árabes;

- As triplicidades;

- As dignidades essenciais ou acidentais;

- A casa astrológica e o sistema de casas espacial;

- O Signo;

- O seu Almuten da sua carta astrológica e a Firdária e sub-firdária individual;

- Os Sects (seitas diurna ou noturna);

- Os planetas que estão envolvidos no eclipse;

- Os Trânsitos que os planetas estão fazendo, se estão rápidos ou lentos, se fazem aspectos maléficos ou benéficos por graus não por signos dentro da triplicidade;

- A fase da lua e se ela está no apogeu ou perigeu;

- A Mansão Lunar afetada conforme ilustrou-se no Picatrix que é árabe (na casa de meu pai há várias moradas (da Lua). No pai nosso em aramaico original Yoshuá (Jesus) rezou Pai e Mãe do Cosmos, não disse pai nosso que estais nos céus.

- Os pontos hilegíacos;

- A contagem dos cronocratores;

- O local onde você nasceu e o local onde você está a partir do movimento dos doadores de vitalidade que são os luminares, não a galáxia caótica de Lalitha Devi que fica fora do Zodium.

- A revolução Solar;

- A Fase do Sol (se está na roda do ano crescente ou decrescente);

- Os fluxos das marés sazonais e suas estações anuais;

- A exaltação, domicílio, detrimento, queda, ou exílio de cada planeta;

- A qualidade, o elemento, o temperamento, o gênero, a facção, o modo, a estação do ano, o regente, o comportamento, a voz, a Fertilidade, os sabores, as direções primárias e secundárias, a ascensão, a latitude, o comando e obediência, e os atributos solares e lunares de cada planeta.

- As orbes, se o planeta envolvido está queimado ou não pelo Sol e cada aspecto que faz por grau;

- Se está na faixa zodiacal da via Combusta que é o local do zodíaco que habita maior número de estrelas nefastas;

- As profecções;

- As qualidades primitivas de cada planeta envolvido, nos planos material, elemental, físico, psíquico e, reacional.

- As longitudes absolutas;

- Os anos planetários;

- Os ângulos da encruzilhada celeste e terrestre.

E algumas coisitas más.

Na bruxaria se observa tudo isso ao fazer uma análise astrológica, seja para uso mundano ou não, pessoal ou não, para evento adverso ou não, para acontecimentos ou previsão, na horária Oracular também, e para avaliar as fraquezas e fortalezas de cada neófito para se obter qual será o melhor trabalho a ser feito a fim de se atingir a grande obra ou para a coisa ser levada à perfeição.

Por isso pare de se perder em discussões inúteis sobre qual funcionamento é o melhor, se é o Védico ou o Ocidental. A astrologia é uma ferramenta teológica e cosmogênica, e jamais se deve separar isso, porque as religiões pertencem a locais e povos diferentes e cada uma narra seus mitos astrológicos com humanos divinizados ou catasterizados. Ninguém veio do céu em disco voador. Os desenhos sumérios com asas representam os que estão mais perto do trono celestial sideral espacial dos Planetas e disso se fizeram virtudes, serafins, arcanjos, etc. Aliás, os 7 planetas vistos a olho nu são os que Deus colocou para tomar conta da Ordem Cósmica (que fica dentro do zodíaco solar). Deus não atua diretamente na Ordem porque ele colocou os Planetas, seus representantes para fazer isso. Elohim nunca foram anjos. El + Ohim significa filhos do Sol, provavelmente os reis-sacerdotes Sumérios do deus An e os fenícios do deus El e os Pharaós de Rá no Egito. E ainda existe uma grande diferença entre Elohim visto pelos Fenícios e Elohim vistos pelos Judeus que invadiram Canaã e mataram os sacerdotes Fenícios que comiam da mesa de Jezabel. Essa é uma das razões pela qual a Goetia de Mathers contém erros.

Os planetas controlam a vida na terra!!! Mas as escolhas são suas em lidar com cada influência.

No eclipse Lunar, ela, a Lua, tampa o Sol.

A sombra da lua então é emanada para a terra e a influência do Eclipse só atinge o local onde a sombra da Lua toca na terra. Se não afetou o seu país, não há o que temer.

Todos os planetas emitem luzes para a Lua e ela as manda para a Terra. Isso é chamado de mundo Sub lunar.

É por isso que a Deusa Lua é tão importante nas religiões antigas e para a Bruxaria.

Ao fechar o olho você só vai olhar para dentro. Isso é a força de um eclipse. Lá dentro de você há uma alma, é sua Psiquê e seu pássaro. É sua Consciência. Sua Ori. É a Minerva que sai adulta e sábia da cabeça de Júpiter. Por isso todas as sementes que são consideradas como bagos de Júpiter estão ligadas ao bem estar da cabeça, seja o Junípero, seja a noz de cola Obi, entre outras.

Se sua Psiquê estiver mal resolvida é isso que você encontrará ao fechar o olho.

Se tiver bem resolvida também.

Acontecimentos:

Coisas do passado que você fechou os olhos e fez cara de paisagem deixando sem resolver é o que vem no eclipse para você olhar. Da Consciência ninguém foge. Isso está verticalmente ligado ao ib das 8 partes da alma egípcia, o qual é a fonte do caráter, e também é que o deu origem ao Alfabeto e as duas colunas do templo de Shlomo. Iachim e Boaz.

Olha no seu mapa pessoal e veja em qual casa e signo o eclipse vai cair.

É lá e de lá que virá tudo para você.

Essa é a visão que temos em Bruxaria Tradicional. A forma como lidamos com tudo que está acima refletindo abaixo. É daqui desse ponto que nasceu a geomancia que é o sistema usado para dar vida em Ifá. O casamento entre o céu (astrologia) e a terra (geomancia), do qual nasceram os ritos de hierogamos sumérios da deusa Antu-Ki, que por ser a esposa do deus do céu se tonou rainha dos Ceús, além de já ser rainha e dona da Terra.

Aliás, Sem Geomancia não haveria Ifá. Sem Ptah Hotep não haveria os Itans de Ifá e as máximas de Delphos. Sem Anubis não haveria Babalawò, sem o Pássaro da Consciência, a Alma Mundi de Lalitha não haveria as Ìyámís, sem a serpente do Éden que é ÉLA a mãe de Olodumare, que é Lilith não haveria as Ajés. Eu saúdo as antigas mães ancestrais, as pequeninas mães e as grandes mães.

Nem todas as Bruxarias conhecem isso tudo. Isso porque Kabbalah significa Tradição, a mais antiga das Tradições da qual todas as tradições setorizadas no mapa mundi deveriam estar alinhadas. Isso é tradicional. O Diabo é a junção daquilo que existe em Hod (o bode da expiação) com aquilo que existe em Netzach (o veado coroado e iluminador de Vênus Lucífera), formando a forquilha do diabo com a Lua Levanah no fundamento em Yesod.

A bruxaria tradicional que falo aqui é a Luciferiana e Stregoneria que prioriza Diana e Lucifer.

Os demônios na verdadeira bruxaria são só as estrelas nefastas refletidas na Psiquê de cada um. É por isso que Cosmas conjurava Hekate no segundo decano de câncer, porque Hekate é a um só tempo as três encruzilhadas que existe na Cabalah, cada uma com sua função.

Há pessoas na bruxaria que se valem de maldições nessa época de eclipses, porque ao apagar o Sol de cada pessoa também apaga a vitalidade, simples assim.

Aí entra na parte da tal magia negra ou como chamamos magia antiética, levando em conta que há sim muita sabedoria nas trevas. Sistemas éticos são aqueles que se norteiam pela LEI do seu país. Assim foi quando a última lei contra bruxaria caiu e assim era antes de cair.

Lembre-se que Daath quando caiu virou Malkuth e nós estamos do lado de dentro do inferno, não o contrário. Isso é a verdadeira Goetia, a qual significa uivo do lobo, e a joia do Lobo é Daath pendurada no peito do dragão.

Magia antiética não é proibido, só não é indicado para quem segue as leis. Até porque, até um chute na bunda empurra a gente pra frente!!!

ESTUDO DE CASO: vou dar apenas um.

Se o eclipse tampar a luz de uma empresa ou das empresas que estavam para falir, e você trabalha em uma delas, ficará desempregado. Certamente já teve um insight antes que dizia dentro da sua cabeça que você deveria procurar outro emprego há um tempo atrás e você não ouviu. Ao contrário, fechou os olhos para isso e empurrou com a barriga. Durante o eclipse é isso que você vai ter de lidar. O resultado de sua inanição e procrastinação. Vai ter de olhar para aquilo que você não gosta, sua sombra.

Você deve olhar como o eclipse afetará seu país, sua cidade e o seu mapa Natal pessoal.

Juntar todas essas informações e escolher ou traçar o melhor plano de ação.

Seja com ou sem a ajuda da magia.

Para entender melhor a astrologia leiam Swerdlow, The Babylonian Theory of the Planets, 1998, além de todos os clássicos da astrologia como as obras de Wiliam Lily, de Ana Maria da Costa Ribeiro, Catherine Aubier, Gwen Le Scouézec, Picatrix, Dorotheu de Sidon, Vettius Valens e Anthiochus de Atenas, Claudius Ptolomeu, Avraham Ibn-Ezra e Guido Bonatti, Kepler, Marcus Manilius, Firmicus Maternus, Abu’Ali Al-Khayyat, Abu’Mashar, Al-Biruni, Jean Baptiste Morin, Nicholas Culpeper, William Ramesey,  e John Partridge e, por fim, o famoso Bṛhat Parāśara Horā Śāstra.

Espero ter ajudado a você compreender tudo.

Forte abraço,

Sett Lupino.

 

 

 


segunda-feira, 9 de outubro de 2023

SUMÁRIO DO LIVRO FUNDAMENTOS DE BRUXARIA TRADICIONAL & STREGONERIA

 


Atendendo a pedidos, a Manus Gloriae Editora liberou o Sumário do livro Fundamentos de Bruxaria Tradicional e Stregoneria de Sett Lupino, segue abaixo:

Com Prefácio de Sybilla Rhein & Draco Stellamare.



SUMÁRIO


TOMO 1


INTRODUÇÃO 

O BATISMO 

RITUAL FORMAL DE INICIAÇÃO 

ZISURRÛ - O ANTIGO CÍRCULO 

OS LARE 

DO SACERDÓCIO DOMESTICO 

A LUA E OS ELEMENTOS 

CONJURO TEURGICO DO CÍRCULO MÁGICO 

TRABALHANDO DENTRO DA 11ª MANSÃO DA LUA 

RITUAL DO CASCO DA LUA DE MARIA 

O LIVRO DA NONNA 

A DEUSA E O DIABO – DEALOGIA PARTE UM 

CONVOCANDO A SENHORA DE UM TERÇO 

ATRAINDO O PNEUMA 

ARADIA – DEALOGIA PARTE II 

TÁBUAS EXECRATÓRIAS 

O DRAGÃO DE ESSEX 

DIVINO VERBO DA ANTIGA ANGLIA 

LOUVANDO A TRÍVIA - INVOCAÇÃO A HECATE 

EVOCAÇÃO DE HÉCATE SEGUNDO PAPUS 

OS DAIMONS SEMANAIS 

AS BENÇÃOS DA HORA DE DORMIR 

PRECE INICIÁTICA 

ORIGENS GERMÂNICAS DA STREGONERIA 

AUTORES QUE REANIMAM A ARTE 

SEGREDO DE BRUXA 

O NASCIMENTO DA PALAVRA WITCHCRAFT 

COMO LEVANTAR OS MORTOS 

O SEGREDO DE AZAZEL E OUTROS MISTÉRIOS 

A VIA TORTUOSA 

O SABBATH DAS BRUXAS 

MEMORIE DI UN SABBA 

OS MISTÉRIOS DE DIONÍSO, SEGUNDO MACCHIORO 

AUTOCONHECIMENTO E TRANSFORMAÇÃO 

CRONOLOGIA DOS HISTÓRICOS PAGÃOS ANTES DE CRISTO – SEGUNDO PIERRE A. RIFFARD 

O PODER DO SEXO – SEGREDO, PRIVILÉGIO E RESPONSABILIDADE DOS ANJOS CAÍDOS 

UMA INTERPRETAÇÃO PARA OS DIAS ATUAIS 

A HABILIDADE DE CAUSAR RESPOSTAS. 

O INÍCIO DA VIGILIA 

A IDADE DA DOR EM NOSSA CARNE 

A ORDÁLIA DA ARTE MÁGICA 

OS COMANDOS DOS 16 LOBOS 

A CALIBRAGEM DO SENTIMENTO E DAS EMOÇÕES 

A PROFETISA VELEDA 

EXERCÍCIOS DESSE TRABALHO 

A FORJA DO CARATER 

O CHAMADO AOS ESPÍRITOS DO VELHO CAMINHO 

RITUAL TRADICIONAL DOS LOBOS 

O FESTEJO DO DIABO 

A VIGÍLIA DA FIANDEIRA 

OS SEGREDOS DA GOETIA DE SALOMÃO 

DIGNIDADES ESSENCIAIS DE PTOLOMEU: 

SEGREDOS DE ELPHAME 

UM CHAMADO PARA A RAINHA DE ELPHAME 


TOMO 2


GERENCIANDO A PSIQUÊ 

PLANTAS DE MALDIÇÃO 

A LENDA DA MALDIÇÃO DOS LUPINOS 

DESMISTIFICANDO IAVÉ 

O SEGREDO DE YAHVEH 

O CICLO DE BAAL E OUTROS SEGREDOS 

DA ÁLGEBRA À ALMA 

APROFUNDAMENTO DOS MISTÉRIOS 

MÁXIMAS DÉLFICAS – ÉTICA PAGÃ 3 

ETHICA ODINIS - ÉTICA PAGÃ 4 

AS 42 LEIS DE MA’AT - ÉTICA PAGÃ 2 

MÁXIMAS DE PTÁHOTEP – ÉTICA PAGÃ 1 

ENTRE NA ARCA 

ESTUDO DA ALMA NO ANTIGO MUNDO 

DEFINIÇÃO DE ALMA – OS PÁSSAROS 

RITUAL DE ANÚBIS 

VÍCIOS E VIRTUDES NA QABALAH HERMETICA 

UM REMÉDIO MORAL PARA DOENÇAS ESPIRITUAIS

A ITÁLIA DOS MILAGRES FUNDAMENTAIS

OS DEUSES ETRUSCOS

DEUSES ETRUSCOS E SEUS DESDOBRAMENTOS

ORDEM ORACULAR DO TUPPÙ IŚA ÏLI

KERAUNOSCOPIA SEGUNDO VEGOIA

EXTENSÕES DIVINAS

DIVIDINDO O CÉU E O INFERNO

PEQUENO TRATADO DO SISTEMA HORIZONTAL/LOCAL DE ASTROLOGIA E ORIENTAÇÃO CELESTE, NECESSÁRIOS PARA COMPREENSÃO DA ETRUSCA DISCIPLINA E INTERPRETAÇÃO DO VOO DOS PÁSSAROS.

USANDO ETHICA ODINIS NA GEOMANCIA

AS GENEALOGIAS DA MAGIA ITALIANA

ASTROLOGIA ETRUSCA – UM ESTUDO HISTÓRICO

SISTEMA DE 16 CASAS – O FÍGADO DE PIACENZA

DEUSES SUPERIORES

DEMAIS DEUSES

A CULINÁRIA ETRUSCO-ROMANA - OS PRATOS DOS DEUSES E HUMANOS

OS 16 TIPOS DE PULS (FARINHAS) USADOS NOS FLERCHVAS (OFERTAS DIVINAS)

OS CONDIMENTOS E A ALIMENTAÇÃO

OFERENDAS: MOLA (BOLO DE FARINHA) E OS JANTARES

OS AZEITES

OS ÓLEOS DE CONDUÇÃO

CULTURAS EQUIVALENTE E SEUS DEUSES

OUTRAS REGRAS: AMBIENTE E ESTAÇÃO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

UMA SELETA BIBLIOGRAFIA SOBRE A HISTÓRIA DO DIABO


Para adquirir a obra entre em contato com a Manus Gloriae Editora através dos canais:

@manusgloriaeeditora

ou

Manusgloriae@gmail.com

sexta-feira, 6 de outubro de 2023

FUNDAMENTOS DE BRUXARIA TRADICIONAL & STREGONERIA - LIVRO

 


FUNDAMENTOS DE BRUXARIA TRADICIONAL & STREGONERIA



E se o teu deus aparecesse na sua frente e te contasse todos os acontecimentos e fatos passados que levaram o ser humano a fazer o que faz e revelasse todos os mistérios que permeiam a mente humana, fé e sua magia?

Pois é, o "e se" não existe, mas essa obra se propõe a realizar essa tarefa divina. Uma obra construída ao longo de 10 anos contendo fatos que foram omitidos do mundo ocidental. Fundamentos de Bruxaria Traditional e Stregoneria é uma obra dividida em dois volumes que irá abrir os olhos de dentro de cada leitor e trará instruções teológicas que fundamentam religiões e os atos humanos e divinos. 

O primeiro volume é fundamento para o segundo e vice versa, pois neles a natureza divina não se omite do pensamento mágico antigo e, transmite ao leitor os tratados e as raízes tradicionais que formam o núcleo e o escopo do ensinamento de “tradição da Arte”, que foram escondidos intencionalmente para sobrevivência e, ao mesmo tempo privilegiou a política de outras mais dominantes. Essa obra é uma arma teológica nas mãos das crianças mágicas que se tornaram adultos e uma bússola moral para a gramática da Arte que vai empoderar qualquer bruxa!

Essa é uma obra sem precedentes em língua portuguesa.

*** A obra possui mais de 1200 páginas, portanto está dividida em 2 volumes de pouco mais de 600 páginas cada, ou seja, são DOIS LIVROS JUNTOS! ***

Adquiram os 2 volumes diretamente na Manus Gloriae Editora, clicando no link abaixo:

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segunda-feira, 3 de abril de 2023

CABALAH - UMA INVENÇÃO QUE DEU CERTO?

 




Antes de falarmos de Cabalah devemos analisar o simbolismo da árvore para compreender o porque a árvore é sinônimo do sagrado. Enquanto árvore da vida ela está relacionada a Aserá (Ashtaroh), a esposa de Deus.

O símbolo da Etz Haim como a Árvore da Vida aparece na cabalah, pois é nela o campo onde tudo acontece, sem a qual nada se realiza nem se cria.

Nas palavras de Viviane Crowley, “a Árvore da Vida representa a totalidade da criação - tudo o que foi, é e será”.

Muitas tradições espirituais antigas usavam a árvore para simbolizar o cosmos e o Cosmos, ele mesmo, era compreendido de acordo com a visão de mundo da época. Hoje esse nome é referência para Universo Inteiro, mas conseguimos somente imaginar, por estudos, o nosso sistema solar dentro de uma eclíptica e aproximadamente um pouco a base da borda fora dele, ou seja, o Universo é uma palavra para a nossa Galáxia, apesar de poder se entender para fora de seus limites, havendo então muitos universos, haja vista que cada Sol é uma estrela e cada galáxia gira em torno de uma. Assim nasce a ideia de multiverso.

Entretanto, a ideia de espiritualidade para humanos é uma ideia que só pode existir na Terra e em nenhum outro planeta. As únicas formas existentes na terra que vão do chão até o céu são as árvores e as montanhas (os gigantes do passado dos dinossauros). Enquanto a montanha reúne em si mesma a ideia de mineral gigante, a árvore evoca a ideia de vegetal gigante e as duas coisas são ímpares na forma e na criação, os dois pilares e como nos ensina os 50 portais de Binah sobre a evolução dos seres, o vegetal é a porta para o animal e a árvore está para nós humanos aquilo que é mais próximo da ancestralidade do nosso passado.

As árvores são evocativas e são as criaturas mais altas do reino vegetal e do reino animal. Elas têm vida longa: a maioria das espécies vive mais tempo do que os seres humanos, suas raízes penetram nas profundezas da terra, olhando para o Daat, o lado interno ou reino de Hades. As árvores nos dão uma sensação de antiguidade, permanência e estabilidade. Elas são profundamente enraizadas na terra, mas se erguem para o céu. No ritual do Vestalare o Eucalípto é o vegetal que liga os elementos terra e fogo, faz a conversa entre terra e céu e celebra nossa ancestralidade.

Elas dão sombra, abrigo, galhos, moradia e alimento, e ainda fornecem a temperatura certa para o ambiente natural e o humano quando fazemos fogo com a madeira. As árvores sempre foram amigas da humanidade, e os macacos viviam nelas, assim como outros animais. La no fundo da psique humana está a imagem da Árvore como ponto de origem.

Na Cabalah, a totalidade da criação representada pela Árvore da Vida é separada em dez emanações, ou sefirot. O singular de sefirot é sefirah e essa palavra vem de Safira, a pedra. Essa palavra apareceu pela primeira vez no Sefer Yerzirah, ou Livro da Criação. É baseada numa palavra hebraica que significa contar, porque o sistema de contagem de rebanhos era feito com pedras, o mesmo sistema que deu origem a geomancia. Toda a história completa desse sistema e seu desenvolvimento estão no meu livro que será publicado em breve.

Segundo o Sefer Yetzirah, os sefirot são os princípios dos números e dos diferentes estágios da criação. Ao longo dos séculos, o conceito evoluiu. Num texto posterior de muita importância, Sefer Bahir ou Livro da Iluminação, os sefirot são relacionados às diferentes qualidades e atividades do Divino, mas de onde vem a cabala?

Ela vêm basicamente de três textos que sobreviveram até os tempos modernos - Sefer Yetzinah, o Livro da Criação, Sefer Bahir, o Livro Brilhante ou Livro da Iluminação, publicado pela primeira vez na Provença em 1.176, e o extenso Sefer Zohar ou Livro do Esplendor, que apareceu na Europa no século XIII. O Bahir introduz o conceito de reencamação e dos dez sefirot, ou emanações do Divino.

O Sefer Yetzinah é a primeira obra fundamental da Cabala. Trazendo supostamente os ensinamentos secretos do Patriarca Abraão, é um texto de meditação que tem o objetivo de levar à percepção mística. O Sefer Zohar explica a origem da Cabala entrelaçando o mito e o fato histórico.

Depois do famoso incidente do Jardim do Éden (a cidade suméria de Edenú), os elohim (filhos de El) ensinaram o segredo ao primeiro homem - Adão. Os ensinamentos foram passados de geração a geração até chegar em Noé e depois ao líder judeu Abraão, que os levou para o Egito. Difundidos entre os antigos egípcios, esses ensinamentos foram espalhados. Foi no Egito que Moisés for iniciado na Cabala. Aliás, ele foi treinado tanto nos mistérios egípcios quanto nos mistérios cananeus da antiga fenícia acadiana conquistada pelos hebreus. Os ensinamentos eram transmitidos oralmente tanto antes quanto depois de Moisés, contudo, o decálogo é na verdade os nomes das 10 sefirots, que são os 10 mandamentos. O Rei Davi e o Rei Salomão tinham um profundo conhecimento da Cabalah.

O Zohar diz que o primeiro que ousou escrever os ensinamentos foi o Rabino Shimon, filho de Yochai, que viveu na época da destruição do segundo templo, em 70 da E.C. O Rabino Shimon era um místico que vagava pela Galileia antes de se esconder numa cavema, onde ficou durante dote anos, ditando os ensinamentos a seu discípulo, o Rabino Abba. Depois de sua morte, seu filho Rabino Eleaser, seu secretário Rabino Abba e seus discípulos compilaram seus ensinamentos em folhas de manuscritos criando aquilo que se tornaria o Zohar, ou Livro do Esplendor. O livro foi então escondido numa caverna perto de Safed, na Palestina. É uma história parecida com a dos Pergaminhos do Mar Morto, descobertos mais recentemente. Os árabes descobriram os pergaminhos e, sem se dar conta de sua importância, os usaram para embrulhar comida no mercado.

Num mercado árabe local, um estudioso de Safed viu que o peixe que tinha comprado estava embrulhado num texto antigo. Percebendo que era um texto cabalístico, comprou todo o papel do peixeiro. A partir desses escritos, o Zohar foi reconstruído e publicado. Portanto o Zohar é uma invenção recriada.

A invasão islâmica da Península Ibérica, (invasão muçulmana), foi uma série de deslocamentos militares e populacionais ocorridos a partir de 711 até 713, quando tropas islâmicas oriundas do Norte da África, sob o comando do general berbere Tárique, cruzaram o estreito de Gibraltar, as colunas de Hercules, seguindo pistas dos livros dos Djins sobre a tal cidade perdida, Atlantida e, penetraram na península Ibérica, vencendo Rodrigo, o último rei dos Visigodos da Hispânia, na batalha de Guadalete e terminando o Reino Visigótico.

Nos anos seguintes, os muçulmanos foram alargando as suas conquistas na Península, assenhoreando-se do território designado em língua árabe como Al-Andalus; que governaram por quase oitocentos anos, terminando com Abd ar-Rahman I que completou a unificação da Ibéria governada por muçulmanos, ou Al-Andalus  de 711 – 1492. O fato é que todos esses livros islâmicos, junto com o Picatrix, deram origem a partir da Espanha, nos diversos Grimórios esotéricos que passaram a existir em toda Europa.

O sistema de “graus iniciáticos” vieram copiados dos sistemas islâmicos que possuem uma ordem iniciática Sufi em seus mistérios que contem os graus. Portanto, tudo onde se encontra “graus” advém disso.

Quando os textos cabalísticos chegaram à Espanha, em separado do islamismo apesar de serem tradições irmãs, o Rabino Moisés de Leon (1.238-1.305) resolveu publicar tudo, possivelmente com a ajuda de outros estudiosos da Cabalah, e algumas ideias do Zohar foram atribuídas ao Rabino Moisés e seus colegas. Além do misticismo judaico, há nesse texto traços de matemática pitagórica, de Platão, de Aristóteles, do neoplatonismo alexandrino, do paganismo oriental e egípcio e do antigo gnosticismo. A Cabala tem sido comparada a outras tradições esotéricas como o Sufismo, o Catarismo, o Tantrismo, o Budismo e os Upanishails hindus. O Zohar tentando explicar esse problema histórico, diz que as outras tradições religiosas tem ideias semelhantes à Cabala porque a Cabala é uma tradição muito antiga, que influenciou o desenvolvimento das outras, e a verdade é que na Arábia do norte e do sul esses esoterismos foram compreendidos de formas diferentes entre os dois povos.

O famoso estudioso cabalista Gershom Scholem (1.897-1.982), foi professor de Misticismo Judaico na Universidade de Jerusalém, e acreditava que Moisés de Leon era o autor do Zohar. Essa visão não é bem aceita entre os Cabalistas tradicionais, que não gostam de expor obras sagradas ao escrutínio acadêmico, mas Scholem apresenta evidências convincentes. O Zohar tem erros frequentes de gramática aramaica e há vestígios de palavras e de estruturas de frase espanholas.

Há também uma história interessante sobre a mulher de Moisés de Leon. Em 1.291, os muçulmanos conquistaram a cidade de Acre em Israel e mataram a maior parte dos habitantes judeus e cristãos. Um jovem estudioso judeu, Isaac, filho de Samuel, conseguiu fugir para a Itália e foi até a Espanha.

Ali, ficou muito surpreso ao saber da existência do Zohar, de que nunca tinha ouvido falar em Israel. Procurou Moisés de Leon, que acabou encontrando na cidade de Valladolid: Moisés de Leon prometeu que lhe mostraria um original antigo do livro se Isaac fosse à sua casa em Ávila. Moisés de Leon nunca chegou a Ávila, pois ficou doente no caminho e morreu. Sabendo de sua morte, Isaac seguiu para Ávila, disposto a ver o manuscrito. Lá, ficou sabendo que a mulher de Josef de Ávila, o coletor de impostos da província, tinha oferecido o filho em casamento à filha de Moisés de Leon em troca do manuscrito original do Zohar. Mas a mulher de Moisés de Leon tinha dito que o manuscrito original não existia: o livro era obra de seu finado marido, que tinha inventado essa origem antiga para aumentar seu valor. Mas isso não é uma prova definitiva. Talvez a viúva de Moisés de Leon já tivesse vendido o manuscrito e quisesse manter o fato em segredo.

Talvez não quisesse trocar a filha por ele. No entanto, a história lança dúvidas sobre a origem dos ensinamentos. Mas, seja qual for sua origem, a Cabalah se tornou uma obra mística importante para quem gosta. É provável que o Zohar fosse baseado em ensinamentos orais mais antigos, sendo que nessa época era comum atribuir antigos textos religiosos e mágicos a grandes personalidades da antiguidade para legitimar as obras. Além disso, por razões religiosas, seria interessante para o Rabino Moisés de Leon criar impecáveis credenciais ortodoxas para o seu trabalho: as especulações da Cabalah sobre o Divino diferem bastante da revelação bíblica.

A Cabalah floresceu na Espanha, num clima de perseguição cada vez maior aos judeus por parte da maioria crista. Em 1.492, o ano em que Cristóvão Colombo partiu para a América, o católico Rei da Espanha expulsou todos os judeus do país, sob pena de morte. Multidões de judeus fugiram para outras partes da Europa, incluindo a Itália, levando com eles o conhecimento da Cabalah. Assim, esse conhecimento começou a florescer entre os não judeus. A mãe da minha Nona é italiana nata de Ascoli, mas o pai dela foi um Judeu que viveu na Itália, provavelmente seus ancestrais foram fruto dessa imigração espanhola para lá.

Os textos cabalísticos foram traduzidos para línguas europeias, sendo que a recém-criada imprensa os tomou acessíveis a um grande número de pessoas. O clima era receptivo a novos ensinamentos. A Cabalah agradava particularmente aos judeus cristianizados. Forçados a se converter, viam na Cabalah uma ponte entre o Cristianismo e o Judaísmo. A Cabalah agradava também aos não judeus devido seu conteúdo herético explicar as origens da vida de uma maneira diferente e mais profunda. A partir do século XV, a Europa viveu um Renascimento humanista que reavivou o interesse pelas tradições pagãs da Grécia, de Roma e do Egito e pelos ensinamentos e tradições esotéricas e todas as bruxas italianas de hoje descendem dos ensinamentos dessa época, mesclados com os que já se tinham. O encontro da Cabalah com o pensamento europeu deu origem a Tradição Ocidental do Mistério. Surgiram daí grupos de magia ritual como os Rosacruzes e depois o Aurora Dourada entre outros. A própria Wicca bebeu das fontes cabalísticas, sendo que a Cabalah não é só para homens, e sim para todas as pessoas. Foi uma invenção que deu certo, uma vez que contém ensinamentos de transformação e expansão da consciência para uma evolução dentro dos diversos caminhos da árvore da vida.

As leis de Manu, ou Manusmriti entre outros textos sagrados, fala de Manu como Adama e Haviavati (Adão e Eva) inscritos pelos Judeus sob a insígnia YHWH, pois é isso que essa insígnia quer dizer, não é o nome de Deus e sim da sua criação.

Guillaume Postel em 1.581, afirmou que Abraão era Brahma. Brahma casou com Sarasvati. Saraswati possui um sufixo "wati" que é um título de honra, significa “lady” Sara.

Ele afirma que no passado existiam vias aquáticas que se comunicavam, por baixo do solo na crosta terrestre e que, após o dilúvio, com o deslocamento da placa tectônica que fazia essa irrigação, assim como uma artéria abdominal rompida deixa de irrigar o cérebro, o que era floresta virou deserto. Filósofos como Aristóteles, Clearchus e outros afirmam o seguinte sobre os Judeus:

"Esses Judeus derivam dos filósofos indianos; são chamados pelos indianos de Calani". – Aristóteles

"(...) os judeus são descendentes dos filósofos da Índia. Na Índia, os filósofos são chamados de Calaniani e na Síria são chamados de Judeus. O nome de sua capital é muito difícil de pronunciar chama-se Jerusalém". - Clearchus de Soli.

"A seca do Saraswathi por volta de 1.900 a.C., que levou a uma grande realocação da população, centrada nos vales de Sindhu e Saraswathi, pode ter sido o evento que causou uma migração para o oeste da Índia. Que o elemento índico começa a aparecer em toda a Ásia Ocidental, Egito e Grécia." - Subhash Kak.

"foi deserta porque o Indo abandonou seu leito próprio." – Estrabão.

"(...) a casa do Sol ou Heliópolis no Egito deu-lhe o nome do lugar que eles deixaram na Índia, Maturea". - Godfrey Higgins.

Uma parte dos autores usam os termos "cultura sarasvati", "civilização sarasvati", "civilização indo-sarasvati" ou "civilização sindu-sarasuati", porque consideram o rio Gagar o mesmo que o Sarasvati, um rio mencionado várias vezes no Rig Veda, a coleção de antigos hinos sânscritos compostos no II milênio a.C., logo após a migração dos Indos para a Suméria, como na origem real de Terá o pai de Abrão, que depois recebeu o nome de Abraão.

Ocorre que, a alma dessa árvore sagrada é uma deusa pássaro como mãe ancestral feiticeira, representada por uma mulher pássaro, aquela a quem os israelitas chamaram de Lilith alada, a qual é na verdade uma deusa Hindú do tudo e do nada anterior a criação e pertencente ao mesmo evento, chamada Lalita Devi, a deusa Hindu mais poderosa que existe, mãe do preto, do branco e do vermelho, de todas as estações, do tudo e do nada e mãe dos homens, sendo ela mesma a própria criação da mulher, e seus textos sagrados diz que todo homem é uma mulher por dentro. Ela é tudo que você consegue conceber nas suas ideias e também é tudo que é impossível de você conceber. A Cabalah enquanto árvore da vida se refere a Aserá, cuja alma é a própria Lalita. Aserá é o tronco, a árvore e a própria floresta, sem a qual não tem celebração de El (o Sol). Será que os jardins arborizados do Éden contavam essa história? El e Aserá tiveram 70 filhos que juntos formam os 72 nomes divinos que são abordados tanto no Judaísmo quanto no Islamismo e a Goetia ocidental bebeu dessas fontes.

Em fim, não vou me alongar, pesquisem e julguem por si, e deixo uma dica sobre as tradições africanas que narram 200 +1 e 400 + 1, que na verdade são 400 profetas de Aserá e 200 Grigori comandados por Azazel, formando o que se conhece como direita e esquerda nas linhas feiticeiras de ancestralidade.

“Agora, convoque todo o Israel para encontrar-se comigo no monte Carmelo, além dos 450 profetas de Baal e os 400 profetas de Aserá que comem à mesa de Jezabel” - 1Reis 18:19-29.

“Os Grigori ou Vigilantes é como são chamados os 200 anjos que abandonaram sua habitação original no céu e desceram à terra e se misturaram com as filhas dos homens”. - Livros apócrifos de Enoque.

O que foi referenciado como anjo é na verdade deidade, pois Anjo em hebraico: מַלְאָךְ‎, vem da raiz malach, que significa mensageiro, como os eunucos eram, assim como o Daniel bíblico era também um eunuco.

A referência “+ 1” é puramente mercurial, o único que pode ir e voltar entre os dois reinos (da direita e da esquerda).

Grande bênçãos a todos,

Sett Lupino.

 

 

 

 


terça-feira, 14 de março de 2023

O PODER DA BRUXA - O QUE NÃO TE CONTARAM?

 


O que todo(a) Bruxo(a) pagão deve saber antes de tudo?

 

Fomos criados em uma sociedade ocidental que está apartada dos mistérios do oriente e, por isso a dificuldade na compreensão dos mistérios é muito alta.

Também não pensamos como os orientais. O mundo ocidental criou uma espécie de pensamento que distancia cada vez mais o segredo antigo do oriente.

Poucas bruxas dão valor a Helena P. Blavatsky, mas ela já dizia:

"A psicologia moderna faz o caminho contrário da psicologia antiga. A antiga avaliava primeiro a alma para depois analisar o fisiológico, enquanto que a moderna avalia primeiro o fisiológico para só depois avaliar a alma".

Isso porque Freud desconhecia a alma egípcia, as oito partes do pássaro sagrado.

Mas, que o teu mestre ou mestra não te contaram? Bem, não os culpem, porque talvez eles não saibam disso tudo ou talvez eles tentaram te contar e você não deu ouvidos na época. Eu relacionei alguns tópicos que a grande maioria dos bruxos e bruxas desconhecem e que considero importante estudar para uma boa compreensão da sua própria jornada na vida e também dos antigos mistérios. Vamos lá?

 

1.   DIFERENÇAS ENTRE POLITEÍSMO, MONOTEÍSMO E MONOLATRIA.

2.   QUEM FOI A PRIMEIRA DEUSA TRÍPLICE E PORQUE O CULTO DELA SE DIFUNDIU?

3.   QUEM DE FATO FOI O VERDADEIRO DEUS TOMADO COMO DIABO E QUEM REALMENTE FOI YAHVEH?

4.   PAGÃOS NÃO ESTUDAM COISAS ABRAÃMICAS E POR ISSO DESCONHECEM OS FATOS HISTÓRICOS.

5.   QUAL É A RAZÃO DE UMA INICIAÇÃO EXISTIR? POR QUE FOI CRIADA E PARA QUE SERVE DE FATO? UMA INICIAÇÃO PRODUZ UMA BRUXA?

6.   ESTUDAR OS MISTÉRIOS SEM ESTAR PRONTO PODE PREJUDICAR?

7.   SABER ENXERGAR A RESPOSTA DE SUAS ORAÇÕES E RECONHECER O SAGRADO MASCULINO.

 

RESPOSTAS:

 


1 – Fomos criados para odiar o monoteísmo sem saber o que ele realmente significa.

Monoteísmo é a preferência de um deus entre vários. Quando você é iniciado para uma divindade você tem preferência à ele, bem como tem o vínculo e a obrigação sacerdotal para com essa divindade, sem excluir os demais deuses dos panteões. Isso aconteceu com Abraão que era sacerdote de El (esposo de Aserá).

Monolatria é a completa exclusão de todos os outros deuses e panteões em favor de um único deus. Isso aconteceu após Yahveh ter sido enterrado (assentado) no templo de El, fundindo-se com ele. Foi com Elias, que, depois da morte de Yahveh, Elias começa alterar o deuteronômio e cria dois embustes contra Jezabel que era Alta Sacerdotisa de Baal El-Hadad, irmão de Inanna e filhos de El com Aserá. Ao estudar os embustes criado por Elias, deve-se também estudar a corte de El conhecida como Congregação das Estrelas, que mais tarde iria inspirar a existência do Olimpo Grego. Formada por 400 sacerdotes de El e 400 de Aserá + 50 de Bael-Hadad.

O Ciclo de Baal = envolve vivencias onde Baal El-Hadad é tido como Hadad no céu (senhor das tempestades, raios e trovões da fertilidade), Haddu no submundo como senhor da morte e renascimento, e Baal-Sidom na cidade de Sidom. Esses mistérios quando vão para a Grécia formam Zeus no céu, Hades no submundo e PoSidom no mar, mas todos eles são Baal El-Hadad, apesar dos mitos gregos narrar que são irmãos, até porque são formados de cultos de cidades diferentes com o mesmo deus.

Politeísmo era a religião da massa, sem compromisso sacerdotal ou iniciático.

2 – Lalita Devi, a flor da Jóia feminina, uma deusa Hindu, a mais antiga e primeira, mãe do Branco, do Vermelho e do Preto, bem como de todas as cores e do mistério da criação. Possui 1000 nomes que não se repetem. Os judeus a chamaram de Lilith. Ela é a Alma de Aserá! Seu culto viajou com suas sacerdotisas nas antigas Índias. As antigas Índias era os territórios que hoje são sul da India, Iemen e Eritréia. No Iemen, que é a terra de Sabá essas senhoras ocuparam o trono em uma sequencia de sucessão. Houveram várias rainhas de Sabá. A mais famosa é que teve um filho com o Rei Salomão e que fundou o culto dos Chrestianos em Yemrehana Krestos, local onde Jesus foi treinado como um Krestos. Sim, ele não ficou perdido no deserto dos 12 aos 30 anos. Tem que conhecer a história secreta desses fatos senão você não arredonda os fatos históricos.

Na Arábia Feliz, o Iemen, Lalita Devi se torna o culto das deusas do destino, Elat, Manat e Al-Uzza. Elat é conhecida pelo culto de Geledé africano como ÈLA a grande serpente do culto de Iyamí.

Al-Lat – (Elat) Conhecida em muitos outros nomes como LatLatan e outros nomes, da palavra semética "Elat", que significa "Deusa", é uma deusa mãe. Deusa provavelmente mãe terra e mãe da criação.

Ela também é uma deusa de proteção e também protetora dos animais selvagens, em uma oração a ela, ela foi convidada a proteger a pessoa do "destino" ou a reduzir seus efeitos, embora a oração mencionasse que, de qualquer maneira, não há como escapar do destino. Al-Lat também é uma deusa da fertilidade.


Manat - Também conhecida como Manawat e outros nomes, é a Deusa do "Destino". e associado à "morte".

Al-Uzza - É a bela Deusa da guerra e da proteção, seu nome significa "A Poderosa" do Poderoso", por que El e Al são significações de O Poderoso, mas enquanto Al é usado na Arábia Feliz, o termo El é usado na Arábia Saudita. Há outros deuses e deidades também em seu culto e hoje esse culto está sendo revitalizado sob o nome de Wathanismo.

Aserá na Arábia Saudita, especificamente em Canaã, era a árvore e a floresta que comportava todas essas deusas. Sem floresta, sem culto de Aserá!

Assim como uma artéria rompida deixa de irrigar o cérebro, a placa tectônica que formou o dilúvio na região do Mar Negro (único local onde teve dilúvio) deslocou os ligames que hidratavam as florestas por baixo do solo. Foi dessa forma que o deserto surgiu, as florestas de Aserá morreram e as sacerdotisas dela foram obrigadas a migrar para outras regiões do planeta onde ainda haviam florestas. Dessa forma também o deus Hadad, que no Egito é o deus Set, O Vermelho, antes um deus bom, se torna senhor do deserto que mata o Pharaó e sua população de fome, dando origem aos mistérios de Osiris.

3 – Baal El-Hadad foi um deus bom e sua sacerdotisa mais conhecida foi Jezabel. Todos os sacerdotes e sacerdotisas comiam da mesa de Jezabel. Na congregação das Estrelas, Jezabel desempenhava um papel extremamente importante porque além do Reino, como rainha, ela tinha de prover tudo e todos. O sacerdotado de Baal El-Hadad foi contra José filho de Jacó ser enterrado ou assentado nas terras de El, assim Hadad se torna inimigo de Yahveh (José filho de Jacó). Por tanto, Hadad é o primeiro diabo da história.

A união do casal divino foi representada pelas insígnias YH+WH dando origem as polaridades e representando o primeiro homem e primeira mulher, formando YHWH o tetragrama que não tinha pronuncia, mas tinha sentido de Yn e Yang, Yoni e Phallus. Essa é a origem do hierogamos. Na verdade o grito de Baco/Dionísio, "Io Evo He" vem do tetragrama.

O termo Jeová não é encontrado em nenhuma inscrição dos textos antigos. Trata-se de uma tradução moderna do mundo ocidental. Isso é apoiado pelos Teólogos Orientais e pelos Teólogos Ocidentais, como epíteto grego de Zeus, Jove, passou a ser usado como Javé (o J com som de i).

Um século antes da queda dos Hicsos, o faraó Maaibre Sheshi I (1.745-1.705 a.C) foi executado pelo próprio rei dos hicsos enquanto dormia. Ele era o faraó da época de José (Yahweh), primeiro filho de Jacó e Raquel. Os ossos de José são Yahweh.

Seu corpo morto veio de uma região do deserto sendo trazido por pastores chamados Shassu-Apiru que viviam no Egito na época da queda dos Hicsos, século XVI a.C, chegando no panteão cananeu como um desconhecido, foi acolhido na assembleia dos deuses de El e seus ossos foram assentados. Esses pastores reuniram a confederação que formam o povo israelita, do qual decidiram ser monolátricos, consolidando mais tarde uma divisão entre os judeus como monoteístas e os monolátricos, tendo a nova Canaã como primeiro regente, o rei Saul (cerca de 1.020 AC). Foram monolátricos porque cultuavam seu ancestral José como Yahweh. Os pais de José cultuavam El e todo panteão de El.

José em hebraico arcaico יוֹסֵף, significa "Yahweh” que se traduz por “aquele que acrescentará";

José em hebraico padrão é Yosef;

José em hebraico tiberiano; Yôsēp̄;

José em árabe: يوسف , transl. Yūsuf;

José em grego antigo: ωσήφ Iōsēph;

Todos esses nomes significam “acrescentado”. Aquele que foi enterrado no templo de El e acrescentado a ele.

Posteriormente foi designado como Tzáfnat panéach que significaria "descobridor das coisas ocultas", porque em vida ele tinha sido um vizir, cargo conseguido após interpretar o sonho do faraó. O povo que passou 7 anos de fome, no segundo ano José deu uma terra egípcia pra eles morarem. É a mesma terra onde mais tarde nasceria Moisés, que seria pego no cesto pela princesa Hatshepnut. Elias, em gratidão pelas terras e por saber que José Yahveh foi o segundo homem mais poderoso do Egito abaixo do faraó, comandava os exércitos do faraó, começou a cultuar ele como seu ancestral divinizado. Elias então manda matar Jezabel e todos do sacerdócio de Baal El-Hadad. Os que sobraram migraram pra Síria, Grécia e África, fugindo da perseguição. É aqui que Elias altera o deuteronômio, proibindo o culto antigo, os oráculos e a necromancia. Ele criou novas leis que levaram seus judeus a perseguirem a antiga fé.

4 – os pagãos de hoje não foram ensinados a estudarem a verdade por trás do Mito e dos Fatos de Abraão, ao contrário, fomos ensinados a odiar tudo que era Abraãmico, por acharmos que o monoteísmo era o culpado pela perseguição e cisma com a antiga fé.

Os Wiccanos Gardnerianos conhecem esse mistério no terceiro grau, contido no BAM (Ye Bok of Ye Art Magical) que a partir da página 165 começa com o “Sigils Bael Agares”, sequenciando os demais segredos goéticos, que nada mais são do que o segredo da Arca da Aliança, que contem a Congregação das Estrelas, a Corte de El e Aserá, o casal que junto com seus 70 filhos formam os 72 nomes de Deus (aquilo que se chama por Deus é um conjunto de deuses). Na Torá consta: “No princípio Elohim criou tudo”, mas lembre-se que Elohim significa “deuses” no plural. Todos esses segredos estão no 6º, 7º, 8º, 9º e 10º livros de Moisés chamado Testamento de Moisés ou Chaves de Moisés, compilado dos Papiros Mágicos Gregos, sob o nome de Tsaurus.

Isso foi publicado uma dezena de vezes em séculos antes de Gardner, por De Claremont, Lawrence Sutin e Henri Gamach, e também por James A. Montgomery, por fim Aleister Crowley, constando também no livro Egyptian Magic de E. A. Wallis Budge de 1901 e no Shemhamphoras Salomonis Regis. Algumas práticas mágicas extraídas do Talmud se somam a esse material cabalístico, da qual Simcha (1880) parece ter explanado das publicações de um livreiro chamado Andrew Luppius que viveu em 1.686, que difundiu um tratado contendo os segredos dos nomes dos poderosos e antigos deuses, onde Shemhamphorash é o antigo nome tanático do tetragrama. Esse material havia sido traduzido pelo rabino Chaleb da Bíblia de Weimar, e continha as fórmulas da Kabalah Mágica, seguida da Bíblia Arcana Mágica Alexander de Scheible, que compõe os segredos cabalísticos dos Alexandrinos. Infelizmente eu não posso revelar aqui o sagrado nome acima de todos os nomes, devido ao meu juramento iniciático, mas qualquer leitor ávido poderá chegar nas conclusões que lhe cabe.

5 – Não, uma iniciação não cria uma bruxa. Em primeiro lugar a bruxa se reconhece bruxa e só depois ela parte em busca de sua família espiritual. No Testamento de Moisés há um rito chamado Rito da Monada, é um rito de iniciação onde você faz um pacto com a divindade para ganhar poderes, contrariando tudo e todos que sempre disseram que não existe auto iniciação.

Contudo, a iniciação como a conhecemos é um rito que depende da confiança, amizade e amor, para congregar juntos num mesmo grupo/família que acredita nas mesmas coisas, pois trata de um ritual de ordália onde você é posto a prova para vencer o medo da morte. Ao vencer o medo da morte pela fé você se torna “um de nós” e é recebido na congregação das bruxas, ou tradição espiritual que contém bruxaria. É um rito de passagem, que te faz prova para vencer o medo da morte pela fé, e ensina magia e os segredos de como manipular essas forças internas e externas através da alquimia das virtudes. Cada tradição tem seu próprio rito nos moldes próprios, mas todos guardam vínculo com as Chaves de Moisés dos papiros antigos, usado por Salomão.

O fato é que depois que Elias começou a perseguir a antiga fé, caçando os sacerdotes de Jezabel que sobreviveram, precisou-se criar os ritos iniciatórios para que o neófito provasse não ser um traidor contando para o exercito de Elias, pois com a nova lei criada por Elias o antigo culto estava proibido. Os papiros narram o porquê se devia queimar o livro de anotações afim de não ser pego já naquela época e a narração sustenta exatamente isso que eu falei.

Dessa forma, uma iniciação tem um porquê de existir e tem um para que serve depois e isso deve ser compreendido, para que não se fale tanto absurdo na internet, como vemos pessoas que nasceram ontem e já querem falar de bruxaria com propriedade. Elas não reconhecem que a sua arrogância cega-a para o papel que ela está “atropelando” os fatos e etapas, colocando na frente dos que vieram antes e caminharam mais.

6 – estudar os mistérios antes de qualquer iniciação é obrigação de qualquer bruxa ou bruxo, até porque tudo que existe sobre bruxaria já foi publicado. Não existem graus na Bruxaria tradicional. Os graus foram criados para as Ordens Mágicas e foram criados por eruditos para compor uma didática. A bruxa velha que morava na floresta não era erudita e não tinha didática. Ninguém nunca está preparado para entender os mistérios, pois é estudando eles que com o tempo a ficha vai caindo, a moral vai sendo lapidada, a importância dessa compreensão vai dando maior responsabilidade e maturidade. A iniciação é como um acidente, ninguém está preparado para ela e você deve ser pego de surpresa. O recrutamento na bruxaria é feito de dentro para fora, somos nós quem escolhemos convidar as pessoas que mantém vínculos conosco de amor, respeito, confiança e amizade. A palavra “acidente” significa “cair sobre”, a sabedoria, pois tudo trás lições na vida, só é preciso saber como enxergar. Ninguém nunca está pronto para estudar ou compreender os mistérios, é preciso ter um começo, estudando-os. Eu mesmo, depois de 20 anos de iniciado estou compreendendo alguns mistérios só agora.

7 - Há pessoas que rezam pedindo sabedoria e quanto aparece alguém mais sábio que ela e que por isso pode ensiná-la, ela não tem olhos para ver a resposta de suas orações e recusa. Saber pedir é uma dádiva, ser atendido é uma dádiva, é preciso enxergar a resposta das orações com humildade e gratidão, sem hubris, sem sombra, sem preconceito, sem discriminação porque é disso que se trata O Phallus sagrado do Ser enquanto sagrado masculino, que vem do sagrado feminino da Lalita Devi, a “I Sara Lilitu” antidiluviana. É preciso lembrar que a cobra se arrasta e olha de baixo para cima mostrando humildade, pois quem não aprende a se ajoelhar não fica de pé. A azeitona e a uva são massacradas antes de gerar ótimos vinhos e azeites maravilhosos. Essa etapa ninguém escapa. Saber que o ser humano brotou numa região chamada Acadia e que essa região antes do dilúvio era toda a terra que pegava desde a Síria, a Índia, as duas Arábias e o Egito, e que todas as rainhas antigas quando morriam eram desenhadas com asas e pássaros segurando o símbolo Shen, faz diferença e quando somos educados desde pequenos nesses mistérios se torna mais fácil, mas quando um adulto põe o pé nessas escolas é preciso se esforçar porque nem tudo seus mestres irão te contar. É por isso que você deve ser digno de carregar o nome dos seus ancestrais e mestres, caso contrário a própria egregora te coloca em outro rumo.

No final quem atravessa a porta é você e só você!

Espero ter ajudado a sua compreensão, porque os deuses só querem o nosso bem.

Possa a graça, a beleza, a lucidez, a bondade, a humildade e todas as virtudes estarem contigo nessa vida e na outra.

Por Cléber Lupino Haddad a.k.a. Set ben Qayin e muitos outros nomes.