domingo, 22 de outubro de 2017

O Altar da Strega


Altar da Tradição Familiar Lupino

O altar é o microcosmo da bruxa.
Ele é o catalizador do sagrado. 
Para o altar convergem todos os gestos litúrgicos, todas as linhas arquitetônicas.
Todas as construções são realizadas no altar, em nível astral, espiritual, físico e, espera-se enviar as energias da petição da bruxa para Aster, o reino onde se realiza o poder de Elphame a partir da Terra.

Altar della Strega
Altar da Bruxa: Tradição Familiar Lupino


O Altar reproduz em miniatura o conjunto do templo e do universo.
Ele é o recinto onde o sagrado se condensa com o máximo de intensidade.
É sobre o altar ou no pé do altar, que se realiza o sacrifício (o que torna sagrado/ sacro-ofício);
Ele contém e manifesta a divindade e, para ele se oferta flores, frutas, incenso, vinho, mel, leite, sangue bem como outras oferendas tradicionais e ele se torna poderoso. A egrégora também é alimentada no altar. 
Por isso ele é mais elevado (altum) em relação a tudo que o rodeia.
O altar reúne em si igualmente a simbólica do centro do mundo, é o centro ativo da espiral que sugere a espiritualização progressiva do universo.

O altar simboliza o recinto e o instante em que um ser se torna sagrado, onde se realiza uma operação sagrada, onde matéria e espírito se conectam sem véus.
A ele, todas as preces fervorosas são dirigidas. 
Hécuba arrastou o rei perto do fogo dizendo:
“As tuas armas não podem te ajudar agora, mas este altar sim”.


quarta-feira, 26 de julho de 2017

A Loba de Capitólio e Suas Descendentes





As bruxas tradicionais são mulheres bem resolvidas e que atuam como curadoras dos bens e da tradição de seu clã familiar. Se ousarmos falar nos mistérios femininos, seria covardia falar em como ele sangra ou como se tornou frágil e sofrido. Não vamos tocar no assunto de consagrar ou reconsagrar o que já nasceu sagrado. O ventre por si só já se faz sagrado. Ventre é ventre logo ele existe desde que mundo é mundo, e mulher é mulher, não importa o formato que ela é desenhada.  

Falar em feminino no meio da arte bruxa, seja qual escola for, clã, ordem, ou irmandade sempre vamos nos lembrar de temas como o sagrado feminino, a poderosidade do útero universal, o retorno da Deusa, o despertar da Deusa ou, em como as mulheres foram estigmatizadas ou perseguidas em algumas épocas.

Será que não nos esquecemos de algo? Desde as primeiras Vênus francesas do paleolítico, em que já eram esculpidas em suas formas reais e divinizadas, estas pequenas esculturas não mostravam a sua fragilidade e sim sua capacidade e poder em suas mãos. E assim sempre foram nossas mulheres bruxas.

O que dizer da vênus de Laussel encontrada na França, no qual ela segura um corno em suas mãos demonstrando o poder de gerar e nutrir?  O que é Vênus?  Vênus que tem como etimologia venerari, “ venerar, reverenciar “, ou seja a Vênus que conhecemos, a Deusa Vênus não é por assim toda sexual como pensamos. Se pensar que a base do latim é Indo-Europeu WEN- quer dizer; ir atrás, desejar, querer satisfazer-se, posso considerar que a Deusa Vênus era uma realizadora de desejos, afinal qual seria os nossos desejos? Logo a figura da mulher era o desejo de fertilidade, segurança da prole, nutrição, sustentar a vida, pois não é isso que o ventre faz? Sustenta a vida até o momento de seu nascimento, quiçá no pós-nascimento.

Em bruxaria hereditária existe a preservação dos costumes, principalmente quando alguma família migra de uma região a outra, justamente para não se perder as origens. Isso se chama “patrimoniun” que significa patrimônio, ou seja, vem de pater ou “pater familiare”. Mas onde entra o aspecto da mulher aí?  A mulher é a curadora desta família, curador vem do latim “curator” que significa “ aquele que cuida, que administra”.  O estudo do direito romano nos revela que em Roma as mulheres tinham o livre exercício de administrar bens e a economia da família e não era à toa que seu título era “domina”, “a que manda ou controla”.

 A “matrona”, a nona strega, é aquela que guardava os segredos e que fazia o sacrifício e as oferendas aos Deuses de sua família. A mulher que alimenta os Deuses, assim como é no útero que se alimenta a vida, o guarda e o nutre.  Não há reconsagração na bruxaria tradicional justamente por que as mulheres sempre estiveram e ainda estão perto uma das outras e, a “Nona” ou “Dinda”, é a mulher anciã que representa nada mais nada menos que um aspecto da Deusa, a Vênus do paleolítico em seus dias atuais, forte e nutridora. A nona apresenta-se frágil no aspecto físico da anciã como todo ser humano que envelhece, mas forte na sabedoria e no poder que carrega nas mãos, no sangue e no espírito.

Mas não é só esse aspecto que eu quero abordar para reflexão sobre o feminino. Quero relembrar que nem sempre a mulher esteve à mercê de um “patriarcado”, o qual se insiste em advertir. Vamos abrir nossa memória e recontar à nossas futuras sacerdotisas que, em todos os cantos deste chão houve não só uma, mas várias mulheres que detiveram o poder no seu aspecto mais feminino possível.

Não foi Boudicéia que assumiu a liderança dos icenos contra o império romano, e que invocava o nome de Andraste em suas batalhas? Foi Ypátia de Alexandria, a primeira mulher a ser chefe curadora e acadêmica da escola platônica? Oras, o que dizer da primeira (não oficial) papisa Joana? Poderia citar uma referência das crônicas do mundo nórdico onde se revela que as mulheres faziam parte de um poder bélico, Ladgertha, companheira do herói Ragnar Lodbrök.

Citar estes nomes só me faz repensar que nossa história está cheia de ventres poderosos e que ditam uma história diferente da que vejo e que, alguns grupos insistem que as mulheres não tiveram voz. Arádia (Heródias) que peregrinou pela a Itália para libertar os pobres e oprimidos, que pelo clero e pela nobreza sofriam opressão, ela levava conhecimento e cura tanto para mulheres quanto para homens. Foi graças a Lupa Capitolina, de acordo com os mitos, a qual nutriu e amamentou os gêmeos Rômulo e Remo, filhos de Marte, e a Rhea Silvia, as quais possibilitaram o destino do qual Roma se tornou um grande império.

Em minha análise as Amazonas lembram muito mais as mulheres samurais japonesas do que as mulheres gregas. As Onna-Burgeishas eram mulheres treinadas para defender suas casas e famílias principalmente na ausência de seus maridos ou pais. Apesar da cultura ocidental observar as mulheres do extremo oriente apenas na figura da gueixa, acredito que elas tinham mais a características de guerreiras do que as próprias espartanas. Essas mulheres eram treinadas em combate com arco, flecha e espadas chamadas de Nagitana. Podemos citar Tomoe Gozen que nasceu por volta do ano 1.115 no Japão feudal e foi casada com o samurai Minamoto no Yoshinaka. As Onna-burgeishas não eram mal vistas pela sociedade, eram vistas como mulheres comuns e tinham suas famílias respeitadas por todos.

Se desviarmos o nosso olhar a fim de observar outros períodos da nossa história, e tirarmos o véu de outras culturas podemos analisar melhor o que é o feminino e sua representação. Nem sempre o feminino foi obscurecido e fragilizado como pensamos, as dianas e amazonas existiram e andaram por outros campos assim como a loba capitolina, nutrindo e cuidando. Essas mulheres estiveram expostas como uma sombra poderosa em alguma vida, em forma de chefe de estado como Cleópatra foi. Foram figuras poderosas e sábias como a doutora em química e física Marie Cure ou Helena Blavatsky, entre outras, quais foram grandes fontes de inspirações para as obras de Kandinsky.

São as musas Calíope, Clio, Erato, Euterpe, Melpômene, Polimnia, Tália, Terpsícore e Irânia que nasceram da memória chamada Mnemósine, com a contribuição de Júpiter, que inspiraram todas as mulheres e homens e ainda continuam a inspirar nossas virtudes independente da característica ou orientação sexual em que nascemos.

E por falar em orientação sexual, há quem diga em certas correntes de pensamento, que a resposta ao patriarcado é a reencarnação dessas mulheres poderosas em forma de gays, sejam no corpo masculino, seja no corpo feminino. Ou seja, essas correntes de pensamento indagam que a alma é feminina (dentro ou fora da camada física) e que os homens são uma resposta ao desejo feminino do complemento, um substrato elementar feito polaridades.
Vemos que é a figura de uma mulher que representa a memória e dela nasce as nove musas que cantam a vitória dos olímpicos e detém o conhecimento, “museun” ou museu vem justamente de musas, que significa lugar que guarda o conhecimento e, por isso são também as curadoras das lembranças que a humanidade carrega. Memória é feminina e ela está na mente de todos independente do sexo que você carrega.

Parece desproporcional afirmar que existe o machismo, uma vez que a alma que habita todos os corpos é feminina. Na verdade o machismo é tão somente a ignorância de uma alma que ainda não despertou. Nada que uma boa iniciação não possa resolver para despertar a unidade divina dessa psiquê.

É nessa reflexão que algumas tradições de bruxarias tradicionais e hereditárias preservam suas memórias e guardam em sua cornucópia, a nutrição de cada geração que herdará os conhecimentos. O ventre não é um lugar de frágil sangramento como as vezes é referido, mas sim, ventre como a unidade, a casa do conhecimento ancestral e como bruxas somos as curadoras desse patrimônio.

De acordo com o professor Ari Riboldi, a "idade da loba' significa, na pratica, um novo modelo de ser mulher, um novo estilo de vida, um novo conceito de mundo, decorrente dos movimentos da libertação sexual, a partir da década de 60, e ele não estava tão enganado sobre isso, com exceção de que, não existe esse tal novo modelo, mas sim o Antigo Modelo que nunca deixou de existir e, que cada vez mais ganha espaço no mundo por ser verdade.

Vamos reconhecer então, As 12 mulheres poderosas do esoterismo ocidental:

A Pítia de Delfos – metade do séc.VII? a.C.: A Primeira.

Vegoia, Begoe, Vegone, 91 a.C.: Pitia ou Sibila dos ETRUSCOS, a quem as stregas invocam nas leituras oraculares até hoje.

Velleda, 70: profetisa e sacerdotisa dos germanos.

Maria, A Judia, séc. IV: Alquimista.

Hipácia, ou Hypatia, 370-415.

Hildegarda de Bingen, 1098-1179.

Marguerite Porète, c. 1250-1310.

Jane Lead, 1623-1704.

Catherina-Regina von Greiffenberg, 1633-1694.

Helena Petrovna Blavatsky, 1831-1891: HPB.

Alexandra David-Néel, 1868-1969.

Alice Bailey, 1880-1949: A.A.B.

Todas essas mulheres deixaram extensas contribuições para o esoterismo e magia no Ocidente, muitas sob cunhos orientais que se encaixaram aqui. Existem muitas outras no anonimato e/ou em sigilo para iniciados, não menos importantes.

O que faz a bravura das virtudes se tornar divina não é o sexo e sim, a polaridade equilibrada que cada alma carrega é que faz o prestígio da matriz de uma deusa-deus sair do paraíso e tomar formas humanas. Mulheres e homens são deusas-deuses vivendo como humanos. A fonte original-espiritual, o forno das formas, o grande útero sempre foi feminino e as mulheres nunca foram fracas, mesmo em épocas de hostilidade, opressão e repressão, sem o feminino nada existiria, basta lembrar que homem não tem útero e se somos a imagem e semelhança divina, somos convidados a cair na real.

A Deusa criou o deus para ser seu consorte e complemento, tudo dele veio dela, inclusive o phallus, e ambos são UM em verdade!

Por A. L.
Dama do Covine de Ribeirão Preto.







Saturno em Capricórnio (para 2018)





Para saber para onde vamos temos que expiar a resposta da pergunta: De onde estamos vindo? É para isso que existe o RETROVISOR.


Se você jogou fora a água da bacia junto com o feto, azar o seu, pois você se esterilizou. Mas se o feto foi criado por você, então seu aprendizado começa agora. Este é um período de muito trabalho. Muito trabalho interno e externo, alquímico ou não.

Mas calma, respire um pouco, a sabedoria não poupa esforços, Saturno está em casa.


Desde março de 2017 tivemos no ano novo astrológico uma configuração celeste que começou assim: Netuno em peixes na casa 11; Quiron em peixes na casa 12; Sol, Vênus e Mercúrio em aries na casa 12; Urano em aries na casa 1; Marte em touro na casa 1; Nodo em virgem na casa 5; Júpiter em Libra descendente na casa 7; Lua, Lilith e Saturno em Sagitário na casa 9; Plutão em Capricórnio na casa 10.

Foram muitos desafios, com o ritmo bem mais acelerado, lançando o signo de aries a novos projetos com muita coragem para buscar novas experiências, fazendo eles saírem da zona de conforto e desafiando os demais signos, diferente do ano anterior que foi mais arrastado e amarrado com as coisas indo devagar quase parado e bem confuso. Mas, aonde você tem Aries no mapa?

A energia Ariana (graças a Urano desde que ele entrou em aries) passou como um rolo compressor em cima de muita gente, por cima de muitas questões, transgredindo leis e regras, que vão do amor ao ódio, da auto reclusão à novas organizações. Aries rege a cabeça e é representado como o bode chifrudo que dá cabeçadas (na vida), abrindo caminho sem estar se importando com nada. São os primeiros em tudo, inclusive a fazer isso. Aries tem força e coragem para tudo, inclusive para errar, mas poucos se dão conta disso e os que já perceberam isso se curam com a alquimia e lógico, fazem o que é certo.

Diferente da deusa Menrva etrusca que tem a sabedoria e a estratégia em seu favor nas batalhas da vida, Mars não pensa, ele usa a força e isso fere a todos, inclusive a si mesmo, só que os bodes arianos não conseguem se lamber para curar as feridas, então aceitam fácil os machucados já que pensam que não tem jeito e que a coisa é assim mesmo e tal. Comodismo, conformismo e individualismo são os 3 ismos que falam mais alto nessa hora.

Arianos em geral (nem todos, pois tem que olhar mapa por mapa) tem a repetitiva mania de achar que estão certos ao engatar a 4ª marcha e acelerar sem importar com o que vai acontecer consigo mesmo e com os demais, seu egoísmo não deixa eles enxergarem onde falharam e quem atropelaram, até darem uma cabeçada tão forte numa parede onde seu corpo será obrigado a parar porque o teto desabou sobre si. Nessa hora a cabeça do ariano vai refletir e pensar sem o Mars, sem o ego, e é aí que ele abre espaço para recolher seu ego e a sabedoria entra.

Se você se identificou com essa descrição, preste mais atenção no artigo, pois ele foi feito para você também!

Urano é um grande encrenqueirozinho no zodíaco, e onde ele passa ele revoluciona e impulsiona para ser o diferentão, sem levar em consideração onde está o Júpiter que vai fazer expandir a coisa toda. No geral o ditado da pedra em telhado de vidro foi feito para os arianos inconsequentes.

Considerar = significa estar com o céu;

Importar = significa trazer para dentro.

Essas são duas palavras que nenhum iniciado deve retirar da boca e da mente.

Tivemos Saturno em sagitário durante 2017, onde a tendência foi ser pessimista em sentido de desafiar a fé na vida e no futuro, mas isso serviu para desenvolver o otimismo e a fé frente aos desafios da estabilidade com relação aos projetos e os empreendimentos. Tivemos que ter fé nos deuses, com a lua em Sagitário demandando esforços de “músculos intelectuais e emocionais” que você nem sabia que tinha.

Os planetas servem de espelhos do que a gente tem dentro da gente. Com Júpiter em libra a expansão mais desafiadora tem sido com a gangorra do pensamento daquilo que cada um faz com o que tem de melhor e pior dentro de si, para oferecer ao mundo.

Libra é uma balança de pesos justos (sentimento de amor pela justiça, do que é certo e correto para todos) e Júpiter (Tínia para os etruscos) nos mitos detém o raio da justiça, rege o amor, a fertilidade, expandindo o mundo já que ele populou o mundo fazendo sexo com todas as geradoras de vida que tinha nos mitos, gerando a fúria de Juno (deusa Uni dos etruscos). As pessoas vão achar que os librianos são bipolares, mas calma, não são. Essa gangorra cósmica sempre afeta a todos, não só os librianos.

Urano em aries na casa 1 propicia empreendedorismo, abrir espaço, incentiva autonomia no trabalho, trabalhar sozinho ou individualmente, fazendo pensar na sua autoria para trabalhar e produzir de maneira autônoma, ligados em libra casa 7, forçando os acordos, parcerias e uniões, não dá para ir sozinho aonde tem que ir, parando de culpar os superiores ou governo, pai e mãe e, deixando o vitimismo e a prisão emocional de lado para novas escolhas, sem importar com nada.

Quem tem muito peixes no mapa, que tem antenas demais e se, se sintonizarem ao pessimismo, precisarão de um filtro para-raios, com terapias holísticas, espiritualidade e muita meditação, fazendo exercícios de bloqueios de energias negativas, já que piscianos são esponjas, tendo que sintonizar a consistência do positivismo, pois estivemos afinal como se fosse dentro de uma Ferrari ligada na quarta marcha com o freio de mão puxado. Marte em Touro pede consistência, passo a passo.

Desafio de auto sabotagem onde cada um faz a sua merda de modo diferente, intensificou em março de 2017 com Urano em Aries (no ascendente) fazendo quadratura com júpiter em Libra e Saturno em sagitário. Muitos relacionamentos foram rompidos ou entraram em crise por causa do Marte e Urano em Aries (no ascendente) com sua falta absoluta de paciência e seu individualismo imediato direcionado a expansão dos projetos, ímpeto, impulsividade, precipitação impensada e sem estratégia foram bem desaconselhados, mas ainda assim Urano fez os arianos agirem dessa forma.
Desde que Urano entrou em aries, tudo mudou. Se foi pra melhor ou pra pior, é agora que iremos ver.

Lilith em sagitário piorou as frustrações no campo da fé e trouxe um certo pessimismo em relação ao futuro. Foi necessária muita dose de positivismo e empreendimento com bons olhos para transformar a visão do futuro para melhor. O país sofreu muito e teve até impeachment.

Ano dinâmico com planetas angulares faz isso com as crises (Plutão e Urano), opondo-se a júpiter que expande tudo. Plutão em Capricórnio na casa 10 pede paixão por aquilo que você ama fazer (com responsabilidade). No corpo humano, Plutão é aquilo que cada um tem dentro do peito, o inferno pessoal, o baú de riquezas (Plutão vem do latim Pluto = significa riquezas/inferno = local de riquezas).

De fevereiro a agosto de 2017 tivemos a energia entre dois eclipses no trajeto aquário-leão. Julho-Agosto com duas Luas novas em leão (com eclipse na segunda em agosto) e com a Lua Violeta significando a segunda lua negra no mesmo signo que pode garantir qualidades purificadoras e renovadoras alcançadas por meio do silêncio, introspecção e reflexão, vindo ao encontro da energia da Lupercália do hemisfério Sul, ainda em agosto com Marte sendo muito trabalhado no terceiro decanato. Momento de diminuir nosso brilho pessoal em prol do brilho alheio.

Em dezembro de 2017 Lilith põe o pé em Capricórnio e se une a Plutão e a Saturno onde, as cobranças na reflexão de onde tínhamos de ter sido responsáveis e não fomos em cada setor de nossas vidas e o que fizemos de melhor e de pior para contribuir nesse âmbito ganha espaço cada vez mais.

Lembrando que, cada ato e decisão que tomamos interfere na vida alheia TAMBÉM, o que por si só já é um feitiço. Atente-se para o auto enfeitiçamento e o peso da culpa, pois vai ter muita gente “chegando atrasado” aonde tinha que chegar e sendo irresponsável ou pelo menos reconhecendo que estão ou já foram irresponsáveis com tais assuntos negligenciados.
A cura da culpa é não trabalhar com a ideia de culpa, pois se formos trabalhar com a ideia de culpa, a culpa tem que ser colocada em alguém, mesmo que seja em Deus, e isso não funciona, então fica a dica: liberte-se da culpa, mas também busque o significado etimológico da palavra remir, uma vez que pecado é uma palavra pagã que já se encontrava nas leis de Maat muito tempo antes dos cristãos surgirem.

Poucos são aqueles que escutam seu mestre, depois não adianta reclamar porque os Odús e Orixás estão ligados a fé e a crença, já os Planetas são bem reais e são deuses reais que governam a vida na terra, você goste disso ou não, desde que entre fé e realidade há uma coisa chamada sonho-esperança-concretização. Como eu sei que temos leitores do blog que são também adeptos das religiões de matriz africana, o interessante é somar, nunca subtrair, aliás esse é um conselho etrusco muito usado pelas stregas.

Uma coisa é a energia da fé nos orixás e nos deuses de uma determinada egrégora, outra coisa são as energias cósmicas que sempre foram universais, então o indicado é unir o útil ao progresso, afinal quem busca ser uma autoridade nessa área, com Urano e a tecnologia na casa 1 essa energia fornece uma grande oportunidade aos novos estudos e cursos para melhorar a autonomia. 

A visualização criativa é necessária em todos os momentos, sem nos esquecer que essas energias todas combinadas nos lembra que temos de nos doar mais, ajudar mais os outros que precisam de nós, aqueles que pedem por nós, rezam para nós pedindo que atuemos em favor deles que necessitam da gente, doação de nós, deixando nossa luz brilhar menos em prol de aumentar a luz alheia, diminuindo a força do nosso ego ao assistir o ego dos outros, silenciar nossa mente e garganta e ouvir mais.

Pessoas que pedem um favor para você, estão na verdade rezando para você pois te vê como um deus que pode realizar o pedido. Não desperdice a oportunidade de fazer o bem de alguém se realizar.

Mas agora com Saturno em Capricórnio (dezembro de 2017 em diante) a coisa começa a reestruturar no âmbito das responsabilidades.

Onde você não foi responsável antes? Agora é hora de rever qual foi o pano de fundo que você se baseou para guiar suas responsabilidades em todas as áreas da sua vida. 

Para 2018, com Júpiter em escorpião e Saturno em capricórnio (e Plutão em capricórnio desde 2008 até 2023) teremos um Saturno enredando a situação no sentido de aprender a servir e estruturando a organização interna e externa, além de tocar na palavra chave Karma X Responsabilidade, em acepção de como você deveria ser ou ter sido profissional em todos os aspectos da sua vida. Ele vai estar no signo que ele rege, mas Lilith também, então Saturno vai cobrar de si mesmo e dos outros, sendo as vezes intransigente em todos os aspectos. Se alguém tiver Saturno em mal aspecto, a rigidez vai piorar.
Os teimosos que me desculpem, mas esse Saturno não vai tolerar nada que não se encaixe na Era de Saturno.

Problemas com ossos, dentes, raízes, esqueletos, nervos, estarão mais em evidência e Lilith dará o pano de fundo um tanto doente. Estados de melancolia podem aflorar, notícias de pessoas tentando suicídios, culpabilidade e muita solidão e individualismo também terão sua vez nos tópicos. Os jovens estarão perdidos e se isolarão uns dos outros enquanto os velhos vão ganhar bastante reuniões com direto ao chá das cinco com torradas. 



As pessoas mais vaidosas que não aceitam o envelhecimento vão gastar com bastante creme de beleza. As leis que deram certo ficarão ainda mais rígidas em detrimento das que não deram em nada na prática. Os velhotes vão ficar mais sexualmente ativos em virtude de Júpiter em escorpião e os velhos valores serão restabelecidos. Todo mundo terá que aprender a respeitar os mais velhos. 

O estatuto do idoso terá grande força e os asilos serão prestigiados como local de grande sabedoria e valor, mas isso não quer dizer que vocês têm que jogar seus velhos lá. Todos nós temos a responsabilidade de cuidar dos nossos entes queridos e os não-queridos. Nem pense em internar seu avô num hospital em dezembro só para viajar e curtir as férias sem ele, pois o arrependimento como lição Saturnina é doloridíssimo e a foice do tempo não perdoa.

Então se você é do tipo que não está nem aí para quem é mais velho que você, se prepare para as duras penas, pois a lição vai ser bem hardcore. Os nossos anciãos tem um tutano cheio de sabedoria e seria bem interessante se os nossos jovens se nutrissem desse tutano para poderem construir um mundo melhor no futuro que virá.

Procurem ver onde vocês têm Saturno e Lilith no vosso Mapa Natal e vejam em qual área eles vão inferir na sua vida. As verdades eternas estarão a rigor, se você quiser a verdade, então não a questione! Pelo menos dessa vez, pois a casa de Capricórnio mexe na vida pública e na reputação das pessoas, imagem e trabalho e o tema é responsabilidade, pode ter muita gente chegando atrasado ou sendo chefes exigentes, lembrando que Saturno na casa 10 tem mais negativismo do que positivismo, mas Saturno é um pai que nos ama, mesmo sendo cruel as vezes e que nos ensina certas lições.

O signo mais afetado talvez será escorpião já que este estará em Júpiter, o planeta da expansão e que nos mitos gregos é filho de Saturno. Ambos vão conquistar o poder, mas a disputa será intensa. Quem tem Vênus em aries sofreu muito com Júpiter em virgem e em libra, uma vez que o fogo de palha de Vênus em áries perturbou os relacionamentos, já que, desapaixona muito rápido de tudo, mas agora é a vez de quem tem Vênus em escorpião. Vênus não se dá com Saturno e a Vênus em escorpião vai querer amar e ser amada todo dia e o Saturno em escorpião vai refrear (ou esfriar) isso e fazer brochar os relacionamentos entre eles de uma vez por todas. As pessoas com Vênus em escorpião poderão se interessar por gente mais velha. Dá-lhe Viagra!!

O Poder pode ser qualquer coisa onde você dá foco. Pode ser controle onde se busca controlar alguém, igual Hitler, pode ser dinheiro, status, etc. O militarismo vai ganhar espaço no mundo novamente. Algumas pessoas podem se achar um fracasso ou medíocre, fazendo-o pensar que tudo em que você investiu não valeu de nada e para nada porque até agora não fez servidão aos outros ou aos desafortunados, enquanto outras vão olhar para o potencial da transformação da dor em vitória. Basta olhar onde se tem Quiron no mapa. Já outras pessoas vão lidar com a questão do domínio e o “dominar” ou ser “dominado”, levando a cabo os fetiches de sado/masoquismo.

De qualquer forma Saturno vai impulsionar a aprender a servir e, aqueles que vivem em função do Poder, esses poderão sofrer muito, pois vão ter que aprender a ser pessoa, a ser real, a ser mais humano, questionando a si mesmo no por que você se acha no direito de dominar os outros sem ter dominado a si mesmo. Nesse sentido olhe seu Marte no Mapa, já que o ego terá sua própria espada apontada a ele mesmo.

Para os que negligenciaram os 12 trabalhos de Lupercus, ou negligenciaram os trabalhos de ego, os trabalhos de sombra e autotransformação, PAREM!! Dê um passo para traz e retome o caminho com mais responsabilidade, antes que saiam fumaças dos vossos tutanos.

Para os que buscaram somente o TRIUNFO, e perceberam que as verdades são passageiras, individuais, fragmentadas e mutáveis, além de aplicadas momento-a-momento, lembre-se que a vida é uma gangorra e é por isso que as crianças gostam dela tanto assim. Mas Saturno não lida bem com crianças, desde que crianças não dirige o carro da vida de ninguém e Saturno não admite infantilidades. Além de que, o fracasso também tem espaço e função na vida e faz parte do equilíbrio, não é pecado fracassar, pecado é não admitir o erro e se dar por vencido quando se tem um bom auto conhecimento. Nesse caso, a aceitação é o ponto na encruzilhada para recomeçar. 

Então diga a si mesmo: Eu me aprovo, eu me aceito e eu me amo.

Com Saturno no meio do céu, a carreira e vida pública são desafiadas e o reconhecimento é zero, mas sua missão de vida ficará mais clara se tiver humildade e se calcular a calda do dragão e a cabeça do dragão. Tem gente que reencarnou mas vive no modo vida-passada até hoje.

Jamais quebre o pau com as autoridades durante esse período. Faça as pazes com todas as suas autoridades, seus líderes e chefes, governos e deuses, mesmo as que você “cagou” no passado, pois você vai precisar dessas pessoas! Os mais velhos serão iluminados pelo Senhor Velho do Tempo e a única verdade que se terá nesse período são as VERDADES PERENES que seus mestres lhe ensinaram no passado! A ancestralidade estará mais viva do que nunca!

William Lily considera que os dois Maléficos do Zodíaco são Saturno e Marte. Portanto, as pessoas podem ficar mais malvadas que antes. Mas as maldições não sairão das mãos daqueles que querem lançá-las e a bomba poderá estourar nessas mesmas mãos.

Então nada de reclamar da vida, nada de amaldiçoar o dia em que nasceu, nada de falar mal dos outros, se apegue as virtudes e faça o certo dessa vez, agradecendo ao universo por tudo que já aprendeu na vida, por todas as oportunidades, mesmo aquelas da qual não gostaram de passar, pois todas têm uma função na vida e tudo está como deveria. Com Saturno em escorpião todas as pragas e maldições que você jogou no passado lhe cairão de volta no seu teto de vidro e a lei do retorno ficará obvia para você.

Para os que nasceram com o ascendente em touro e com a estrela Algol (uma das mais maléficas que existe no universo) empoderando seu ascendente, calma, essa Medusa faz todo mundo ter medo de vocês porque vocês tem esse poder de petrificar assuntos, pessoas e situações, mas vocês sabem mais que todo mundo que vocês quase nunca usam esse dom. Isso me lembrou o escorpião que só pica quando alguém o ameaça. Por tanto, isso é um poder de defesa, não se preocupem porque Saturno em capricórnio não vos deixará mais medusianos do que já são por natureza e por isso não precisam temer o afastamento de gente que não serve para nada, desde que a palavra serviço e servidão já encabeçam a era de Saturno.

Olhe para dentro do seu peito e veja o que você tem de melhor lá dentro. Trabalhe com isso, pois o arrependimento é a borracha do ego e é o que nos permite retomar os passos, com perdão e amor maduros. O retrovisor não existe à toa, ele tem função prática na vida de todo mundo, só cego não pode olhar no retrovisor, mas você pode e você vai.

Lembre-se: os Poderes da terceira idade estarão em pauta, e os deuses anciãos vão cobrar de você tudo aquilo que você deveria ter feito e não fez, para que faça com mais responsabilidade nesse setor já tão negligenciado onde não teve constância nem disciplina. Juramentos quebrados e promessas ditas da boca para fora também terão peso. Cumpra e Sirva, faça o que tem de ser feito. Esse é o rumo das coisas. E faça consciente! Essa é a hora que você vai enxergar o por que você não pode ser mais privilegiado do que o outro, nem tem mais poder que o outro. É hora de ter servido e de servir.

O Senhor do Tempo dará o reconhecimento com o Tempo, com muito esforço e dedicação. Faça as pazes com Saturno e suas habilidades, com tudo e todos e, agradeça por muito trabalho sem diversão! Agradeça pelos seus mestres terem dado bronca, terem te chamado a atenção, terem te ensinado algo de valor e terem deixado você enfiar o dedo na tomada para levar um tranco.

Agradeça aos seus “ossos” pelo seu esqueleto filosofal ter sustentado todo o peso do teu ser e todo o teu aprendizado até hoje! Todo mundo é mestre um do outro, mas agora é hora dos mais velhos sentar no trono e os mais novos abaixarem o focinho, recolher a cauda e ouvir e servir, porque os que não servem para nada ficarão onde tem de ficar na sala de recuperação Saturnina.

Aprender a servir é para poucos. Ninguém vira mestre se nunca foi aprendiz disciplinado, ninguém vira mestre lendo livros sentado no vaso sanitário. Ninguém dá exemplos que nunca vivenciou, e por fim, ninguém dá aquilo que não tem! Antes de se levantar, ajoelhe com humildade e aprenda fazer seus esqueletos ficar de pé, mesmo em momentos de crise.

Dessa vez, os achismos do ego não terão vez e os falsos alicerces desmoronarão para dar lugar a um amalgama mais sólido e concreto em todos os âmbitos!

Há muito mais para ser explanado sobre a configuração celeste de 2018, mas isso é tópico para outro artigo.

Espero ter ajudado.

Sett.











sábado, 27 de maio de 2017

Bruxos Tradicionais e o Esoterismo da Tábua de Esmeralda




Por que nos guiamos esotericamente pela Tábua de Esmeralda?
Simples: Porque são verdades eternas, verdades perenes, que nunca morrem!
Agradecemos a profa. Lúcia Helena Galvão e a Nova Acrópole por disponibilizar o conteúdo esotérico e hermético que nos traduz com tamanha claridade como a água é cristalina.
Essa aula é a tradução do verdadeiro trabalho que um iniciado deve fazer consigo mesmo e por assim dizer, guiar sua própria vida.

Lembrando que, a deusa Isis (Aset) foi a deusa venerada em Benevento pelas stregas.





Por que bruxos tradicionais são hereges?




Por que bruxos tradicionais são hereges??
O que pensamos sobre Deus ou Deuses?
Todos cabem nos nossos corações?
Por que os wiccanos não compreendem os bruxos tradicionais?
Nesse documentário, o bate papo de Márcia Tiburi revela com grandeza de espírito e muita sabedoria todas essas questões, com riqueza de detalhes.
Queremos agradecer a Márcia por disponibilizar essa riqueza.

Em tempo, vale ressaltar que:
Bruxos alimentam uma egrégora de onde retiram seu poder.
O poder está no planeta Terra. Bruxos detém a faculdade de usar isso em seu favor, por necessidade ou não.
Herege significa aquele que faz escolhas, aquele que sabe escolher, como, quando e onde manipular energias sutis ou não.
Witch + Craft = arte dos sábios.

Nunca estivemos "desconectados" de nossa fonte espiritual original. Por isso, não precisamos do "religare". Dessa forma, não professamos uma única fé ou religião e, sim todas as tradições espirituais.

Candomblecistas que não são bruxos, não entendem isso e vão te mandar abandonar a bruxaria.
Religiosos que não são bruxos farão o mesmo.
Iniciados em uma única religião farão o mesmo.
Iniciados em dogmas sentirão ciúme de nós e discordarão de nós.
porque para essa gente, nós somos fraudulentos, desassociados, marginais que vivem na margem da sociedade, pervertidos, perigosos, e subvertidos.

Mas para compreender e ser um bruxo tradicional é preciso ter a mente aberta, mais do que nunca e considerar que o poder que nos veste vem de Elphame.
Chame Elphame pelo nome que você quiser, mas ainda assim será a mesma fonte espiritual por trás de qualquer bruxo(a), o poder cuja chave que só os bruxos detém.

Para quem sabe ler, o pingo do "i" é letra!!


A Deusa Vatica e o Poder nas Raízes do Vaticano





Para quem não sabe, o Vaticano foi construído em cima de um cemitério ETRUSCO.
O Catolicismo sempre foi uma cópia do paganismo.

Os Bruxos e o Poder - Documentário




quinta-feira, 6 de abril de 2017

Michael Howard diz o que é Bruxaria Tradicional


Michael lançou a revista The Cauldron em 1976, dedicada a feitiçaria e bruxaria moderna e tradicional e folk-magick. Por quase 40 anos ele investiu na edição de publicações bem respeitadas por sua seriedade. Com ele se ergueram nomes como Ronald Hutton, Gareth Knight, Cochrane, Evan John Jones, Rae Beth, Philip Heselton, Caroline Tully, Nigel Pennick, Rankina de David, Sorita, Geraldine Beskin e muitos outros.
Sua visão sempre muito ampla a respeito do Craft Traditional of the Witches abriu os olhos de quase todos no mundo.
Para saber mais sobre o que é Bruxaria Tradicional, leiam a entrevista clicando no link abaixo:

Os Benandanti - Por Carlo Ginzburg





Quando Alex Sanders e Doreen Valiente Falam sobre Arte





Entrevista com Bruxas Tradicionais - 1

Interview with Shani Oates



sábado, 1 de abril de 2017

Bruxas Cultas e Bruxas Leigas - o Culto e a Religião na Bruxaria





Algumas afirmações sobre o que é a bruxaria, da parte de alguns autores, soa audaciosa, já que, em algum momento, esses mesmos autores se esquecem de ampliar tanto o termo quanto há em fatos reais. Nem todas as Guildas da Arte Bruxa trabalham com o mesmo "frame" e, isso é importante para não desconsiderar, haja vista que não existe verdade absoluta quando se trata de bruxaria.

Primeiro porque a magia não é uma ciência exata. Feitiços e magias são construídos com estudos, praticas, por erro e acerto. É por tal motivo que se escolhe "guardar" o que funciona e "reestruturar" o que não funciona para que possa funcionar.
Mas por que não se descarta e sim, se reestrutura?
Simples, é porque em magia tudo se aproveita, tudo pode ser transformado, até a morte se transforma na reencarnação e nós sabemos que o fim é só o começo.
Logo, é errado afirmar que existe um só modo de trabalhar com bruxaria.

A filosofia dá aporte para o significado do termo "verdade". Mas os beatos só enxergam a verdade na fé e negam outros prismas da verdade. Isso não significa que não exista outras verdades sobre bruxaria e se faz mister que mestres considerem todas. Considerar (com + siderar) significa "estar com o céu".

Em Grego "verdade" é Aletheia. 
Em Latim é Veritas. 
Em Hebráico é Hemunah. 

Mas essas três formas de dizer a verdade soam diferentes em termos gramaticais e filosóficos e a mente humana não distingue o que é mito e o que é realidade, a menos que se faça uso da razão de causa e pela causa, com estudos, inclusive, da linguística para se compreender e interpretar um texto de um livro.

As possíveis verdades da feitiçaria se relacionam com a concepção grega de verdade, já que Aletheia refere-se ao que as coisas são, ignorando o que é falso. Há relação também com a terminologia latina, já que veritas, é narração, a verdade nas palavras, na linguagem. Isso se traduz muito na hora de pronunciar um encantamento, já que temos a obrigação de manter nossas palavras em boa ordem, sob o risco da magia não creditar em você, uma vez que nem você dá créditos pelo que sai de sua boca.
A regra é: mantenha as palavras em boa ordem, sob o risco de não ter força nas palavras e com isso não obter exito no empenho de um encantamento.

A confiança, tradução do termo Hebraico, Hemunah, tem ligação direta com o divino , ao que é prometido e está certo de que será cumprido. É a verdade por via de fé cega, por tanto, dogmática.

Dogmas prendem, não libertam. Dogmas limitam nossas concepções de mundo, pois são controlados pela fé, não pela razão. 
Apesar das bruxas adorarem um bom mito, ninguém vive de mito e o que funciona em nossas vidas nem sempre alcançamos por via da fé e, sim, por via de ritos repetidos (alimentação da egrégora).
É por essa razão que se colhe aquilo que se planta.

As pesquisas arqueológicas revelam que vários são os tipos de bruxarias desde que o mundo é mundo, e todas com culto, porém sem ser religião. Fazer culto é participar de uma tradição espiritual, é diferente de participar de mistérios, que é diferente de se compreender um ou mais de um mistério, que é diferente de seguir dogmas religiosos por obrigação sacerdotal de pregar tal verdade Hemunah, e por tanto, segue um constante diálogo entre si e a história com fatos, não sendo possível se fixar num único tipo, um único conceito.

Ao exemplo da bruxaria africana das Iyamis: Homens podem fazer culto para as Iyamis, mas não podem participar de seus mistérios, já que não possuem útero. Nesse mesmo sentido está a força do Phallus, encontrada tanto no homem quanto na mulher.

Para mitos, recorda os dicionários tradicionais três definições da qual a segunda é narrativa de significação simbólica, transmitida de geração em geração dentro de um determinado grupo e considerada verdadeira por ele. Esse é o uso da tradição (tradição significa entrega das chaves).
Por tanto, uma tradição se vale de símbolos próprios para existir e, o passar das décadas gera a egrégora através da repetição de seus ritos próprios.

Os sonhos se traduzem por símbolos, e sonhar é muito bruxo.
A vida se traduz por símbolos, a magia se traduz por símbolos. 
Para tudo precisa haver símbolos, pois a linguagem primeiro existiu por via simbólica, e assim funciona os poemas, os encantamentos e as narrações dos mistérios, já que mistério é algo que não se pode por em palavras, é necessário a linguagem dos símbolos para externar uma narração, como por exemplo da descida da deusa Inanna ao submundo.

Um exemplo claro do entorpecimento da compreensão da linguagem é a palavra Bárbaro. Quase todo mundo foi levado a acreditar por séculos que, bárbaro seria um briguento, lutador, guerreiro. E estão errados. Bárbaro vem de barbarói, o qual se traduz por: "aquele que não fala a mesma língua".
Agora você tem em mente a torre de Babel. rsrs

Outro uso errado da palavra é o termo paixão. Quase todo mundo usa esse termo para simbolizar que amam alguém quando dizem: "estou apaixonado por você".
Estão errados.
O termo paixão vem do latim "passio" que significa dor/sofrimento. Por isso criaram o filme Paixão de Cristo, o qual significa sofrimento dele.

É correto desapaixonar-se de tudo ao invés de viver iludido e é sobre isso que chamo atenção para o uso da linguagem na bruxaria e ao próprio termo bruxaria e seu significado nas mais variadas línguas do mundo.

Quando um sacerdote vem em público afirmar que bruxaria é religião, ele está em "passio", está apaixonado, ou seja, ele está com dor, está sofrendo por sua religião. Logo, ele não está bem e deveria desapaixonar-se dos dogmas religiosos de sua fé.

Nesse sentido, a wicca está mais para Hemunah do que para Aletheia e é aqui que ela começa se limitar. 
Não confundam tradição espiritual com religião. Gardner foi iniciado numa tradição espiritual chamada wica (com um "c" só), e como não havia religião para o culto, ele resolveu criar uma, a chamada "wicca" (com dois "c's"), já esgotadamente explicado por Charles Clark. É correto afirmar que a wicca possui só 67 anos, uma vez que antes dessa data não havia religião de bruxaria, mas tão somente os tradicionais cultos espirituais de tradições diversas.

Bruxaria é arte dos sábios e ofício de culto das mais variadas tradições espirituais existentes no mundo e a feitiçaria vem junto no pacote, já que uma não pode viver sem a outra.

A bruxaria é tradicional quando ela é praticada fora de uma religião.
A bruxaria é uma tradição espiritual (com mais de um mistério) quando se faz culto fora da religião, e por isso ela é tradicional.
A bruxaria não é tradicional quando ela é wicca porque ela é praticada dentro da religião (com dogmas). Sim, a wicca possui dogmas como qualquer outra religião.

De igual forma, o xamanismo não é religião e por isso é também bruxaria, pois é uma das várias tradições espirituais.

Existem várias religiões que contém bruxaria, a wicca é só uma delas. 
Mas...a Bruxaria é e sempre será um culto sem religião, é e sempre será expressões de tradições espirituais ligadas à magia e pela magia.
E é por isso que a Bruxaria é herética. Herege significa aquele que sabe escolher. Aquele que faz escolhas. Se você escolher uma religião que contém bruxaria, ainda assim você esta sendo herege. Todo mundo que faz escolha é um herege.

Gente, desde que inventaram a primeira religião no mundo, vemos que as religiões só causam guerras ou quase sempre promove algum tipo de discórdia.
Isso se dá por que os beatos são movidos pelo "passio". 
Em 99% dos casos, isso é tratado com um trabalho de sombra e, se não resolver deve ser tratado em divã de algum psicanalista, porque "passio" faz mal e beira loucura.

Já passou da hora de acordar e parar com isso. Líderes religiosos tentam dominar o mundo há séculos, e todos caem em descrédito, desde que a vida é uma gangorra da qual só as crianças gostam. 
Feliz é aquele que não se apresenta com síndrome de Peter Pan.

Os contos de fadas são gostosos de assistir, mas sempre serão contos de fadas. Na prática, a bruxaria é outra coisa.

A Bruxaria é Laica e devemos lutar para mantê-la Laica.
A Bruxaria é um patrimônio da humanidade e não tem dono.




Abençoados e amaldiçoados sejam! Pois não existe luz sem sombra.

Sett




quinta-feira, 30 de março de 2017

A Bússola das Bruxas




“The information about the nine foot magic circle sounds a bit false. I am very disinclined to believe it as a possible historical event. Everything in the theory points towards a laboured nineteenth century hand, inventing primitive man all over again. No twentieth century man likes to admit the possibility that it has all been done before. But in a different way with different means. However, this is literally what a witch’s compass is, a highly efficient and scientific machine, and it requires science to use it properly.

This is the Key of Kings.”

                                                                                                      
(Robert Cochrane)

Em Defesa das Bruxas - Tradicionais e Hereditárias




Vou me alongar nesse artigo porque o tema requer convicção e reflexão, para não deixar dúvidas de que SIM – Existem Bruxos Hereditários no Mundo! Graças aos deuses!

Na Itália, por exemplo, muito dos rituais públicos foram transportados para o ambiente doméstico quando as leis da Igreja-Estado se impôs contra o paganismo. Você iria para a cadeia se praticasse ritos pagãos em público no início da era cristã. Mas muitos bruxos iniciados nos mistérios desses rituais outrora públicos se recusaram a parar de praticar e de acreditar nos deuses, se recusaram a parar de alimentar as egrégoras de sua iniciação, então o vizinho não ia mesmo participar dos mistérios domésticos, desde que tudo passou a ser mantido em segredo.

Reminiscências dessas tradições sobreviveram dentro de certas famílias e alguns poucos rituais foram com o tempo sendo adaptados ao novo mundo. Isso formou, na Itália e no mundo, o que conhecemos por bruxaria hereditária. Essas famílias contribuíram com o caminho bruxo para que hoje pudéssemos pisar sobre ele. A essa ancestralidade, todos os meus respeitos e agradecimentos.

No entanto, o mundo conta hoje com uma religião feita para bruxos, por bruxos. Uma religião que tem 67 anos apenas e que alguns de seus correligionários negam a ancestralidade e a contribuição citada acima.

já existia bruxos antes da criação da religião,
bruxos sem religião e com covens
Tem surgido um crescente movimento dentre alguns representantes dessa fé, no sentido de denegrir a imagem da bruxaria tradicional e da bruxaria hereditária.

Existe bruxaria hereditária orientada por diversos modos. As que são orientadas pelo pensamento de Nietzsche possuem uma base ou alicerce em satanismo. As que são orientadas pelo pensamento de Platão são diferentes, pois possuem um fundo luciferiano. Platão era pagão e está vivo na memória dos cristãos ainda influenciando até cursos universitários de graduação, como o direito por exemplo. Os que possuem base em Aristóteles também herdou o legado de Platão, a esses soma-se o esoterismo de Julius Evola (somente o esoterismo tradicional dele) e formam a base para quase todas as stregas que trabalham com Diana e Lúcifer, igualmente luciferianos, porém o pano de fundo é do paganismo com sua raíz bruxa oriundas de iniciados nos mistérios e segredos da transformação, não de sacerdotisas.

E ainda se dizem sábios os que negam esse poder gerado por círculos de famílias que se mantiveram sigilosas por décadas. Essas pessoas nada sábias que negam esse poder, são como beatas religiosas que carecem de transformação pessoal e evolução com progresso. Algumas vivem dentro de chácaras que foram construídas de forma sagrada no início, as quais já foram depredadas em sua sacralidade original, pela própria limitação da dona atual e suas marionetisas (sacerdotisas marionetes).

Ah..., isso sempre vem de alguns religiosos, mas não são todos que agem assim. Dessa ultima vez o investimento que tenta macular outras bruxas partiu de uma mulher que vê a si mesma como sacerdotisa wiccana e, tudo o que ela disse em público no ambiente virtual configurou atos de desrespeito e violência contra a existência de bruxos hereditários e tradicionais de TODAS as guildas da Arte Bruxa, desde que a intenção dela foi a de furtar nossa autonomia, expressão livre, e nomenclatura enquanto personalidade existencial. Os atos dela revelam que ela quer se fazer dona da nomenclatura e obter para si o direito de apontar o dedo para dizer quem é e quem não é bruxa(o).

CAMI - Crafting the Art of Magic
- dois volumes sobre o movimento
da formação da bruxaria gardneriana como religião
Fico pensando se essa mulher tem outra serventia no mundo além de conseguir o Ódio do Brasil todo. Ela ocupa o lugar de uma rude inquisidora da própria “etnia espiritual”, e por isso se tornou uma “persona non grata” na sociedade bruxa, ainda que ela não tenha notado isso.

Vejam que já existem “criminosos” dentro da religião que se propõe ser para bruxas e, essas mesmas criminosas beatificadas pela deusa já estão caçando bruxas e dizendo que as bruxas legítimas, não teria direito de se chamarem bruxas, mas sim “feiticeiras operacionais”, ofendendo não somente as bruxas que se reconhecem bruxas, mas ofendendo inclusive as iyamís (bruxas africanas) que vivem no Brasil.

Não se pode reduzir uma feiticeira somente para o cabeçalho de bruxa e, da mesma forma não se pode reduzir uma bruxa somente ao título de feiticeira, pois bruxaria e feitiçaria não existe uma sem a outra.

Dorren Valiente era comprometida com a causa da Bruxaria, não da wicca
Querida, nós não agradecemos a sua desinstrução, e como não precisamos da sua aprovação para existirmos, gostaríamos de mandar você de volta ao Mobral espiritual com toda classe, mas isso não seria gentil de nossa parte, desde que somos bem mais educados que a senhora e, ainda guardamos um pouco de admiração pelos poucos serviços que realmente valeram a pena durante o tempo de atuação da sua pessoa quando vosmicê ainda era bruxa (sábia). Preciso te lembrar que Witch significa Sábio. Preciso te lembrar que Craft significa Arte e que Witch+Craft significa Arte dos Sábios, independente se esses sábios fazem feitiços, rituais ou rezam para os mesmos deuses. Sábios da Arte estudam o que lhes são transmitidos oralmente (dentro ou fora de uma família de sangue ou família espiritual). Respeite isso!!!

Não existe um controle de qualidade na bruxaria que dita regras. Nem pode existir, já que a bruxaria é um patrimônio da humanidade, nunca foi patrimônio de nenhuma religião, logo, não seria a sua religião nem a sua pessoa a se apropriar única e exclusivamente de nossa nomenclatura! Mas se te convém, dite regras dentro do seu Coven (somente). O Brasil não enxerga uma papisa da deusa na sua pessoa fora do seu querido coven.

Todos sabem o respeito que tenho por todas as religiões do mundo e esse respeito perde o direito de existir quando nossa integralidade é agredida, ofendida e desrespeitada primeiro. Tenho amigos e irmãos de arte que “adotaram” a religião criada a 67 anos atrás por Gardner e alguns chegaram a ser iniciados e são verdadeiros e respeitosos representantes do religare de orientação somente pagã celto-inglesa. À esses, meu artigo não é para vocês. Todo meu amor e respeito a Cerrydwen e Cernnunos.

Como há em todos os lugares e religiões pessoas benéficas e maléficas, não seria diferente com a criação de Gardner. Infelizmente, algumas pessoas que tem se projetado como de má índole têm investido com “dolo” contra a liberdade de expressão espiritual dentre bruxos, desrespeitando inclusive o fato de que a Bruxaria é um patrimônio da humanidade, e contra fatos não há argumentos.

Essas “violências” tem como escopo um único objetivo: Se apropriar da nomenclatura “bruxa”, “bruxo”, ou “bruxaria”, para controlar o resto do mundo. Isso vai na contra mão da lei wicca (faça o que desejar sem mal nenhum causar), pois já causaram o mal e por mais que essas pessoas foram iniciadas em wicca, já perderam o direito de serem wiccanas há tempos, haja vista que não agem como um wiccano.

Essas pessoas confundem bruxaria com religião. Bruxaria nunca foi religião!!! A sua religião é uma das várias expressões de bruxaria. A Arte Bruxa é Fluída e ela vive sem você. Por tanto não é você quem dita as regras em Bruxaria. Limite-se à sua religião e ao seu coven.



Religião não define quem se é. Aliás, quem se define se limita. Mas se a senhora é bruxa e nós somos feiticeiros operacionais, eu deveria sentir vergonha de me intitular bruxo, porque se ser bruxo é ser como a senhora, não vejo o por que continuar estreito em mentalidade como a ti. Contudo, informamos que nós somos os bruxos (sábios) do Craft, antes mesmo de existir a sua religião, goste ou não!

Antes mesmo de saber da existência de uma religião PARA bruxos, nós já éramos bruxos. Vou explicar como se a senhora tivesse 2 anos de idade para não restar dúvidas. Primeiramente você se sente bruxa, você se reconhece como bruxa e por isso quer estar junto de seus pares. A religião para bruxas foi a facilitadora de muitas reuniões entre bruxos, mas não havia ali nessas reuniões somente adeptos de sua fé, e sim bruxos e bruxas.

Deveras, há e sempre houve bruxos sem religião, pois A MAIORIA DOS BRUXOS DO MUNDO INTEIRO ENTENDE QUE NUNCA ESTIVEMOS DESCONECTADOS DE NOSSA FONTE ESPIRITUAL, por tanto, não precisamos do “religare” de nenhum tipo, desde que não é a religião que nos dá acesso aos mistérios iniciáticos e sim, os ensinamentos iniciáticos é que dão acesso aos mistérios. Ensinamentos esses que a sua religião se apropriou sem ser dona. E para ser mais exato, sua religião se apropriou somente de UM dos ensinamentos iniciáticos, não de todos.

Mas confesso que se auto afirmar como wiccano gera bem menos preconceito na sociedade do que se afirmar como bruxo. Lá fora, é mais bonitinho dizer “oi sou wiccano”, soa menos “pesado” aos ouvidos de um chefe de uma empresa e poupa o funcionário de uma injusta e preconceituosa demissão, principalmente se o patrão for evangélico. O nome da religião ajuda de certa forma romper preconceitos, e o mesmo deveria fazer os iniciados nela, ao invés de atentar contra a vida e a forma de expressão libertária do sentimento bruxo.

O ato dessa beata ofende não só a nós bruxos hereditários, mas ofende principalmente a MEMÓRIA do Museu de Bruxaria de Boscastle, Salém, entre outros, ofende a memória de George Pickingill, ofende a memória da avó do Alex Sanders, ofende a memória da família de bruxas hereditárias da Eleonor Bone, ofende a memória da linhagem de bruxaria hereditária de Dorothy Clutterbuckque, a qual iniciou o próprio Gardner (antes dele inventar a wicca que conhecemos), ofende as terras de Benevento, ofende a memória do Raven Grimassi que já estava na arte bruxa antes da senhora abandonar a umbanda.

É preciso deixar claro aqui, que Gardner acreditou ter sido iniciado numa tradição de bruxaria religiosa, mas não era religião. Tanto é verdade que ele em pessoa teve de inventar a religião, pois antes não existia porque a wica não era religião. A Wica só virou religião Wicca com o Gardner.

A senhora ofende a memória de todos os bruxos hereditários, os quais já existiam no mundo antes do Gerald B. Gardner nascer, os quais prepararam o caminho para que a bruxaria se tornasse o que se tornou. Sem os bruxos hereditários, não haveria nem a Wicca. Será que vosmicê é realmente digna da iniciação que recebeu nessa religião? Ou será que a religião em vossas mãos irá se degradar? No mínimo, limite-se a não falar de bruxaria hereditária, pois é um assunto que a senhora não domina porque não nasceu em uma e pelo visto, nem ensinando a senhora aprende.

Por que eu sou um bruxo?
- entrevista com Alex Sanders (bruxo tradicional e depois wicca)
É bem verdade que as “Trad Fam” (tradições familiares) eram desorganizadas e com meia dúzia de materiais somente, igual a wica que Gardner conheceu. Isso foi, inclusive, a causa e o motivo de ter levado o velho Gardner a organizar os materiais iniciáticos e dar uma nova cara, a cara de uma religião PARA bruxos. Leia-se nas entre linhas a real intenção do velho, ou seja, a de preservar uma das artes bruxas que ele conheceu, eu disse UMA, já que ele mesmo reconheceu que haviam outras.

Tão estranhamente foi a repercussão dos atos dele na época, que gerou animosidades entre os clãs de Roy Bowers e os seguidores de Gardner na época, já que a Arte Bruxa é fluída e não existe unicamente um só modo de se praticar bruxaria. É muita arrogância e prepotência da sua parte querer impor um limite para uma arte sem nome, a qual não pode ter um nome só ou uma só forma de expressão, desde que a Witch Mother também possui mais de 10 mil nomes e Elphame já existia antes de Summerland.

Apesar disso, queremos ter a certeza de que a senhora sabe o que está atraindo para si e que não seja, para o seu bem, alguém como aquele fã do John Lennon, pois nos preocupamos e queremos ver o bem estar de todas as Bruxas e Bruxos, uma vez que o nosso propósito está vinculado ao próprio desígnio da bruxaria e a nossa segurança vital. Mas pare para perceber o que vocês estão atraindo para si mesmos.

Não achamos justo quando uma de nós aponta o dedo para outro, principalmente para bruxos de um Brasil que ama o boitatá e descontemplou o seu alfarrábio.

E antes que aleguem que estamos desrespeitando, faço lembrar que a verdade dos fatos revela quem primeiro deu causa a nossa defesa. A mesma liberdade de expressão usada pela sua pessoa para nos opor, é a mesma liberdade de expressão usada por nós para nos defender de suas alegações. Aqui somos uma voz representando muitas outras, pois antes de conhecermos a sua reconsagração do ventre e do phallus, já éramos bruxos HEREDITARIOS, já existíamos e vamos continuar existindo, desde que o mesmo direito que damos a ti para usar a nomenclatura como bruxos, nós já tínhamos e sempre teremos, haja vista que não é uma religião que faz um bruxo. E como todos podem ver, não é religião que fornece qualidade, pois se assim fosse, estaríamos honrados com suas falácias, o que não é o caso. A sua religião já causou muito mal desde que nasceu, porque é limitada e não contém nem um terço de bruxaria de verdade nela. 

Doreen Valiente reconhecendo o Voodoo
como uma das várias formas de bruxaria

A mesma mama Brigida do Vodu, é a mesma deusa celta Brigit.
A Deusa não mora numa religião e você não é proprietária da Deusa, nem do diabo. Limite-se como proprietária somente daquilo que seu dinheiro pode comprar.

A religião faz uma fé, mas a Arte Bruxa faz um bruxo, nós carregamos a bruxaria na alma em todas as reencarnações e sempre seremos bruxos, feiticeiros e magos seja por qual vida nossa alma passar. Minha mãe é uma bruxa hereditária, meu filho é um bruxo hereditário, e ninguém, nem a senhora vai ditar regras caricatas de proibição da nomenclatura.

Aqui eu me somo a todos os demais bruxos e bruxas hereditárias e Tradicionais do mundo todo para denunciar o crime preconceituoso e descabido contra nós todos. Essa perseguição contra nossa nomenclatura e posição na arte bruxa, tem que acabar, pois somos mais bruxos no mundo do que pode haver numa religião, até porque, o status da religião não ajuda muito devido aos muitos desagrados que já ocorreu em nosso país envolvendo a religião.

(somos mais bruxos do que uma religião. Percebe que somos nós bruxos que fazemos a religião? E da mesma forma podemos acabar com ela, mas deixamos essa função pra vocês mesmos, já que fazem isso tão bem).

Vejam, uma bruxa é alguém que anda na mão dos fluxos sazonais, os quais orientam a forma de trabalho e só conseguem resultados através desse fluxo. Os feiticeiros também fazem isso, porém, feiticeiros PODEM andar no contra fluxo sazonal e obter ótimos resultados nos trabalhos mágicos. Então por mais que vocês tentem denegrir os feiticeiros tentando retirar o título de bruxos, são os feiticeiros quem detém o poder de transformação. Muitos feiticeiros são igualmente bruxos/sábios.



O papel do mago é desempenhado por ambos, bruxos e feiticeiros, quando estudam a magia (alta, baixa, cerimonial, Elemental, natural, etc.), inclusive estudam a magia praticada nos mais diversos países graças aos bons livros de historiadores, ocultistas e, arqueólogos, as quais movimentam forças e inteligências naturais invisíveis ou não, todas energias manipuladas entre vivos e mortos. Há quem diga que magos são os que operam magia através de uma mesa radionica. Há os que dizem que mago é somente o 2º grau do sacerdócio de sua religião, mas antes de mais nada, magus é quem manipula energia de qualquer natureza.

Bruxaria vem de Witch + Craft = arte sábia, isso soma um estudo, uma pratica, e um ofício. Todo sábio que sabe o conteúdo do Craft é um bruxo(a). Alguns tem poder espiritual e mediúnico, tal como são as benzedeiras, mesmo que elas não se intitulem bruxas, elas são uma das várias ‘espécies’ (para não falar tipos) de bruxas.

Na era cristã quem deu o titulo de bruxas para nós todos foi a igreja. Contudo, nós sabemos que o termo ‘bruxa’ já era usado antes de Medeia, e olha que nem havia wicca naquela época. Qualquer pessoa que se devociona e tira/recebe poder de um Deus (ou deusa), ou até do diabo, é um bruxo. Igualmente, qualquer pessoa que tenha um dom na alma, um dom de manipular energias e conjurar espíritos que os obedecem ou interagem, é um bruxo. Qualquer pessoa que tenha poder pra exorcizar, limpar o mal e/ou fazer o mal, abençoar ou amaldiçoar, é um bruxo, tenha ele religião ou não.

Se você dobra seus joelhos e reza aos pés de um carvalho e ele te dá poder de alguma forma, você é um bruxo também. Bruxos(as) são receptáculos de poderes, dons ou seja lá o nome que queiram dar a isso. Temos o poder pessoal, os centros de poder do corpo, e somos “conduítes” de energia canalizada e catalisada, podendo ou não mover tais energias a bel prazer.

bruxas Bascas de linhagem hereditária
Então temos no mundo bruxas de orientação jaínas hindu, basca, bruxas de orientação wiccana inglesa, bruxas de orientação religiosa ou não, bruxas de orientação feminista ou não, e todas são bruxas, bem como temos stregas de todas as vertentes. Perceba o amplo espectro de liberdade que estamos dando as bruxas, para que ninguém no mundo possa reduzir o poder de uma bruxa nem mesmo no direito do uso da nomenclatura. Só mesmo um comedor de arroz e feijão com pensamentos mesquinhos teria a coragem de se opor a isso. A própria bruxa de Endor era uma refugiada babilônica que adotou sua casa num bairro de Israel e abraçou alguns dos costumes judaicos para sobreviver àqueles tempos, e ela não tinha religião. Cada bruxa sabe de onde ela tira poder pra usar.

O gozado é que quando a água bate na bunda, é no candomblé que essas bruxinhas vem pedir arrego. Sei disso porque já fiz laboratório em diversas religiões. Mas, as bruxas de verdade não precisam nem do candomblé nem de religião alguma. Sua pessoa deve estar se perguntando: Por que não precisam de religião? Esse é o segredo do qual a sua pessoa se distanciou e por isso não sabe o porquê.

entrevista de Robert Chrocane dada a revista Pentagram

Heródias também era uma bruxa no tempo de Ioshua e, não era wiccana. O mesmo aconteceu com a amante de Ulisses, a bruxa Circe que só podia ser derrotada pelo alium nigrum.

Ao que nos consta, Morgana Le Fey, sendo mito ou não, é uma personagem que não tinha religião, mas sim, tradição espiritual.

A menos que a senhora queira ir tão longe com sua prepotência a fim de querer acabar com os mitos, não acho que a sua sabedoria iria aprovar os seus próprios atos se estivesse na pele de outra bruxa que não uma wiccana.

Famílias inteiras de bruxas hereditárias existem em várias partes do mundo a serviço das vidas e sua comunidade tal como instruções de saúde tanto na África, quanto regiões distantes da Escócia, Irlanda e País de Gales, províncias insulares como Bali, país Basco e, Itália, Brasil entre outros.

Outro fato não menos importante a ser reconhecido e respeitado é o fato da herança (igual na genética, igual no espírito). Herdamos doenças na coluna, olhos, ossos, sangue etc, herdamos qualidades e virtudes, mas também vícios. E porque não herdar dons do espírito? E por que não herdar dons de nossos ancestrais? Você pode não concordar com isso, mas deve deixar o nosso direito existir e você deve respeitar isso pela própria formação que tem. Não mexa nos nossos credos. Todo mundo tem o direito de acreditar no sangue que possui, o sangue bruxo, seja dado por Lilith, ou pelo Saci, todos tem esse direito e a sua pessoa infringiu publicamente a lei constitucional de fé.

Mas por que tanta bruxa tem medo de confiar na sua herança mágico-espiritual? É porque existem pessoas que, como você, não tem poder de conhecimento de causa nem experiência e mesmo assim julgaram essas bruxas como não-bruxas. Quem é você para tirar de alguém uma coisa que não te pertence? O direito é nosso! A nomenclatura bruxa é nossa, é patrimônio da humanidade, pois se não fosse, o museu de bruxaria seria chamado museu da wicca, ao invés de museu da bruxaria.

A wicca é uma religião que CONTÉM bruxaria, só isso. Ela não é A Bruxaria toda. Acorda pra vida meu bem.

Percebe que a wicca é uma mera parte do que existe como bruxaria? A wicca é uma religião que não tem nem um terço de bruxaria total nela. A wicca tem somente a condição que o Gardner quis colocar na religião, porque na época dele não havia internet e ele não podia se comunicar com todo tipo de bruxos que existe no mundo e ele se limitava aos jornais como o ‘Pentagram’ e alguns outros poucos.

Quais foram os livros sobre bruxaria e de bruxaria que deram acesso às leituras do Gardner em sua época? Todo o esoterismo e magia que ele teve acesso, hoje todos têm acesso livre igualmente, inclusive já tem publico bruxo suficiente para fazer o mesmo reconstrucionismo que o Gardner fez com a feitiçaria que ele conheceu, desde iniciações entre linhagens de bruxas até a simples pergunta de quem iniciou o primeiro bruxo que existiu no mundo. O ovo ou a galinha? A vassoura ou a varinha?

um relato sobre a arte hereditária de Valiente e Chrocane - revista Pentagram/1964


Você tem útero, ótimo, mas seu útero sem o sêmen fálico serve de que naturalmente? Ninguém nasce naturalmente de um tubo de ensaio! Não me venha com lendas, justificar um poder que você não tem. Então, para não ser humilhada, não humilhe. O homem não é menos importante que a mulher, ambos são complementos, e feminismo não é bruxaria, é uma luta pelo poder da igualdade entre polaridades e tem fundo político.

Somos muito julgados por outros membros da arte bruxa wiccana, de forma gratuita e desproporcional. Somos muito julgados por membros da comunidade mágica que nossas mães, avós, pais e ancestrais ajudaram a pavimentar o caminho para.

Quando vocês wiccanos enchem a boca para falar dos ancestrais e rezar para eles, vocês não estão falando e rezando pra wiccanos, e sim para ancestrais bruxos. Elphame sabe disso e nós também.

Então, o que de fato faz uma bruxa hereditária ser uma bruxa? Certamente não é o paganismo, não é o cristianismo e não são os wiccanos. Bruxas podem ser druidas, macumbeiras, wiccanas, Shamãs ou simplesmente bruxas. Essa última é somente bruxa. É bruxa, vive como uma bruxa, se esconde e se mostra como uma bruxa, tem liberdade de bruxa, faz rituais, feitiços, magias, rezas, curas e maldições como uma bruxa e, também abençoa como uma bruxa.

Os que já leram A Cidade antiga – de Fustel de Colanges sabem bem que sempre existiram bruxas e que principalmente a Arte Bruxa original era hereditária, e os bruxos tradicionais foram bruxas (desgarradas) e iniciadas por um hereditário de alguma família e, por tanto, essa bruxa tradicional não podia se dizer hereditária, porque não nasceu numa família bruxa, mas espiritualmente e esotericamente foi iniciada por uma e a isso se deu a terminologia de bruxa (a que é tradicional) a qual detém o direito de iniciar outros, uma vez que, dentro dos clãs familiares os ritos de iniciação feito por uma mãe ao seu filho não precisa necessariamente ter o rito formal idêntico para tal.

A tradição dos grandes ocultistas e grandes esotéricos da antiguidade também fabricaram bruxos e, esses são tradicionais porque os estudos foram sobre tradicionalidade e ocultismo tradicional, magia tradicional etc. E aqui entre nós, eles foram os caras!! Não há ninguém mais renomado no mundo sobre magia tradicional e todo seu ocultismo/esoterismo do que René Guenón. Não há nada mais tradicional do que a Tábua de esmeralda para guiar um caminho espiritual. Todo mundo já leu os livros deles e aprenderam muito com eles. Livros são apoios mágicos de qualquer bruxa, não é à toa que escritores brotam aos montes. Sempre tem uma linha de apoio dentro de uma página.

Ritos formais de iniciação com transmissão de poder só tem necessidade de existir quando se vai iniciar alguém de fora da família hereditária, desde que, bruxos hereditários dão muito valor ao poder do sangue.

bruxaria hereditária em 1964 - The Pentagram

Mimeticamente se copia a intenção mágico-espiritual para que a iniciação tenha validade fora da família. A neófita (que já se reconhece [espiritualmente falando] como bruxa) procura uma iniciação para se orientar em seu caminho e comungar com os nossos ancestrais que estão em Elphame. Nunca é o contrário do tipo que se busca uma iniciação para se tornar uma bruxa. Dessa forma, a pessoa de fora da família de sangue hereditário, passa ser uma bruxa tradicional tendo como sua mãe espiritual a sua iniciadora, e tendo como suas filhas espirituais as suas iniciadas. Isso forma mimeticamente uma família espiritual de bruxas, uma cópia da família hereditária de bruxas, as quais são reconhecidas, pelos ritos, como iguais.

A iniciação em bruxaria só tem razão de existir fora de uma família biológica de bruxas hereditárias, para tornar tradicionais as bruxas naturais que precisam de orientação dos ancestrais para seu caminho. Por tanto, ser bruxa é um dom (gift) divino que se traz na alma e no espírito, pois mesmo antes de uma iniciação você já sabe que tem certos poderes em ti e que não sabe controlar, já que precisa de treinamento em alguma vertente da arte, a fim de conduzir seu destino e não se auto-destruir com o próprio “gift” divino por não saber lidar com isso. Toda bruxa precisa do egresso e do regresso, e assim da comunhão com os ancestrais, e os iguais se atraem, se reconhecem, se amam novamente. Quem junta os “iguais” são o povo de Elphame, pelo próprio vínculo espiritual que nunca se rompe. Quem nega a entrada de um bruxo em uma religião ou irmandade são pessoas, quem traz bruxos(as) até essas pessoas são os deuses. Cada um paga por si o “karma” que gera, ao aceitar e ao recusar. Não somos nós quem decidimos quem se junta e quem não se junta. Respeitemos o poder da reencarnação. Sejamos humildes pra dar exemplos.

Uma iniciação tem que servir primeiro para o seu caminho. Tem que transformar você numa pessoa melhor, para que você crie outras pessoas melhores no mundo, pessoas que podem curar e transformar o mundo ao invés de destruir a imagem da bruxaria. A bruxaria é uma herança espiritual de todos nós que se reconhece como bruxos, independente se usamos o frame da Clavícula samolonis ou não. Independente se lançamos o círculo da forma que fazia a Golden Down, a qual copiou os serviços da Clavícula igualmente da forma que Gardner fez.

Circulo, exorcismo do sal e da água, conjurações e invocações, triângulos mágicos, guardiães dos quadrantes e geração de poder são todas formas e formatos ditados pela Clavícula de Salomão e outros grimórios antigos que foram legados aos bruxos pelos fodões ocultistas da idade média ou anterior a ela. Se minha bisavó ou a sua copiou algum desses serviços, ela não fez mais do que a obrigação.

Hoje em dia tem muito conhecimento gravado em livros e na internet, conhecimento que se aproveitam porque tudo já foi publicado, basta reunir as informações. Qualquer bruxa pode montar seus próprios grimórios e legar ele ao seu filho e sua geração posterior. O mesmo acontecia antes de surgir a internet. Cada clã reunia seus próprios materiais e criavam também, porque bruxas criam, é o que uma bruxa faz.

Quando você ver uma bruxinha criar (na internet), ao invés de criticar ela negativamente, acolha ela, ensine-a, dê-lhe meios para criar mais sabiamente para melhorar ela ao invés de chamá-la de “Pink”.

A BRUXARIA É PARA UM ARQUITETO, O QUE A FEITIÇARIA É PARA O MESTRE DE OBRAS!

O arquiteto sabe criar e fornece ideologia, o mestre de obras constrói para criar. A bruxaria é sabedoria/conhecimento/estudos de certa tradição guardiã; a feitiçaria é a manipulação e transformação dessa sabedoria/conhecimento/estudos (para coisas, situações e pessoas), e uma não pode existir sem a outra, sob o risco de ficar manca.

E as duas juntas formam a magia transmitida no sangue bruxo, herança da humanidade.

Não existe planeta terra sem bruxas e bruxos, mas a wicca tem só 67 anos de idade e tem servido para algumas bruxas como religião para orientar o caminho. Entendam que bruxos wiccanos são bruxos que adotaram uma religião (iniciatica) para si, mas existem outros bruxos que não querem adotar uma religião para si. Não querem orientar seu caminho pelo esoterismo oferecido pela wicca, porque não tem somente a wicca para oferecer escola iniciática e mistérica para orientar o caminho das bruxas.

Se não houver respeito entre Wiccanos E BRUXOS (de todos os tipos) a tendência da wicca é virar a mola propulsora para um grande câncer na humanidade, com causa dada por alguns de seus representantes que atuam como ditadores.

Carga da Deusa original de Doreen Valiente


Quando Doreen Valiente criou a Carga da Deusa, no texto original ela deixa bem claro a palavra “sorcerers”, ela não escreveu “witches” e todo wiccano tradicional sabe disso. Sorcerers se traduz por feiticeiras. Então é desproporcional dizer que as bruxas que não tem religião são feiticeiras ao invés de bruxas.

Você vai negar o poder que os filhos dos Sanders carregam no Sangue?
Você vai negar o poder que os filhos do casal Cochrane carregam no sangue?
Você vai negar o poder hereditário que gerou Eleonor Bone antes dela se tornar wiccana?
Você vai negar o poder que todo filho de uma bruxa que sempre se reconheceu bruxa carrega em seu sangue?
Você vai negar o sangue de uma bruxa necromante? (uma bruxa que se orienta pela necromancia).
Você vai negar o poder que toda Strega passou através do sangue para sua descendência?
Que raio de bruxa é você se negar o poder do sangue?

Você vai negar o sangue de um bruxo que não se orienta pelo feminismo, mas tem o direito de ter voz na bruxaria igualmente porque sabe o que está falando? Um magister, um mago, um Bruxo.

Altar da religião - descrito por Gardner com a letra dele


Na wicca o mago é quem tem o segundo grau. Mas fora da wicca existem outros mistérios que fazem um mago se tornar um magus.

Digam NÃO à incoerência! Digam NÃO à esse furto e apropriação da nomenclatura bruxa. A bruxaria é para todos, mas nem todos no mundo são bruxos, porque não existem só bruxos no mundo. A Wicca não é para todos, é só para quem tem afinidade com quem pode transmitir a linhagem de uma religião feita PARA alguns bruxos que gostam e precisam do Religare. E quanto a isso, tudo bem para nós! Não temos nada contra.

Não deem ibope para quem quer fazer parecer que a Wicca é mais importante que a própria bruxaria e que tem mais a oferecer do que a própria bruxaria. A Wicca é uma religião que CONTEM bruxaria, mas não o todo de uma Arte Bruxa que possui mais de 10 mil nomes em países diferentes, com costumes diferentes, esoterismos diferentes (eu não disse exosterismo), deuses diferentes, “diabos e deuses” diferentes, templos diferentes, liturgias diferentes, mistérios próprios que não se igualam, mas levam a Elphame da mesma forma.

afirmar que a arte bruxa era uma antiga religião resgatada era
a forma mais fácil de fazer a bruxaria ser aceita na sociedade dos anos 60 - arquivo The Waxing Moon



Hekau para todos os bruxos(as)!