Muitas
pessoas acham que estão, mas os Poderes invisíveis que mais interessaram ao ser
humano em sua história inicial foram os poderes da fertilidade e do contato com
o mundo espiritual; da vida e da morte.
Estes
são os poderes elementares que se tornaram as divindades das bruxas, e sua
adoração é tão antiga quanto a própria civilização. O significado de witchcraft deve ser
encontrado nos níveis mais profundos da mente humana, o inconsciente coletivo,
e nos primeiros desenvolvimentos da sociedade humana, uma vez que é a
profundidade das raízes que preservaram a árvore e esta afirmação, eu penso que
é mais ou menos verdade de todos os
povos/culturas, assim também em meios tradicional da Arte dos Sábios.
Mas
as duas grandes realidades com as quais todos os povos antigos se defrontavam
eram essencialmente as imutáveis e
intermináveis de Vida
e Morte, e estes eram, junto com aquela terceira coisa elusiva, o poder mágico
que os Deuses mantinham em Suas mãos.
Consequentemente,
onde quer que os homens tenham formulado para si figuras da Divindade, estes
sempre foram os arquétipos: a Dama da Vida, o Senhor da Morte e os que Moram no
Além, e entre eles a teia de magia que foi tecida há muito poucas bruxas de
verdade, e assim se mantêm muito para si mesmas. Nunca estivemos desconectados
de nossa fonte divina original, para tanto nunca se precisou do religare para
se tornar bruxa, até porque, o sacerdócio vacante da bruxaria é e sempre foi
vacante, marginal, noturno e secreto desde tempos imemoriáveis.
Antigamente
eram e geralmente ainda são descendentes de famílias de bruxas e herdaram uma
tradição que foi preservada por gerações, seja com meia dúzia de textos antigos
ou com um livro do tipo grimório da família, mas uma coisa é certa, nunca essa
arte foi inventada sob premissas políticas para sobreviver a era da fogueira, A
Arte sempre sobreviveu por si mesma e nas mãos certas de quem tinha de estar. A
invenção de um religare nos anos 50 que contem a arte bruxa parece infantil ou
no mínimo politicamente intencional, ou ainda, por puro desconhecimento de que
haviam bruxas de verdade antes disso, os exemplos não falham, vide as bruxas
bascas e as italianas.
A
pergunta é: Por que um herdeiro de uma tradição familiar/hereditária de
bruxaria não tomou a arte hereditária como bastante e precisou criar uma
religião em cima dela dando-lhe outro nome? Afinal, todos os grandes bruxos
alegam que foram iniciados em artes hereditárias. Por que não mantê-las como
lhes foram entregues? Se há fraude em torno do que eles alegam, provavelmente
nunca saberemos, mas eu como bruxo hereditário legítimo me pergunto pra que eu
iria dar outro nome para a Arte Familiar da qual me foi confiada com tanto amor
e reconhecimento das capacidades e habilidades mágicas? Não faz sentido que o
pai da bruxaria moderna seja chamado de pai, quando ele mesmo nega a mãe que
teve!
Mas
voltando a hereditariedade, Esta é, de fato, a maneira tradicional pela qual a
bruxaria foi disseminada e preservada, e nunca foi proibido iniciar alguns
poucos de fora, desde que em tempo, o vínculo seja sincero e transcenda a carne.
Os
filhos de famílias bruxas foram ensinados por seus pais e iniciados em tenra
idade, mas os de fora, por questões de lei sempre foram maiores de idade. Eles
são as pessoas que se chamam de as "pessoas sábias", que praticam os
antigos ritos e que, juntamente com muita superstição e conhecimento de ervas,
preservaram um ensino oculto e processos de trabalho que eles mesmos pensam ser
magia ou sentem como feitiçaria, geralmente trabalham para bons propósitos e
ajudam àqueles que são capazes.
Eles
eram e ainda são o Bom Povo, os sacerdotes e sacerdotisas da Velha Deusa, não
da antiga religare. Witchcraft não é uma
religião antes dos anos 50, então hoje em dia há os descendentes dessa antiga
Arte e também há os descendentes da Religião compartilhando a mesma Terra.
A
bruxa moderna sofreu muito por causa da doença da "mídia-mania" ou
"delirium interferens", que pode ser definida como um desejo mórbido
de levar a vida de outras pessoas para eles; para que as pessoas não ousem
iniciar seus filhos como costumavam fazer nos bons e velhos tempos (e até mesmo
ousasse fazer nos velhos tempos ruins, o "tempo de queimar"), por medo
de encontrar algum bispo pago "pelas autoridades" ou um representante do "Sunday
Hysterical" à sua porta.
No
entanto, apesar de tudo, sobreviveu; porque existe, mesmo no Estado de
Bem-Estar, um espírito de romance, um amor pelo tempero da vida e uma antipatia
por respeitabilidade presunçosa.
A
bruxaria é um preceito que envolve magia e espiritualidades e tem como aparelho
a feitiçaria. Se Witch + Craft significa Arte dos Sábios, Sorcery/Feitiçaria
vem significar Arte da Transformação, e um não pode viver sem o outro pq ambos
encontram suas raízes desenvolvidas na origem etimológica da palavra magia que
é a Arte de Manipular Energias para Moldá-las conforme a vontade/desejo e
necessidade. É por isso que Antigas Religiões, tal como a Africana, se utiliza
desse meios mágicos dentro de seu escopo e prescrição religiosa, desde que a
Magia era a Ciencia daquela época que resolvia coisas que ninguém sabia
explicar, e ainda hoje é assim. Pense nisso como nos primórdios da humanidade e
sua sobrevivência até os dias atuais que, de fato foi transmitido via oral e
pelo convívio, conjunto a um sistema de crenças (limitantes ou não), as que
admitiram Dogmas no corpo do sistema se tornaram religião, e as que não admitem
dogma continuam sendo apenas Tradições Espirituais e espiritualistas.
Isto
em si é indicação de grande maturidade, porque intimamente inter-relaciona a
fundação de crenças mágicas, das quais witchcraft é uma forma, é que os Poderes
invisíveis existem, e que ao executar o tipo certo de ritual as Potências podem
ser contatadas, interagidas e/ou até mesmo forçadas ou persuadidas a ajudar de
alguma forma as pessoas, que acreditavam nisso na Idade da Pedra, e eles
conscientizaram ou não, hoje é bem conhecido que a maioria das superstições é
de fato um ritual quebrado.
Agora,
em tempos primitivos, a magia e a religião eram tão ineficazes quanto a
religião não é cristã. A bruxaria não é, em geral, magia negra, porque as
bruxas nem mesmo acreditam no diabo, quanto mais o invocam.
Aliás,
o termo “magia negra”, nunca teve a ver com diabo, e sim se referia a magia
africana, dos negros. Com o tempo se tornou convencional chamar tudo que lhes
causavam repulsa, de magia negra, ligando-a ao mal. Mas é errado usar esses
termos.
O
Antigo Deus das Bruxas não é o Satã do Cristianismo, e nenhum argumento
teológico o tornará verdadeiro, mesmo tendo a Sabrina e seu seriado tentado
provocar uma revolução no cenário. E sobre Lúcifer, bem Ele nunca foi uma
entidade, e sim é nossa própria Consciencia, as Stregas sabem bem disso.
O
Deus das Bruxas é, de fato, a divindade mais antiga conhecida pelo homem, e é constituinte
da representação mais antiga de uma divindade que existe, ainda, e foi
encontrado, ou seja, a pintura da Idade da Pedra no recesso mais profundo da Caverne
des Trois Freres em Ariege.
Ele
é o velho deus fálico da fertilidade que surgiu da manhã do mundo, e que já era
de antiguidade imensurável antes do Egito e Babilônia, muito antes da era
cristã. Nem ele pereceu nem esteve morto. Secretamente através dos séculos, ficou
escondido cada vez mais fundo enquanto o tempo passava em sua adoração e aquela
da Deusa da Lua nua, sua noiva, o Rapaz de Mistério e Magia e as alegrias
proibidas, continuaram às vezes entre os grandes da terra, às vezes em casas
humildes, ou em solitárias charnecas e nas profundezas de madeiras escurecidas,
nas noites de verão, quando a lua estava no alto.
Eu
tenho que, claro, o Ofício dos bruxos modernos não é o único grupo que procura
contatar os Deuses. Existem outros grupos ocultistas, espiritualistas e até
religiosos que usam uma técnica similar, e seus objetivos são os mesmos, a
saber, trazer através do poder Divino para ajudar, guiar e elevar a humanidade
neste ponto de virada perigoso e excitante na história humana. Uma evolução só
tem propósito de existir se tiver uma dose generosa de progresso, já que
evolução sem progresso é andar pra trás porque fica estagnado e deixado para
trás.
Mas,
até onde eu sei alguns grupos geralmente trabalham com os deuses e deusas
egípcios e gregos, e não posso pensar que esses contatos sejam tão poderosos
aqui quanto seriam em seu solo nativo, desde que o genni locci é imprescindível
para qualquer atuação no chão antes de qualquer chamado; enquanto as divindades da Arte de algumas
bruxas modernas são os Antigos da Bretanha, parte da própria terra. (é dito que
um país não existe apenas no plano físico, e o homem não vive só de pão.) Nem é
a veneração pelos antigos lugares sagrados como o sentimento de Stonehenge e
Glastonbury. Aqueles que são sensíveis à atmosfera saberão que esses lugares
possuem vida própria e, pelo que nos foi dito pelos videntes, estes também
existem não apenas no plano material.
Eles estão focando pontos para a influência e o poder dos lugares do
Plano Interior, onde o Véu é mais fino do que em qualquer outro lugar, e a
"superstição de que é perigoso remover ou ferir as Pedras Antigas se
baseia em fatos".
Ao
lidar com as raças/etnias nativas, um antropólogo registra-se o folclore, as
histórias e os ritos religiosos nos quais eles baseiam suas crenças e ações.
Então, por que não fazer o mesmo com bruxas?
Devo primeiro explicar por que afirmo falar de coisas que geralmente não
são conhecidas. Eu estive interessado em
assuntos mágicos e afins por toda a minha vida, e fiz uma coleção de
instrumentos mágicos e encantos. Esses estudos me levaram a sociedades
espiritualistas e outras, até pelo fato da minha família ser quem é, e conheci
algumas pessoas que afirmavam ter me conhecido em uma vida passada. Elas também
estavam interessadas no fato de que uma ancestral minha, havia sido queimada
como uma bruxa.
Eles continuavam dizendo que haviam se encontrado em todos os
lugares onde estivemos, e eu nunca poderia tê-los encontrado antes nesta vida; mas
eles alegaram ter me conhecido em vidas anteriores embora eu acredite em
reencarnação, tenha vivido no Ocidente, não me lembro claramente das minhas
vidas passadas a não ser pela Ayahuasca ajudar;
No entanto, essas pessoas me disseram o suficiente para me fazer
pensar. Então alguns desses novos (ou
velhos) amigos disseram: "Você nos pertenceu no passado Você é do sangue.
Volte para onde você pertence" muitas pessoas fizeram eu perceber que
tinha tropeçado em algo interessante: mas eu estava iniciado antes da palavra
"bruxaria moderna" que eles usavam vir a tona, e isso me atingiu como
um raio, e eu sabia onde eu estava, e que a Velha Espiritualidade ainda existia,
mesmo mascarada por outros nomes. Bem, se a Deusa pode possuir mais de 10 mil
nomes, o que dirá a Arte que Ela doou pra nós durante todo esse tempo? Parece
que a reencarnação também se aplica a nomes, espiritualidades e religiões.
E
então eu me encontrei no Círculo, e lá tomei o habitual juramento em sigilo, o
que me impediu de revelar certas coisas. Desta forma, fiz a descoberta de que o
culto das bruxas, que as pessoas pensavam ter sido perseguidas pela existência,
ainda vive. Descobri também o que fez
tantos de nossos ancestrais ousarem ser presos, torturados e mortos em vez de
desistirem da adoração dos Deuses Antigos e do amor dos velhos costumes.
Também
descobri o mais importante entre as descobertas, que as verdadeiras bruxas
nunca foram para as fogueiras e seu legado nos foi transmitido até chegar nos
dias atuais, e aqui estamos!
Cléber
Lupino Haddad
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